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Cuidados_de_enfermagem_com_sondas_drenos_e_catereres_Módulo01

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AN02FREV001/REV 4.0 
1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM 
SONDAS, DRENOS E CATETERES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM 
SONDAS, DRENOS E CATETERES 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
3 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
MÓDULO I 
1 SONDAS E DRENOS 
2 COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS E RESPONSABILIDADES TÉCNICAS E 
LEGAIS DA ENFERMAGEM NOS CUIDADOS A PESSOAS COM SONDAS, 
DRENOS E CATETERES 
2.1 ASPECTOS TÉCNICOS E PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM 
2.1.1 Sondagem gastrointestinal 
3 SONDA NASOGÁSTRICA (LEVINE) 
3.1 TÉCNICA USADA PARA COLOCAÇÃO DA SONDA NASOGÁSTRICA 
4 SONDA NASOENTÉRICA 
5 SONDA DE MOSS 
6 SONDA DE SENGSTAKEN – BLAKEMORE 
7 SONDA RETAL 
8 GASTROSTOMIA 
9 JEJUNOSTOMIA 
10 CATETERISMO VESICAL 
10.1 CATETERES URINÁRIOS 
10.1.1 Suprapúbico 
10.1.2 Sonda Foley 
10.1.3 Sonda vesical de alívio 
10.1.4 Sonda vesical de demora 
10.1.5 Retirada de sonda 
11 CUIDADOS NA MANUTENÇÃO DA SONDAGEM VESICAL 
12 PROCEDIMENTOS NA SONDAGEM DE ALÍVIO FEMININA 
13 PROCEDIMENTO NA SONDAGEM DE DEMORA FEMININA 
14 PROCEDIMENTO NO CATETERISMO MASCULINO 
15 SONDA DE MALECOT 
16 DRENOS 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
4 
16.1 DRENO DE PENROSE 
16.2 DRENO DE SUCÇÃO (PORTOVAC) 
16.3 DRENO DE ABRAMSOM 
16.4 DRENO DE KERR 
17 SONDA TRAQUEAL COMUM (NELATON) E COM VÁLVULA DE PRESSÃO 
NEGATIVA 
18 CATETER DE OXIGÊNIO TIPO SONDA 
19 CATETER DE OXIGÊNIO TIPO ÓCULOS 
20 DRENAGEM TORÁCICA (PLEURAL OU MEDIASTINAL) 
20.1 PREPARO DO FRASCO COLETOR 
20.2 PREPARO DO SISTEMA COLETOR 
20.3 PREPARO DO MULTICONECTOR CÔNICO 
20.4 FAIXA ADESIVA DE FIXAÇÃO 
20.5 CURATIVOS: VERIFICAÇÃO DOS PONTOS CIRÚRGICOS 
20.6 REVISÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM 
20.7 ORDENHA 
21 O SISTEMA DE ASPIRAÇÃO CONTÍNUA 
21.1 MECANISMO DE FUNCIONAMENTO 
21.2 INDICAÇÕES 
21.3 NÍVEL DE ASPIRAÇÃO 
21.4 SISTEMA DE DRENAGEM COM MÚLTIPLAS CÂMARAS 
21.5 ROTINA PARA O MANUSEIO E TROCA DO REFIL 
21.6 TROCA DOS FRASCOS COLETORES 
21.7 TROCA DA MANGUEIRA DE DRENAGEM 
21.8 REVISÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM 
21.9 CONTROLE DO VOLUME DRENADO 
21.10 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 
21.11 EMBALAGEM, DATA DE FABRICAÇÃO E VALIDADE 
21.12 ESTERILIZAÇÃO E REESTERILIZAÇÃO 
21.13 LIXO HOSPITALAR 
22 PREVENINDO INFECÇÕES E CAUTELAS NA UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS 
PARA ANTISSEPSIA 
22.1 PVPI - DEGERMANTE 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
5 
22.2 PVPI - TÓPICO 1% 
22.3 PVPI - TINTURA 10% 
22.4 DIGLUCONATO DE CLOREXIDINA 2% 
23 CUIDADOS ESPECIAIS COM PACIENTES IDOSOS 
24 OS CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DA DIETA POR OSTOMIAS SÃO OS 
MESMOS DO USO DE SONDAS NASOGÁSTRICAS/NASOENTÉRICAS 
 
 
MÓDULO II 
25 CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM CATETERES PERIFÉRICOS E 
CENTRAIS 
25.1 CATETERES VENOSOS CENTRAIS 
25.1.1 Indicações 
25.1.2 Implantação 
25.1.3 Tipos 
25.1.4 Complicações associadas à utilização 
25.1.5 Obstrução do cateter 
25.1.6 Heparinização 
26 CUIDADOS ESPECIAIS COM CATETERES DURANTE PROCEDIMENTOS 
26.1 MODELOS DE PROTOCOLOS PARA CUIDADOS COM CATETERES 
26.1.1 Protocolo de planejamento para terapia intravenosa por acesso venoso 
periférico (AVP) 
26.1.2 Protocolo 
26.1.3 Padrão da prática 
26.1.4 Conceituações 
26.1.5 Fatores de risco para insucesso da punção venosa periférica para pediatria 
26.1.6 Fatores de risco para insucesso da punção venosa periférica para adulto 
26.1.7 Considerações gerais 
26.1.8 Treinamento 
26.1.9 Registro 
26.2 PROTOCOLO DE ATUAÇÃO – PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE FLEBITE 
26.2.1 Objetivo 
26.2.2 Aplicabilidade 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
6 
26.2.3 Introdução 
26.2.4 Critérios de inclusão 
26.2.5 Critério de exclusão 
26.2.6 História 
26.2.7 Exame físico 
26.2.8 Serviços diagnósticos, indicação e frequência 
26.2.9 Diagnóstico principal 
26.2.10 Acompanhamento conjunto/Interconsulta 
26.2.11 Critérios de Admissão no Protocolo/Plano de Conduta 
26.2.12 Critérios de Alta do Plano de Conduta/Protocolo 
26.2.13 Educação do paciente 
26.2.14 Instruções específicas na ocasião da alta do Plano de Conduta/Protocolo 
26.2.15 Treinamento 
26.2.16 Registro 
26.3 PROTOCOLO DE COLETA DE SANGUE ARTERIAL PARA GASOMETRIA 
26.3.1 Definição 
26.3.2 Indicação 
26.3.3 Executantes 
26.3.4 Materiais 
26.3.5 Descrição do procedimento 
26.3.6 Registro 
27 CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM CATETERES EPIDURAIS PARA 
CONTROLE DA DOR 
27.1 ANALGÉSICOS E ANESTÉSICOS LOCAIS 
27.2 ANESTÉSICOS LOCAIS 
27.3 ANALGÉSICOS OPIOIDES 
28 CUIDADOS DE ENFERMAGEM E MANEJO DE EFEITOS ADVERSOS 
28.1 ORIENTAÇÕES GERAIS 
29 AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA ANALGESIA 
30 AVALIAÇÃO E MANEJO DE EFEITOS ADVERSOS 
30.1 SEDAÇÃO E DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA 
30.2 NÁUSEAS E VÔMITOS 
30.3 PRURIDO 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
7 
30.4 RETENÇÃO URINÁRIA 
30.5 HIPOTENSÃO ARTERIAL 
30.6 PERDA OU DIMINUIÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA OU SENSITIVA 
31 AVALIAÇÃO PARA POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES* DA PRESENÇA DO 
CATETER PERIDURAL 
31.1 ABSCESSO PERIDURAL 
31.2 HEMATOMA PERIDURAL 
31.3 MIGRAÇÃO DO CATETER PARA ESPAÇO SUBARACNOIDE 
31.4 MIGRAÇÃO DO CATETER PARA VASO SANGUÍNEO 
32 CUIDADOS COM CATETER PERIDURAL 
32.1 AVALIAR AS CONDIÇÕES DO CURATIVO DO CATETER PERIDURAL 
32.2 AVALIAR AS CONDIÇÕES DO CATETER PERIDURAL E DO SÍTIO DE 
INSERÇÃO 
32.3 DESLOCAMENTO ACIDENTAL DO CATETER PERIDURAL 
33 ORIENTAÇÕES AOS PACIENTES E FAMÍLIA 
34 REGISTROS DE ENFERMAGEM 
35 CONCLUSÃO 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
8 
 
 
MÓDULO I 
 
 
1 SONDAS E DRENOS 
 
 
Sondagem é processo de inserção de sondas para acesso aos diversos 
órgãos, seja pela utilização dos orifícios naturais do organismo ou por meio da 
abertura da pele. 
A realização de sondagens pode ser indicada para: 
 Extrair líquidos retidos ou ingeridos acidentalmente em órgãos que 
possuem atividade de reserva e eliminação, mas que por razões variadas 
apresentam algum distúrbio no desempenho desta função. Um exemplo dessa 
aplicação é a realização de sondagem gástrica para esvaziamento do estômago 
quando ocorre ingestão acidental de substâncias tóxicas ou venenos. 
 Extrair líquidos ou materiais para realização de exames ou em 
procedimentos diagnósticos e cirurgias. Um exemplo deste tipo de aplicação é a 
sondagem para coleta de material para realização de cultura e pesquisa de 
infecções. 
 Introduzir substâncias, tanto destinadas a procedimentos diagnósticos, 
como alimentos ou, ainda, antagonistas de agentes tóxicos ingeridos 
acidentalmente. Um exemplo desse tipo de aplicação é a alimentação por meio de 
sonda. 
 
