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Protocolo Procedimentos de Enfermagem

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ESTADO DE SANTA CATARINA 
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ 
 SECRETARIA DE SAUDE 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROTOCOLO DE PROCEDIMENTOS DE 
ENFERMAGEM DO 
MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESTADO DE SANTA CATARINA 
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ 
 SECRETARIA DE SAUDE 
 
 
2 
 
 
GESTÃO 2013/2016 
 
Chefe do Executivo 
Adeliana Dal Pont 
Prefeita 
 
José Natal Pereira 
Vice-Prefeito 
 
Secretaria de Saúde 
Luis Antônio Silva 
Secretário 
 
Júlio Flores 
Secretário Adjunto 
 
Diretoria da Atenção Básica 
Maria da Graça Chraim dos Anjos 
 
 
Elaboradores 
Mariliz Cabral Broering Diener 
Juliano Manoel Coelho 
Tereza Gaio 
Fabrícia Martins 
Mariana Itamaro Gonçalves 
 
 
 
Revisado e Validado 
Comissão de Assistência Farmacêutica, Terapêutica e Padronização de Procedimentos 
Clínicos (CFT) 
 
 
 ESTADO DE SANTA CATARINA 
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ 
 SECRETARIA DE SAUDE 
 
 
3 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
Procedimentos de Enfermagem ----------------------------------------------------------------07 
Lavagem das mãos -------------------------------------------------------------------------------07 
 Técnica de Higienização das mãos -------------------------------------------------08 
Verificação dos Sinais Vitais --------------------------------------------------------------09 
Frequência Cardíaca ----------------------------------------------------------------10 
Frequência respiratória --------------------------------------------------------------12 
Temperatura -------------------------------------------------------------------------14 
Pressão arterial --------------------------------------------------------------------------15 
Avaliação da Dor ---------------------------------------------------------------------17 
Escala de avaliação com faces ----------------------------------------------18 
Cuidados de enfermagem frente à dor -------------------------------------18 
Verificação dos Dados Antropométricos no adulto ---------------------------------------19 
Verificação do Peso -----------------------------------------------------------------19 
Verificação da Estatura --------------------------------------------------------------20 
Verificação da Circunferência Abdominal -----------------------------------------21 
Índice de Massa Corporal – IMC --------------------------------------------------21 
Verificação dos Dados Antropométricos na criança ---------------------------------------22 
Verificação do Peso ------------------------------------------------------------------22 
Verificação da Estatura ---------------------------------------------------------------23 
Verificação do Perímetro Cefálico --------------------------------------------------24 
Exame Físico --------------------------------------------------------------------------------25 
Exame da Cabeça ---------------------------------------------------------------------------25 
Exame do Tórax --------------------------------------------------------------------27 
Exame do Abdome -----------------------------------------------------------------30 
Exame da Genitália Masculina -----------------------------------------------------31 
Exame da Genitália Feminina ------------------------------------------------------31 
Sistema Musculoesquelético --------------------------------------------------------32 
Sistema Neurológico ---------------------------------------------------------------32 
Punção Venosa Periférica ------------------------------------------------------------------33 
 ESTADO DE SANTA CATARINA 
 PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ 
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4 
 
Retirada do Acesso Venoso ------------------------------------------------------------34 
Administração de medicamentos -------------------------------------------------------------35 
Medicação por nebulização ---------------------------------------------------------36 
Via Endovenosa / Intravenosa -------------------------------------------------------37 
Cálculo para Gotejamento de soro -------------------------------------------39 
Via Intradérmica -------------------------------------------------------------------------------41 
Locais de Administração Intradérmica --------------------------------------42 
Via intramuscular -------------------------------------------------------------------------------43 
Definição do procedimento para qualquer região escolhida/indicada --------------------44 
Procedimento para aplicação em região deltoide -------------------------45 
Procedimento para aplicação em região dorso-glútea --------------------45 
Procedimento para aplicação em região ventro glútea/hochsteter -------45 
Procedimento para aplicação em região face ântero-lateral da coxa -----45 
Via subcutânea --------------------------------------------------------------------------------46 
Via oftálmica ---------------------------------------------------------------------------------47 
Via auricular ----------------------------------------------------------------------------------49 
Via Sublingual ---------------------------------------------------------------------------------50 
Via Retal ----------------------------------------------------------------------------------------51 
Via Oral ---------------------------------------------------------------------------------------52 
Aspiração de Secreções ----------------------------------------------------------------------52 
Aspiração Oronasofaríngea ------------------------------------------------------------------53 
Cuidados específicos para aspiração nasal --------------------------------54 
Cuidados específicos para aspiração oral ----------------------------------55 
Aspiração Traqueal -------------------------------------------------------------------------55 
Cuidados com Traqueostomia --------------------------------------------------------------57 
Higienização da Traqueostomia ------------------------------------------------------------57 
Troca das tiras de fixação da Cânula de Traqueostomia --------------------------58 
Glicemia Capilar ----------------------------------------------------------------------------58 
Rotina de Cateterismo Vesical -------------------------------------------------------------60 
Cateterismo Vesical de Demora -------------------------------------------------------60 
Procedimento em paciente do sexo masculino -----------------------------62 
Procedimento em paciente do sexo feminino -------------------------------63 
Tempo de permanência da sonda ---------------------------------------------65 
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5 
 
Cateterismo vesical de Alívio ----------------------------------------------------------65 
Cateterismo em vesicostomia ----------------------------------------------------------67 
Sondagem Gástrica e Enteral ----------------------------------------------------------------69 
Sondagem Nasogástrica -------------------------------------------------------------69 
Técnica para verificação da posição da sonda -------------------------------------70 
Sondagem Entérica -----------------------------------------------------------------71 
Gastrostomia ------------------------------------------------------------------------72 
Retirada de Pontos --------------------------------------------------------------------------73 
Parada Cárdio Respiratória ------------------------------------------------------------------75ESTADO DE SANTA CATARINA 
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6 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
A equipe de enfermagem tem um papel de extrema importância nos serviços de 
saúde, uma vez que se destaca pela presença contínua e mais próxima durante todas as 
fases da assistência à saúde dos indivíduos. Com um número de profissionais 
expressivos no país, a categoria é constituída por aproximadamente 1.500.000 
trabalhadores, podendo assim, atuar como sujeitos ativos no processo de aprimoramento 
e qualificação da assistência de enfermagem nos serviços públicos de saúde (COFEN, 
2007). 
No que diz respeito à assistência de enfermagem, as evidências científicas atuais 
referem que o uso de protocolos assistenciais traz benefícios para a equipe e, 
principalmente ao cliente, pois proporciona uma maior segurança, habilidade e, 
sobretudo aquisição de um maior conhecimento teórico (SILVA et. al, 2009). 
Assim, torna-se necessária a padronização dos serviços oferecidos na rede de 
atenção à saúde, pois sua ausência traduz a fragilidade da mesma, podendo levar a uma 
grande variação dos modos de como os serviços são ofertados, abrindo, muitas vezes, 
um espaço para a adoção não crítica de tecnologias e práticas desnecessárias e 
inadequadas para a realidade local (CAMPOS, 2009). 
Desta forma, com o objetivo de alcançar a excelência e padronização da 
assistência de enfermagem na Rede de Atenção à Saúde no município de São José, a 
Diretoria de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde lança o Protocolo de 
Procedimentos de Enfermagem. Este material permitirá ao profissional organizar suas 
ações de forma sistematizada, com competência e segurança. Salientamos que este foi 
elaborado utilizando as evidências científicas mais atuais, entretanto, não são imutáveis, 
e deverão ser continuamente renovados na medida em que novas diretrizes surjam. 
 
 
 
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7 
 
 
1. Procedimentos de Enfermagem 
 
1.1. Lavagem das mãos: 
 
A lavagem das mãos é uma prática de assepsia que remove microorganismos 
temporários e resistentes das mãos quando elas são friccionadas e / ou escovadas com 
água e sabão. Tendo como finalidade evitar propagação de doenças, eliminar da pele 
substâncias tóxicas e medicamentos, bem como proteger contra agressões do meio. 
 
As mãos devem ser lavadas: 
 
 Antes e depois de qualquer cuidado ao cliente; 
 Ao verificar sujeira visível nas mãos; 
 Após a utilização do banheiro; 
 Após tossir ou espirrar; 
 Antes de beber e comer; 
 Antes e após calçar as luvas, estas não substituem a lavagem das mãos; 
 Ao término do dia do trabalho 
 
Material Utilizado: 
 
 Sabonete líquido; 
 Toalha de papel; 
 Álcool 70%. 
 
Descrição do Procedimento: 
 
 Abrir a torneira e molhar as mãos sem encostar-se a pia; 
 Ensaboar as mãos e punhos, fazendo fricção com sabão por 30 segundos; 
 Enxaguar com água corrente, deixando que a água escorra no limite da limpeza 
(punho/braço); 
 Secar as mãos com toalha de papel da ponta dos dedos para o punho; 
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8 
 
 Fechar a torneira utilizando toalha de papel seco; 
 Friccionar as mãos com álcool sempre que necessário. 
 
Técnica de higienização das mãos: 
 
 
 
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9 
 
 
 
 
 Fonte: ANVISA, 2009. 
 
 
1.2. Verificação dos Sinais Vitais: 
 
Os sinais vitais correspondem à verificação da temperatura, respiração, pressão arterial 
(PA) e frequência cardíaca. Na unidade básica de saúde, a verificação dos sinais vitais 
deve ser feita antes de cada consulta ou sempre que necessário. Deverá realizar-se uma 
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10 
 
desinfecção com algodão e álcool a 70%, nos materiais utilizados, a cada troca de 
paciente. 
 
