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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES-UCAM CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO APLICADO AOS SERVIÇO DE SAÚDE Alex Rogério Silva O CUSTO DA JUDICIALIZAÇÃO DE POLITICAS PÚBLICAS DE SAÚDE Professor Dr. Célio Egidio Da Silva Macapá-AP 2020 O CUSTO DA JUDICIALIZAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE ALEX ROGÉRIO SILVA Acadêmico do Curso de Pós Graduação Latu sensu da Universidade Candi- do Mendes – UCAM do curso Direito Aplicado aos Serviços de Saúde. Resumo: O presente artigo aborda os riscos sistêmicos da judicialização das políticas públicas. Aborda a linha cronológica do papel do juiz na sociedade moderna especialmente a brasileira. Da mesma forma analisa as causas e os conflitos gerados pela judicialização de direitos sociais e o ativismo judicial no tocante a politicas publicas especialmente as políticas públicas de saúde. Analisa as críticas doutrinárias de cunho democrático sobre o aumento do poder judicial sobre políticas públicas. A partir da cons- trução dos elementos da crítica e sua análise e compreensão parte-se para os efeitos prá- ticos na cultura jurídica bem como analise de uma construção jurisprudencial do tema e uma abordagem significativa dos efeitos na sociedade moderna, aspectos políticos econô- micos e sociais e o espectro que é tocado por essa nova abordagem do fenômeno da ju- dicialização das políticas públicas de saúde. palavras chave: politicas públicas, judicialização, efeito, orçamento Abstract: This article addresses the systemic risks of judicializing public policies. It addresses the timeline of the judge's role in modern society, especially Brazil. Likewise, it analyzes the causes and conflicts generated by the judicialization of social rights and judicial activism with regard to public policies, especially public health policies. It analyzes the doctrinal criticisms of a democratic nature regarding the increase of the judicial power over public policies. Based on the construction of the elements of criticism and their analysis and understanding, the practical effects on the legal culture are analyzed, as well as an analysis of a jurisprudential construction of the theme and a significant approach to the effects on modern society, economic and political aspects. and the spectrum that is touched by this new approach to the phenomenon of the judicialization of public health policies keywords: public policies, judicialization, effects, budget alex.silva.ap@gmail.com 1. Introdução Historicamente o Estado Moderno nasceu absolutista. O povo, território, fina- lidade, governo e soberania eram na verdade elementos figurativos pois o poder e o pró- prio Estado figuravam nas mãos de um regente -um príncipe como diria Maquiavel- A ideia de Estados nacionais soberanos surge no absolutismo e as funções do Estado con- centravam-se na figura do rei, o qual que justificava sua força na necessidade de manter o pacto social e a existência do Estado O Estado no século XIX é polícia, garantidor da propriedade individual e da mão invisível do mercado – (Adam smith). As funções do Estado são mínimas e distribuí- das em “poderes”, não havendo preocupação com os bens ambientais ou atuação na eco- nomia. O juiz, segundo Montesquieu, era “ LA BOUCHE DE LA LOI” a boca da Lei, cabia ao executivo e posteriormente com o avanço significativo de alguma democracia, ao legislativo fazer a Lei, isso quando não temos mais a figura dos soberanos e sim de um Estado bem dividido em poderes não concentrados em apenas uma mão, é a era do ilu- minismo. Infelizmente Liberdade igualdade e fraternidade não são conceitos efetivados para todos e sim para uma casta da sociedade. Irá demorar mais de um século para que tivéssemos uma carta em que se escrevesse “ nós o povo “ Constituição americana” en- tretanto nós o povo ainda necessitaria de emendas para entre o povo acrescentar os es- quecidos, no caso os negros e seus direitos, e é em direitos civis, emendas, pequenos atos jurídicos, decisões monocráticas e sobretudo em fenômenos sociais e históricos que vão transformar o papel do juiz expectador em um juiz atuante. O marasmo da repetição da Lei não tem lugar e nem precedentes até a fir- mação do Estado de Bem estar social, impulsionado por grandes guerras que forçaram o judiciário a atuar evitando um colapso em sociedades que não suportariam um abandono do estado de uma população órfãs de direitos. Hodiernamente uma virada na politica mundial há um Estado político mais voltado para um horizonte a direita com uma visão mais liberal e menos social, a criação de um discurso de um judiciário que observe a conjuntura política e econômica contras- tam com uma economia punjante que sobrepuja os direitos dos mais necessitados, vão guardar exceções em uma análise de decisão recente do STF, mas tudo indica que a atu- ação de um judiciário mais social e menos político está perdendo sua força. 