9. UNIDADE 3 PARTE 3 - ok

Prévia do material em texto

FARMACOLOGIA
Profª. Drª. Vivian Taciany Bonassoli Shima
UNIDADE III – TRATAMENTOS 
FARMACOLÓGICOS DA HIPERTENSÃO ARTERIAL 
SISTÊMICA E DO DIABETES MELLITUS
Tratamentos Farmacológicos do Diabetes 
Mellitus
Diabetes Melittus
O diabetes é representado por um grupo de doenças metabólicas
caracterizadas principalmente por hiperglicemia, mas pode estar
associado a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos,
especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos
sanguíneos. As causas incluem defeitos na secreção e/ou ação da
insulina provocados por destruição das células beta do pâncreas
(produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da
secreção da insulina, entre outros.
Insulina
• É um hormônio secretado em condições basais uniformes e
também em resposta à elevação da glicemia. Sua secreção é
regulada pelos níveis de glicose sanguínea e também por hormônios
e aminoácidos.
• Quando os níveis de glicose no sangue estão elevados, as células
beta (β) “reconhecem” esse excesso e respondem com a liberação
de insulina.
• A glicose penetra nas células β através de um transportador de
membrana denominado Glut-2, sendo, então, metabolizada pela
enzima glicoquinase. A glicólise promove influxo de íons cálcio na
célula e induz a secreção de insulina.
Ação da insulina sobre as células-alvo
Tipos de diabetes
• Tipo 1.
• Tipo 2.
• Gestacional.
Paciente
saudável
Tratamentos farmacológicos do diabetes
• Diabetes Mellitus 1: a insulina é essencial.
• Diabetes Mellitus 2: inicia-se com medidas não farmacológicas 
(dieta e atividade física) e segue com o uso de agentes orais e/ou 
insulina.
Hipoglicemiantes injetáveis X Hipoglicemiantes orais.
Insulina humana e 
análogos
Início de 
ação
Pico Duração
Ultrarrápida
Insulina lispro 15 min 1 a 3 h 3 a 5 h
Insulina Aspart 15 min 1 a 3 h 3 a 5 h
Rápida
Regular (R) 30 min 2 a 3 h 6,5 h
Intermediária
NPH (N) 1 a 5 h 5 a 8 h até 18 h
Longa duração
Glargina e detemir 90 min Sem pico Até 24h
Hipoglicemiantes injetáveis - Insulina
Hipoglicemiantes injetáveis - Análogos do GLP-1
GLP-1 (glucagon-like peptide-1)
• Liraglutida
• Exenatida
Hipoglicemiantes orais
Fármacos que estimulam a secreção 
pancreática de insulina.
• Indicados apenas para diabéticos tipo 2.
• Bloqueiam canais de potássio na membrana
das células β, resultando em despolarização e
influxo de cálcio.
• Representantes: clorpropamida, glibenclamida,
gliclazida, glimepirida, repaglinida e nateglinida.
Hipoglicemiantes orais
Fármacos que diminuem a produção hepática de glicose (biguanidas).
• Atuam primariamente diminuindo a liberação hepática de glicose e 
podem apresentar ação sensibilizadora periférica mais discreta. 
• Não estimulam a secreção de insulina Menor risco de 
hipoglicemia. 
• Principal representante: metformina.
Hipoglicemiantes orais
Fármacos que reduzem a velocidade de absorção de glicídios. 
• Atuam como inibidores da enzima alfa-glicosidase, tornando mais 
lenta a absorção da glicose proveniente da digestão de 
polissacarídeos. 
• Não reduzem a glicemia, mas tornam mais suave a elevação da 
glicemia após uma refeição. 
• Não são bem absorvidos.
• Principal representante: acarbose.
Hipoglicemiantes orais
Fármacos que aumentam a utilização periférica da glicose (glitazonas).
• Os fármacos desta classe atuam predominantemente na resistência à 
insulina periférica em nível de músculo, adipócito e hepatócito, 
sensibilizando a ação da insulina produzida pelo próprio paciente. 
• Principal representante: pioglitazona.
Hipoglicemiantes orais
Inibidores da enzima dipeptidil peptidase-4 (DPP-4) – “gliptinas”.
• Atuam estabilizando o GLP-1 endógeno pela inibição da enzima que 
o degrada, a DPP-IV. 
• Representantes: sitagliptina, vildagliptina, saxagliptina e linagliptina.
Agentes que promovem glicosúria. 
• Impedem a reabsorção de glicose via inibição das proteínas SGLT2, 
nos túbulos proximais dos rins, levando à eliminação do excesso de 
glicose na urina.
• Baixo risco para hipoglicemia.
• Ação diurética (glicosúria)  Contraindicados na insuficiência renal 
moderada ou grave. 
• Efeitos adversos: depleção de volume, risco aumentado para 
infecções genitais e trato urinário.
• Representantes: dapagliflozina , empagliflozina e 
canagliflozina.
Hipoglicemiantes orais