1.2.1. Frequência Cardíaca: 
 
É a elevação palpável do fluxo sanguíneo percebida em vários pontos no corpo. O pulso 
e a pressão arterial são sinais que refletem o funcionamento do sistema circulatório. 
Quando palpado, o pulso permite avaliar a Frequência Cardíaca (número de batimentos 
por minutos) e o Ritmo Cardíaco, observando a regularidade das batidas, a amplitude ou 
a intensidade (quantidade de sangue bombeado). 
Material Utilizado: 
 
 Relógio de pulso com ponteiro de segundos; 
 Prontuário do paciente; 
 Caneta. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Lavar as mãos; 
 Explicar o procedimento ao paciente; 
 Solicitar ao paciente que fique em posição de repouso, com o braço apoiado na mesa ou 
no colo; 
 Posicionar os dedos indicador e médio sobre uma artéria superficial do paciente 
comprimindo-a levemente, com pressão suficiente para sentir a pulsação; 
 Sentir bem a pulsação antes de iniciar a contagem; 
 Contar os batimentos durante um minuto; 
 Repetir o procedimento, se necessário; 
 Realizar a anotar no prontuário do paciente. 
 
Cuidados Importantes: 
 
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11 
 
 Não usar o polegar para verificar o pulso, pois a própria pulsação pode ser confundida 
com a pulsação do paciente; 
 Aquecer as mãos para verificar o pulso; 
 Não fazer forte pressão sobre a artéria, pois isso pode impedir de sentir os batimentos do 
pulso; 
 Quando for controlar o pulso, anotar regularidade (rítmico/arrítmico), frequência e 
volume (cheio/filiforme); 
 Deixar o paciente repousar apos exercício e só então fazer a verificação; 
 O pulso não deve ser contado na artéria carótida (pescoço) para evitar estimulação do 
nervo vago que pode desencadear bradicardia; 
 Ao observar alterações na frequência, ritmo e volume do pulso, comunicar 
imediatamente a chefia do setor, na ausência desta, comunicar o médico responsável. 
 
 Idade Variação Media normal 
Recém-nato 70 a 170 120 
11 meses 80 a 160 120 
2 anos 80 a 130 110 
4 anos 80 a 120 100 
6 anos 75 a 115 100 
8 anos 70 a 110 90 
10 anos 70 a 110 90 
Fonte: Cadernos de Atenção Básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília – DF, 2012. 
 
Frequência cardíaca normal em adultos: 60 – 110 bpm. 
Fonte: http://mmspf.msdonline.com.br/pacientes/manual_merck/secao_03/cap_016.html, acesso em 23/05/12. 
 
 
Nomenclatura para alterações na frequência: 
 
Normal ou Sinusal: De 60 à 80 bpm; 
Taquicardia ou Taquisfigmia: Maior que 100 bpm; 
Bradicardia ou Bradisfigmia: Menor que 60 bpm. 
Fonte: Saberes e Práticas: Gui para Ensino e Aprendizado de Enfermagem. Volume 1 – 2ª Edição Revisada São 
Caetanano do Sul – SP, 2006. 
 
Nomenclatura para alterações no ritmo: 
 
Regular ou Rítmico: Intervalos de tempo regulares entre as batidas cardíacas; 
Irregular ou Arrítmico: Intervalos de tempo irregulares entre as batidas cardíacas; 
Dicrótico: Dá a impressão de dois batimentos. 
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Fonte: Saberes e Práticas: Gui para Ensino e Aprendizado de Enfermagem. Volume 1 – 2ª Edição 
Revisada São Caetanano do Sul – SP, 2006. 
 
 
1.2.2. Frequência Respiratória: 
 
Consiste na verificação do sucesso rítmico de movimento de expansão pulmonar 
(inspiração e expiração). A normalidadeda ventilação, a eupneia, é interrompida pelo 
suspiro, respiração mais profunda e prolongada que constitui um mecanismo fisiológico 
de proteção para expandir as pequenas vias aéreas e alvéolos que não são ventilados 
durante uma respiração normal. 
 
Material Utilizado: 
 
 Relógio de pulso com ponteiro de segundos; 
 Prontuário do paciente; 
 Caneta. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Lavar as mãos; 
 Posicionar o paciente confortavelmente; 
 Observar os movimentos respiratórios sem que o paciente perceba (colocar a mão no 
pulso radial do paciente como se fosse controlar o pulso, e disfarçar, observando os 
movimentos respiratórios); 
 Contar os movimentos (inspiração e expiração, um ciclo completo) durante 1 minuto 
e repetir se necessário; 
 Lavar as mãos; 
 Anotar no prontuário do paciente. 
 
Cuidados Importantes: 
 
 Não permitir que o paciente fale durante o procedimento; 
 Não contar a respiração logo apos esforços do paciente; 
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13 
 
 Enquanto esta sendo obtido o índice respiratório, deverão ser observadas a cor da 
pele, mucosas e características da respiração. 
 
Frequência respiratória normal: 
 
De 0 a 2 meses até 60 mrm 
De 2 a 11 meses até 50 mrm 
De 12 meses a 5anosaté 40 mrm 
De 6 a 8 anos até 30 mrm 
Acima de 8 anos até 20 mrm 
Fonte: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 2007. 
 
A respiração pode ser afetada por vários fatores: 
 
 Atividade Física: Aumenta a frequência e a profundidade para satisfazer a 
necessidade do corpo de oxigênio adicional e eliminar o CO2 do corpo; 
 Febre: Devido à necessidade de perda de calor corpóreo, a respiração é uma 
forma de perda de calor; 
 Dor: Altera a frequência e o ritmo respiratório, a respiração é uma forma de 
perda de calor; 
 Ansiedade: A frequência e a profundidade são aumentadas devido a estimulação 
simpática; 
 Hemorragias: Para satisfazer a necessidade do corpo de oxigênio, já que o 
volume de sangue, e consequentemente o O2, estão diminuídos no corpo; 
 Alterações Posturais: Postura ereta e reta permite a expansibilidade torácica 
plena. Postura curvada ou inclinada compromete o movimento respiratório; 
 Tabagismo: O tabagismo crônico altera as vias aéreas do pulmão, resultando em 
maior frequência respiratória mesmo em repouso, quando não esta fumando; 
 Medicamentos: Os analgésicos, narcóticos, anestésicos gerais e hipnóticos 
sedativos deprimem a frequência e a profundidade. 
As anfetaminas e a cocaína podem aumentar a frequência e a profundidade. Os broncos 
dilatadores diminuem a frequência, provocando a dilatação da via aérea; 
 Lesão Neurológica: A lesão do tronco cerebral compromete o centro respiratório 
e inibe frequência e o ritmo respiratório; 
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14 
 
 Função da Hemoglobina: A diminuição dos níveis de hemoglobina (anemia) 
reduz a capacidade de transporte de oxigênio do sangue, o que aumenta a frequência 
respiratória. 
 
1.2.3. Temperatura: 
 
A temperatura corporal é o equilíbrio entre o calor produzido pelo organismo e o calor 
dissipado para o ambiente, mediado pelo centro termo regulador (o hipotálamo). Pode 
ser verificada na região axilar, inguinal, bucal ou retal. A axilar é a mais comumente 
verificada pela praticidade, seu valor normal varia no adulto entre 36,5º e 37º. 
 
Material Utilizado: 
 
 Termômetro; 
 Prontuário do paciente; 
 Caneta; 
 Algodão; 
 Álcool a 70%. 
 
Contra indicações: 
 
Qualquer tipo de processo infeccioso (como furunculose axilar ou cirurgia com sutura 
em processo de cicatrização), pessoas muito fracas ou magras. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Lavar as mãos; 
 Explicar o procedimento ao paciente; 
 Fazer a desinfecção do termômetro utilizando algodão com álcool; 
 Agitar vigorosamente o termômetro para que a coluna de mercúrio desça ate a 
menor ou igual a 35C; 
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15 
 
 Colocar o termômetro na região axilar do paciente, com o bulbo em contato com 
a pele, posicionando o membro sobre o tórax; 
 Manter nesta posição por 3 a 5 minutos; 
 Verificar o valor obtido e anotar; 
 Fazer novamente a desinfecção do termômetro utilizando algodão com álcool; 
 Guardar o material em local apropriado; 
 Fazer anotação no prontuário; 
 Lavar as mãos. 
 
Termos e valores utilizados: 
 
Afebril: 36 a 37ºC; 
Estado Febril: 37,5 a 37,8ºC; 
Febre: 38 a 38,9ºC; 
Pirexia: 39 a 40°C; 
Hiperpirexia: Acima de 40ºC; 
Hipotermia: Temperatura abaixo de 35ºC; 
Hipertermia: 38 a 40ºC. 
Fonte: Saberes e Práticas: Gui para Ensino e Aprendizado de Enfermagem. Volume 1 – 2ª Edição Revisada São 
Caetanano do Sul – SP, 2006. 
 
1.2.4. Pressão Arterial: 
 
A pressão arterial é a força exercida sobre as paredes de uma artéria pelo sangue que 
pulsa sob pressão a partir do coração. O pico de pressão máxima quando a ejeção 
acontece é a pressão arterial sistólica. 
Quando os ventrículos se relaxam, o sangue que permanece nas artérias exerce uma 
pressão mínima ou diastólica, que é a pressão mínima exercida contra as paredes 
arteriais em todos os momentos. A diferença entre a pressão sistólica e a diastólica é a 
pressão do pulso. 
 
