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UNIVERSIDADE LICUNGO FACULDADE DE EDUCAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO EDUCACIONAL ALBERTINA ISABEL AUGUSTO DÉRCIA AMÉLIA AUGUSTO ELIAS CARLOS MATAVELE ELISA MALISSANE COSTELA EUNICE PAULINO MUSTAFA JOSÉ SAMUEL MADONGOSSE LOICE DUARTE PEDRO PAULO MARIBATE RODRIGUES BENTO COMPARAÇÃO DOS SISTEMAS EDUCATIVOS DA SADC: ANGOLA, GUINE BISSAU E SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE Beira 2022 ALBERTINA ISABEL AUGUSTO DÉRCIA AMÉLIA AUGUSTO ELIAS CARLOS MATAVELE ELISA MALISSANE COSTELA EUNICE PAULINO MUSTAFA JOSÉ SAMUEL MADONGOSSE LOICE DUARTE PEDRO PAULO MARIBATE RODRIGUES BENTO COMPARAÇÃO DOS SISTEMAS EDUCATIVOS DA SADC: ANGOLA, GUINE BISSAU E SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE Trabalho de pesquisa a ser entregue no departamento de Ciências de Educação e Psicologia para o efeito Avaliativo na cadeira de Educação Comparada. Docente: Dr. Filipe Chiueteca Beira 2022 2 Índice 1 Introdução ............................................................................................................................ 3 1.1 Objectivos ......................................................................................................................... 3 1.1.1 Objectivo geral ............................................................................................................... 3 1.1.2 Objectivos específicos .................................................................................................... 3 1.1.3 Metodologia ................................................................................................................... 3 2 Sistema educativo em Angola .............................................................................................. 4 2.1.1 Educação pré-escolar ..................................................................................................... 4 2.1.2 Ensino primário .............................................................................................................. 4 2.1.3 Ensino secundário geral ................................................................................................. 4 2.1.4 Ensino superior .............................................................................................................. 5 2.2 Orçamento atribuído ao sector da educação angolana ...................................................... 5 2.3 Sistema Educativo Em Guiné-Bissau ............................................................................... 5 2.3.1 Sectores do sistema educativo........................................................................................ 5 2.3.2 Sector formal .................................................................................................................. 6 2.3.3 Sector não formal ........................................................................................................... 6 2.3.4 Idade de ingresso à escola .............................................................................................. 6 2.3.5 Orçamento atribuído ao sector da educação guineense ................................................. 7 2.4 Sistema educativo em São Tome e Príncipe ..................................................................... 7 2.3.1 Subsistemas da educação geral santomense ................................................................... 7 2.3.2 Orçamento atribuído ao sector da educação santomense ............................................... 8 2.4 Problemas de sistema de ensino em África ....................................................................... 8 3 Conclusão ............................................................................................................................. 9 3.1 Referencias Bibliografia ................................................................................................. 