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Esôfago: Estrutura e Esofagites

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – MEDICINA 
DANIELLE RAICIK 
 
ESÔFAGO 
O esôfago é um tubo muscular responsável 
pela condução dos alimentos desde a 
faringe até o estomago. 
O esôfago é dividido em 3 porções: superior 
ou cervical, média ou torácica e inferior, esta 
última constituída pelas porções 
supradiafragmática e infradiafragmática, 
esta incluindo a junção esofagogástrica. 
Histologicamente, o órgão é formado por 
quatro camadas: mucosa, submucosa, 
muscular e adventícia. 
• Camada mucosa: epitélio estratificado 
pavimentoso não queratinizado, que 
possui uma lâmina própria formada por 
tecido conjuntivo frouxo, rico em vasos 
e que emite papilas que penetram. 
• Camada submucosa: tecido 
conjuntivo rico em fibras (colágenas e 
elásticas) e vasos (plexo venoso 
submucoso); ainda existe um plexo 
nervoso submucoso (de Meissner). 
• Camada muscular: é a principal 
componente da parede do órgão e 
responsável pela função motora, é 
dividida em 2 camadas de feixes 
musculares: muscular interna (circular) 
e muscular externa (longitudinal). Na 
porção superior do esôfago, a 
camada muscular é constituída 
predominantemente por músculo 
estriado esquelético. Existe o plexo 
nervoso mientérico (de Auerbach). 
• Camada adventícia: tecido conjuntivo 
rico em nervos e vasos sanguíneos. 
 
 
Figura: mucosa esofágica constituída por 
epitélio escamoso, lâmina própria e feixes da 
muscular da mucosa. 
ESOFAGITES INFECCIOSAS 
ESOFAGITES: processo inflamatório do epitélio 
esofágico. 
QUADRO CLÍNICO: odinofagia, estenose, 
hemorragia, perfuração, vômitos e náuseas. 
A esofagite aguda pode ser causada por 
bactérias (estafilococos, estreptococos, 
salmonelas), vírus (influenza, herpes, 
citomegalovírus), fungos (cândida), alimentos 
quentes ou irritantes, substâncias causticas e 
traumatismos (sondas. 
ESOFAGITE FÚNGICA POR CÂNDIDA 
Causada pelo fungo Candida sp ou Candida 
albicans. 
FATORES PREDISPONENTES: AIDS, diabetes 
mellitus, leucemias e linfomas, uso de 
antibioticoterapia de amplo espectro, 
terapêutica antineoplásica, corticoterapia e 
transplante de medula óssea ou de órgãos 
sólidos. 
PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS: odinofagia 
(sensação de dor ao engolir) e disfagia 
(dificuldade de engolir) 
MORFOLOGIA: mucosa elevada, nodulosa, 
com placas ou pseudomembranas branco-
acizentadas. 
MACROSCOPIA: hifas fúngicas densamente 
entrelaçadas, células inflamatórias, material 
necrótico e restos epiteliais. 
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – MEDICINA 
DANIELLE RAICIK 
 
 
 
 
ESOFAGITE HERPÉTICA 
Causada pelo vírus herpes-vírus simples (HSV) 
e transmitida por contato direto. 
HV1: transmissão salivar 
HV2: contato sexual 
FATORES PREDISPONENTES: indivíduos com 
neoplasias malignas (linfomas e leucemias), 
doenças crônicas ou receptores de 
transplante de órgãos – imunodeprimidos. 
PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS: disfagia e 
odinofagia (85%), dor torácica, febre, 
náuseas e vômitos, associações com lesões 
orais e hemorragia digestiva. 
MORFOLOGIA: úlceras em saca-bocados, 
terço distal (50%), difusas (32%), vesículas a 
úlceras, superficiais, eritematoso, edema, 
podem evoluir com estenoses ou fístulas, 
lesões com aspecto de vulcão. 
MICROSCOPIA: muitos leucócitos presentes, 
nas setas – células epiteliais descamativas 
(restos celulares). No círculo – são células 
gigantes multinucleadas. 
 
 
ESOFAGITE POR CITOMEGALOVÍRUS 
Causada pelo citomegalovírus (CMV), que 
pertence à família do herpesvírus. 
A infecção geralmente é assintomática, vírus 
latente – reativado pela deficiência 
imunológica. 
FATORES PREDISPONENTES: HIV, pacientes em 
quimioterapia, pacientes transplantados – 2 a 
6 meses depois > indivíduos imunossuprimidos. 
 
 
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – MEDICINA 
DANIELLE RAICIK 
 
TRANSMISSÃO: 
• Por via respiratória: tosse, espirro, fala, 
saliva, secreção brônquica e da 
faringe servem de veículo para a 
transmissão do vírus; 
• Por transfusão de sangue 
• Por transmissão vertical da mulher 
grávida para o feto ou durante o 
parto; 
• Por via sexual: nesse caso, ele é 
considerado causador de infecção 
sexualmente transmissível; 
 
PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS: odinofagia 
intensa, mal-estar, discreta febre, disfagia, 
emagrecimento. 
- Nos imunossuprimidos: úlceras dolorosas, 
faringe, estomago, esôfago, intestino. 
- Recém-nascidos: aborto, anemia, 
hemorragia, danos ao cérebro e fígado. 
 