A unidade de medida padrão é o milímetro de mercúrio (mmHg). A medição indica a 
altura até a qual a pressão arterial pode elevar uma coluna de mercúrio. Esta pressão é 
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16 
 
aferida com um equipamento chamado esfigmomanômetro e o auxílio de um 
estetoscópio. 
 
Categoria Sistólica (mmHg) Diastólica (mmHg) 
Ótima < 120 < 80 
Normal < 130 < 85 
Normal Alta 130 – 139 85 – 89 
Hipertensão Grau I 140 – 159 90 – 99 
Hipertensão Grau II 160 – 179 100 – 109 
Hipertensão Grau III  Ou = 180  Ou = 110 
Fonte: Canadian Fundamentals of Nursing (2006). 
 
Material Utilizado: 
 
 Algodão; 
 Álcool 70%; 
 Estetoscópio; 
 Esfigmomanômetro; 
 Prontuário do paciente caneta; 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Lavar as mãos; 
 Explicar o procedimento para a paciente confiança; 
 Orientar descanso prévio de 5 minutos; 
 Colocar o paciente sentado, com o braço apoiado e no mesmo nível do coração; 
 Certificar-se que o paciente: não esta com a bexiga cheia, se não ingeriu bebida 
alcoólica, café ou fez uso de cigarros, se não fez uso de medicação ou não praticou 
atividade física 30 minutos antes da aferição; 
 Retirar blusas com mangas que possam fazer garroteamento; 
 Colocar manguito 2 a 3 cm acima da fossa antecubital; 
 Manter a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido; 
 Palpar o pulso radial e inflar o manguito até 30mmHg acima do valor que o pulso 
desaparecer; 
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17 
 
 Posicionar o estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, evitando pressão 
excessiva para não alterar o som auscultado; 
 Desinsuflar o manguito lentamente em torno de 2 a 4mmHg por segundo; 
 Considerar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som; 
 Considerar a pressão diastólica no desaparecimento do som. No caso de os 
batimentos persistirem até zero, considerar pressão diastólica no abafamento do 
som; 
 Aguardar, no mínimo, 1 a 2 minutos para realizar nova aferição, se necessário; 
 Na primeira vez, aferir nos dois braços, se discrepantes,considerar o valor mais alto; 
 Nas medidas subsequentes de preferência medir sempre no mesmo braço. 
 
Observações: 
 
 A verificação da Pressão arterial não deve ser feita em membros com sequela de 
AVC, no lado de mastectomia, fratura ou com problema circulatório; 
 Anotar no prontuário se na hora de verificação o paciente estava sentado, deitado ou 
em pé; 
 Observar se o manômetro esta devidamente regulado (em repouso o ponteiro deve 
estar no zero). 
 
1.2.5 Avaliação da Dor: 
 
A Avaliação da dor é uma importante forma de cuidado, pois precisamos utilizar de 
conhecimentos para investigar o fenômeno doloroso e destacar informações importantes 
para o planejamento da assistência de enfermagem e para o seu controle, assim como 
para a avaliação da eficácia do cuidado implementado. O avaliar é uma ação que leva a 
resultados observáveis, porém subjetivos, e parte do princípio de que somente o 
indivíduo que sente a dor pode realmente fornecer as informações verdadeiras sobre 
suas características. 
Existem vários fatores que podem modificar a expressão da dor, como a faixa etária, 
sexo, nível cognitivo, experiências dolorosas prévias, aprendizado, padrões culturais, 
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18 
 
relações familiares e repercussões em sua vida cotidiana (CHAVES; LEÃO, 2007; 
BLACK, et al 2007; GYEKYE, 2008). 
A avaliação e a mensuração da dor começam pelo exame físico e anamnese, quando o 
enfermeiro realiza o histórico de enfermagem; Neste momento, é possível obter 
informações importantes junto ao paciente e familiares/cuidadores como: o início da 
dor, sua propagação, frequência, duração, fatores precipitantes, agravantes e de alívio. 
 
Existem mais de 42 modelos de escalas ou instrumentos de avaliação da dor, sugerimos 
a utilização da “Escala de avaliação com faces”. 
 
1.2.5.1. Escala de avaliação com faces: 
 
É uma escala que contém seis faces e estas são mostradas ao paciente. A primeira figura 
é muito sorridente, e as expressões vão se transformando até chegar à última que é 
muito triste. O paciente escolhe a face que se parece com a sua em situação de dor. 
 
 
 
 
Após a avaliação, por meio da escala de faces, parte-se para o planejamento das 
possíveis intervenções de cuidado. 
 
1.2.5.2. Cuidados de enfermagem frente à dor: 
 
O controle e alívio da dor devem ser uma preocupação para toda a equipe. A sua 
atuação envolve: 
- Investigação da queixa álgica; 
- Caracterização da experiência dolorosa em todos os seus domínios; 
- Identificação dos fatores que contribuem para a melhora ou piora da queixa álgica; 
- Seleção das alternativas de tratamento conforme a situação evidenciada; 
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19 
 
- Verificação da eficácia das terapêuticas implementadas. 
 
A enfermagem precisa reconhecer a dor como um quinto sinal vital e fazer de sua 
avaliação um cuidado permanente e cotidiano, já que o alívio da sensação dolorosa 
constitui-se num importante princípio para a potencialização das medidas de cuidado e 
cura. 
 
1.3. Verificação dos Dados Antropométricos no adulto: 
 
As medidas antropométricas são importantes no acompanhamento do desenvolvimento 
do paciente em todas as etapas do ciclo vital. Tendo como finalidade acompanhar o 
crescimento e detectar variações patológicas. 
 
1.3.1. Verificação do Peso: 
 
O peso adequado é um indicador das condições de saúde de um indivíduo. 
 
Material Utilizado: 
 
 Balança; 
 Prontuário do paciente; 
 Caneta. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Lavar as mãos; 
 Explicar o procedimento para o paciente; 
 Forrar a balança com papel toalha; 
 Regular ou tarar a balança; 
 Solicitar ao paciente que retire os sapatos e use roupas leves; 
 Auxiliar o paciente a subir na balança, colocando-o no centro com os pés unidos 
e os braços soltos ao lado do corpo; 
 Destravar a balança; 
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20 
 
 Mover o indicador de quilos até a marca do peso aproximado do paciente; 
 Mover o indicador de gramas até equilibrar o fiel da balança; 
 Solicitar e auxiliar o paciente a descer da balança; 
 Colocar os mostradores em zero e travar a balança; 
 Lavar as mãos; 
 Anotar o peso indicado na escala, no prontuário do paciente. 
 
1.3.2. Verificação da Estatura: 
 
Para realização dessa medida, utilizam-se como instrumento a régua antropométrica da 
balança. 
 
Material Utilizado: 
 
 Balança antropométrica com dispositivo de altura; 
 Prontuário do paciente; 
 Caneta. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Lavar as mãos; 
 Explicar o procedimento para o paciente; 
 Forrar a balança antropométrica com dispositivo de altura, com papel toalha; 
 Solicitar ao paciente que retire os sapatos; 
 Auxiliar o paciente a se posicionar de costas para a escala de medida; 
 Se possível, solicitar que o paciente olhe horizontalmente; 
 Suspender a escala métrica, fazendo com que a haste repouse sobre a cabeça do 
paciente; 
 Travar a haste; 
 Solicitar e auxiliar o paciente a descer da balança; 
 Realizar a leitura; 
 Destravar e descer a haste; 
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21 
 
 Lavar as mãos; 
 Anotar no prontuário. 
 
1.3.3. Verificação da Circunferência abdominal: 
 
A gordura abdominal é um tipo de gordura visceral, que envolve os órgãos, como os 
intestinos, o pâncreas e o fígado. O problema é que esse tipo de gordura também produz 
substâncias pró-inflamatórias, que aumentam o risco de aterosclerose. 
Número ideal: Até 102 cm para homens e até 88 cm para mulheres. 
Material Utilizado: 
 
 Fita Métrica; 
 Prontuário do paciente; 
 Caneta. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Lavar as mãos; 
 Explicar o procedimento para o paciente; 
 Posicionar a fita métrica em volta do abdômen, na altura do umbigo, mantendo a 
barriga relaxada e tendo o cuidado de verificar se em toda a sua extensão a fita 
está paralela ao plano do chão; 
 Realizar a leitura; 
 Lavar as mãos; 
 Anotar no prontuário. 
 
1.3.4. Índice de Massa Corporal – (IMC): 
 
É uma medida internacional usada para calcular se uma pessoa está no peso ideal. 
 
Material Utilizado: 
http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/males-que-podem-ser-causados-pela-gordura-abdominal/228/
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22 
 
 
 Balança antropométrica com dispositivo de altura; 
 Prontuário do paciente; 
 Caneta. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Lavar as mãos; 
 Explicar o procedimento para o paciente; 
 Utilizar as técnicas descritas acima para aferição do Peso e Altura; 
 
 Calcular: IMC = Peso 
 -------------- 
 Altura x Altura 
 Lavar as mãos; 
 Anotar no prontuário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: World Health Organization (1997). 
 
1.4. Verificação dos Dados Antropométricos na criança: 
 
1.4.1. Verificação do Peso: 
 
Mensuração da massa corpórea. 
 