10 3 1 Introdução O presente trabalho aborda sobre “Comparação dos Sistemas Educativos da SADC, particularmente em Angola, Guine Bissau e São Tome e Príncipe”. É de salientar que o trabalho surge no âmbito da cadeira de Educação Comparada, lecionada no 3º ano de curso de Licenciatura em Administração e Gestão da Educação, pela Universidade Licungo, extensão da Beira. Educação é um dos sectores muito importante da vida sócio-económica de um país. É um sector muito transversal porque diz respeito, de uma forma ou de uma outra, a todos os cidadãos. O desenvolvimento mais ou menos acelerado de uma sociedade depende em grande medida dos esforços que forem consentidos em prol da educação. O trabalho encontra-se estruturado em índice na qual foi constatado todos os itens desenvolvidos no trabalho, introdução, desenvolvimento, conclusão e referência bibliográfica, na qual foram constadas as fontes citadas durante o desenvolvimento da pesquisa. 1.1 Objectivos 1.1.1 Objectivo geral ▪ Fazer a comparação dos sistemas educativos dos países da SADC. 1.1.2 Objectivos específicos ▪ Descrever a estrutura do sistema educativo de cada país; ▪ Identificar o tipo de sistema usado de em cada país; ▪ Descrever o orçamento atribuído ao sector da educação; ▪ Identificar os problemas que o sistema educativo africano enfrenta. 1.1.3 Metodologia A metodologia e técnicas de pesquisa usadas para a elaboração desse trabalho, consistiram em seleção, leituras, análises de vários manuais e umas páginas da internet, em seguida que culminou com a compilação de dados em trabalho final. 4 2 Sistema educativo em Angola Segundo FURTADO (2005, p. 68) sistema educativo é uma peça fundamental da administração educativa. Em qualquer contexto afirma se como uma estrutura complexa, multiforme e variável. Segundo a lei de Bases do Sistema de Educação de Angola, o sistema de educação e ensino está unificado e constituído por seis subsistemas de ensino e quatro níveis. Que são: • Subsistema de educação pré-escolar; • Subsistema de ensino geral; • Subsistema de ensino técnico-profissional; • Subsistema de formação de professores; • Subsistema de ensino de adultos; • Subsistema de ensino superior. Os níveis de ensino: • Educação pré-escolar; • Ensino primário; • Ensino secundário geral; • Ensino superior. 2.1.1 Educação pré-escolar A educação pré-escolar realiza se em jardins de Infância, centros infantis comunitários ou centros de Educação comunitária e é destinada a crianças dos 3-5 anos de idade no ano de matricula. 2.1.2 Ensino primário O ensino primário tem a duração de 6 anos e a ele tem acesso as crianças que completem, pelo menos, 6 anos de idade no ano da matricula. O ensino primário é feito seguindo as seguintes condições: da 1ª à 4ª classes, em regime de monodocência. Da 5ª à 6ª classes, nos termos a regulamentar em diploma próprio; 2.1.3 Ensino secundário geral O ensino secundário geral compreende dois ciclos, sendo o primeiro ciclo compreende as seguintes classes: 7ª, 8ª e 9ª classes e é frequentado por alunos que completem, pelo menos, 12 anos de idade no ano da matricula e o segundo ciclo do ensino secundário geral, compreende as classes: 10ª, 11ª e 12ª classes e é frequentado por alunos que completem, pelo menos, 15 anos de idade no ano de matricula. 5 2.1.4 Ensino superior O ensino superior é ministrado nas academias de altos estudos, universidades e institutos superiores universitários. o ensino superior habilita a obtenção de graus acadêmicosde Licenciado, Mestre e Doutor. 2.2 Orçamento atribuído ao sector da educação angolana Em termos de percentagem, a atribuição ao sector da educação é de 7,7% do total de orçamento geral de estado (OGE), que corresponde a 492 mil milhões de Kwanzas. Em termos de atribuição do orçamento no sector, a maior parte do dinheiro (57%) atribuída ao sector da educação destina se ao Ensino Primário. O Ensino Secundário encontra-se em segundo lugar com 21% do orçamento do sector. Em terceiro lugar, o Ensino Superior recebe 16% dos valores alocados para a Educação no Orçamento Geral do Estado (OGE). Por último, o Ensino Pré-escolar, já com uma dotação muito reduzida com 0.2% da despesa no sector de Educação. 