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Esofagites infecciosas e química

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Anna Beatriz Rambaldi | 4° Semestre
11/08 21.2
Esofagites
Conceitos Gerais
Revisão Sistema Digestório
Funções do TGI
↳ Digestão
↳ Endócrina → pâncreas, fígado
↳ Proteção → GALT, Placa de Peyer
↳ Motilidade
↳ Secreção
↳ Armazenamento → estômago
Sistema Nervoso Entérico
↳ Atua de forma independente - usa sinais de
mecanorreceptores, quimiorreceptores e
osmorreceptores do epitélio da luz do trato
↳ Motilidade - mecanorreceptores que garantem
a contratilidade e peristaltismo
↳ O SNE recebe sinais do sistema nervoso
central e autônomo (SNC e SNA) e hormônios,
que ajudam no ajuste fino e regulam o SNE.
● Plexo mioentérico (Auerbach) →
Regulação da musculatura local/tônus
esfincteriano
↳ Contração e relaxamento da
musculatura
↳ Tônus alterado pode resultar em
aumento ou diminuição da contratilidade
● Plexo submucoso (Meissner) →
Estimulação de células endócrinas para
secreção
Esôfago
Extensão em centímetros
Junção Gastroesofágica
↳ Terço inferior do esôfago: predomínio de
músculo liso
↳ Presença do plexo mioentérico - fibras
nervosas simpáticas e parassimpáticas
↳ Esfíncter só abre durante a passagem do
alimento, permanece aberto na doença do
refluxo
↳ É uma região crítica, com maior propensão à
ocorrência de processos patológicos.
Estágios de deglutição
ORAL
↳ Voluntário
↳ Início da deglutição
FARÍNGEO
↳ Bolo alimentar movido
↳ laringe move para epiglote
↳ esfíncter esofágico relaxa
↳ músculos laríngeos contraem - propelindo o
bolo alimentar
ESOFÁGICO
↳ Onda peristáltica primária - centro de
deglutição na medula - nervos vagais ativam
plexo mioentérico - onda lentas polarização
↳ alternância de contração e relaxamento
↳ Onda secundária é ativada quando o bolo é
seco ou nao se move rapidamente - ação
mecanorreceptores
↳ Fibras vagais relaxam o esfíncter com a
aproximação do bolo alimentar
Histologia esofágica
Mucosa revestida por um epitélio estratificado
pavimentoso não queratinizado, apoiado sobre
uma lâmina própria, seguida de uma camada
muscular da mucosa.
Quadro clínico
↳ Esofagite é o processo lesivo ao epitélio
esofágico
● Hematêmese → vômito com sangue
● Pirose → queimação/azia
● Odinofagia → dor ao deglutir
● Disfagia → dificuldade ao deglutir
● Hemorragia
● Halitose
● Salivação
● Dor retroesternal, epigástrica
● Eructação → arroto
● Indigestão
● Náuseas
Esofagite Infecciosa
→ Candida
→ Citomegalovírus
→ Herpesvírus simples
OBS: Infecções esofágicas em pacientes
saudáveis são raras.
Esofagite fúngica
Candida sp, Candida albicans (monilíase) - é
um agente oportunista → proliferações em
condições de imunossupressão, por exemplo
Fatores predisponentes → HIV, diabetes
mellitus, leucemias e linfomas, uso de
antibioticoterapia de amplo espectro,
terapêutica antineoplásica, corticoterapia e
transplante de medula óssea ou de órgãos
sólidos.