Material Utilizado: 
IMC Classificação 
< 16 Magreza grave 
16 a < 17 Magreza moderada 
17 a < 18,5 Magreza leve 
18,5 a < 25 Saudável 
25 a < 30 Sobrepeso 
30 a < 35 Obesidade Grau I 
35 a < 40 Obesidade Grau II (severa) 
≥ 40 Obesidade Grau III (mórbida) 
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 Balança; 
 Prontuário e carteirinha da criança. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Lavar as mãos; 
 Forrar a balança com papel toalha; 
 Regular ou tarar a balança; 
 Despir a criança e coloca-la na balança; 
 Destravar a balança; 
 Mover o indicador de quilos até a marca do peso aproximado da criança; 
 Mover o indicador de gramas até equilibrar o fiel da balança; 
 Retirar a criança; 
 Colocar os mostradores em zero e travar a balança; 
 Lavar as mãos; 
Anotar o peso indicado na escala, no prontuário e no cartão da criança. 
 
1.4.2. Verificação da Estatura: 
 
Técnica de mensuração da altura da criança. 
 
Material Utilizado: 
 
 Balança antropométrica com dispositivo de altura; 
 Prontuário e carteirinha da criança. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Lavar as mãos; 
 Explicar o procedimento para o responsável pela criança; 
 Forrar a balança antropométrica com dispositivo de altura, com papel toalha; 
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24 
 
 Solicitar ao responsável para que retire os sapatos da criança; 
 Lavar as mãos; 
 Auxiliar a criança a se posicionar de costas para a escala de medida; 
 Se possível, solicitar que a criança olhe horizontalmente; 
 Suspender a escala métrica, fazendo com que a haste repouse sobre a cabeça da 
criança; 
 Travar a haste; 
 Solicitar e auxiliar a criança a descer da balança; 
 Realizar a leitura; 
 Destravar e descer a haste; 
 Lavar as mãos; 
 Anotar no prontuário e na carteirinha da criança. 
 
1.4.3. Verificação do Perímetro Cefálico: 
 
Meça o perímetro cefálico de crianças até 36 meses de idade e em qualquer criança cujo 
tamanho da cabeça seja questionável. 
 
Material Utilizado: 
 
 Fita Métrica; 
 Prontuário e carteirinha da criança. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Lavar as mãos; 
 Explicar o procedimento para o responsável da paciente; 
 Posicionar a fita métrica um pouco acima das sobrancelhas e orelhas e em volta 
da proeminência occipital na região posterior do crânio; 
 Realizar a leitura; 
 Lavar as mãos; 
 Anotar no prontuário e carteirinha da criança. 
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25 
 
 
1.5. Exame Físico: 
 
Compreende o levantamento das condições globais do paciente, tanto físicas como 
psicológicas, no sentido de buscar informações significativas para a enfermagem. A 
execução do exame físico representa o primeiro momento de contato físico com o 
paciente. 
Para a realização do exame físico, é necessário que o examinador possua conhecimentos 
prévios de anatomia, fisiologia, fisiopatologia e outras ciências afins. O profissional de 
enfermagem deve demonstrar autoconfiança, paciência, consideração e delicadeza, 
explicando todos os procedimentos. 
A execução deve obedecer a um sentido cefalopodal, considerando, em todo o seu 
desenvolvimento, a impressão geral que o examinado transmite ao examinador. Os 
dados deverão ser registrados de forma objetiva, clara e completa, pois são 
imprescindíveis para o desenvolvimento de uma correta comunicação entre os diversos 
membros da equipe. 
1.5.1. Exame da Cabeça (Inspeção): 
 
Tamanho do crânio: Normocefalia, arredondada e simétrica (alteração: macrocefalia, 
microcefalia); 
Forma do crânio: Mesocéfalo, dolicéfalo, braquicéfalo (alteração: fronte “olímpica”); 
Posição e movimento: Desvio (torcicolo – inclinação lateral) e alteração do movimento 
(tiques, paralisia). 
 
Superfície e couro cabeludo (inspeção e palpação): 
 
Saliências (tumores, hematomas), depressões (afundamentos), cicatrizes, lesões e pontos 
dolorosos, Higiene do couro cabeludo e cabelos (presença de caspas, piolhos e lêndeas); 
Cabelos (implantação, distribuição, quantidade, cor textura, brilho e queda). 
 
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26 
 
Face: 
 
Características raciais; componentes psicológicos, Expressão fisionômica ou 
mímica estado de humor (tristeza, desânimo, dor, alegria); Simétrica ou normal, 
assimétrica (tumefações ou depressão unilateral, paralisias); Pele: alterações da cor, 
cicatrizes, lesões cutâneas (acne, mancha, cloasma). 
 
Olhos (inspeção e palpação): 
 
Aspecto: simétricos, límpidos e brilhantes; pálpebras com oclusão completa; conjuntiva 
palpebral rósea e bulbar transparente; esclerótica branca e limpa; pupilas isocóricas, 
redondas e reativas à luz. 
Alterações: exoftalmias, enoftalmia (afundamento do globo ocular dentro da órbita, 
causado por desnutrição e desidratação), desvios (estrabismo), movimentos 
involuntários (nistagmo), ptose (queda) palpebral; ectopia, entropia, midriase (dilatação 
excessiva da pupila, característica da morte), miose, anisiocoria (pupilas desiguais). 
Acuidade visual: redução ou perda da visão (uni ou bilateral), correção parcial ou total 
com lentes de contato ou óculos. 
Observar sintomas gerais: dor ocular e cefaléia, sensações de corpo estranho, queimação 
ou ardência, lacrimejamento, sensação de olho seco, hiperemia, secreções, edema 
palpebral, blefarite (inflamação aguda ou crônica da borda da palpebral), alteração na 
cor da esclerótica e da conjuntiva, diplopia (visão dupla), fotofobia e escotomas 
(mancha escura móvel que encobre parte do campo visual). 
 
Ouvidos (inspeção): 
 
Posição, tamanho e simetria das orelhas; Acuidade auditiva; perda parcial ou total (uni ou 
bilateral) uso de aparelho auditivo. Observar sintomas gerais: dor, prurido, zumbido, 
secreções, edema, hiperemia, sangramento, lesões. 
 
Nariz e cavidades paranasais (inspeção e palpação): 
 
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27 
 
Simetria, coloração da mucosa, deformidades, desvio de septo; Observar sintomas gerais: 
dor, espirros, obstrução nasal (uni ou bilateral), secreção epistaxe, edema, inflamação, 
lesões, pólipos, alteração no olfato. Palpação dos seios paranasais nas áreas frontal e 
maxilar da face. 
 
Boca e garganta (inspeção e palpação): 
 
Lábios: cor, textura, hidratação e contorno; 
Mucosa oral: cor, umidade, integridade. 
Gengivas e língua: cor, textura, tamanho e posição. 
Dentes: coloração, número e estado dos dentes, alinhamento da arcada dentária, uso de 
prótese. 
Garganta: tamanho das amigdalas, presença de exsudato ou secreções e nódulos. 
Observar sintomas gerais: mucosas descoradas, hipercoradas, cianóticas ou ictéricas; dor e 
desconforto oral, lesões (úlceras, escoriações, cistos, placa branca), estomatite, edema, 
hiperemia, sangramento gengival, gengivite, descamação, diminuição ou falta de salivação, 
língua saburrosa, halitose e cáries. 
 
Pescoço (inspeção, palpação e ausculta): 
 
Posição: mediana, rigidez (torcicolo), ou flacidez muscular. 
Mobilidade: ativa e passiva (flexão, extensão, rotação e lateralidade); alterações: rigidez, 
flacidez. 
Ingurgitamento das jugulares: turgência e batimentos arteriais e venosos. 
Pele: coloração, sinais flogísticos (edema, calor, rubor e dor). 
Glândulas salivares e gânglios linfáticos: localização, tamanho/volume, consistência, 
mobilidade, sensibilidade. 
Traquéia: posição, forma e desvio da linha média. 
Tireoide: volume (normal ou aumentado), consistência (normal, firme, endurecida, pétrea), 
mobilidade (normal ou imóvel), superfície (lisa, nodular, irregular), sensibilidade (dolorosa 
ou indolor), temperatura da pele (normal ou quente). 
 
1.5.2. Exame do Tórax: 
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28 
 
 
Inspeçãodinâmica: estudo dos movimentos torácicos. 
Forma do tórax: atípica ou normal, típico ou patológico. 
Deformações da caixa torácica: abaulamentos e retrações. 
Alterações da pele: coloração, manchas, cicatrizes e lesões. 
 
Exame das mamas: 
 
Época: 1ª semana após a menstruação, e na menopausa no início de cada mês. 
Posições: ortostática (paciente em pé) 1: braços laterais ao corpo, 2: braços acima da 
cabeça, decúbito dorsal (paciente deitada) braços sobre a cabeça. 
Inspeção: estática e dinâmica; observar volume (simetria/assimetria), diminuição, aumento, 
formato, pele (cicatrizes, sinais de inflamação), mamilos e auréolas (desvios, retração, 
inversão, ulceração) secreção mamaria (espontânea ou induzida). 
Palpação: sentido horário no quadrante superior – mamas – região supra-clavicular e axilar, 
observar a presença de massas, nódulos (local, tamanho, consistência, mobilidade e 
sensibilidade). 
 