2.3 Sistema educativo em Guiné-Bissau O sistema educativo é um conjunto organizado de estruturas e de ações diversificadas, que engloba toda a dimensão de território de um país e dos locais em que vivam comunidades. O sistema educativo na Guiné-Bissau passou por inúmeras tentativas de reformas ao longo da sua trajetória, influenciada pelos momentos políticos, econômicos e sociais pelos quais este país tem passado desde período colonial até democracia atual. Segundo a Lei Constitucional da República da Guiné-Bissau, em seu artigo 49 indica que: todo o cidadão tenha o direito e o dever da educação e preconiza a promoção gradual da gratuidade e da igualdade de acesso a todos os cidadãos aos diversos graus do ensino. Mas praticamente a escola na Guiné-Bissau ainda não é para todos, tendo em conta que uma grande parte de crianças em idade escolar não tem acesso à educação. A questão da universalização da educação é ainda uma meta por atingir. Não existe proteção social por parte do Estado para que essas crianças, em situação desfavorecida ou em risco de exclusão e de discriminação social, possam gozar do direito à educação. 2.3.1 Sectores do sistema educativo O sistema educativo guineense é organizado em dois sectores: ➢ Sector formal; ➢ Sector não formal. 6 2.3.2 Sector formal Este setor integra vários níveis e tipos de ensino, abrangendo a educação pré-escolar, o ensino básico (elementar e complementar), o ensino secundário, a formação técnica e profissional e o ensino superior e integra tanto o ensino púbico como o privado. O setor formal apresenta a seguinte estrutura: ❖ Educação pré-escolar é destinada às crianças dos 3 aos 6 anos; ❖ Educação escolar que compreende os ensinos básico, secundário e superior, sendo que: na educação Pública o Ensino básico é obrigatório e gratuito e tem a duração de seis anos, compreendendo dois ciclos sequenciais, o ensino básico elementar, com duração de quatro anos (1ª a 4ª classes) e o ensino básico complementar, com duração de dois anos (5ª e 6ª classes); ❖ O Ensino secundário, encontra-se estruturado igualmente em dois ciclos, a saber: o ensino secundário geral, de duração de três anos (7ª, 8ª e 9ª classes) e o ensino complementar, de duração de três anos (10ª, 11ª 12ª classes); ❖ O ensino superior conta com universidades públicas e privadas. 2.3.3 Sector não formal O setor informal compreende: ❖ A alfabetização e educação de adultos, coordenada pela Direção Geral de Alfabetização; ❖ As escolas comunitárias e as escolas Madrassas (escolas religiosas de fé muçulmana ou casa de estudos islâmicos), coordenadas pela Direção Geral do ensino Básico; ❖ As escolas corânicas (escola religiosa de leitura do Alcorão), não tuteladas. 2.3.4 Idade de ingresso à escola Segundo a Lei de Bases do Sistema Educativo Guineense em seu artigo 13 (fases e ingresso), indica que: “São admitidos no ensino básico as crianças que completam 6 anos de idade até 1 de Outubro.” As crianças que perfaçam 6 anos de idade entre 2 de Outubro e 31 de Dezembro podem ingressar no Ensino Básico, desde que o encarregado de educação assim o requeira. 7 2.3.5 Orçamento atribuído ao sector da educação guineense O governo da Guiné-Bissau comprometeu – se a consagrar 27,1% do seu orçamento a componente social, sendo a educação com 14% que corresponde mais de 29 biliões de francos (cfa), de acordo com o Orçamento Geral do Estado, aprovado no dia 29 de Dezembro de 2021 na globalidade e final pelo parlamento. 2.4 Sistema educativo em São Tome e Príncipe São Tomé e Príncipe é um país agrícola que herdou do período colonial uma economia baseada na cultura do cacau e café. A língua de ensino é o português que é também a língua oficial. Coexiste com vários outros idiomas, entre os quais os crioulos de São Tomé e do Príncipe (Fôrro) e o angular. 2.3.1 Subsistemas da educação geral santomense O Sistema Educativo de São Tomé e Príncipe rege-se pela Lei de Base do Sistema Educativo (Decreto-Lei n.