As sondas são tubos confeccionados em materiais derivados do látex 
(borracha), PVC ou silicone, que devem ser atóxicos, semirrígidos, de superfície lisa 
e terem baixo poder aderente às secreções e flexibilidade adequada; são de secção 
cilíndrica e comprimentos variáveis para atingir órgãos em várias profundidades, 
sendo disponíveis em tamanhos para neonatos, crianças e adultos. 
Os tamanhos padronizados dos diâmetros externos dos cateteres, sondas e 
da maioria dos instrumentos endoscópicos são fornecidos de acordo com a escala 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
9 
francesa de Charriére (unidades de 0,33 mm = 1 French [F] ou 1 Charriére [Charr]). 
Assim, 3F é igual a 1 mm de diâmetro. 
No Brasil, existem normas e padrões para a confecção destes materiais, 
para que possam ser seguros para utilização nos seres humanos, e cabe àenfermagem verificar todas as especificações do material quanto à: 
 Procedência: só devem ser utilizados materiais fornecidos por fabricantes 
que apresentem registros nos órgãos competentes e estejam dentro dos padrões de 
qualidade exigidos; 
 Esterilidade: devem ser observados os prazos de validade, condição das 
embalagens e armazenamento e o manuseio deve ser feito de forma a manter tais 
condições; 
 Atoxicidade: devem ser observadas especificações quanto à isenção de 
toxicidade e potencial de provocar hipersensibilidade; 
 Uso único, não reaproveitável de acordo com as normas vigentes. 
 
Atenção – Alergia ao látex: muitas sondas e drenos, assim como as luvas 
de borracha utilizadas nos procedimentos, podem ser confeccionados com 
derivados do látex, aos quais muitas pessoas, tanto profissionais, como pacientes, 
podem ser alérgicos. 
Por isso, é muito importante que seja feita uma investigação sobre a alergia 
ao látex, para que se faça substituição destes materiais por outros isentos de látex 
em sua composição. 
 
 
SONDAS VESICAIS, DE BORRACHA, COM DUAS E TRÊS VIAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.geocities.ws/xiturmamed/aulas/Imagem1.jpg>. Acesso em: 18 
ago. 2010. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
10 
 
 
2 COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS E RESPONSABILIDADES TÉCNICAS E 
LEGAIS DA ENFERMAGEM NOS CUIDADOS A PESSOAS COM SONDAS, 
DRENOS E CATETERES 
 
 
2.1 ASPECTOS TÉCNICOS E PROTOCOLOS DE ENFERMAGEM 
 
 
2.1.1 Sondagem gastrointestinal 
 
 
As sondas são usadas em diversos contextos para possibilitar a retirada de 
líquido de uma das cavidades corporais e instilar líquido ou soluções de nutrientes. 
As sondas gastrointestinais podem ser: 
- Nasogástrica; 
- Orogástrica. 
 
 Indicações: descompressão do estômago e intestino delgado, 
administração de medicações, administração de nutrição enteral e lavagem gástrica. 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.silmagbrasil.com.br/imagens/sonda%20nasogastrica%20nova.jpg>. Acesso em: 19 ago. 
2010. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
11 
 
 
A passagem de sonda gastrointestinal é a inserção de uma sonda plástica 
ou de borracha, flexível, podendo ser curta ou longa, pela boca (orofaríngea) ou 
nariz (nasofaríngea), com a finalidade de: 
- Descomprimir o estômago e remover gases e líquidos; 
- Diagnosticar a motilidade intestinal; 
- Administrar medicamentos e alimentos; 
- Tratar uma obstrução ou um local com sangramento; 
- Obter conteúdo gástrico para análise. 
 
São condições ou necessidades que requerem utilização de sonda: 
- Preparação pré-operatória com dieta elementar; 
- Problemas gastrointestinais com dieta elementar; 
- Terapia para o câncer; 
- Cuidado na convalescença; 
- Coma, semiconsciência*; 
- Condições hipermetabólicas; 
- Alcoolismo, depressão crônica, anorexia nervosa*; 
- Debilidade*; 
- Cirurgia maxilofacial ou cervical; 
- Paralisia orofaríngea ou esofagiana*; 
- Retardo mental*. 
 
(*) Devido à possibilidade de regurgitação ou eliminação de vômito, aspirando à 
fórmula administrada. Assim sendo, cada caso deve ser considerado 
individualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
12 
 
 
3 SONDA NASOGÁSTRICA (LEVINE) 
 
 
É uma das mais usadas, existindo no mercado tanto tubos de plástico como 
de borracha com orifícios laterais próximos à ponta, são passadas normalmente 
pelas narinas. 
Apresenta uma única luz. A sonda é usada para remover líquidos e gases do 
trato gastrointestinal superior, obter uma amostra do conteúdo gástrico para estudos 
laboratoriais e administrar alimentos e medicamentos diretamente no trato 
gastrointestinal. 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.geocities.ws/xiturmamed/aulas/Imagem4.jpg>. Acesso 
em: 19 ago. 2010. 
 
 
A acomodação da sonda deve ser checada depois de colocada aspirando-se 
o conteúdo gástrico e checando-se o pH do material retirado. O pH do aspirado 
gástrico é ácido (+-3); o pH do aspirado intestinal (+-6,5), e o pH do aspirado 
respiratório é mais alcalino (7 ou mais). Uma radiografia é o único meio seguro de se 
verificar a posição da sonda. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
13 
 
 
3.1 TÉCNICA USADA PARA COLOCAÇÃO DA SONDA NASOGÁSTRICA 
 
 
- Lavar as mãos; 
- Explicar o procedimento ao paciente; 
- Selecionar a sonda adequada, e reunir todo o material necessário. 
 
 Materiais: 
- Sonda gástrica LEVINE (mulher 14 a 16, homem 16 a 18); 
- Seringa de 20 ml; 
- Copo com água; 
- Gaze; 
- Benzina; 
- Toalha de rosto; 
- Xilocaína gel; 
- Fita adesiva; 
- Estetoscópio; 
- Biombo, se necessário; 
- Luvas de procedimento; 
- Sacos para lixo. 
 
Realizar as demarcações dos pontos de orientação para inserção: 
- Marcar com fita adesiva 50 cm na sonda nasogástrica, a partir da 
extremidade distal, denominando um primeiro ponto; 
- A extremidade distal da sonda é colocada na ponta do nariz e estendida 
até o trago (ponta da orelha) e a seguir estende-se a sonda novamente até o ponto 
do apêndice xifoide, marcando o segundo ponto com fita adesiva; 
- Para localizar na sonda o ponto máximo de introdução, que aqui 
chamamos de terceiro ponto, devemos encontrar o meio do caminho entre o 
primeiro e segundo ponto, garantindo uma colocação ótima no estômago. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
14 
 Procedimento 
- Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira 
inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada; 
- Apoiar e orientar o paciente durante todo o procedimento; 
- Proteger o tórax com uma toalha e limpar as narinas com gaze; 
- Limpar o nariz e a testa para retirar a oleosidade da pele e facilitar a 
fixação; 
- Conferir as marcações da sonda; 
- Calçar luvas; 
- Lubrificar a sonda com xilocaína; 
- Introduzir a sonda através da narina escolhida, progredindo lentamente, 
solicitando que o paciente faça movimentos de deglutição, até atingir o terceiro 
ponto marcado previamente; 
- Observar sinais de cianose, dispneia e tosse. 
 
Para verificar se a sonda está no local: 
 Injetar 20 ml de ar na sonda e auscultar com estetoscópio, na base do 
apêndice xifoide, para ouvir ruídos hidroaéreos; 
 Ver fluxo de suco gástrico aspirando com a seringa de 20 ml; 
 Colocar a ponta da sonda no copo com água e verificar se há 
borbulhamento, caso sim, a sonda está na traqueia e deve ser retirada; 
 Fixar a sonda utilizando fita apropriada que será fixada próxima à narina e 
fixada no dorso do nariz e na fronte do paciente; 
 Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para 
evitar a entrada de ar; 
 Fechá-la ou conectá-la ao coletor. 
 
A sonda nasogástrica aberta tem a finalidade de drenagem e a fechada tem 
a finalidade de alimentação. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
15 
 
 
4 SONDA NASOENTÉRICA 
 
 
- Doobhoff: alimentação; 
- Cantor e Gowan: desobstrução intestinal (intestinais longas). 
 
 Indicações: administração de nutrição enteral, administração de 
medicações e descompressão do intestino delgado. 
 