2. UMA SOCIEDADE ORFÃ E UM JUDICIÁRIO COM SUPEREGO A partir da análise das Obra de Ingeborg Maus e de lênio Streck podemos descortinar alguns aspectos no avanço do que será chamado de ativismo judicial e da ju- dicialização de políticas públicas. Em Maus o judiciário como superego da sociedade trata da centralização da consciência social na atividade jurisprudencial, fazendo com que as discussões, tensões e antagonismos provenientes dos conflitos de interesses políticos sejam dirimidos a partir de uma função controladora da Justiça esses conceitos são analisados a partir de aspectos psicológicos, como o id o ego e o superego, conceitos que permeiam a nossa moral, no caso da análise de objeto, seria a moral social, e então temos um judiciário guardião de toda a moral. Inobstante a análise dizer respeito ao Tribunal Alemão, se transportarmos o conceitos para nosso Supremo Tribunal Federal, encontraríamos o mesmo dilema da que é o exagero da confiança e da autoconfiança das Cortes Constitucionais, para a autora a instância moral transfigurada na “permanência de certa confiança popular”, uma “venera- ção da Justiça”, têm como consequências: a concessão de supremacia judicial a este po- der e, por derivação uma alteração no comportamento desta instância judicial, que passa a se expressar por atos de supremacia. A este fenômeno a autora classifica como “infanti - lismo da crença na Justiça”. Existe um diapasão entre garantias constitucionais e efetivação dessas mes- mas garantias pelo Estado. Ocorre que quem irá invariavelmente preencher esta lacuna entre Direitos e Efetivação de direitos eventualmente será o Supremo Tribunal Federal. Entretanto, entre a legitimidade que o STF possui para realizar o controle de constitucio- nalidade (que além da carga política e social) (que, invariavelmente, irá passar por temas que possuem certa conotação política) e a autoridade judicial, aqui entendida como legiti- ma. Para além da analise da supremacia constitucional, há que ser observado a teoria política, e nesse caso aspectos econômicos, como possibilidades do gestor em ar- car com custos da judicialização de políticas públicas. Ainda que autores como Ada Pelle- grine Grinover, diga que esse assunto nem deve ser discutido uma vez que vive-se num pais de enormes riqueza, de onde se poderia realocar recursos de uma área para outra. Tudo dependendo de uma boa gestão pública, enquanto ela não se manifesta, voltemos a teoria sem considerar uma alegada falta de recursos, essa para muitos autores como Gri- nover, uma ficção, ou em linhas gerais, uma estapafúrdia desculpa para não se investir em políticas públicas, sem sequer considerar o problema sistêmico da corrupção. Percebe-se que, para certos temas, geralmente, os de grande repercussão, o debate passa primeiramente pelo debate político. Quanto a análise de Lênio streck este associa o judiciário com a figura pater- na, pois segundo o mesmo o exercíciode uma autoridade é o que dá sustento ao discurso de supremacia. Entretanto, a receptividade dessa ideia e o modo naturalizado como ela atravessa o imaginário social não ficam restritos à leitura psicanalítica apresentada, abran- gendo sobretudo à capacidade técnica que, intrinsecamente, possuem os órgãos judiciais. Existe no imaginário social a crença de uma especialidade do judiciário para resolver as controvérsias políticas (em detrimento das demais esferas de poder): do pres- suposto de que esta é a instituição que possui uma natural e admirável aptidão para retirar a sociedade de seus conflitos sociais, por ser neutra, com um olhar objetivo, imparcial e justo. . 3. O STF E OS CUSTOS DA JUDICIALIZAÇÃO Apesar de ser de conhecimento público o montante da arrecadação do Go- verno Federal, neste ano de 2020, quase 2 trilhoes, enquanto esse estudo é escrito, dado do site Impostômetro, ( impostômetro.com.br) o que garante que apesar da situação de pandemia e da desaceleração da economia propagandeada por entidades econômicas o País superou a arrecadação do ano de 2019. O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em março deste ano de 2020 que o Estado não é obrigado a fornecer medicamentos de alto custo solicitados judicialmente, quando não estiverem previstos na relação do Programa de Dispensação de Medicamentos em Caráter Excepcional, do Sistema Único de Saúde (SUS). E que si- tuações excepcionais ainda serão definidas na formulação da tese de repercussão geral. A decisão, tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 566471, tem efeito imediato sobre mais de 42 mil processos sobre mesmo tema. No caso analisado, o Estado do Rio Grande do Norte recusou-se a fornecer citrato de sildenafila para o tratamento de cardiomiopatia isquêmica e hipertensão arterial pulmonar de uma paciente carente, com fundamento no alto custo do medicamento