MORFOLOGIA: úlcera única ou múltiplas, 
profundas que HSV, ovaladas, acomete mais 
o terço médio e distal do esôfago. 
MICROSCOPIA: células volumosas com 
inclusões nucleares características de “olho 
de coruja”. Setas: células com inclusões virais. 
O vírus infecta células epiteliais da base das 
úlceras (biópsias devem ser do fundo das 
úlceras). 
 
 
 
 
 
 
ENDOSCOPIA 
 
 
 
 
ESOFAGITES NÃO INFECCIOSAS 
ESOFAGITE EOSINOFÍLICA 
É uma forma peculiar de inflamação da 
mucosa esofágica. 
É caracterizada por infiltração de eosinófilos 
na mucosa do esôfago. 
A maioria dos indivíduos são atópicos – tem 
rinite alérgica, asma e dermatite atópica. 
OBS: atopia é um termo médico para 
predisposição a reações de 
hipersensibilidade do tipo 1 (respostas 
alérgicas). 
PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS: impactação 
de alimentos, disfagia em adultos e 
intolerância a alimentação. 
MORFOLOGIA: encontram-se anéis circulares 
(traqueização), placas brancas, 
estreitamento da luz/ infiltração eosinofilica 
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – MEDICINA 
DANIELLE RAICIK 
 
intraepiteliais dispersos, leve expansão da 
membrana basal. 
CRITÉRIOS PRINCIPAIS: 
• Edema de mucosa 
• Sulcos longitudinais 
• Anéis esofágicos circulares (pseudo 
traqueia) 
• Estenose esofágica 
CRITÉRIOS CAUSAIS: 
• Alergias alimentares 
• DRGE leva ao aumento da 
permeabilidade da mucosa aos 
alérgenos 
• Uso de inibidor de bombas de prótons 
(PPI) 
• Genética 
MICROSCOPIA: critério principal → maior que 
15 eosinófilos por campo de alta potência 
presentes na mucosa escamosa. Eosinófilos 
intraepiteliais dispersos, leve expansão da 
membrana basal e maturação da camada 
escamosa visível. 
TRATAMENTO: restrição na dieta, 
corticosteroides tópicos e/ou sistêmicos. 
 
 
 
 
 
ESOFAGITES QUÍMICA 
É causada pela ingestão de agentes 
químicos. 
Substâncias corrosivas: álcalis fortes ou 
detergentes para limpeza. 
Os agentes corrosivos mais comuns são: soda 
caustica, fenol, lisol, cresol, permanganato de 
potássio, ácidos sulfúrico, clorídrico, acético 
ou nítrico. 
A mucosa esofágica é menos resistente as 
substâncias alcalinas do que aos ácidos. 
As bases provocam necrose por liquefação, 
produzindo lesões mais extensas e profundas 
por serem mais viscosas e caminharem mais 
lentamente pelo esôfago. 
Tanto ácidos como bases, dependendo da 
concentração, natureza, quantidade e do 
tempo de exposição podem produzir lesões 
graves, as vezes mortais. 
Lesões provocadas pela soda caustica → 
esofagite caustica → sequela mais grave é a 
estenose (estreitamento anormal de um vaso 
sanguíneo, outro órgão ou estrutura tubular 
do corpo). 
 
MICROSCOPIA: a esofagite aguda é 
manifestada por neutrófilos aumentados na 
submucosa, bem como neutrófilos infiltrando-
se na mucosa escamosa a direita. 
 
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – MEDICINA 
DANIELLE RAICIK 
 
 
ESOFAGITES INDUZIDA POR FÁRMACO 
É causada pela ingestão de comprimidos, 
ocorre quando um comprimido deglutido 
não consegue atravessar todo o esôfago e 
aloja-se em seu interior. 
Essa condição é atribuída aos hábitos 
inadequados de ingestão de comprimidos, 
como por exemplo: beber pouco líquido com 
o comprimido ou deitar-se logo após ingerir 
um comprimido. 
A localização mais comum de retenção do 
comprimido é o terço médio do esôfago nas 
proximidades do cruzamento da aorta ou da 
carina, sendo que a compressão extrínseca 
causada por essas estruturasimpede a 
passagem do comprimido ou da cápsula. 
Isso pode ocorrer com vários fármacos, 
porém ocorre com mais facilidade em alguns 
que apresentam comprimidos grandes, tais 
como: doxiciclina, tetraciclina, quinidina, 
fenitoína, cloreto de potássio, sulfato ferroso, 
antiinflamatórios não esteroides (AINEs) e 
bisfosfonatos; 
PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS: dor torácica e 
odinofagia de início súbito. Nos casos típicos, 
a dor começa algumas horas depois da 
ingestão. 
 
REVISÃO COM ARTUR 
OBS: quimioterapia para o ciclo celular, o 
epitélio não se renova, ficando mais suscetível 
a danos.

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