As sondas de alimentação são de poliuretano ou borracha de silicone, 
possuem diâmetros pequenos, ponta de tungstênio e algumas tem lubrificantes 
ativados pela água. Deve ser feito controle de raio x após a passagem da sonda. 
A sonda nasoentérica, ou sonda longa, é introduzida através do nariz e 
passada pelo esôfago e estômago até o trato intestinal. As sondas nasoentéricas 
podem ser usadas tanto para alimentação quanto para aspiração e descompressão. 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.medicinageriatrica.com.br/wp-
content/uploads/2007/09/sondagast1.JPG>. Acesso em: 19 ago. 2010. 
 
 
A sucção é necessária pelas seguintes razões: 
- Evacuar líquidos e flatos, de forma a evitar vômito e reduzir a tensão ao 
longo da linha de incisão; 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
16 
- Reduzir edema, que pode causar obstrução; 
- Aumentar o fluxo sanguíneo para a linha de sutura, dessa forma, 
fornecendonutrição ao local cirúrgico. 
 
 Materiais: 
- Sonda enteral Doobbhoff, com fio guia (mandril); 
- Seringa de 20 ml; 
- Copo com água; 
- Gaze; 
- Benzina; 
- Toalha de rosto; 
- Xilocaína gel; 
- Fita adesiva; 
- Estetoscópio; 
- Biombo, se necessário; 
- Luvas de procedimento; 
- Sacos para lixo. 
 
 Procedimento 
- Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira 
inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada; 
- Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze; 
- Limpar o nariz e a testa para retirar a oleosidade da pele; 
- Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do 
apêndice (acrescentar mais 10 cm); 
- Marcar com adesivo; 
- Calçar luvas; 
- Injetar água dentro da sonda (com mandril); 
- Mergulhar a ponta da sonda em copo com água para lubrificar; 
- Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta, 
introduzir até a marca do adesivo; 
- Retirar o fio guia após a passagem correta; 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
17 
- Aguardar a migração da sonda para duodeno antes de administrar 
alimentação (até 24 horas) confirmada pelo raio x; 
- Observar sinais de cianose, dispneia e tosse. 
 
Para verificar se a sonda está no local: 
- Injetar 20 ml de ar na sonda e auscultar com estetoscópio na base do 
apêndice xifoide, para ouvir ruídos hidroaéreos; 
- Colocar a ponta da sonda no copo com água e verificar se há 
borbulhamento, caso sim, a sonda está na traqueia e deve ser retirada; 
- Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para 
evitar a entrada de ar; 
- Fechá-la ou conectá-la ao coletor; 
- Fixar a sonda não tracionando a narina; 
- Colocar o paciente em decúbito lateral direito para que a passagem da 
sonda até o duodeno seja facilitada pela peristalse gástrica. 
 
 As sondas podem permanecer por um tempo até que a peristalse retorne. 
 Somente estará aberta se estiver infundido. 
 Somente usada para alimentação. 
 
 
5 SONDA DE MOSS 
 
 
A sonda de Moss é uma sonda utilizada para descompressão gástrica com 
aproximadamente 90 cm de comprimento, três luzes e somente um balão que fixa a 
sonda ao estômago quando inflado. Este cateter de descompressão serve tanto para 
aspiração gástrica como para aspiração esofagiana e também para lavagem. Sua 
terceira luz é uma via utilizada para alimentação duodenal. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
18 
 
 
6 SONDA DE SENGSTAKEN – BLAKEMORE 
 
 
É indicada em casos em que o paciente apresenta hemorragia de varizes 
esofageanas, hemorragias de fundo varicoso, combinação de hemorragias de 
varizes do esôfago e do fundo varicoso. 
O paciente deve estar na posição vertical, enrolar os balões à volta do cabo 
do tubo, introduzir a sonda pelas vias nasais, inserindo-a ao longo da zona nasal. O 
paciente deve auxiliar engolindo e respirando fundo. 
Inserir a sonda a um comprimento de aproximadamente 50 cm, encher o 
balão gástrico com a quantidade de ar previamente determinada e depois fechar o 
funil do lúmen de enchimento. 
Retirar o tubo até que o balão gástrico se ajuste corretamente à cárdia (a 
posição correta é indicada pela resistência ressaltada quando é efetuado um ligeiro 
puxão). Realizar a fixação da sonda assim que estiver corretamente posicionado. 
Caso houver simultaneamente uma hemorragia do fundo varicoso, a sonda 
deverá ser fixada com a aplicação de tensão moderada. Encher o balão para 
esôfago até que este atinja uma pressão ideal (30-40 mmHg), verificando a pressão 
do balão interno para garantir uma estabilidade no decorrer do tratamento, iniciando 
o processo de sucção e irrigação. 
Se após 12 horas não ocorrer hemorragia, esvaziar o balão, para evitar 
danos na mucosa causados pela pressão, e retirar a sonda cuidadosamente. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
19 
 
FONTE: Disponível em: <http://img.medscape.com/pi/emed/ckb/clinical_procedures/79926-79927-
81020-110844.jpg>. Acesso em: 19 ago. 2010. 
 
 
7 SONDA RETAL 
 
 
Indicada para aliviar a tensão provocada por gazes e líquidos no intestino 
grosso, para retirada de conteúdo fecal por meio do reto. Possui um orifício lateral e 
um orifício frontal (extremidade aberta). A abertura frontal dará um melhor resultado 
na sucção do material sólido, trabalho que o orifício lateral responderia com 
eficiência, mas não com eficácia. 
 
 
FONTE: Disponível em: <https://cirurgicasaopaulo.websiteseguro.com/images/13662.JPG>. Acesso 
em: 19 ago. 2010. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
20 
 
 
8 GASTROSTOMIA 
 
 
 Indicação 
- Abertura de acesso para drenagem do estômago, administração de 
medicações e administração de nutrição enteral. 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.silmagbrasil.com.br/imagens/Sonda%20gastrostomia%20balon%20adulto%203%20acce
sos.gif>. Acesso em: 19 ago. 2010. 
 
 
9 JEJUNOSTOMIA 
 
 
 Indicação 
- Administração de medicações ou administração de nutrição enteral. 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.elektro-oxigen.pl/nowa/img/jejunostomia1.jpg>. Acesso em: 19 
ago. 2010. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
21 
 
 
10 CATETERISMO VESICAL 
 
 
É a introdução de um cateter estéril através da uretra até a bexiga, com o 
objetivo de drenar a urina. Deve-se utilizar técnica asséptica no procedimento a fim 
de evitar uma infecção urinária no paciente. 
São suas finalidades: 
 Esvaziar a bexiga dos pacientes com retenção urinária; 
 Controlar o volume urinário; 
 Preparar para as cirurgias, principalmente as abdominais; 
 Promover drenagem urinária em pacientes com incontinência urinária; 
 Auxiliar no diagnóstico das lesões traumáticas do trato urinário. 
 
No entanto, nos casos de incontinência urinária, a sondagem vesical só é 
aconselhada em casos especiais, preferindo-se usar absorventes, calças plásticas 
ou o dispositivo de incontinência urinária, denominado URIPEN, utilizado somente 
por homens. 
O URIPEN é um tipo de preservativo adaptado externamente ao pênis, 
ligado a uma extensão e este ao coletor de urina. E ainda, nos casos de retenção 
urinária, quando as medidas para estimular a micção forem ineficazes. 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.gibaaluguel.com.br/site/admin/galeria/101/uripen.jpg>. 
Acesso em: 19 ago. 2010. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
22 
 
 
Devemos verificar se é um caso de retenção urinária ou anúria. Se houver 
hipertensão dolorosa da bexiga é retenção urinária, podendo optar por medidas tais 
como: abrir torneira próximo ao paciente, despejar água morna na região perineal ou 
ainda, colocar bolsa de água quente na região abdominal. 
A presença de sonda vesical no paciente significa possibilidade de infecção 
hospitalar, com risco de bacteriúria de até 5% por dia de sondagem. Assim sendo, a 
indicação da sonda vesical deve ser feita apenas na impossibilidade dos métodos 
alternativos, revisando regularmente a necessidade de manutenção da 
cateterização, removendo-a logo que possível. 
 
 
10.1 CATETERES URINÁRIOS 
 
 
10.1.1 Suprapúbico 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.ecomed.com/imagens/produtos/urologia/14_cateter_supra_pubico.jpg>. Acesso em: 19 
ago. 2010. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
23 
 
 
10.1.2 Sonda Foley 
 
 
 Indicação 
- Para medida precisa do débito urinário, para o alívio de retenções urinárias 
e para irrigação vesical. 
 
 Luz Tríplice ou três vias: uma das vias para insuflar o cuff, uma para 
drenagem urinária e uma via para infundir líquidos. Muito utilizada para irrigação no 
período pós-operatório. 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.ledurpharma.com.br/produtos_imagem.asp?key=1768>. Acesso 
em: 19 ago. 2010. 
 
 
 Para Mulher: tamanho 14 a 16; 
 Para Homem: tamanho16 a 18. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
24 
 
 
10.1.3 Sonda vesical de alívio 
 
 
Esta sonda não possui cuff e é utilizada para drenagem do conteúdo urinário 
sem a necessidadede permanência do dispositivo após o completo esvaziamento 
vesical. 
 