Sistema cardiovascular: 
 
Inspeção: observar área precordial (protuberância, retrações, ictus), varizes e edema dos 
mmii. 
Palpação: presença de pulsos periféricos (frequência, ritmo, amplitude, tensão), perfusão 
periférica. 
Ausculta: a) ritmo normal – regular em dois tempos (1ª bulha = fechamento das válvulas 
mitral e tricúspide = TUM; 2ª bulha = fechamento das válvulas aórtica e pulmonar = TA). 
b) anormal: irregular (ritmo de galope, extra-sístole), c) Focos de ausculta cardíaca: foco 
mitral – ápice do coração (íctus) – 5º espaço intercostal; foco aórtico – à direita do esterno – 
2º espaço intercostal; foco tricúspide – à esquerda do esterno – 5º espaço intercostal; foco 
pulmonar – próximo à esquerda do esterno – 2º espaço intercostal. 
 
Sistema respiratório: 
 
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29 
 
Inspeção: forma e tipo de tórax; movimentos respiratórios (frequência, tipo e ritmo 
respiratório); pesquisar tosse (cheia com ou sem expectoração, seca), dor e retrações ao 
respirar. 
Palpação: análise da expansibilidade torácica, pesquisar sensibilidade dolorosa, 
contraturas, edema. 
Ausculta: sons normais (respiração brônquica, bronco vesicular e murmúrios 
vesiculares); sons anormais (ruídos adventícios – roncos e sibilos, crepitações 
estertoras). 
 
Pele: 
 
Coloração: decorrente da concentração de pigmentos na epiderme; alterações: albinismo, 
icterícia, bronzeamento, tatuagens. 
Temperatura: normal, elevada (hipertermia generalizada ou segmentar) ou diminuída 
(hipotermia). 
Umidade: o paciente hidratado apresenta pele úmida e turgor conservado. Observar 
alterações como: pele úmida e pegajosa, seca, oleosa, hiperidrose, anidrose, hiporidrose. 
Turgor: avaliar a hidratatação tecidual que pode estar: normal, aumentada, diminuída. 
Elasticidade: normal, aumentada, diminuída. 
Textura: normal, pele lisa ou fina, áspera, enrugada. 
Mobilidade: normal, aumentada, diminuída. 
Lesões elementares: descrição do tipo, localização, tamanho e profundidade das lesões, 
presença de secreções, sinais e sintomas, presença de curativos, etc. 
 
Estado nutricional/hidratação: 
 
Observar mudança recente de peso (obeso, emagrecido, caquético), ingestão atual 
(apetite, restrições, dietas), problemas alimentares (dificuldade para engolir, mastigar), 
alteração da umidade e turgor da pele, alteração da umidade das mucosas, especialmente 
nas situações em que as perdas extras (pós-vômitos, diarreia, etc.) se sobrepõem à oferta 
de líquidos. 
 
Estado emocional: 
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30 
 
 
Verificação do estado emocional/afetivo (ansioso, agressivo, angustiado, deprimido, 
alegre, choroso, triste, apático). 
 
1.5.3. Exame do Abdome: 
 
Certifique-se que o paciente está com a bexiga vazia; O paciente deve estar deitado 
confortavelmente, com os braços ao longo do corpo. Na maioria das vezes, uma inclinação 
dos joelhos ajudará a relaxar os músculos abdominais e facilitará a palpação. Exponha 
completamente o abdome. Verifique se suas mãos, assim como o diafragma do 
estetoscópio, estão mornos. 
O abdome é delimitado externamente pelo apêndice xifóide e rebordo costal, que 
constituem o limite superior, e a sínfise pubiana o limite inferior. E internamente é 
constituído pelos músculos abdominais, asas ilíacas, estreito superior e coluna lombar. 
Inspeção: 
Quanto à forma, observe o contorno geral do abdome (plano, protuberante, escafoide ou 
côncavo; volume, densidade, distensão, retração, ascite, gravidez) abaulamento localizado 
(tumores, hérnias), pele (cicatrizes, manchas, estrias, circulação colateral, distribuição de 
pelos). 
Observar sintomas gerais; dor (tipo, intensidade, duração, localização, irradiação), 
eliminações fecais (normal, endurecida, diarreica, melena, presença de muco, sangue, 
parasitas, flatulências), apetite (percentual de alimentação), anorexia, náuseas, vômitos, 
hematêmese, ulcerações, fissuras ou varizes anais e proeminências localizadas. 
 
Ausculta: 
 
É feita antes da percussão e da palpação, pós essas últimas podem alterar as características 
dos ruídos intestinais. 
Observe a frequência e o caráter dos ruídos intestinais (altura, duração). 
Ausculte sobre a aorta e artérias renais (de cada lado do umbigo) para sopros, aneurisma da 
aorta abdominal, batimentos cardio-fetal. 
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31 
 
 
Percussão: 
 
A percussão fornece uma orientação geral quanto ao abdome, presença de massas, 
líquidos e gases. 
 
Palpação profunda: 
 
Instrua o paciente para relaxar os músculos abdominais. 
Use a superfície palmar dos dedos de uma das mãos e explore sistematicamente os 
quatro quadrantes (Poderá ser necessário usar uma mão sobre a outra para palpar o 
abdome de um indivíduo obeso). 
Identifique qualquer massa e anote qualquer hipersensibilidade, observando a expressão 
facial do paciente enquanto apalpa. 
 
1.5.4. Exame físico da genitália masculina: 
Esta parte do exame, especialmente para hérnias (protusão de uma porção do intestino 
através de uma abertura abdominal), deve ser realizada com o paciente de pé; Cubra o 
tórax e o abdome do paciente. 
Exponha a virilha e a genitália. 
 
Inspeção: 
 
Inspecione a distribuição dos pelos pubianos e a pele do pênis. Retraia ou solicite ao 
paciente a retrair o prepúcio, quando presente (detectar fimose). Observe a glande 
peniana e o meato uretral. Note qualquer ulceração, massa ou cicatriz. Observe a 
localização do meato uretral e a existência de secreção. Inspecione as áreas inguinais e a 
virilha para proeminências. 
 
1.5.5. Exame físico da genitália feminina: 
 
Inspeção e palpação: 
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32 
 
 
Comece investigando a história menstrual, inicio de menopausa, história obstétrica, 
práticas contraceptivas, história de problemas geniturinários, dispareunia, sangramentos 
durante ou após as relações sexuais e uso de medicamentos à base de hormônios. 
Observe a cor da pele, ulcerações, nódulos inguinais ou labiais, secreção ou inchação, 
prolápso uterino. 
 
1.5.6 Sistema musculoesquelético: 
 
Extremidades e articulações (inspeção, palpação e movimentação): com o paciente em pé, 
sentado e deitado. Inspeção da marcha e da postura. 
Palpação das estruturas osteo-articulares e musculares: forma, volume, posição, presença de 
sinais de inflamação, rigidez, crepitação e alterações das massas musculares. 
Movimentação das articulações: avaliar amplitude de movimentos, e detectar os anormais 
ou limitados (total, parcial, mínimo, moderado ou intenso). 
Observar:queixa de dor, rigidez pós-repouso, fraqueza muscular, dificuldade para andar, 
tendência a quedas, febre, anorexia e perda de peso. Avaliar a capacidade do paciente para 
realizar atividades diárias, como: alimentar-se, banhar-se, vestir-se, locomover-se, usar o 
banheiro, etc. 
 
1.5.7. Sistema Neurológico (Inspeção): 
 
Função cerebral: consciência, nível de orientação (pessoa, tempo, espaço e situação, 
memória, raciocínio, comportamento, estado de ânimo e afeto). 
Nível de consciência: alerta, orientado (quanto ao tempo, espaço e 
pessoa), desorientado (quando há falhas nas respostas), calmo, 
agitado, obnubilado (desorientado no tempo e no espaço, mas normal em relação a 
perguntas e respostas de ordem banais e estímulos), torporoso (o doente não é capaz de 
responder as perguntas de ordem banais), comatoso (respostas nulas a todas as solicitações). 
Função motora: tônus muscular (hipotonia e hipertonia), força muscular nos membros 
superiores (mão, reflexão do antebraço, “bicipital”, elevação do braço e extensão do 
antebraço). Força muscular dos membros inferiores (flexão da coxa, da perna e do pé; 
extensão da coxa, da perna e do pé). 
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33 
 
Postura e motilidade: deambulação, paresia, parestesias, hipotonia, hipertonia, paralisia, 
ausência de membros e calosidades. 
Músculos: Eutrofia – nutrição e desenvolvimento perfeito e regular de todas as partes do 
organismo. Atrofia – defeito de nutrição no tecido muscular causa diminuição no volume do 
músculo. 
Coluna: Escoliose – desvio lateral. Lordose – desvio de convexidade anterior. Cifose – 
desvio de convexidade posterior. Dor e desconforto – observar a expressão do paciente, 
durante o exame físico e anotar queixas. 
 
1.6. Punção Venosa Periférica: 
 
A punção venosa periférica representa um procedimento invasivo de alta ocorrência no 
cotidiano dos profissionais de enfermagem. É um conjunto de ações que visam à 
administração de fluídos de forma contínua, coleta de sangue, administração de 
medicamento ou manutenção de uma via de acesso venosa, através da introdução de um 
cateter num vaso sanguíneo venoso periférico. 
 