e na ausência de previsão de fornecimento no programa estatal de dispensação de medica- mentos. Após analises nos tribunais estaduais o paciente acionou a Justiça para pleitear que o estado fosse obrigado a fornecer o remédio. O juízo de primeiro grau deter - minou a obrigação do fornecimento, decisão que foi confirmada pelo Tribunal de Justiça estadual. A maioria dos ministros desproveu o recurso tendo como base o voto do re- lator, ministro Marco Aurélio, proferido em setembro de 2016. Entenderam que nos casos de remédios de alto custo não disponíveis no sistema, o Estado pode ser obrigado a for - necê-los, desde que comprovadas a extrema necessidade do medicamento e a incapaci - dade financeira do paciente e de sua família para sua aquisição. O entendimento também considera que o Estado não pode ser obrigado a fornecer fármacos não registrados na agência reguladora. “O ministro Edson Fachin abriu divergência e votou em favor do fornecimento imediato do medicamento solicitado, tendo em vista que, durante o trâmite do pro- cesso, ele foi registrado e incluído na política de assistência à saúde. O julgamen- to, na ocasião, foi interrompido por pedido de vista do ministro Teori Zavascki (fa- lecido), sucedido pelo ministro Alexandre Moraes.” ( STF Notícias) Este novo entendimento do STF apesar de ir de encontro a teorias que o próprio Tribunal construiu e alicerçou nas ultimas décadas podem guardar exceções, con- forme se depreende do texto abaixo, sustentadas por um viés político e econômico, que guardam pouca sincronia com teorias de ego, e paternalismo judicial anteriormente anali- sados. “Na sessão de hoje, o ministro Alexandre acompanhou o relator. No seu entendi- mento, o excesso de judicialização da saúde tem prejudicado políticas públicas, pois decisões judiciais favoráveis a poucas pessoas, por mais importantes que se- jam seus problemas, comprometem o orçamento total destinado a milhões de pes- soas que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). “Não há mágica orçamen- tária e não há nenhum país do mundo que garanta acesso a todos os medicamen- tos e tratamentos de forma generalizada” (...)Em seus votos, eles salientaram que, em caráter excepcional, é possível a con- cessão de medicamentos não registrados na lista da Anvisa. Nesse sentido, fize- ram a ponderação entre diversos argumentos, como as garantias constitucionais (entre elas a concretização dos direitos fundamentais, o direito à vida e à dignida- de da pessoa humana), o limite do financeiramente possível aos entes federados, tendo em vistas restrições orçamentárias, o desrespeito às filas já existentes e o prejuí - zo a outros interesses idênticos.” ( STF notícias) A observação de gastos com medicamentos se mostra relevante porque, só em 2019, o Ministério da Saúde gastou R$ 1,37 bilhão com aquisição de medicamentos e depósitos judiciais para ressarcimento de pacientes e entre 2010 e 2019, as demandas custaram R$ 8,16 bilhões aos cofres federais. O principal argumento de quem se opõe a uma maior atuação judicial em relação ao custeio de políticas públicas de saúde vem dos estados que enxergam nas de- cisões judiciais que os obrigam ao fornecimento de remédios, um impedimento de uma a administração correta dos orçamentos e oferecimento adequado do serviço público. Entretanto, ao que parece esse ativismo só se apresenta quando a adminis- tração falha na distribuição de recursos, dado a uma má gestão, entende-se que gerir é um papel do executivo intrinsecamente e do legislativo hodiernamente quando trata de le- gislação destinada a gastos orçamentários, a exemplo da dotação orçamentaria para o ano posterior ao planejamento assim como é previsto na Constituição de 1988 e certa- mente em todas as Constituições Estaduais e Leis orgânicas municipais. Nas esferas estadual e municipal, além dos recursos do próprio Tesouro, há os recursos transferidos da União, que devem ser previstos no orçamento e identificados nos fundos de saúde para execução de ações previstas nos instrumentos do Sistema de Planejamento do Sistema Único de Saúde (SUS): Programação Anual de Saúde; Relató- rio de Gestão; Planos de Saúde contendo o Plano Diretor de Regionalização e o Plano Di- retor de Investimentos como prevê a Portaria GM/MS 2.751/2009, de 11/11/2009. O administrador deve obedecer ao seu limite de gastos e destinar para cada área prevista em lei os custos que a própria lei determina. Não se podendo permitir que se fure o teto de gastos previsto na dotação orçamentaria anterior ao ano da aplicação de cada verba. Pelo menos é o que diz o texto legal (art. 165 , § 2º , da CF ), entretanto, quando confrontado o dever de respeito a previsão orçamentaria com a asseguração de diretos fundamentais legalmente amparados essa visão do administrador é substituída quando se torna míope por ações que não escapam da tutela jurisdicional, os custos com