 Materiais 
Pacote ou kit para cateterismo vesical com: 
- Campo estéril; 
- Cuba redonda ou cúpula; 
- Cinco bolas de algodão ou gaze; 
- Pinça Pean; 
- Cuba rim; 
- Sonda vesical ou Nelaton; 
- PVPI tópico; 
- Luva estéril; 
- Saco para lixo; 
- Recipiente para coleta de urina; 
- Recipiente estéril para coleta de amostra de urina; 
- Seringa 20 ml; 
- Biombo, se necessário. 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.sistemanervoso.com/images/temas/som_02.jpg>. Acesso em: 19 
ago. 2010. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
25 
 
 
10.1.4 Sonda vesical de demora 
 
 
Utilizada para drenagem do conteúdo urinário, porém a sonda permanece no 
interior da bexiga do paciente. Possui um cuff para possibilitar a fixação da sonda e 
impedir o extravasamento de urina ao redor do cateter. 
 
 Materiais: 
- Gaze estéril; 
- Seringa de 20 ml ou 10 ml; 
- Agulha de 40x20; 
- Ampola de água destilada 10 ml; 
- Xilocaína gel lacrada; 
- Coletor de urina estéril (sistema fechado); 
- Micropore; 
- Comadre; 
- Sonda Foley; 
- Se o paciente for homem utilizar uma seringa de 20 ml a mais. 
 
 Procedimento 
- Colocar o paciente em posição (mulher: ginecológica; homem: pernas 
estendidas); 
- Biombo e foco de luz, se necessários; 
- Lavar as mãos; 
- Abrir o coletor e fixá-lo na cama, colocar a ponta da conexão sobre o 
campo fixando-o com adesivo; 
- Abrir o pacote de sondagem (cateterismo vesical) sobre o leito, no sentido 
diagonal, colocando uma das pontas sob a região glútea; 
- Colocar PVPI na cuba redonda, que contém as bolas de algodão; 
- Abrir a sonda e o resto do material sobre o campo (gaze, agulha, seringa); 
- Colocar xilocaína na gaze; 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
26 
- Abrir a ampola de água; 
- Calçar as luvas; 
- Testar o cuff da sonda (fazer o balão inflar); 
- Aspirar 10 ml de água destilada sem tocar na ampola; 
- Lubrificar cinco cm da sonda; 
- Homem: preparar seringa com 10 ml de xilocaína; 
- Conectar a sonda ao coletor; 
- Fazer a antissepsia: 
- Mulher: duas bolas de algodão entre a vulva e os grandes lábios, duas 
bolas de algodão entre os pequenos lábios, uma bola de algodão no meato urinário; 
- Homem: afastar o prepúcio e expor a glande, fazer antissepsia em 
movimentos circular ou, do meato em direção a glande, elevar o pênis 
perpendicularmente ao corpo do paciente, injetar 10 ml de xilocaína no meato; 
- Fazer o controle da irrigação. 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://3.bp.blogspot.com/_y84NMtqsBSw/S1Zq_vdc71I/AAAAAAAADFc/c4rRo9o1teg/s320/sonda.jpg
>. Acesso em: 19 ago. 2010. 
 
 
10.1.5 Retirada de sonda 
 
 
 Materiais 
- Saco de lixo; 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
27 
- Luva de procedimento; 
- Seringa. 
 
 Procedimento 
- Verificar a bolsa coletora (volume, cor, aspecto da urina); 
- Calçar luvas de procedimento; 
- Aspirar à água destilada do cuff (mesmo volume que foi colocado); 
- Retirar a sonda; 
- Desprezar no lixo. 
 
 
11 CUIDADOS NA MANUTENÇÃO DA SONDAGEM VESICAL 
 
 
O risco de infecção relacionada à cateterização reduz de 97% para até 8% 
quando empregamos sistemas fechados de drenagem. Deve-se evitar a abertura 
deste sistema e, quando for manipulado, devem-se lavar as mãos e utilizar luvas de 
procedimento. 
A sonda deve ser trocada apenas quando necessário, não existindo 
vantagens na sua troca periódica. 
O refluxo da urina é associado com infecção, por isso o saco coletor deve 
ser adequadamente posicionado, abaixo do nível da bexiga do paciente, evitando 
seu contato com o chão, devendo ser frequentemente esvaziado para manter o fluxo 
urinário. 
 
 
12 PROCEDIMENTOS NA SONDAGEM DE ALÍVIO FEMININA 
 
 
 Primeiramente, devemos explicar à paciente o que será feito e, após, 
reunir o material; 
 Pacote de cateterismo vesical esterilizado contendo: cuba rim, cuba 
redonda, bolas de algodão e pinça pean ou similar; 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
28 
 Sonda Uretral Vesical (Nelaton nº 8 a 12) ou sonda Uretral. (nº 10 a 14); 
 Luvas estéreis e frasco com PVP-I tópico; 
 Tubo de ensaio para coletar amostra se necessário; 
 Cercar a cama com biombo; 
 Encaminhar a paciente para higiene íntima ou fazê-la, se necessário; 
 Colocar a paciente em posição ginecológica, protegendo-a com um 
lençol; 
 Abrir com técnica asséptica o pacote de cateterismo sobre a cama entre 
as pernas da paciente; 
 Colocar na cuba redonda o antisséptico e o lubrificante na gaze; 
 Abrir o invólucro da sonda vesical, colocando-a na cuba rim; 
 Colocar a luva com técnica asséptica; 
 Afastar os pequenos lábios com o polegar e o indicador da mão esquerda, 
e com a mão direita fazer antissepsia no períneo com as bolas de algodão 
embebidas na solução antisséptica, usando a pinça pean. A antissepsia deverá ser 
no sentido púbis - ânus; na sequência: grandes lábios, pequenos lábios, vestíbulo; 
usar a bola de algodão uma vez e desprezá-la; 
 Afastar com a mão direita a cuba redonda e a pinça; 
 Continuar a manter, com a mão esquerda, exposto o vestíbulo e, com a 
mão direita, introduzir a sonda (a mais ou menos 10 cm ou até ocorrer retorno da 
urina), colocando a outra extremidade na cuba rim para receber a urina drenada; 
 Retirar a sonda (quando terminar a drenagem urinária); 
 Controlar o volume urinário, colher amostra da urina, guardá-la para o 
controle de diurese, ou ainda, desprezá-la; 
 Fazer as devidas anotações no prontuário da paciente. 
 
 
13 PROCEDIMENTO NA SONDAGEM DE DEMORA FEMININA 
 
 
 Reunir o material: idêntico ao de alívio, substituindo a sonda de polivinil 
pela sonda de demora (Foley nº 08 a 24), acrescentando seringa de 10 ml, ampola 
de água destilada de 10 ml, adesivo para fixação, bolsa coletora de sistema fechado. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
29 
 Repetir a técnica da sondagem vesical de alívio. 
 Após a passagem da sonda, insuflar o balãozinho com soro fisiológico, 
por meio da válvula existente na extremidade da sonda e puxá-la até sentir a 
ancoragem do balão no trígono vesical. 
 Conectar a sonda na extensão do coletor e prendê-lo na grade da cama. 
 Retirar as luvas. 
 Fixar a sonda com uma tira de esparadrapo na coxa da paciente saindo 
por cima da mesma. 
 Acoplar o coletor de sistema fechado à extremidade da sonda, fixando-o 
ao leito sem exercer tração. Manter o sistema aberto, fazendo o controle da diurese 
conforme prescrito. Deverão ser observados e anotados: o volume, aspecto, 
coloração, odor e presença de elementos como sangue. 
 
 
14 PROCEDIMENTO NO CATETERISMO MASCULINO 
 
 
Repetir a técnica do cateterismo feminino com as seguintes diferenças: 
 Colocar o paciente em decúbito dorsal e com as pernas afastadas. 
 Enluvar as mãos, colocar 8 ml de geleia anestésica na seringa com 
auxílio de outra pessoa; segurar o pênis com uma gaze (mão esquerda), mantendo-
o perpendicular ao abdome. 
 Fazer a antissepsia afastando o prepúcio com o polegar e o indicador da 
mão esquerda, e, com a pinça montada, fazer a antissepsia do meato uretral para a 
periferia. 
 Injetar a geleia anestésica na uretra com a seringa esterilizada, pressionar 
a glande por 2 a 3 minutos, a fim de evitar refluxo da geleia; introduzir a sonda até a 
sua extremidade (18-20 cm) com movimentos para baixo, com o pênis elevado 
perpendicularmente e baixar o pênis lentamente para facilitar a passagem na uretra 
bulbar. 
 Recobrir a glande com o prepúcio, a fim de evitar edema da glande. 
 Fixar a sonda na coxa ou na região hipogástrica (profilaxia de fístulas 
uretrais). 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
30 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.sistemanervoso.com/images/temas/som_03.jpg>. Acesso em: 19 
ago. 2010. 
 