Material Utilizado: 
 
 Bandeja contendo luvas de procedimento; 
 Algodão 
 Álcool a 70%; 
 Garrote; 
 Agulha 40x12mm (para diluição da medicação); 
 Seringa; 
 Equipo; 
 Suporte de soro; 
 Medicação e soro prescrito; 
 Cateter específico para o calibre do vaso do paciente; 
 Micropore; 
 Caixa de Perfuro Cortante; 
 Prontuário do paciente; 
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 Caneta. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Lavar as mãos; 
 Explicar o procedimento para o paciente; 
 Reunir o material, conferir a medicação, dosagem e paciente; 
 Expor as áreas de aplicação e localizar o vaso a ser puncionado, se necessário, 
aquecê-lo provocando vasodilatação; 
 Garrotear o local a ser puncionado cerca de 5 cm acima da veio escolhida, afim 
de propiciar a dilatação da veia; 
 Solicitar ao paciente que abra e feche a mão algumas vezes, e então, mantê-la 
fechada; 
 Calçar luvas de procedimento; 
 Fazer antissepsia do local com movimentos circulares; 
 Tracione a pele para baixo, com o polegar, abaixo do local a ser puncionado; 
 Introduza o cateter venoso na pele, com o bisel voltado para cima, a um ângulo 
aproximadamente de 30 a 45º; 
 Uma vez introduzido na pele, direcione o cateter e introduza-o na veia; 
 Abra o cateter e observe o refluxo sanguíneo em seu interior; 
 Solte o garrote; 
 Injetar o medicamento lentamente, observando possíveis reações do paciente; 
 Retirar a agulha e comprimir o local com algodão seco; 
 Recolher o material e desprezá-lo corretamente; 
 Retirar as luvas e desprezá-las; 
 Lavar as mãos; 
 Realizar anotação no prontuário do paciente. 
 
1.6.1. Retirada do acesso venoso: 
 
Material Utilizado: 
 
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 Bandeja contendo luvas de procedimento; 
 Algodão 
 Álcool a 70%; 
 Micropore; 
 Caixa de Perfuro Cortante. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Lavar as mãos; 
 Explicar o procedimento para o paciente; 
 Reunir o material; 
Calçar luvas de procedimentos; 
Comprimir o local junto ao escape, cateter ou agulha com algodão seco e retirá-
lo; 
Pressionar o local de onde foi retirada a agulha ou escalpe, até obter hemostasia; 
Retirar as luvas; 
Lavar as mãos. 
 
1.7. Administração de medicamentos: 
As cinco certezas: 
Medicamento certo; 
Via certa; 
Dose certa; 
Hora certa; 
Paciente certo. 
 
Três leituras certas da medicação: 
Primeira vez: Antes de retirar o frasco ou ampola do armário/farmácia; 
Segunda vez: Antes de retirar ou aspirar ao medicamento do frasco ou ampola; 
Terceira vez: Antes de recolocar no armário ou desprezar o frasco ou ampola no 
recipiente. 
 
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36 
 
1.7.1. Medicação por nebulização / inalação: 
 
Fármacos gasosos e voláteis podem ser inalados e absorvidos através do epitélio 
pulmonar e das mucosas do trato respiratório. As vantagens são a quase instantânea 
absorção para o sangue, ausência de perda hepática de primeira passagem e, no caso de 
doenças pulmonares, aplicação local do fármaco no ponto de ação desejado. 
 
Material Utilizado: 
 
 Medicação prescrita; 
 Diluente; 
 Luvas; 
 Papel toalha; 
 Prontuário do paciente; 
 Caneta; 
 Álcool 70%. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Observar a prescrição médica e as cinco certezas; 
 Reunir o material; 
 Explicar o procedimento ao paciente; 
 Lavar as mãos; 
 Preparar a medicação prescrita no copo nebulizador; 
 Ligar o copo nebulizador a extensão de látex acoplada ao fluxômetro de ar 
comprimido/oxigênio, conforme prescrição; 
 Regular o fluxo (5 a 10 litros/ min); 
 Orientar o paciente a manter respiração nasal durante a inalação do 
medicamento; 
 Ao término, oferecer papel toalha para o paciente secar a umidade do rosto; 
 Colocar copo e mascara de nebulização para lavagem e desinfecção; 
 Lavar as mãos; 
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37 
 
 Registrar a atividade em ficha de procedimento ambulatorial clínica e na receita 
médica; 
 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado: fazer limpeza concorrente 
com água e sabão e após realizar desinfecção com álcool 70% no inicio de cada 
turno; 
 Checar o funcionamento do compressor; 
 Trocar o soro fisiológico a cada 24hs. Anotar no frasco do soro dia e horário 
que foi aberto. 
 
1.7.2. Medicação por via Endovenosa / Intravenosa: 
 
Administrar solução dentro da veia, para obter efeito sistêmico mais rápido, ou porque 
lesiona o tecido muscular. Uma das maiores vantagens dessa via é a possibilidade de 
infundir grande quantidade de líquido. 
Nesta via, deve-se evitar infusão muito rápida e medicação oleosa, sob risco de causar 
embolia, e também medicação que cause hemólise (destruição de glóbulos vermelhos do 
sangue, com libertação de hemoglobina; hemotexia). 
 
Material Utilizado: 
 
 Luvas de procedimentos; 
 Algodão; 
 Garrote; 
 Escalpe; 
 Equipo de soro; 
 Soro prescrito identificado ou outro produto a ser administrado; 
 Micropore; 
 Álcool a 70%; 
 Prontuário do paciente; 
 Caneta. 
 
Descrição do procedimento: 
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38 
 
 
 Observar a prescrição medica e as cinco certezas; 
 Reunir o material; 
 Fazer a antissepsia da ampola com álcool 70%; 
 Preparar a medicação; 
 Posicionar o paciente deitado ou sentado; 
 Explicar o procedimento ao paciente; 
 Lavar as mãos; 
 Expor a área escolhida; 
 Passar o garrote para produzir estase da rede periférica; 
 Solicitar ao paciente que abra e feche a mão varias vezes e a conserve fechada 
até segunda ordem; 
 Colocar o braço em hiperextensão; 
 Calcar as luvas de procedimento; 
 Fazer antissepsia do local; 
 Expulsar o ar de dentro da seringa e posicionar o bisel da agulha para cima; 
 Esticar a pele e manter a veia fixa com o polegar de uma das mãos e com a outra 
introduza a agulha aproximadamente 1 cm aquém do local onde a veia será 
alcançada; 
 Retirar o garrote; 
 A confirmação de que a agulha ganhou a luz do vaso se faz pela aspiração do 
sangue para o interior a seringa; 
 Administrar a medicação lentamente, com avaliação constante da resposta do 
paciente; 
 Retirar a agulha com movimento único; 
 Comprimir o local com algodão seco; 
 Descartar o material perfuro-cortante em recipiente adequado (coletor para 
material perfuro cortante) sem desconectar a agulha da seringa; 
 Retirar as luvas de procedimento; 
 Lavar as mãos; 
 Registrar a atividade em ficha de procedimento ambulatorial e na receita médica. 
 
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39 
 
Seleção dos locais de punção: 
 
 Não puncionar membro lesado (Ex. paralisado por AVC; braço com 
extravasamento ganglionar, pós-mastectomia; fistula arteriovenosa); 
 Evite puncionar em articulações e membros inferiores (adulto); 
 
Manobras para favorecer a evidência da veia: 
 
 Compressas quentes; 
 Massagem por alisamento; 
 Uso da gravidade, mantendo o membro abaixado. 
 
1.7.2.1. Cálculo para Gotejamento de Soro: 
 
O preparo e administração de soro endovenoso implica em cuidados importantes, entre 
eles esta o cálculo para Gotejamento de Soro. A velocidade de infusão da solução 
prescrita vai depender do tempo e do volume a ser infundido. 
 
 Cálculo de Gotas: 
 
Exemplo: SG a 5% em 1000ml – EV 8/8h. Quantas gotas por minuto devem correr? 
 
Fórmula: Nº gotas (em horas) = Volume 
 --------------- 
 Tempo x 3 
 
1000 = 1000 = 41,66 (aproximadas 42 gotas) 
------- -------- 
8 x 3 24 
 
 Cálculo de Microgotas: 
 
Microgotas é um gotejamento muito utilizado em pediatria e em UTI. 
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40 
 
 
Importante: 1ml = 20 gotas = 60 microgotas 
 1ml/h = 1 microgota/minuto 
 1 mg = 1000 mcg 
 1 gota = 3 microgotas 
 
Exemplo: SG a 5% em 250ml por via EV em 24 horas. Quantas microgotas por minuto 
devem correr? 
 
 
Fórmula: Nº microgotas = Volume 
 --------------- 
 Tempo 
 
 250 = 10,4 (aproximadas 10 microgotas) 
------- 
 24 
 
 Cálculo de Gotejamento de Soro em Minuto: 
 
Exemplo: Correr 100ml de SG a 5% por via EV em 30 minutos. 
 
Fórmula: Nº gotas (em minutos) = Volume x 20 
 -------------------- 
 Minutos 
 
100 x 20 = 2000 = 66,6 gotas. Deverá correr 67 gotas por minuto. 
------------ -------- 
 30 30 
 
 Cálculo de Gotejamento de Soro em Horas: 
 
Exemplo: SG a 5% em 500 ml, correndo 20 gotas por minutos. Quanto tempo esse soro 
levará para terminar? 
Fórmula: Nº gotas (em horas) = Volume 
 ------------------- 
 Tempo x 3 
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41 
 
 
Nº de gotas = V = 20 = 500 = 20gts T x 3 = 500 
 -------- -------- 
 T x 3 T x 3 
60 T = 500 
 
T = 500 
 --------- 
 60 
T = 8,3. (O soro então levará 8 horas para terminar). 
 
