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Streptococcus 1 🦠 Streptococcus Streptococcus pyogenes É uma espécie bacteriana altamente patogênica, responsável por diversos tipos de infecções, por isso, é chamada de bactéria carnirvoras. Características do gênero Os Streptococcus são cocos Gram-positivos dispostos em cadeias um atrás do outro ou em pares; a maioria são anaeróbicos facultativos, na presença de oxigênio fazem respiração, mas na sua ausência fazem fermentação; além disso são capnofílicos, tem afinidades por CO2, pois a sua presença favorece o crescimento e multiplicação da bactéria. 💡 Os cocos na forma de diplococos compartilham características em comum com os streptococcus, por isso, foram agrupados. Ex: streptococcus peneumonia está agrupada na forma de diplococos, mas fazem parte do gênero streptococcus. O meio de cultura para seu cultivo in vitro deve ser enrriquecido, uma vez que possuem necessidades nutricionais complexas (Agar sangue ou Agar BHI); Streptococcus 2 assim como são catalase negativos (não possuem a enzima catalase). 💡 Muitas das infecções dos streptococcus assemelha-se aos dos Staphylococcus, é preciso distinguir, para isso, faz-se a prova da catalase, o qual consiste na retirada da amostra da lesão (purulentas), goteja-se peróxido de hidrogênio. Caso o microrganismo seja catalase positivo, vai borbulhar indicando a convenção do peróxido de hidrogênio em H2O e O2. A partir disso da para diferenciar, pois os Staphylococcus são catalses positivas diferente dos streptococcus. A distinção é importante, pois dependendo da etiologia da lesão o tratamento será diferente. Streptococcus 3 💡 Técnica da vela Incubação em microaerofilia Classificação Os streptococcus são classificados de acordo com a capacidade de lisar hemácias, portanto, em padrões hemolíticos: Quando os streptococcus causam hemólise parcial, ou seja, são capazes de quebrar parcialmente a hemácia, são chamados de Estreptococos- α hemolíticos. O meio de cultura ficará verde. Quando os streptococcus são capazes de causar hemólise total das hemácias é chamado de Estreptococos- β hemolíticos. O meio de cultura fica transpaente ao redor da colônia de microrganismo. Quando os streptococcus não induzem a lise das hemácias é chamados de Estreptococos- γ hemolíticos, o meio de cultura apresentará sem nada. Streptococcus 4 Streptococcus pyogenes São Estreptococos- β hemolíticos, ou seja, fazem hemólise total, são chamados de grupo A devido a um carboidrato na parede celular desses microrganismos. Formam colônias brancas, puniformes de 1 a 2 mm com zona de β hemólise, Streptococcus 5 💡 Faringite estreptocócica: É a manifestação mais comum, é um processo infeccioso inflamatório com a presença de pus (infecções piogenicas), possui como características dor, febre alta, linfonodos aumentados, presença de secreções purulentas, tonsilite… Epidemiologia das infecções causadas por S. pyogenes Via de transmissão De pessoa a pessoa, por perigotos (gotículas com o microrganismos), o período de incubação (que vai desde o momento da aquisição a manifestação) vai de 2 a 4 dias. População mais suceptível São as crianças entre 5 e 15 anos (20% ocorre em adultos) Distribuição sazonal e fatores de riscos Ocorre mais no outrono e inverno (pela aglomeração), os fatores de riscos são pobreza, má-nutrição. 💡 Há uma susceptibilidae genética associada nas infecções Fatores de virulência São fatores que fazem parte da estrutura bacteriana ou são substâncias produzidas por elas que contribuem ou possibilitam o desenvolvimento da doença. Streptococcus 6 Cápsula: A cápsula de ácido hialurônico reveste a superfície bacteriana, o que faz com que a bactéria não seja facilmente reconheceida pelo sistema imunológico, contribuindo para o seu escape. Ao colonizar não é reconhecida, depois que se plorifera quebra essa cápsula e o sistema imune reconhece, mas em uma quantidade muito grande de bactéria. Proteina M 💡 O sistema complemento são proteínas proteolíticas e, muitas delas, são enzimas chamadas de cascatas enzimáticas, essas proteínas estão na forma circulante ou na membrana das células são importante na defesa contra os microrganismos, essas proteínas são ativadas na presença do microrganismo (via alternativa, uma proteína c3b se liga a superfície do microrganismo e ativa→ imunidade inata) ou anticorpos (via clássica→imunidade adquirida), resultando na sua lise, opsonização (fagocitose) e inflamação. O sitema complemento não afeta as células do hospedeiro por conta do fator H presente na superfície, uma vez que toda vez que o c3b vai se ligar as células do hospedeiro o fator H quebra. Os estreptococos possuem a proteína H que sequestra e se associa ao fator H e toda vez que o c3H ele degrada, inibindo assim o sitema complemento pela via alternativa