 
15 SONDA DE MALECOT 
 
 
Utilizada em procedimentos que proporcionam acesso direto ao estômago 
para alimentação integral prolongada, suporte medicamentoso e descompressão 
gástrica,podendo ser temporária ou permanente. 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.geocities.ws/xiturmamed/aulas/Imagem10.jpg>. Acesso em: 19 
ago. 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
31 
 
 
16 DRENOS 
 
 
São usados em diversos contextos para possibilitar o escapamento de líquido 
de uma cavidade corporal específica. As indicações para colocação de controle de 
drenos são específicas de cada tipo de dreno. 
Podem ser classificados em: 
- Dreno aberto, ex.: penrose; 
- Dreno de sucção fechada; 
- Dreno de reservatório; 
- Cateteres para drenagem de abscesso. 
 
 
16.1 DRENO DE PENROSE 
 
 
É um dreno de borracha, tipo látex, utilizado em cirurgias que implicam em 
possível acúmulo local de líquidos infectados, ou não, no período pós-operatório. 
Seu orifício de passagem deve ser amplo e ser posicionado à menor distância da 
loja a ser drenada, não utilizando o dreno por meio da incisão cirúrgica e, sim, por 
meio de uma contraincisão. 
Para evitar depósitos de fibrina que possam obstruir seu lúmen, o dreno de 
penrose deve ser observado e mobilizado a cada 12 horas, ou seja, tracionado em 
cada curativo (exceto quando contraindicado), cortado seu excesso e recolocado o 
alfinete de segurança estéril, usando luva esterilizada. O orifício de saída deve ser 
ocluído com gaze estéril, devendo este curativo ser substituído sempre que 
necessário. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
32 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://img.alibaba.com/photo/11212056/Latex_Penrose_Drainage_Tubing.jpg>. Acesso em: 19 ago. 
2010. 
 
 
16.2 DRENO DE SUCÇÃO (PORTOVAC) 
 
 
É composto por um sistema fechado de drenagem pós-operatória, de 
polietileno, com resistência projetada para uma sucção contínua e suave. 
Possui uma bomba de aspiração com capacidade de 500 ml, com um cordão 
de fixação, uma extensão intermediária em PVC com pinça corta-fluxo e um 
conector de duas ou três vias, e um cateter de drenagem com agulha de aço 
cirúrgico (3,2 mm, 4,8 mm ou 6,4 mm) utilizada para perfurar o local de passagem do 
dreno. 
É usado para drenagem de líquido seroso ou sanguinolento, de locais de 
dissecção ou da área de anastomoses intraperitoneais. Seu objetivo é facilitar a 
coaptação dos tecidos adjacentes e impedir o acúmulo de soro e a formação de 
hematoma. Uma das principais complicações são a erosão do dreno em órgãos ou 
vasos circunvizinhos e a ruptura do cateter ao ser retirado. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
33 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.medicalbrasil.com.br/upload/produtos/640X480/8bf0f9f4ed0bdbd14f5a583d289a3a48126
0827461.jpg>. Acesso em: 19 ago. 2010. 
 
 
16.3 DRENO DE ABRAMSOM 
 
 
São tubos de grande calibre e luz múltipla e têm as seguintes finalidades: 
- Irrigação e aspiração contínua; 
- Usado mais comumente para drenar espaços intra-abdominais que se 
espera drenar grande volume de líquido. 
 
 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
34 
 
 
16.4 DRENO DE KERR 
 
 
É introduzido nas vias biliares extra-hepáticas, sendo utilizado para 
drenagem externa, descompressão, ou ainda, após anastomose biliar, como prótese 
modeladora, devendo ser fixado por meio de pontos na parede duodenal lateral ao 
dreno, tanto quanto na pele, impedindo sua saída espontânea. 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.geocities.ws/xiturmamed/aulas/Imagem11.jpg>. Acesso em: 19 
ago. 2010. 
 
 
17 SONDA TRAQUEAL COMUM (NELATON) E COM VÁLVULA DE PRESSÃO 
NEGATIVA 
 
 
Usada para aspiração de secreções mais profundas nos pulmões. É 
indicada a pacientes impossibilitados de eliminar as secreções e pacientes 
intubados e traqueostomizados. A sucção é realizada por um equipamento 
apropriado. Se em vez de conector tivermos a válvula, o próprio operador da sonda 
tem condição de interromper ou diminuir o fluxo de sucção sem mexer diretamente 
no equipamento ou estrangulando o tubo. 
A sonda para aspiração traqueal tem dois orifícios laterais e um orifício 
frontal (extremidade aberta), feita para aspirar, de regra, muco da região da traqueia; 
tem os orifícios laterais unidos ao frontal que tratarão de dar o devido parâmetro de 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
35 
limpeza à região. Não temos quatro orifícios laterais porque já que a sucção é 
realizada por aparelho mecânico geralmente (aspirador cirúrgico), o excesso de 
sucção devido o número de orifícios pode vir a colapsar a traqueia causando lesão 
aos tecidos no local (colapso = estado anormal em que as paredes de um órgão, 
normalmente afastadas, entram em contato). 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://catalogohospitalar.com.br/sonda-aspiracao-traqueal-06-
cvalvula.html>. Acesso em: 19 ago. 2010. 
 
 
18 CATETER DE OXIGÊNIO TIPO SONDA 
 
 
É indicado para aplicação de oxigênio por cateter nasal, para auxiliar na 
respiração do paciente, possuindo quatro orifícios laterais evitando, desta forma, um 
excesso de oxigênio que em região de mucosa causa lesão com consequente 
necrose de células. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
36 
 
FONTE: Disponível em: <https://cirurgicasaopaulo.websiteseguro.com/images/10941.jpeg>. Acesso 
em: 19 ago. 2010. 
 
 
19 CATETER DE OXIGÊNIO TIPO ÓCULOS 
 
 
É utilizado para inalação de oxigênio em pacientes com transtornos de 
respiração ou com distúrbios no transporte de oxigênio. Seu material contém um 
tubo em Cloreto de Polivinila (PVC) atóxico, flexível, podendo ser transparente e na 
cor verde; saída para as narinas em PVC macio e atóxica. Há um conector universal 
de fácil adaptação na face do paciente, embalado individualmente e esterilizado em 
óxido de etileno. 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.oxigenio.com/media/catalog/product/cache/1/image/154e596b9ae81f008eff8a1a476a885
c/f/i/file_12_49.jpg>. Acesso em: 19 ago. 2010. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
37 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://catalogohospitalar.com.br/img/produtos/619/imagem-de-cateter-para-
oxigenio_g.jpg>. Acesso em: 19 ago. 2010. 
 
 
20 DRENAGEM TORÁCICA (PLEURAL OU MEDIASTINAL) 
 
 
 Indicação 
Os sistemas coletores de drenagem pleural ou mediastinal (SCDPM) são 
empregados em cirurgias torácicas ou cardíacas e destinam-se à evacuação de 
conteúdo líquido e/ou gasoso da cavidade torácica (derrames pleurais ou 
pericárdicos, empiema, sangue, pneumotórax, etc.). 
 
 
 Descrição 
Os SCDPM utilizam o princípio da sifonagem para manter em equilíbrio a 
pressão intrapleural ou intrapericárdica, que é negativa em relação à atmosférica, 
evitando a entrada de ar na cavidade torácica (pneumotórax aberto). 
Os sistemas de frasco coletor único são os mais comumente empregados, 
devido ao seu baixo custo e fácil manuseio. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
38 
 
FONTE: Disponível em: < http://4.bp.blogspot.com/_lpgM-
4JHwI4/SNXAVONc8cI/AAAAAAAAAQg/Zo6LEBCxCYM/s320/AnatomiaDreno.gif>. Acesso em: 20 
ago. 2010. 
 
 
 
FONTE: Disponível em: < http://www.rbccv.org.br/imagensRBCCV/041a10f1.gif>. Acesso em: 20 ago. 
2010. 
 
 
20.1 PREPARO DO FRASCO COLETOR 
 
 
Verificar a capacidade do frasco coletor escolhido e colocar solução 
fisiológica ou água destilada estéril no frasco coletor, de modo a atingir a marca do 
nível líquido mínimo obrigatório, conforme a capacidade do reservatório. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
39 
 
 
20.2 PREPARO DO SISTEMA COLETOR 
 
 
A tampa do SCDPM deve ser rosqueada ao frasco coletor de modo correto e 
firme. Somente o correto rosqueamento possibilitará a vedação adequada quando 
for necessária a aspiração contínua. 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4a/Sistema_coletor_de_drenagem_pleural_
ou_mediastinal.JPG/200px-Sistema_coletor_de_drenagem_pleural_ou_mediastinal.JPG>. Acesso 
em: 20 ago.2010. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
40 
 
FONTE: Disponível em: <http://saber.sapo.pt/w/thumb.php?f=N_vel_L_quido_Selo.JPG&w=220>. 
Acesso em: 20 ago. 2010. 
 