Fatores locais → obstrução do esôfago por
tumor, acalásia (lesão do plexo mioentérico com
obstrução do esfíncter esofágico inferior) e a
DRGE (refluxo)
Sintomatologia geral
Odinofagia, disfagia, ⅔ têm sinais de
estomatite (feridas/vermelhidão no interior da
boca)
Morfologia
Mucosa com pseudomembranas aderentes,
esbranquiçadas, de aspecto pastoso, brilhoso
ou opaco, placas elevadas nodulosas
Microscopia
hifas fúngicas densamente intrelaçadas, células
inflamatórias, material necrótico e restos
epiteliais
Graus de esofagite por cândida (Kodsi)
Grau I Poucas placas pequenas (< 2 mm),
esbranquiçadas e elevadas, hiperemia, mas sem
ulceração ou edema
Grau II Múltiplas placas maiores, com edema e
hiperemia, sem úlceras
Grau III Confluência das placas (se unem),
hiperemia, ulcerações
Grau IV Redução da luz do esôfago (estenose)
Tratamento
Corrigir a condição predisponente e uso de
antifúngico
Caso Clínico - Esofagite fúngica
Mulher 50 anos portadora do vírus HIV foi
atendida no ambulatório do posto de saúde
relatando odinofagia, disfagia há uma semana.
Realizou endoscopia digestiva alta sendo
observado como segue na figura abaixo.
→ Ser portadora do vírus HIV indica uma
possível imunossupressão, o que favorece a
infecção por cândida na região oral e esofágica.
→ A ausência de dentes na imagem indica um
provável uso de dentaduras, que sem
higienização adequada também pode tornar
favorável a proliferação fúngica.
OBS: A candidíase vaginal não está relacionada
com imunossupressão, sendo um quadro clínico
bem comum.
Esofagite viral - herpética
Herpes vírus simples 1 - transmissão oral
(saliva)
↳ Geralmente é assintomático - Vírus fica
latente, mas pode ser reativado em condições
de imunossupressão, estresse - aparecimento
das lesões
↳ Gengivoestomatite em crianças
↳ Faringoamigdalite em adultos
Autolimitante - imunodeprimidos
→ Replicação dos vírus nas células epiteliais -
causa lesões - visíveis na boca - no esôfago é
necessário endoscopia para visualizar
Quadro Clínico
↳ Disfagia e odinofagia (85%), dor torácica
(68%) -devido à extensão do esôfago- e febre
(44%), náuseas e vômitos em 15%, associações
com lesões orais em 29%, hemorragia digestiva
(5,3%).
→ Processo inflamatório mais proeminente que
na cândida
Macroscopia
Úlceras em saca-bocados, comum no terço
distal (50%)
↳ Lesões em aspecto de vulcão
↳ Lesões superficiais, eritema, edema, podem
evoluir com estenoses ou fístulas
↳ Na segunda imagem: erosões lineares e
redondas no terço inferior
Microscopia
↳ Células com inclusões virais nucleares
numerosas
↳ Leucócitos polimorfonucleares
Tratamento
↳ Antivirais e correção das alterações prévias de
imunidade
Caso clínico - Esofagite por HSV
Paciente masculino, 19 anos, vem ao consultório
apresentando queixas de epigastralgia e
disfagia para sólidos e líquidos com início há
dois dias. Apresentou um episódio de vômitos
com vestígios hemáticos. Sem febre. Estava em
uso de azitromicina e prednisona para
tratamento de uma faringite. Após a consulta,
foi solicitada uma endoscopia, na qual
visualizamos estas imagens a seguir. Coletadas
biópsias das bordas das lesões.