1.7.3. Medicação por via Intradérmica: 
 
É a introdução de pequena quantidade de medicamentos entre a pele e o tecido 
subcutâneo com a finalidade de teste de sensibilidade alérgica e aplicação de vacina. O 
volume suportado é até 1 ml. 
 
Material Utilizado: 
 
 Receita Médica; 
 Medicamento prescrito; 
 Seringa descartável de 0,1ml; 
 Agulha fina de bisel curto (13 x 4,5); 
 Agulha 40x12, para aspiração; 
 Luvas de procedimentos; 
 Algodão; 
 Micropore; 
 Álcool a 70%; 
 Prontuário do paciente; 
 Caneta. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Observar a prescrição medica e as cinco certezas; 
 Reunir o material; 
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42 
 
 Explicar o procedimento ao paciente; 
 Lavar as mãos; 
 Fazer a antissepsia da ampola com álcool 70%; 
 Aspirar o medicamento, sem deixar ar no interior; 
 Trocar a agulha de aspiração pela 13x4,5mm; 
 Colocar o paciente na posição mais adequada ao procedimento; 
 Expor a área e delimite o local de aplicação garantindo a privacidade do usuário; 
 Calcar as luvas de procedimento; 
 Fazer antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70% com 
movimentos circulares, do centro para as extremidades; 
 Esticar a pele do local de aplicação, com o dedo indicador e polegar da mão 
oposta que segura a seringa; 
 Introduzir a agulha (somente o bisel) na pele, fazendo com esta um ângulo de 15° 
com um movimento delicado, porém firme; 
 Injetar o medicamento empurrando o embolo com a mão oposta a que segura a 
seringa, e observar a formação de uma pápula; 
 Retirar a agulha com um único movimento, rápido e firme; 
 Não friccionar o local da pápula com algodão nem com outro material; 
 Orientar o paciente a não coçar, nem esfregar o local; 
 Descartar o material perfuro-cortante em recipiente adequado (coletor para 
material perfuro cortante) sem desconectar a agulha da seringa; 
 Retirar as luvas de procedimento; 
 Lavar as mãos; 
 Fazer as anotações de enfermagem na ficha clinica do paciente, indicando o local 
onde foi realizada a aplicação, ou qualquer intercorrência; 
 Registrar na ficha de produção. 
 
1.7.3.1. Locais de administração Intradérmica: 
 
 Na face interna do antebraço ou região escapular – locais onde a possibilidade é 
menor e oferece acesso fácil à leitura da reação aos alérgenos; 
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43 
 
 A vacina BCG Intradérmica é aplicada na área de inserção inferior do deltoide 
direito. 
 
1.7.4. Medicação por via Intramuscular: 
 
Administrar por via IM medicamentos que não podem ser absorvidos pela mucosa 
gástrica. Obter ação mais rápida do que por via oral. 
 
Material Utilizado: 
 
 Receita Médica; 
 Medicamento prescrito; 
 Seringa descartável de acordo com o volume a ser administrado (03ml ou 05ml); 
 Agulha apropriada às condições da região muscular selecionada (30x7mm ou 
25x7mm); 
 Agulha 40x12, para diluição; 
 Luvas de procedimentos; 
 Algodão; 
 Micropore; 
 Álcool a 70%; 
 Prontuário do paciente; 
 Caneta. 
 
Observações Importantes: 
 
 Região dorso-glútea é contra indicada paramenores de dois anos, maiores de 60 
anos e pessoas excessivamente magras; 
 Região deltoidiana é contra indicada para menores de 10 anos e adultos com 
pequeno desenvolvimento muscular. 
 Observar as condições da pele: deve estar livre de sinais de inflamações, parestesias 
e Cicatrizes; 
 Atentar-se as proximidades com vasos sanguíneos e nervos; 
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44 
 
 Evitar locais com diminuição ou ausência da sensibilidade, como membros 
paralisados; 
 Irritabilidade da droga: soluções irritantes deverão sempre ser aplicadas 
profundamente no músculo e em locais de grande massa muscular; 
 A sequência de escolha do local de aplicação devera ser: 1°: Ventro-glútea 
(hochstetter), 2°: Região da face anterior lateral coxa, 3°: Região dorso glútea e 4°: 
Região deltoide; 
 Para doses repetidas, recomenda-se variar o local da injeção. 
 
1.7.4.1. Descrição do procedimento, para qualquer região escolhida / 
indicada: 
 
 Observar a prescrição medica e as cinco certezas; 
 Reunir o material; 
 Fazer a antissepsia da ampola e frasco ampola com álcool 70%; 
 Fazer a reconstituição se necessário e aspirar o conteúdo do frasco com o bisel 
voltado para baixo otimizando o aproveitamento da droga; 
 Eliminar todo o ar da seringa; 
 Trocar a agulha por outra especifica para via IM. 
 Explicar o procedimento ao paciente; 
 Expor a área e delimite o local de aplicação garantindo a privacidade do usuário; 
 Lavar as mãos e calçar as luvas; 
 Fazer a antissepsia do local com algodão e álcool 70%; 
 Manter o algodão entre os dedos mínimo e anular da mão que firmara o músculo; 
 Aplicar a injeção pinçando a pele com o dedo indicador e polegar com a mão 
dominante, no caso de medicamentos oleosos (anticoncepcional ou medicamentos 
a base de ferro) sugere-se usar a técnica em Z (abaixo); 
 Após ter injetado a medicação, retirar a agulha em um movimento rápido e único; 
 Comprimir levemente o local com algodão seco; 
 Descartar o material perfuro-cortante em recipiente adequado (coletor para 
material perfuro cortante) sem desconectar a agulha da seringa; 
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45 
 
 Registrar a atividade em ficha de procedimento ambulatorial clinica e na receita 
médica. 
 
Procedimento para aplicação em região deltoide: 
 
 Traçar um retângulo na região lateral do braço a 4 cm do acrômio (2 a 3 dedos); 
 Manter paciente com o braço em posição anatômica; 
 Volume indicado é de até 3 ml. 
 
Procedimento para aplicação em região dorso-glútea: 
 
 Traçar uma linha partindo da espinha ilíaca póstero-superior até o grande 
trocânter do fêmur; 
 Traçar outra linha dividindo o glúteo escolhido ao meio; 
 Puncionar na área relativa ao quadrante superior externo; 
 Volume indicado é de até 5 ml. 
 
Procedimento para aplicação em região ventro-glútea/hochsteter: 
 
 Este local é indicado preferencialmente a partir do sétimo mês de vida; 
 Colocar a mão esquerda no quadril direito do paciente ou vice-versa, apoiando a 
extremidade do dedo indicador sobre a espinha ilíaca ântero-superior; 
 Estender o dedo médio ao longo da crista ilíaca afastando-o do indicador; 
 Espalmando a mão sobre a base do trocânter do fêmur; 
 Injetar a droga no centro da área limitada pelos dois dedos aberto em V. 
 
Procedimento para aplicação em região face ântero-lateral da coxa: 
 
 Traçar uma linha imaginária no terço médio da coxa, delimitado pela linha média 
anterior e lateral da coxa; 
 Posicionar o paciente em decúbito dorsal com membros inferiores em extensão ou 
sentado com as pernas fletidas; 
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46 
 
 É contra indicada a aplicação de grande volume. 
 
Técnica em Z: 
 
 Puxar firmemente a pele para baixo ou para o lado com a parte lateral da mão que 
nada mais e que tracionar a pele assim fecha-se o orifício do subcutâneo, inserir a 
agulha com angulo de 90°; 
 A agulha deve ser inserida com o bisel lateralizado e após sua inserção tracione o 
embolo para se certificar que não há retorno de sangue. Caso haja, retire a agulha 
e reinicie o procedimento; 
 A aplicação deve ser feita de forma lenta e continua, de maneira a evitar o 
entupimento da agulha. Aguarde 5 segundos para que o medicamento se 
acomode, retire a agulha e soltar a pele em um movimento rápido e único; 
 Comprimir levemente o local com algodão seco; 
 Descartar o material pérfuro cortante em recipiente adequado (coletor para 
material perfuro cortante) sem desconectar a agulha da seringa; 
 Fazer registro da atividade em ficha de procedimento ambulatorial clinica e na 
receita medica. 
 
1.7.5. Medicação por via Subcutânea: 
 
Administrar solução no tecido subcutâneo ou hipoderme. Volume suportado de até 2 ml. 
 
Material Utilizado: 
 
 Luvas de procedimentos; 
 Algodão; 
 Seringa; 
 Agulha fina de bisel curto, (agulha de 25mm x 7mm, agulha 13mm x 4,5mm); 
 Agulha 40x12mm, (agulha para aspiração); 
 Medicação prescrita a ser administrado; 
 Álcool a 70%; 
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47 
 
 Prontuário do paciente; 
 Caneta. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Observar a prescrição medica e as cinco certezas; 
 Reunir o material; 
 Explicar o procedimento ao paciente; 
 Expor as áreas de aplicação, utilizando preferencialmente a parede abdominal, 
face anterior da coxa ou do braço ou do dorso superior, variando o local de 
aplicação; 
 Calçar luva de procedimentos; 
 Fazer antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70% com 
movimentos circulares, do centro para as extremidades; 
 Pinçar a pele do local selecionado com os dedos indicador e polegar da mão 
oposta a que segura à seringa; 
 Introduzir a agulha na pele, fazendo com esta um ângulo de 90 graus, tracionar o 
embolo da seringa; 
 Injetar o medicamento; 
 Retirar a agulha e a seringa com um movimento rápido e único, aplicando pouca 
pressão no local da aplicação, com uma bola de algodão seco; 
 Descartar o material perfuro cortante em recipiente adequado (coletor para 
material perfuro cortante) sem desconectar a agulha da seringa; 
 Registrar a atividade em ficha de procedimento ambulatorial clinica e na receita 
médica. 
 