 
20.3 PREPARO DO MULTICONECTOR CÔNICOO multiconector cônico permite a conexão da mangueira do SCDPM com 
drenos torácicos de diversos diâmetros. 
Entretanto, deve-se previamente preparar o dreno torácico e o multiconector 
cônico para a conexão, com isso otimiza-se o diâmetro interno da conexão evitando 
estreitamentos. 
1° - Instalar cirurgicamente o dreno torácico na cavidade pleural ou no 
mediastino. 
2° - Preparar o dreno torácico para conexão cortando-o transversalmente na 
extremidade chanfrada distal. 
3° - Verificar o diâmetro interno do dreno torácico. 
4° - Cortar o multiconector cônico no maior diâmetro que possibilite conexão 
firme com o diâmetro interno do dreno torácico, como indica a figura abaixo. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
41 
5° - Conectar firmemente o dreno torácico, unindo-o com o multiconector 
cônico. 
6° A conexão entre o dreno torácico e a mangueira do sistema de drenagem 
poderá ser reforçada com fita adesiva, de modo a evitar desconexão por 
arrancamento. 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c3/SistemaDrenagemToracica.JPG>. Acesso em: 
20 ago. 2010. 
 
 
20.4 FAIXA ADESIVA DE FIXAÇÃO 
 
 
A faixa adesiva de fixação é de extrema importância para o conforto do 
paciente e deverá ser fixada no flanco do paciente. 
Ela evita que as trações da mangueira do SCDPM sejam transmitidas ao(s) 
ponto(s) de fixação cirúrgica do dreno torácico com a pele. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
42 
Dessa forma, se previne o doloroso deslocamento ou arrancamento do 
dreno torácico. 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://saber.sapo.ao/w/thumb.php?f=DrenagemPleural.GIF&w=220>. 
Acesso em: 20 ago. 2010. 
 
 
20.5 CURATIVOS: VERIFICAÇÃO DOS PONTOS CIRÚRGICOS 
 
 
Ao verificar as condições do(s) ponto(s) cirúrgico(s) e da fixação do dreno 
torácico durante o curativo, deve-se observar se ocorreu arrancamento parcial do 
dreno torácico com deslocamento do(s) ponto(s) cirúrgico(s). 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
43 
Também é necessário verificar se está ocorrendo vazamento aéreo em torno 
do dreno torácico devido à folga no(s) ponto(s) cirúrgico(s). 
 
 
20.6 REVISÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM 
 
 
Rever se a extremidade do tubo no interior do frasco ficou submersa cerca 
de 2 cm abaixo do nível líquido mínimo obrigatório. Marcar na etiqueta do frasco 
coletor o nível líquido, a data e a hora da instalação do frasco coletor.Verificar se 
existe oscilação ou borbulhamento no nível líquido. 
 
 
20.7 ORDENHA 
 
 
As manobras de ordenha são empregadas sob supervisão médica ou da 
enfermagem quando ocorrer obstrução por coágulos do SCDPM. Utilizar pinça de 
ordenha ou ordenhar com a mão a mangueira de drenagem e o dreno torácico de 
modo a remover possíveis obstruções. 
 
 
21 O SISTEMA DE ASPIRAÇÃO CONTÍNUA 
 
 
A utilização de pressão negativa por aspiradores de pressão controlada 
auxilia na evacuação dos líquidos pericárdicos ou pleurais propiciando a reexpansão 
pulmonar. 
 
 
 
 
 
 
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44 
 
 
21.1 MECANISMO DE FUNCIONAMENTO 
 
 
O sistema de aspiração contínua serve para regular e graduar o nível de 
aspiração contínua que será transmitida ao sistema de drenagem pleural ou 
mediastinal. Com este sistema, a pressão de aspiração não será dependente da 
força do aspirador, mas sim do quanto o respiro se encontra mergulhado na água. 
Portanto, o sistema de aspiração contínua garante uma aspiração constante 
e programada. 
 
 
21.2 INDICAÇÕES 
 
 
A aspiração está formalmente indicada em pacientes que não conseguem 
aumentar a pressão pleural por meio da tosse, ou seja, nos pacientes com 
neuropatias, tetraplégicos, portadores de doenças musculares, traqueostomizados, 
pós-operatório imediato de cirurgia torácica, etc. 
No pós-operatório de cirurgia cardíaca, a aspiração contínua facilita a 
mensuração horária das drenagens por manter a pressão negativa da cavidade 
pericárdica reduzindo a incidência de coágulo intrapericárdico e a possibilidade de 
tamponamento cardíaco. 
 
 
21.3 NÍVEL DE ASPIRAÇÃO 
 
 
O nível de aspiração recomendado para recém-nascidos é de 5 cm de água, 
com pressões máximas de 10 cm de água. Em crianças maiores e nos adultos 
recomenda-se pressão negativa de 10 a 20 cm de água. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
45 
 
 
21.4 SISTEMA DE DRENAGEM COM MÚLTIPLAS CÂMARAS 
 
 
Na figura abaixo temos um sistema de aspiração contínua acoplado ao 
sistema de drenagem pleural em que o primeiro frasco é usado exclusivamente 
como câmara coletora e o segundo fraco é usado como selo d'água. 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e0/SistemaDeAspira_oCont_nua.JPG/220p
x-SistemaDeAspira_oCont_nua.JPG>. Acesso em: 20 ago. 2010. 
 
 
21.5 ROTINA PARA O MANUSEIO E TROCA DO REFIL 
 
 
 A frequência da troca do frasco coletor antigo por outro novo estéril 
deverá ser diária, quando o mesmo estiver repleto ou a critério médico. 
 Preparar um novo frasco antes de abrir a tampa do frasco em uso, que vai 
ser desprezado. 
 Preparo do novo frasco coletor: 
 Verificar o estado da embalagem, o produto e o prazo de validade. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
46 
 Abrir o novo frasco coletor de modo que o interior do mesmo permaneça 
estéril. 
 Adicionar, de acordo com o volume do frasco, 250 ml ou 500 ml de 
solução fisiológica estéril ou água destilada estéril no novo frasco coletor, de modo a 
atingir a marca do nível líquido mínimo obrigatório. 
 
 
21.6 TROCA DOS FRASCOS COLETORES 
 
 
 Utilizar luvas e seguir as normas da comissão de infecção hospitalar. 
 A troca do frasco antigo pelo novo deverá ser rápida e precisa, para isso, 
o novo frasco deverá já estar preparado. 
 Pinçar a mangueira de drenagem por curto período de tempo, ou seja, 
somente pinçar o dreno torácico para uma rápida troca do frasco coletor. 
 Em caso de fístula aérea (borbulhamento), o pinçamento prolongado do 
dreno torácico provocará aumento do pneumotórax podendo ocasionar insuficiência 
respiratória ou enfisema de subcutâneo. 
 Abrir a tampa do frasco coletor antigo. 
 Trocar rapidamente o frasco antigo pelo novo. 
 Conectar o novo frasco coletor fechando corretamente a tampa do frasco. 
 Após a troca, abrir a pinça da mangueira de drenagem. 
 
 
21.7 TROCA DA MANGUEIRA DE DRENAGEM 
 
 
 Com o passar do tempo, o interior da mangueira de drenagem poderá ser 
colonizada por micro-organismos, portanto recomenda-se a sua troca a cada sete 
dias. 
 Usar técnica asséptica na desconexão do dreno torácico que deverá estar 
pinçado para evitar o pneumotórax aberto. 
 Abrir a pinça do dreno torácico após a troca. 
 
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47 
 
 
21.8 REVISÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM 
 
 
 Rever se a extremidade do tubo no interior do frasco coletor ficou 
submersa cerca de 2 cm abaixo do nível líquido mínimo obrigatório. 
 Marcar na etiqueta do frasco coletor o nível do líquido, a data e a troca do 
novo frasco coletor. 
 Verificar e registrar se existe oscilação ou borbulhamento do nível líquido. 
 Não deixar formar curvas acentuadas, dobras ou acotovelamentos na 
mangueira de drenagem. 
 
 
21.9 CONTROLE DO VOLUME DRENADO 
 
 
Medir e anotar o volume e a cor do líquido drenado no frasco coletor de 
acordo com as orientações médicas. 
 
 
21.10 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 
 
 
O sistema coletor de drenagem pleural ou mediastinal não entra em contato 
com o organismo e é fabricado com materiais apirogênicos. Não há contraindicações 
absolutas à utilização do sistema. 
 
 
 
 
 
 
 
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48 
 
 
21.11 EMBALAGEM, DATA DE FABRICAÇÃO E VALIDADE 
 
 
 Conservar a embalagem ao abrigo do sol, em local limpo, seco, arejado e 
sem odor. 
 Conferir a integridade das embalagens e armazenar em local de baixa 
umidade entre 15 °C a 30 °C. 
 O produto é frágil, não utilizá-lo se houver suspeita de dano por queda ou 
outro motivo queprovoque abertura da embalagem, devendo o fabricante ser 
notificado. 
 Verifique eventuais defeitos de fabricações e os notifique ao fabricante. 
 Verifique a data de fabricação e o prazo de validade na embalagem. 
 
 
21.12 ESTERILIZAÇÃO E REESTERILIZAÇÃO 
 
 
O sistema coletor de drenagem pleural ou mediastinal é esterilizado por 
óxido de etileno, portanto deve-se usar o produto imediatamente após a cuidadosa 
abertura da embalagem. 
 
 
21.13 LIXO HOSPITALAR 
 
 
O sistema coletor de drenagem pleural ou mediastinal é de uso único e 
descartável, ou seja, não deverá ser reutilizado. Seguir rigorosamente as normas 
hospitalares para desprezar ou destruir qualquer material, resíduos ou secreções 
potencialmente contaminadas. 
 