Anatomopatológico: esofagite crônica,
moderada e erosiva, com presença de inclusões
nucleares
→ O uso de corticoide (prednisona) causa uma
imunossupressão, o que favorece a infecção
pelo
→ Lesões em aspectde vulcão e inclusões
nucleares são características do HSV
Esofagite viral - Citomegalovírus
Citomegalovírus (CMV) - Família do
herpesvírus simples - mais comum que HSV
↳ Infecção geralmente é assintomática , vírus
latente - reativado deficiência imunológica
↳ HIV, pacientes em quimioterapia, pacientes
transplantados - 2 a 6 meses depois
Transmissão:
↳ Via respiratória (principal): tosse, espirro, fala,
saliva, secreção brônquica e da faringe
↳ Transfusão de sangue; por transmissão
vertical da mulher grávida para o feto ou
durante o parto
↳ Por via sexual
Complicações por CMV → coriorretinite
Macroscopia
Úlceras única ou múltiplas, que podem
coalescer e formar depressões no esôfago, mais
profundas que do HSV, ovaladas, acometem
terço médio e distal do esôfago
Microscopia
↳ Vírus infecta células endoteliais da base das
úlceras (biópsias devem ser do fundo das
úlceras)
↳ Rico infiltrado inflamatório e células com
inclusões virais (intranucleares e
intracitoplasmáticas)
Comparação:
Esofagite por
CMV
Esofagite
herpética
Monilíase
esofágica
(fúngica)
↳ Úlceras únicas
ou múltiplas
↳ Tendem a ser
lineares e mais
profundas que
por HSV
↳ Úlceras
superficiais
↳ Inclusões
nucleares
↳ Placas
aderidas a
mucosa
esofágica
(aspecto de
algodão)
Esofagite Química
↳ Ação química de produtos - álcalis, ácidos e
medicamentos (quando se alojam e se
dissolvem no esôfago)
↳ Lesão esofágica iatrogênica: quimioterapia
citotóxica, terapia radioativa ou doença do
enxertoXhospedeiro
↳ Comum: crianças por acidente (ingestão de
produtos de limpeza), adultos em casos de
suicídio, mulheres > 40 anos
Lesão depende: estado físico, concentração,
quantidade, estado físico e efeitos sistêmicos
Álcalis fortes → a mucosa é menos resistente a
substâncias alcalinas
↳ Necrose por liquefação, mais intensa em
extensão e profundidade
↳ São substâncias mais viscosas - lentas
Ácidos → necrosede coagulação - perda de
água pelos tecidos
↳ Dor ao contato com orofaringe imediata
↳ Tendência de ingestão de menor quantidade
↳ Passam rapidamente pelo esôfago e atingem
o estômago
Evolução do processo de cura e reparo
Necrose (1-3) → tecido de granulação (3-7) →
fibrose (7-15) → estenose
Dependendo da extensão da necrose/úlcera
pode ocorrer uma perfuração do esfôfogo,
comprometendo os pulmões → Pneumonia
química
Esofagite Cáustica
Estenose do esôfago - terço médio e distal do
esôfago com redução do calibre e dilatação a
montante, dificuldade no esvaziamento
A: esôfago médio com descoloração
esbranquiçada
B: esôfago distal com exsudatos com
sangramento
Microscopia
↳ Neutrófilos aumentados na submucosa
↳ Infiltrado de neutrófilos na mucosa escamosa
Classificação de Zargar - Esofagite Cáustica
Grau I edema e eritema da mucosa
Grau II A friabilidade, erosões, eritema severo,
exsudato inflamatório, erosões superficiais
Grau II B grau 2A com úlceras profundas ou
superficiais maior chance de ter estenose
Grau III A áreas de necrose com coloração
acinzentada ou enegrecida, ulcerações
profundas
Grau III B necrose extensa - 78% evoluem para
óbito
Esofagite Eosinofílica
↳ Doença esofágica mediada por antígeno -
doença crônica mediada pelo sistema imune
↳ Indivíduos com histórico de alergias
↳ Mais comum em jovens e homens - crianças
↳ Maioria dos indivíduos é atópico - tem rinite
alérgica, asma, dermatite atópica
↳ Sintomas: impactação de alimentos, disfagia
em adultos e intolerância à alimentação
Característica clínica → sintomas relacionados
à disfunção esofágica
Característica histológica → inflamação
predominante de eosinófilos
Esôgafo com traqueização
Infiltrado eosinofílico
↳ Diagnóstico: biópsia distal e proximal
↳ Diagnóstico diferencial com DRGE, esofagite
erosiva
↳ Tratamento: restrição na dieta,
corticosteróides tópicos/sistêmicos

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