e a opsonização. Streptococcus 7 💡 Proteina M e a febre reumática: As proteína M é estruturalmente igual as proteínas da articulação e coração e sistema nervoso, por conseguinte durante o processo de infecção o sistema imunológico produz um anticorpo chamado Anti-M, logo, ele também reconhecerá nossas estruturas, inicia-se assim um doença imune denominada febre reumática. Isso irá induzir uma artrite, cardite e reconhecimento do SN (mimetismo molecular da proteína M com nossas células) Proteina Tipo M Para que haja a ativação do sistema compemento pela via clássica, a região Fc no anticorpo (opsonização) se liga a uma proteína do sistema complemento, a proteina do tipo M se liga a região FC e inativa ativação do sistema complemento pela via clássica e a opsonização. Streptococcus 8 Proteina tipo F e ácido lipoteicóico Estão relacionados a adesão dos microrganismos a nossas células. 💡 Outros fatores de virulencia: Enzimas Estreptolisina O → causa a lise celular → teste aso ou aslo. 💡 A estreptolisina é uma molécula imunogênica, iremos produzir anticorpos anti-estreptolisina O, o teste aslo tem como função detectar esses anticorpos e a alta titulação indica infecção recente por streptococcus pyogenes. Estreptoquinase→ causa a lize de coágulos sanguíneos, o que favorece na disseminação rápida de estreptococo nos tecidos DNASE (A-D) → causa a diminuição da viscosidade do abcesso, facilita o processo de diminuição. Streptococcus 9 💡 Escarlatina Caso uma pessoa esteja com infecção na garganta e essa bactéria for infectada por um vírus e esse vírus estabeleça um estágio lisogênio (material genético do vírus está associado ao material genético celular), o streptococcus pyogenes começa a produzir toxinas eritrogênicas que se comporta com um superantígeno, geralmente é criança.O corpo fica todo piguimentado, “boca de palhaço e língua de morango”. Tratando a infecção na garganta de forma devida, o quadro de escarlatina é revertido. Complicações de uma faringite não tratada ou mal tratada A febre reumática é uma complicação de uma infecção por streptococcus pyogenes mal tratada ou não tratada (infecção cruzada, reação que não deveria acontecer), para o desenvolvimento dessa doença autoimune, existe a permanencia da estimulação antigênica, a produção de anticorpos contra a proteína M e, assim, a Streptococcus 10 destruição das células humanas devido a homologia na sequência de AA das proteínas de tecido da articulação, tropomiosina cardíaca citoplasma dos neurônios. 💡 A insidencia de uma febre reumática após uma febre mau tratada éd e 3 a 4% Diagnóstico de uma faringite É feito de exames rápidos e cultura isolada de orofaringe para detecção de antígenos (padrão ouro) Streptococcus 11 Diagnóstico de uma febre reumática Faz o teste ASLO primeiro, caso haja como resultado o alto, deve-se associar a vários outros sinais maiores e menores (critérios de jons) 💡 Sinais e sintomas da febre reumática: Artrite (presente 75% dos casos), nódulos subcutâneos (menos de 10%), eritema marginado (menos de 10%), cardite (inflamação no coração, 40 a 50%), coréia de sydenham (15%). Tratamentoda faringite e da frebe reumática Streptococcus 12 O tratamento da faringite é feito com antibiótico, já tratamento da febre reumática (não é infecciosa) é baseado na utilização de corticóide, ou seja, vai depremir o sistema imunológico, para que os anticorpos não reconhecam nossas próprias estruturas. Muitas vezes o tratamento da febre reumática é associado corticoide a antibióticos, mas isso é para que não haja nova infecção na garganta, pois essa será mais intensa. 💡 Por que é importante saber se o paciente tem histórico ou risco de desenvolver febre reumática? A febre reumática muitas vezes tem como consequencia a cardite e, logo, a insuficiência valvares e a suceptibilidade a endocardite infecciosa. Streptococcus 13 💡 Em caso de paciente com susceptibilidade a endocardite infecciosa quais os procedimentos em odontoogia se faz necessária profilaxia antibiótica? Diante de uma cirurgia oral, bactérias orais entram na corrente sanguínias induzindo uma bacterimia transitória, essas bactérias orais vão ser atraidas para as áreas lesionadas do coração, levando a endocardite infecciosa. Os estreptococos orais são espécies predominantes nas endorcadites infecciosas. Para evitar essa situação, antes do procedimento o cirurgião-dentista faz uma profilaxiaantibiótica, ou seja, tome antibiótico antes, para que na hora da cirurgia exista uma concentração significativa de antibiótico na corrente sanguínea e isso evite que a bactéria consiga atingir o coração. Outras síndromes associadas a streptococcus pyogenes Fasciíte necrosante por estreptococos tipo A Impetigo bolhoso por estreptococos tipo A Erisipela
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