º 53/88) e compreende os seguintes níveis de ensino: ➢ Educação Pré-Escolar: é facultativa, destina-se a crianças de 3–5 anos de idade e realiza- se em Creches e Jardins de Infância. Pretende favorecer o harmonioso desenvolvimento físico, psicomotor, intelectual, moral e afectivo, a autoconfiança e a integração social de cada criança; ➢ Ensino Primário: compreende cinco classes e é frequentado por crianças dos 6 aos 14 anos de idade. O Ensino primário organiza-se em duas fases: A Pré-Primária, com a duração de um ano, que visa atenuar a diferenciação social e linguística e preparar a integração da criança no ensino primário, e o Ensino primário propriamente dito que é organizado por classes, tem a duração de 4 anos e tem por objectivo lançar as bases para a formação integral do indivíduo, proporcionando, designadamente, uma preparação de base nos domínios da língua portuguesa e da matemática e uma abordagem dos problemas do meio ambiente; ➢ Ensino Secundário Básico: compreende as classes de 5ª a 9ª, sendo o respectivo acesso facultado a jovens de 15-19 anos de idade. Neste nível de ensino os programas são desenvolvidos e ministrados por disciplinas. Na prática, o ensino é organizado em dois ciclos, compreendendo o primeiro ciclo, a 5ª e a 6ª classes e o segundo ciclo a 7ª, 8ª e 9ª classes; ➢ Ensino Pré-Universitário: compreende as classes de 10ª a 12ªclasses, sendo o respectivo acesso facultado a jovens de 20-24 anos de idade. Embora a lei considere a idade escolar apenas até aos 21 anos de idade, foi considerada a faixa etária dos 20 a 24 anos, pelo 8 facto do prolongamento da permanência na escola devido, ao factor repetência que grassa, de certa maneira, o sistema educativo santomense. ➢ Educação Técnico-Profissional: compreende os seguintes níveis: Ensino Elementar Técnico-Profissional, o Ensino Básico Técnico-Profissional e o Ensino Médio Técnico- Profissional. É frequentado por jovens em idade pré-laboral, adultos e trabalhadores em exercício. Faz ainda parte do Subsistema da Educação Geral, o Ensino Vocacional. 2.3.2 Orçamento atribuído ao sector da educação santomense O orçamento da educação nos últimos cinco anos tem lugar num contexto económico e financeiro particularmente difícil da vida do país. O Ministério de Educação e Cultura tem revelado que não existem grandes distorções na afectação dos recursos entre os níveis de ensino, cabendo a Educação de Base a parte maioritária com 51% do total; a Educação Secundária arrecada cerca de 33% e à Educação pré-escolar é afectada cerca de 7% do total do orçamento da Educação. 2.4 Problemas de sistema de ensino em África Os sistemas de ensino africanos apresentam desde sempre problemas na sua edificação. Portanto, apontara se, como principais problemas de educação em África os seguintes: ➢ As baixas taxas de frequência à escola; ➢ A baixa qualidade do ensino e os fracos resultados escolares; ➢ O aumento das taxas de desemprego dos diplomados; ➢ Elevados custos da educação em condições de uma economia débil e 5 de recursos cada vez mais limitados para a educação; ➢ As elevadas taxas de analfabetismo dasmulheres das zonas rurais. 9 3 Conclusão Depois de uma longa leitura bibliográfica, com objectivo de concretizar o presente trabalho de pesquisa, com o tema principal comparação dos Sistemas Educativos da SADC, concluiu que, os sistemas educativos dos países da SADC tem uma semelhança quanto a idade de ingresso escolar do ensino primário, segundo as leis de sistema educativo desses países de uma ou de outra forma afirmam que tem acesso escolar todas crianças que tem 6 anos de idade. Quanto ao orçamento atribuído ao sector da educação desses países constatou se que, os fundos atribuídos à Educação representam um investimento directo na redução da pobreza e no crescimento sustentável, o que explica que em muitos países o sector da educação tem um peso substancial, entre 20 e 30% do Orçamento Geral do Estado (OGE). Portanto, o tipo de sistema educativo usado nesses países é unificado, em que encontra se munido de quatro níveis de ensino: educação pré-escolar, ensino primário, ensino secundário e ensino superior. 10 3.1 Referencias Bibliografia ▪ Decreto-Lei n.º 53/88 Lei de Base do Sistema Educativo Santomense. ▪ Furtado, R. (2005). Administração e Gestão Educacional em Guiné-Bissau: Incoerências e descontinuidades: Departamento das ciências da Educação. ▪ Lei n.⁰ 32/20 de 18 de Agosto, Bases do Sistema Educativo e Ensino Angolano. ▪ Lei n.⁰ 2/2003 de 2 de Junho, São Tome e Príncipe - Diário da Republica.
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