1.7.6. Via Oftálmica: 
 
É a aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular. 
 
Material Utilizado: 
 
 Luvas de procedimentos; 
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48 
 
 Gaze; 
 Medicação prescrita a ser administrado; 
 Soro Fisiológico; 
 Prontuário do paciente; 
 Caneta. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Observar a prescrição medica e as cinco certezas; 
 Reunir o material; 
 Explicar o procedimento ao paciente; 
 Preparar o paciente, colocando-o em decúbito dorsal ou sentado com a cabeça 
inclinada para trás; 
 Lavar as mãos; 
 Antes da aplicação, remova secreções e crostas, após, proceder com a limpeza; 
 Com auxílio de uma gaze, afastar a pálpebra inferior com o dedo polegar 
apoiando a mão na face do paciente; 
 Desprezar a primeira porção da pomada ou uma gota do colírio; 
 Pedir ai paciente que olhe para cima. Pingar o medicamento no núcleo da 
conjuntiva ocular (porção média da pálpebra inferior), sem tocar o conta-gotas 
ou o tubo da pomada na conjuntiva; 
 Ao aplicar a pomada, depositá-la ao longo de toda extensão do saco conjuntival 
inferior; 
 Solicitar ao paciente que fecheas pálpebras e faça movimentos giratórios do 
globo ocular, a fim de dispersar o medicamento; 
 Remover o excedente do medicamento com gaze; 
 Lavar as mãos 
 Expor as áreas de aplicação, utilizando preferencialmente a parede abdominal, 
face anterior da coxa ou do braço ou do dorso superior, variando o local de 
aplicação; 
 Calçar luva de procedimentos; 
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49 
 
 Registrar a atividade em ficha de procedimento ambulatorial clinica e na receita 
médica. 
 
1.7.7. Via Auricular: 
 
É a aplicação de medicamento no canal auditivo, com a finalidade de prevenir ou tratar 
processos inflamatórios e infecciosos, assim como, facilitar a saída do cerúmen e corpo 
estranho. 
Atentar-se com a temperatura da medicação a ser administrada, pois a mesma, deverá 
estar em temperatura ambiente. 
 
Material Utilizado: 
 
 Luvas de procedimentos; 
 Gaze; 
 Medicação prescrita a ser administrado; 
 Prontuário do paciente; 
 Caneta. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Observar a prescrição medica e as cinco certezas; 
 Reunir o material; 
 Explicar o procedimento ao paciente; 
 Lavar as mãos; 
 Calçar luvas; 
 Preparar o paciente, colocando-o com a cabeça lateralizada; 
 Posicionar o canal auditivo e delicadamente, puxar para cima e para trás; 
 Desprezar uma gota do medicamento; 
 Instilar o medicamento no canal auditivo sem contaminar o conta-gotas; 
 Orientar o paciente quanto à manutenção da posição inicial por alguns minutos; 
 Após a espera, proceder à aplicação no outro ouvido; 
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50 
 
 Lavar as mãos; 
 Registrar a atividade em ficha de procedimento ambulatorial clinica e na receita 
médica. 
 
1.7.8. Via Sublingual: 
 
É a aplicação de medicamento sob a língua do paciente. Esta via possui ação mais 
rápida do que a via oral. 
 
Material Utilizado: 
 
 Luvas de procedimentos; 
 Gaze; 
 Medicação prescrita a ser administrado; 
 1 copo com água; 
 Prontuário do paciente; 
 Caneta. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Observar a prescrição medica e as cinco certezas; 
 Reunir o material; 
 Explicar o procedimento ao paciente; 
 Lavar as mãos; 
 Calçar luvas; 
 Fornecer ao cliente água para enxaguar a boca e remover resíduos alimentares; 
 Colocar o medicamento sob a língua do paciente e orientá-lo para não deglutir a 
saliva até dissolver o medicamento, a fim de obter o efeito desejado; 
 Lavar as mãos; 
 Registrar a atividade em ficha de procedimento ambulatorial clinica e na receita 
médica. 
 
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51 
 
1.7.9. Via Retal: 
 
É a aplicação de medicamento em via retal, é usada quando a ingestão não é possível 
por causa de vômito ou quando o paciente esta inconsciente. A administração de drogas 
via retal, por supositório, tem como objetivo deixar o fármaco livre do metabolismo de 
primeira passagem, no fígado, pois a droga entra em vasos que a levam diretamente à 
veia cava inferior. 
 
Material Utilizado: 
 
 Luvas de procedimentos; 
 Gaze; 
 Medicação prescrita a ser administrado; 
 Prontuário do paciente; 
 Caneta. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Observar a prescrição medica e as cinco certezas: nome, medicamento, 
dosagem, via de administração e horário; 
 Reunir o material; 
 Explicar o procedimento ao paciente; 
 Lavar as mãos; 
 Calçar luvas; 
 Introduzir a cânula do aplicador no reto; 
 Acionar o mecanismo do aplicador até que todo o seu conteúdo seja transferido 
para o intestino; 
 Retirar a cânula do reto e manter o paciente deitado até que ele sinta forte 
vontade de evacuar; 
 Lavar as mãos; 
 Registrar a atividade em ficha de procedimento ambulatorial clinica e na receita 
médica. 
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52 
 
 
1.7.10. Via Oral: 
 
É a via mais utilizada, porém, exigem do paciente a ingestão e deglutição do 
medicamento. A absorção se dá no trato digestivo. 
 
Material Utilizado: 
 
 Luvas de procedimentos; 
 Medicação prescrita a ser administrado; 
 1 copo com água; 
 Prontuário do paciente; 
 Caneta. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Observar a prescrição medica e as cinco certezas: nome, medicamento, 
dosagem, 
via de administração e horário; 
 Explicar o procedimento ao paciente; 
 Lavar as mãos; 
 Calçar luvas; 
 Fornecer ao cliente água e o medicamento; 
 Lavar as mãos; 
 Registrar a atividade em ficha de procedimento ambulatorial clinica e na receita 
médica. 
 
1.8. Aspiração de Secreções: 
 
A aspiração de secreções pode ser oronasofaríngea, orotraqueal (pelo tubo orotraqueal) 
e por traqueostomia. 
 
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53 
 
1.8.1. Aspiração Oronasofaríngea: 
 
A Aspiração Oronasofaríngea remove as secreções da faringe por meio de uma sonda de 
aspiração inserida na boca ou narina. 
 
Material Utilizado: 
 
 Luvas de procedimentos; 
 Fonte de ar comprimido; 
 Válvulas de aspiração: (Amarelo – ar comprimido e Cinza ou Preto – Vácuo); 
 Frasco Coletor; 
 Intermediário de látex ou silicone; 
 Sondas de Aspiração: (Adulto nº 12 a 16 e Criança nº 08 a 12); 
 Soro Fisiológico a 0,9%; 
 Pacotes de gaze estéril; 
 Xilocaína para aspiração nasofaríngea; 
 Saco de lixo; 
 Máscara descartável; 
 Óculos; 
 Prontuário do paciente. 
 
Descrição do procedimento: 
 
 Verificar os Sinais Vitais do paciente; 
 Escolha a sonda adequada; 
 Arrumar todo o material perto do paciente; 
 Teste a fonte de ar comprimido ou vácuo e defina a pressão, (lembrando que a 
pressão é determinada entre 80 e 120mmHg); 
 Explicar o procedimento ao paciente; 
 Lavar as mãos; 
 Colocar o paciente em posição semi-fowler ou Fowler se tolerado, para 
promover a expansão pulmonar e a tosse efetiva; 
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54 
 
 Abrir o pacote da sonda na extremidade distal da sonda de aspiração adaptá-la 
ao intermediário, mantendo-a protegida dentro do invólucro sem contaminar; 
 Abra o pacote de gaze estéril sem contaminá-las; 
 Calçar as luvas de procedimentos; 
 Com sua mão não dominante, coloque uma pequena quantidade de xilocaína na 
área esterilizada; 
 Pegue o cateter com a mão dominante e prenda-o no equipo de conexão, 
evitando tocar a ponta da sonda em qualquer superfície; 
 Use a mão não dominante para abrir e controlar a válvula de aspiração enquanto 
a mão dominante manipular a sonda; 
 Solicite ao paciente tossir e respirar de forma lenta e profunda várias vezes (se 
possível) antes de iniciar a aspiração. A tosse ajuda a soltar as secreções e pode 
diminuir a quantidade de aspiração necessária. A respiração profunda por sua 
vez, ajuda a minimizar ou evitar a hipóxia; 
 Lavar as mãos; 
 Registrar a atividade em ficha de procedimento ambulatorial clinica e na receita 
médica. 
 
Cuidados Específicos para Aspiração Nasal: 
 
Levante a ponta do nariz do paciente para facilitar a inserção da sonda; 
Para inserção da sonda, lubrificar a ponta da mesma com xilocaína, a fim de evitar 
traumatismos teciduais; 
Sem aplicar aspiração, introduza suavemente à sonda de aspiração dentro das narinas do 
paciente clampeando o intermediário com sua mão não dominante; 
Role suavemente a sonda entre seus dedos para facilitar o

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