 
 
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49 
22 PREVENINDO INFECÇÕES E CAUTELAS NA UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS 
PARA ANTISSEPSIA 
 
 
É certo que, por mais cuidadosos que sejamos nos procedimentos invasivos 
e na otimização de cateteres e sondas, a colonização e subsequentes infecções 
tornam-se inevitáveis, com custos acrescidos não só para a instituição prestadora de 
cuidados, mas principalmente para o paciente. A natureza da infecção é multifatorial 
e a evidência tem demonstrado que a boa prática não é suficiente para prevenir a 
infecção associada aos procedimentos invasivos. 
As taxas de infecção associadas aos diversos agentes microbianos têm 
aumentado gradualmente, com o agravante do surgimento de cepas altamente 
resistentes, destacando-se os cocos gram-positivos como o Staphylococus 
epidermis, Staphylococus aureus (entre 70 a 80% do total de infecções nosocomiais) 
e fungos, em especial a Candida albicans. 
Buscando contornar este problema, as pesquisas passaram a focar não no 
meio ambiente e nas particularidades dos indivíduos, mas sim nos dispositivos 
usados nos respectivos procedimentos invasivos. Assim, surgiram os dispositivos 
impregnados em antimicrobianos. 
Esta ideia não é tão recente quanto parece, dado existirem inúmeros 
estudos efetuados nos Estados Unidos, contudo, muitos enveredam por caminhos 
dúbios cujos resultados se mostraram inconclusivos. A ideia é a mesma: impregnar 
os materiais com um composto antimicrobiano que exerça esta ação enquanto 
esteja inserido no organismo. 
Assim, alguns tipos de materiais poderão ser alvo deste procedimento: 
 Acessos vasculares (CVC, acessos centrais de abordagem periférica, 
acessos venosos periféricos, cateteres centrais de longa duração, cateteres de 
diálise, cateter de Swan-Ganz e cateter arterial); 
 Materiais de urologia (cateteres urinários, dispositivos urinários de longa 
duração, esfíncteres urinários artificiais e próteses penianas); 
 Materiais vários (enxertos vasculares, drenos, cateteres de diálise 
peritoneal, marca-passos e válvulas cardíacas) 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
50 
O espectro de dispositivos que são passíveis de adquirirem propriedades 
antissépticas é vasto, podendo ser multiplicados pelo tipo de materiais que os 
constituem: 
 Borracha, plástico e silicone; 
 Poliuretano e polietileno; 
 Teflon® (politetrafluoroetileno); 
 Colágeno; 
 Albumina; 
 Tetrafluoreto de polietileno. 
 
Os dispositivos utilizados e os respectivos materiais já são bem conhecidos, 
assim, o que se necessita é pesquisar métodos seguros de impregnação dos 
mesmos com o composto antimicrobiano que lhes garanta esta ação antisséptica, 
sem conduta provocar efeito iatrogênico nos pacientes. 
Outro aspecto importante, que deve ser objetivo de protocolo na instituição, 
é a utilização de antissépticos tópicos para o preparo antes dos procedimentos. 
O CDC de Atlanta tem alertado para o uso indiscriminado e inadequado 
destes antissépticos como um dos fatores para o crescente número de infecções. 
 
 
22.1 PVPI - DEGERMANTE 
 
 
Produto a base de Polivinil Pirrolidona Iodo em solução degermante (1% de 
iodo ativo); complexo estável e ativo que libera o iodo progressivamente. É ativo 
contra todas as formas de bactérias não esporuladas, fungos e vírus. É indicado na 
degermação das mãos e braços da equipe cirúrgica e na preparação pré-operatória 
da pele de pacientes. 
 
 
 
 
 
 
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51 
 
 
22.2 PVPI - TÓPICO 1% 
 
 
Produto a base de Polivinil Pirrolidona Iodo 1% em solução aquosa, 
proporcionando ação rápida e efeito prolongado mesmo em presença de matéria 
orgânica. É ativo contra as formas de bactérias não esporuladas, fungos e vírus. É 
indicado na antissepsia de mucosa oral e vaginal, bem como aplicação em feridas e 
queimaduras. Antissepsia pré-operatória complementar (após degermação prévia) 
do campo operatório. Antissepsia da pele para cateterização vesical, venosa e 
arterial. 
 
 
22.3 PVPI - TINTURA 10% 
 
 
Produto a base de Polivinil Pirrolidona Iodo 10% em solução aquosa, 
indicado na antissepsia complementar e na demarcação do campo operatório. 
Contraindicado nas lesões de pele de grande superfície, em razão da absorção 
sistêmica de iodo e mucosas. 
 
 
22.4 DIGLUCONATO DE CLOREXIDINA 2% 
 
 
Utilizado para profissionais da área da saúde (degermação das mãos em 
áreas críticas), e/ou pacientes sensíveis aos compostos iodados. É especialmente 
indicado para neonatos e crianças, pelo menor risco de toxicidade e absorção 
cutânea e mucosa. 
 
 
 
 
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52 
 
 
23 CUIDADOS ESPECIAIS COM PACIENTES IDOSOS 
 
 
O envelhecimento, durante muito tempo, foi visto como um estado patológico 
ou ainda, como um período de “espera pela morte”. 
Hoje há uma mudança na expectativa de vida dos idosos, como 
consequência do grande avanço das ciências nas últimas décadas. Assim, é cada 
vez maior a população idosa em todo o mundo, e particularmente no Brasil. Tal 
população apresenta uma série de necessidades especiais de atenção à saúde, pois 
grande parte destes idosos alcança a longevidade com uma série de agravos de 
saúde, requerendo suportes especiais para que possam viver com qualidade e 
segurança. 
Com base nessa nova visão, torna-se imperioso formar profissionais de 
saúde especializados, que possam atuar de forma competente junto a esta 
população. Este tipo de profissional precisa ter um perfil especial, pois deve não só 
gostar de cuidar dos idosos, mas que também tenha boa capacidade de 
relacionamento com familiares, cuidadores e acompanhantes, atuando em sinergia 
com estas pessoas, para que sejam parceiros ativos e comprometidos com o 
sucesso do planejamento assistencial da equipe. 
Nesse contexto, a enfermagem gerontológica ou geriátrica, ganha espaço 
significativo dentro das equipes multidisciplinares. 
Além de seu papel assistencial, o profissional que atua nessa área deve ter 
habilidade para orientar e educar, transmitindo aos familiares e cuidadores 
informações corretas, em linguagem acessível e delegando a eles tarefas que 
possam realizar de forma segura e tranquila. 
No ano de 1999, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria 337 e da 
Resolução 63 de 2000, normatizou a Terapia Nutricional Enteral e oficializou as 
atribuições de cada profissional dentro da equipe multiprofissional especializada, 
que obrigatoriamente deve estar presente nas instituições que usam a prática da 
nutrição por meio de sondas digestivas e cateteres venosos. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
53 
Alimentar um paciente idoso por sonda, seja por via nasal ou ostomia, 
necessita de cooperação do idoso e de seus familiares, principalmente quando 
existe indicação dessa terapia no domicílio. 
Atualmente, existe clara distinção entre as sondas utilizadas para infundir 
nutrientes e aquelas utilizadas para drenagem de secreções digestivas. As sondas 
de polivinil devem ser usadas somente para drenagem gástrica e por períodos 
menores que 30 dias (TRONCON et al, 2000). 
O uso de sondas enterais com a finalidade de se administrar alimentos deve 
ser feito sempre que houver contraindicação ou impossibilidadede se utilizar a via 
oral fisiológica; é de ressaltar-se, porém, que o tubo digestivo deve estar presente, 
com capacidade de absorção, total ou parcial, conservada (UNAMUNO e 
MARCHINI, 2002). 
Atualmente, estão disponíveis dois tipos genéricos de sondas para 
alimentação: as utilizadas via nasogástrica e nasoentérica, e as de ostomias. 
As sondas nasoentéricas têm de 50 a 150 cm de comprimento, e diâmetro 
médio interno de 1,6 mm e externo de 4 mm. 
Todas têm marcas numéricas ao longo de sua extensão, que facilitam a 
verificação do seu posicionamento final (FERREIRA, 2005; CERIBELLI e MALTA, 
2006; MOSHE, 1990; UNAMUNO e MARCHINI, 2002). 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://catalogohospitalar.com.br/img/produtos/614/imagem-de-sonda-
nutricao-enteral_g.jpg>. Acesso em: 20 ago. 2010. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
54 
 
 
24 OS CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DA DIETA POR OSTOMIAS SÃO OS 
MESMOS DO USO DE SONDAS NASOGÁSTRICAS/NASOENTÉRICAS 
 
