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SEMINÁRIO 1 AUTOR: PEDRO V.F. MEDRADO Fratura do terço médio da clavícula - A clavícula é uma estrutura óssea em formato de S., dividida em terço distal, médio e proximal - É a 10º mais comum das fraturas em geral, sendo que 80% das fraturas de clavícula ocorrem no terço médio - Relacionada a impactos em geral sobre a clavícula, esportes em geral é a principal causa, principalmente em homens e jovens. - Grupo 2 – 12-15% fratura de terço distal - Grupo 3 – menos comum (3-4%) – terço proximal - Quadro clínico · Dor · Deformidade · Edema no ombro · Encurtamento da clavícula em relação ao lado oposto · Dificuldade de elevar o braço - Deve-se sempre pesquisar lesão neurovascular associada à fratura de arcos costais - Exame de imagem – Radiografia em AP com inclinação cefálica de 45º - Tratamento · Depende: desvios dos fragmentos, da presença de outras fraturas e quanto o paciente é ativo · Pode ser conservador, e o cirúrgico (mais para atletas) - Tratamento conservador · Tipoia, bandagem em 8(desuso) e Velpeau · Cerca de 6-8 semanas · Risco de vício de consolidação ou pseudoartrose da clavícula, mas geralmente, sem repercussão clínica importante. - Tratamento cirúrgico – osteossíntese · Indicação: fratura exposta, lesão neurovascular, fratura com desvio ou encurtamento >2cm, politraumatizados, dor em repouso, importante deformidade · Indicação relativa: obesidade · Hastes intramedulares · Fio rosqueado, fio de titânio maleável e pino específico para fratura da clavícula · Facilidade da redução, menos desperiostização e facilidade na retirada do material de síntese após a consolidação · Paciente em posição de cadeira de praia · Preferência cirúrgica para mesa cirúrgica radiotransparente · Utilizar radiografia intraoperatória – caso não tenham de optar por placa-parafuso · Placa parafuso · Placas maleáveis ou específicas para clavícula · Maiores complicações – hematoma, infecção, falência do implante e pseudoartrose · Maior resistência e estabilidade - Pós-cirúrgico · Complicações – infecções, deiscência da sutura, lesões de vasos subclávios e pseudoartrose. · Fisioterapia · Sinais de consolidação a partir de 2 meses do procedimento cirúrgico · Consolidação radiológica, na maioria dos casos, a partir de 4 meses · Após a consolidação, Luxação Glenoumeral Aguda - É o tipo mais comum de luxação do ombro e geralmente ocorre em função de um trauma - Quadro clínico · Paciente com história de trauma recente · Dor intensa · Membro em abdução e rotação lateral · Perda do contorno arredondado do ombro – sinal da dragona militar - Radiografia – AP verdadeiro, perfil escapular e axilar - Lesão de Bankart – lesão do labrum glenoidal antero-inferior, o principal ligamento estabilizador do ombro. - Lesão de Hill-Sachs – perda óssea na cabeça do úmero - Ressonância magnética – confirmação das lesões de Hill-Sachs e Bankart e busca por lesões no manguito rotador. - Diagnostico diferencial · Quantas vezes já aconteceu · Luxação acrômio clavicular · Fraturas associadas ou não - Tratamento não cirúrgico · Redução da luxação – técnica da tração e contra-tração · Outras técnicas · Técnica de massagem · Técnica de Davos – autorredução · Técnica RCS – rápida, confiável e segura – marcos de 90-120º · Técnica de Stimson (pesos suspensos) · Técnica da escapula · Contra-indicações · Fratura da tuberosidade maior do úmero, com deslocamento >1cm · Lesão de Hill-Sachs que gere >=20% de deformidade · Lesão de Bankart que envolva fragmento ósseo de mais de 20% e com instabilidade glenoumeral · Fratura no colo cirúrgico ou proximal do úmero em duas ou mais partes, mesmo que não seja no colo cirúrgico · Cuidados pré e pós-procedimento · Análise da capacidade neurológica – sensitiva e motora · Análise da pressão sanguínea do membro · Medicações – AINEs e analgésicos –, compressão fria, tipoia e fisioterapia. - Tratamento cirúrgico · Lesão de Bankart · Lesão de Hill-Sachs – Remplissage · Estabilização do ombro – operação de Latarjet - Luxação Recidivante Anterior do Ombro - Indivíduos jovens – 90% abaixo dos 20 anos · Dependem do nível de atividade física · Anterior traumática – mais comum (85%) - Mecanismo de lesão · Trauma direto · Rotação externa – estresse repetitivo · Fraqueza dos músculos estabilizadores · Queda com o MMSS em abdução e rotação lateral - Fatores estáticos · Fossa glenoide · Lábio glenoumeral · Cápsula articular · Ligamentos glenoumerais - Fatores dinâmicos · Manguito rotador - Estabilização passiva - Estabilização ativa - Articulação glenoumeral – é a mais móvel do corpo humano, ocorre perda de estabilidade intrínseca · Manguito rotador – estabilização dinâmica - Grau de instabilidade · Quebra do equilíbrio entre estabilizadores · Grau – subluxação, luxação e microinstabilidade · Direção – anterior, inferior, posterior e multidirecional · Etiologia – traumática e atraumática · Volição – voluntária e involuntária - Classificação de instabilidade · TUBS · AMBRII · IOAS - Testes especiais · Jobe – supra-espinhoso · Gerber – subescapular · Belly-press – subescapular · Patte – infra-espinhoso · Neer – síndrome do manguito rotador · Hawkins-Kennedy – tecidos moles interpostos · O’Brien – Labrum glenoidal · Apreensão – articulação glenoumeral · Gaveta – estabilidade capsuloligamentar · Recolocação – articulação glenoumeral · Fukuda – cabeça umeral · Sulco – cápsula glenoumeral - Radiografia AP com ombro em diferentes posições - Diagnóstico · Primeiro episódio traumático · Novos episódios até que atraumáticos · Antecedentes epiléticos ou convulsivos · Instabilidade voluntária · Manobras que pesquisem frouxidão e instabilidade · RX e RM · Diagnóstico diferencial - Lesão de Bankart – desloca a glenoide - Lesão de SLAP - Tratamento conservador · Curto período de imobilização · Reabilitação – reforço muscular · Instabilidade atraumática – propriocepção, controle neuromuscular · Luxação voluntária - Tratamento cirúrgico aberto · Mais de 150 procedimentos descritos · Instabilidade traumática · Falha no tratamento conservador · Opeação de Bristow-Latarjet - Tratamento cirúrgico artroscópico · Melhor para paciente de alto risco, tem menor dor pós-op e menor rigidez · Maior tempo de recuperação · Reicidivas minimizadas – indicação pré-op mais precisa · Tipos · Anatômicas – posição original · Não-anatômicas - Cirurgia de Remplissage Lesão Manguito Rotador - Músculos do manguito rotador – servem para estabilização dinâmica da cabeça do úmero (coaptação da cabeça do úmero contra a glenoide) · Subescapular · Infraespinhal · Supraespinhal · Redondo menor - Movimentação · Rotação interna – subescapular · Abdução – supraespinhal · Rotação externa – infraespinhal e redondo menor - Lesão parcial ou total - Fatores extrínsecos – alterações no formato do acrômio - Fatores intrínsecos – hipovascularização do tendão do supraespinhal - Quadro clínico · Dor no ombro na abdução e elevação do membro superior - O exame físico geralmente é inespecífico, mas a queixa clínica mais frequente é a dor agravada com esportes ou durante o sono. - Sinais de inflamação do espaço subacromial · Sinal do pinçamento positivo; · Arco doloroso; · Manobras irritativas positivas – Neer e Hawkins. - Dor resultante da ruptura do tendão: · Fraqueza muscular; · Crepitações; - Atrofia da região do manguito - Radiografia é o exame inicial, e fornece informações sobre alterações ósseas – artrose glenoumeral, esporão acromial e ascensão da cabeça umeral em relação à glenoide. - Incidência lateral da escápula de Snyder: · Tipo A – menos de 8mm (fino) · Tipo B – entre 8-12 mm (médio) · Tipo C – acima de 12 (espesso) - USG é um exame nãoinvasivo com potencial de mostrar lesões incompletas, embora examinador dependente. - Ressonância magnética é o melhor exame para avaliar lesões do manguito, pode ser com ou sem contraste. Tratamento conservador - O tratamento inicial consiste em eliminar o processo inflamatório, fazendo uso de anti-inflamatórios, analgésicos e gelo local auxiliam a diminuição da fase inflamatória. Além do repouso de atividades que prejudicam e agravama sintomatologia. Tratamento cirúrgico - É indicado na falha do tratamento conservador ou em caso de piora progressiva da sintomatologia. - A cicatrização espontânea da lesão parcial é difícil. - Artroscopia apresenta menor agressão ao deltóide e menor morbidade. - Reparo de lesões tendíneas, tem maior resistência mecânica e poderia apresentar vantagens em atletas por permitir o rápido retorno. Fratura Diáfise Úmero Traço Simples - Tem padrão epidemiológico bimodal - Quadro clínico · Dor, tumefação, deformidade e impotência funcional · Lesão do nervo radial (8% dos casos) · Confirmação através de uma radiografia em AP e perfil da diáfise do úmero, do ombro e do cotovelo · TC indicada somente para fraturas articulares · AngioTC para lesões vasculares - Tratamento conservador · Visa imobilizar os segmentos proximais e distais da fratura · Tipos · Brace – compressão dos músculos ao redor do úmero · Gesso pendente – gesso braquiopalmar, iniciado 2cm acima da fratura, imobilizando o cotovelo em 90º · Pinça de confeiteiro - Tratamento cirúrgico · Usado em situações específicas: · Politraumatizados, lesão das partes moles, lesão arterial, lesão associado do plexo braquial · Indicações relativas: · Falha no tratamento conservador, baixa cooperação do paciente, associação com a doença neurológica (Parkinson), obesidade · Tipos · Fixador externo · Placa · Haste intramedular
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