saúde por exemplo ficam na iminência de extrapolar qualquer previsão ou dotação de or- çamentos, conforme se observa no gráfico abaixo: 4 CONTRAPONTO CONSTITUCIONAL E AMPARO LEGAL Observadas as teses administrativas e os contrapontos e oposições a judici- alização e por consequência a efetivação de politicas públicas de saúde tem-se que ob- servar, que os juízes e tribunais que trabalham em prol de efetivação de direito não o fa - zem sob um manto de ativismo judicial, não figuram como protagonistas de efetivação de direito, por mera liberalidade ou por se sentirem o ego e muito menos pais da sociedade orfã, encontram na verdade amparo em inúmeros textos constitucionais, infraconstitucio- nais, no apoio da Legislação comparada e em pactos dos quais o Brasil é signatário. Po- dendo-se citar como principal o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966). Na atual conjuntura mundial, os países signatários devem propiciar condi- ções que assegurem à população assistência e serviços médicos, permitindo a promoção e prevenção da saúde. observando artigo 196 daConstituição Federal, o seu segundo período prevê que o direito à saúde deve ser "garantido mediante políticas sociais e eco- nômicas". Entende-se portanto que um ativismo ou protagonismo judicial não fere o equilíbrio dos poderes e nem retira do executivo ou legislativo suas atribuições. A administração pública pode e deve trabalhar sob o manto da previsibilida- de de que o judiciário vai continuar interferindo em políticas públicas quando houver má gestão e necessidade para um amparo legal, segundo a decisão acima observada não de uma maneira ampla, mas observada as particularidades e o caso concreto. (possibilidade, capacidade, necessidade). 5 CONCLUSÕES Observando os dados históricos compreende-se um aumento do sentido de efetivação de justiça bem como da efetivação de direitos sociais e seu conflito com politi- cas públicas, também os poderes parecem não dialogar entre sí, e nesse conflito é que se vislumbra o fato de que há uma lacuna a ser preenchida quando da não efetivação do direito à saúde, bem como a e a estruturação dos serviços para a sua efetivação é inócua quando não insuficiente. Amparado por essas lacunas de efetivação de direitos fundamentais justifi- ca-se um protagonismo do Poder Judiciário o qual tem sido decisivo para a garantia do acesso a medicamentos e tratamentos, gerando um desvio no ingresso dos usuários ao sistema público de saúde. Há uma guinada na forma com que o judiciário, especificamente nossa Corte Constitucional tem tratado as políticas públicas de saúde, eis que apesar da decisão re- cente (RE) 566471, houve nos últimos anos um crescimento da judicialização da saúde, espera-se que este texto traga alguma luz sobre o tema eis que ainda são escassas obras que tratem do tema, tanto em nível nacional quanto internacional. Por conseguinte, evidencia-se a necessidade da realização de novos estu- dos sobre a judicialização de políticas públicas voltadas para a saúde, para uma maior compreensão da nossa realidade. 6. Referências BRASIL. Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial [da] União, Brasília, 5 out. 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao-Compilado.htm >. A cesso: 23/11/ 2020. BRASIL Decreto n. 591, de 6 de julho de 1992. Promulgação do Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Diário Oficial da União 1992; 07 jul BUCCI. Maria Paula Dallari. O conceito jurídico de política pública em direito. In: Polí- ticas públicas: Reflexões sobre o conceito jurídico. São Paulo: Saraiva, 2006 https://impostometro.com.br/ último acesso em e 24/11/2020. MAUS, Ingeborg. Judiciário como superego da sociedade: o papel da atividade juris- prudencial na “sociedade órfã”. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 58, p. 183-202. nov. 2000. p. 185e 186. MONTESQUIEAU. O Espírito das Leis, Livro XI, cap.6. Martins Fontes, 1993, p.171. PEPE, V. L. E. et al. A judicialização da saúde e os novos desafios da gestão da as- sistência farmacêutica. Ciência e saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, n. 5, p. 2405- 2414, ago. 2010. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF. Estado não é obrigado a fornecer medica- mentos de alto custo não registrados na lista do SUS. Disponível em: <http://www.stf.- jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=439095&caixaBusca=N >. Acesso: 22/11/2020. STRECK, Lenio Luiz. O que é isto – decido conforme minha consciência? 5. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2015. vol. 1. (Coleçao O que é isto?). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao-Compilado.htm http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=439095&caixaBusca=N http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=439095&caixaBusca=N https://impostometro.com.br/
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