 
As mais modernas, para gastrostomia, são de silicone ou de poliuretano, 
com paredes finas e flexíveis, numeradas e com duas vias que facilitam a irrigação e 
a administração de medicamentos, mesmo durante a infusão da dieta (BARRIAS et 
al, 2006; UNAMUNO e MARCHINI, 2002; COPPINI, 1995). 
Atualmente, muito se tem discutido sobre os cuidados avançados na saúde, 
dentre os quais a preocupação com a prevenção e capacitação do cuidador e 
famílias de idosos acamados. 
É cada vez mais importante que a enfermagem assuma também esta 
responsabilidade em capacitar cuidadores e familiares na assistência a idosos que 
fazem uso de sondas, ou outros dispositivos, sobre os cuidados e assistência 
necessários, com informações que lhes tragam a possibilidade de oferecer um 
cuidado mais humanizado e seguro aos idosos. 
Estas orientações devem incluir: 
Explicar de forma simples, objetiva e em linguagem adequada, o que é a 
sonda, como foi passada e onde está localizada (usar esquemas, fotos, mostrar no 
corpo). 
 O que fazer em caso de problemas com a sonda nasoenteral? 
Em caso de obstrução (entupimento), rachadura, furo, perda ou saída parcial 
da sonda, você deverá procurar a Unidade Básica de Saúde (Posto de Saúde) ou 
outro serviço que lhe for indicado, levando a sonda, lavada com água e sabão, e seu 
guia metálico, para que o enfermeiro verifique se podem ser reaproveitados. 
 Como evitar a saída da sonda nasoenteral? 
A sonda deve ser fixada à pele com uma fita adesiva hipoalergênica ou 
esparadrapo, para evitar que seja retirada acidentalmente ou que se desloque para 
fora do estômago ou intestino. 
 Como trocar as fixações da sonda? 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
55 
Essa fixação deve ser trocada quando estiver suja ou solta: retire a fixação 
antiga, limpe o nariz com água e sabão, seque bem, sem friccionar; fixe a sonda 
sem passar na frente dos olhos ou da boca. A sonda não deve ficar dobrada, nem 
puxar a narina. Em caso de vermelhidão ou machucado na pele, fixar a sonda em 
outro local. 
 Como evitar obstrução da sonda nasoenteral? 
Por ser muito fina, a sonda pode entupir-se facilmente, impossibilitando a 
administração da dieta enteral. Para evitar este problema: injetar, com uma seringa, 
40 ml de água filtrada, fervida e fria na sonda, antes e após a administração da dieta 
ou de medicamento, observar os cuidados com a administração de medicamentos; 
em caso de obstrução, injetar lentamente 20 ml de água filtrada, fervida e morna ou 
refrigerante tipo cola. Atenção: a sonda pode se romper caso a pressão para injetar 
a água seja muito forte. 
Os cuidadores precisam ainda ser orientados sobre cuidados importantes na 
infusão da dieta enteral, tais como: 
 Manter o paciente sentado ou com travesseiros nas costas formando um 
ângulo de no mínimo de 15 graus para receber a dieta, nunca deitado para evitar 
vômitos e aspiração da dieta para os pulmões (o que é muito perigoso); 
 O paciente deverá ser mantido em decúbito elevado durante toda a 
infusão da dieta e 30 minutos; 
 Após o término, infundir a dieta lentamente por gotejamento (por meio de 
frasco acoplado ao equipo), gota a gota (é como se fosse uma torneira quebrada 
que pinga lentamente) para evitar diarreia, distensão abdominal, vômitos e má 
absorção. Para facilitar a descida da dieta, o frasco pode ser pendurado em 
ganchos, prego ou suporte de vasos. Deve-se fracionar a dieta durante o dia, o 
volume em cada horário, não ultrapassando o volume de 350 ml e infundir água 
filtrada e fervida (que deverá ser fornecida em temperatura ambiente); 
 Após administrar cada frasco da dieta, passar pela sonda cerca de 20 ml 
de água filtrada e fervida, para evitar acúmulo de resíduos e entupimento da mesma; 
manter a sonda fechada quando não estiver em uso; 
 Após o preparo da dieta caseira, essa deverá ser guardada na geladeira e 
retirar somente a quantidade que for utilizar 30 minutos do horário estabelecido. A 
 
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56 
dieta, portanto, deverá ser oferecida ao paciente em temperatura ambiente. Não 
aquecer a dieta em banho-maria ou em micro-ondas. 
 Caso o paciente puxe a sonda (ou ocorra um acidente na mobilização) e 
essa saia, não tente recolocá-la. Lave-a com água e sabão e guarde-a em lugar 
seco e limpo, pois ela pode ser reutilizada. Dependendo do tipo de sonda enteral ela 
pode ser utilizada por até seis meses, desde que não obstrua, fure ou vaze. 
Alguns cuidadores poderão necessitar de orientações sobre administração 
de alimentação por meio de gastrostomia, orifício artificial externo no estômago para 
alimentação e suporte nutricional, quando há impossibilidade ou perigo de usar a via 
normal. Indicada quando o paciente possui lesão de boca, faringe e esôfago 
irreversível ou que requerem tratamento prolongado, como o caso de tumores. A 
administração pode ser realizada por meio de funil ou seringa. 
Atentar para alguns dos cuidados a serem tomados como: 
 Colocar o paciente em decúbito um pouco elevado; 
 Adaptar o funil ou seringa na sonda, mantendo-a elevada e despejar a 
dieta lentamente; 
 Limpar a superfície externa da sonda com gaze se houver 
extravasamento; 
 A dieta deve ser totalmente líquida, pois do contrário poderá obstruir a 
sonda; 
 A temperatura ideal é de 37 °C e nunca retirar a sonda de gastrostomia; 
caso saia acidentalmente, comunicar o médico imediatamente. 
 
Abordar ainda sobre os cuidados com a sonda vesical de demora, utilizada 
por muitas pessoas idosas, que perderam a capacidade de urinar espontaneamente, 
e necessitam deste tipo de prescrição médica. 
Da mesma forma, orientar que nesse método a sonda é mantida dentro da 
bexiga, assim, a urina fluirá continuamente. A sonda liga-se a uma bolsa coletora 
que pode ser fixada na lateral da cama, da cadeira de rodas, ou na perna do 
paciente (caso ele ande). 
Para prevenir complicações como infecções, sangramentos e feridas 
frisamos a importância de se tomar os seguintes cuidados: 
 
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57 
 Lavar as mãos; limpar a pele em torno da sonda com água e sabão pelo 
menos duas vezes ao dia para evitar o acúmulo de secreção; 
 Lavar a bolsa coletora uma vez ao dia, com água e sabão ou água e cloro 
(cândida); quando desconectar a bolsa da sonda, bloquear a sonda com uma gaze 
estéril, para que a urina não vaze; 
 Manter a bolsa coletora sempre abaixo do nível da cama, e não deixe que 
ela fique muito cheia, para evitar que a urina retorne para dentro da bexiga; 
 Não deixar a perna do paciente apoiada na sonda, porque essa estará 
ocluída e a urina não sairá da bexiga; 
 Sempre que não houver urina na bolsa coletora, verifique se não há 
dobras ou obstruções no sistema e NUNCA troque a sonda vesical, esse é um 
procedimento de enfermagem, e deve ser realizado com técnica específica do 
profissional. 
 
Outra abordagem que pode ser necessária é a respeito dos cuidados as 
pessoas com colostomia no pós-operatório. 
Esclareceraos cuidadores e familiares sobre o procedimento cirúrgico, onde 
se faz uma abertura no abdome (estoma) para a drenagem fecal (fezes) 
provenientes do intestino grosso (cólon). Esse procedimento é feito geralmente após 
a retirada de uma parte do intestino, podendo ser temporária ou permanente. 
Realiza-se um corte no abdome enquanto o paciente está sob anestesia profunda e 
sem dor (anestesia geral). 
Depois, o tecido sadio do intestino foi preso no abdome para formar uma 
abertura, uma espécie de “boca”, que é a colostomia. Em seguida, é selecionada 
uma bolsa adesiva para coletar o material que vai ser eliminado. Ajudar a selecionar 
a bolsa adequada, que se ajuste de forma segura e confortável. 
A colostomia é feita quando a parte inferior do intestino grosso, o reto ou o 
ânus está impossibilitado de funcionar normalmente ou quando necessita de um 
período de repouso para as suas funções normais. 
Cuidados com a pele ao redor da colostomia, que requer um cuidado 
especial porque o contato prolongado com as fezes pode causar irritação. Para 
manter a integridade e a aderência da pele ao dispositivo é recomendado orientar os 
seguintes cuidados: 
 
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 Nunca utilizar substâncias agressivas à pele, como álcool, benzina, 
colônias, tintura de benjoim, mercúrio, merthiolate, pomadas e cremes; 
 Explicar que estes produtos ressecam a pele, favorecendo o 
aparecimento de feridas e reações alérgicas; 
 Realizar limpeza da pele ao redor da colostomia com água e sabão neutro 
e não esfregar com força ou usar esponjas ásperas; 
 Tomar cuidado com insetos, em especial moscas. 
 
Procurar o serviço de Enfermagem sempre que notar alguma anormalidade. 
Explicar que anormalidades podem ocorrer, tais como: ausência de fezes ou fezes 
muito líquidas, irritação na pele, alergias, problemas no estoma, sangramentos, e 
tudo o que possa ocorrer e que será necessário buscar atendimento. 
 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO I

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