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A formação do leitor

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A formação do leitor
APRESENTAÇÃO
A leitura pode conferir a um indivíduo o repertório necessário para que ele se transforme em um 
cidadão consciente e capaz de participar de forma crítica e plena dos debates relacionados à sua 
sociedade. Apenas a partir dessa constatação, é possível perceber a importância da leitura na 
vida das pessoas. Porém, ao observar a realidade brasileira, em que a maioria dos cidadãos não 
lê e não tem muito acesso a livros, fica evidente que formar jovens leitores é uma tarefa difícil e 
necessária, a partir da qual pode-se mudar o quadro social atual.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai refletir sobre a função social da literatura, vai 
verificar que papel a escola tem na formação de novos leitores e vai ainda comparar ações 
pedagógicas que podem motivar ou prejudicar esse objetivo. Assim, vai identificar formas de 
incentivo à leitura em sala de aula e pensar em como mudar esse quadro brasileiro.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever a função social da leitura e da literatura.•
Reconhecer o papel da escola na formação do leitor.•
Identificar formas de incentivo à leitura em sala de aula.•
INFOGRÁFICO
A escola possui um papel extremamente importante no incentivo à leitura e na formação dos 
estudantes enquanto leitores. No entanto, isso muitas vezes não ocorre. Na pesquisa realizada 
pelo Instituto Pró-Livro, “Retratos da Leitura no Brasil”, um número significativo de pessoas 
afirmou não ler pelo fato de não gostar de fazer leituras. Nesse contexto, é fundamental se 
questionar o quanto o trabalho com a leitura em sala de aula não tem contribuído com esse 
cenário. 
Assim, neste Infográfico, você vai conferir alguns problemas comumente encontrados com o 
trabalho de leitura de textos em sala de aula, assim como vai ser convidado a refletir sobre 
possíveis formas diferentes e mais significativas de desenvolver essa atividade na escola.
CONTEÚDO DO LIVRO
Formar leitores é uma tarefa complexa e que exige do professor um olhar especial e atento para 
cada um de seus alunos e suas necessidades. Porém, apesar de ser um trabalho difícil, é 
fundamental, visto que ser um leitor crítico é um dos requisitos para o desenvolvimento de um 
cidadão crítico e atuante em sua sociedade.
No capítulo A formação do leitor, da obra Literatura infantojuvenil, você vai estudar sobre os 
elementos implicados na formação de um leitor. Para isso, primeiramente, vai analisar quais são 
as funções sociais da leitura e, portanto, o motivo de formar leitores ser tão importante. Depois, 
vai observar quais são os papéis e as funções que a escola deve assumir enquanto formadora de 
leitores – e também vai analisar se isso ocorre na prática. Por fim, vai identificar formas de 
incentivo à leitura em sala de aula – ou seja, depois de identificar problemas, vai encontrar 
ideias práticas para superá-los. 
LITERATURA 
INFANTOJUVENIL
Luara Pinto Minuzzi
A formação do leitor
Introdução
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Descrever a função social da leitura e da literatura.
  Reconhecer o papel da escola na formação do leitor.
  Identificar formas de incentivo à leitura em sala de aula.
Introdução
A leitura possui um importante papel na formação do sujeito enquanto 
cidadão crítico e consciente. Embora isso seja consenso entre pesquisa-
dores, professores e teóricos, parece que boa parte da população ainda 
não está completamente consciente disso, ou não concorda com esse 
diagnóstico, ou, ainda, não tem condições para fazê-lo, o que resulta 
em uma falta de estímulo à leitura, que vem desde o ambiente familiar. 
E, com tantos estímulos, como redes sociais e eletrônicos portáveis, como 
o celular, fica cada vez mais difícil de a leitura de literatura competir com 
essas formas de diversão tão mais fáceis e simples, que não exigem 
tanto esforço e tempo quanto a leitura de um romance, por exemplo. 
Ainda assim, essas novas formas de entretenimento — justamente por 
seu formato, mais ágil e fugaz — podem não gerar tanto prazer ao final 
do processo, ou, então, podem não motivar tantos questionamentos 
frente à realidade. A leitura de literatura, ao contrário, é capaz de deixar 
marcas mais duradouras em nossa formação, em nossa personalidade, 
e fazer com que enxerguemos o mundo de formas diferentes, com um 
olhar mais atento.
Assim, neste capítulo, você aprenderá um pouco mais sobre a 
função social da leitura e, de forma específica, da leitura da literatura, 
e, consequentemente, sobre os prejuízos que a sua falta pode causar 
no desenvolvimento de um indivíduo. Também reconhecerá o papel 
da escola na formação de um leitor e refletirá sobre em quais pontos 
talvez ela esteja falhando. Por fim, identificará formas de incentivo 
à leitura em sala de aula e verá como podemos gerar mudanças de 
forma prática.
A função social da leitura e da literatura
O Instituto Pró-Livro é uma associação sem fi ns lucrativos cujo objetivo é o 
fomento da leitura no Brasil e a sua transformação em um país de leitores. 
Para isso, por meio dele é realizada uma importante pesquisa sobre os hábitos 
de leitura dos brasileiros, chamada “Retratos da Leitura no Brasil”. A quarta 
e última edição da pesquisa, realizada em 2015, teve como principal foco “[...] 
conhecer o comportamento leitor medindo a intensidade, forma, limitações, 
motivação, representações e as condições de leitura e de acesso ao livro — 
impresso e digital — pela população brasileira” (INSTITUTO PRÓ-LIVRO, 
2015, documento on-line). 
Para a pesquisa, o Instituto definiu o que considera como leitor e não 
leitor: leitor é aquele sujeito que lê um livro inteiro ou partes de um livro nos 
últimos 3 meses; não leitor é aquele que não leu nenhum livro nos últimos 
três meses, mesmo que tenha realizado alguma leitura nos últimos 12 meses. 
Perceba, então, que o estudo já apresenta um critério para definir alguém 
como leitor que nivela por baixo: ler apenas partes de um livro nos últimos 
3 meses não lhe parece pouco? O ideal, com certeza, seria que lêssemos 
muito mais do que isso, mas, considerando a realidade brasileira de um 
grande contingente populacional com pouca educação, a pesquisa optou 
por adotar essa definição.
Com uma amostra bastante significativa, 5.012 entrevistados em 315 mu-
nicípios brasileiros, os resultados preocupam: mesmo adotando esse critério, 
44% da população pode ser considerada não leitora. Contudo, temos um 
avanço: na pesquisa de 2011, 50% da população não era formada por leitores. 
Para a pergunta “qual a principal razão para você ler?”, a maioria respondeu 
que lê por gosto. Em segundo lugar, apareceu a opção “atualização cultural 
ou conhecimento geral”. 
Observe, na Figura 1, alguns dos resultados da análise do perfil leitor da 
população brasileira.
A formação do leitor2
Figura 1. Razões para não ter lido nos últimos 3 meses.
Fonte: Instituto Pró-Livro (2015, documento on-line).
Nos gráficos da Figura 1, podemos perceber algumas das razões para 
aqueles indivíduos que se consideraram como não leitores não lerem: 32% 
afirmam não ter tempo, mas 28% dizem não gostar de ler — o que é o mais 
preocupante. 
Esse número é muito preocupante, visto que a leitura desempenha uma 
função social extremamente importante e complexa. Um dos aspectos rela-
cionados a essa função é a formação de sujeitos enquanto cidadãos críticos e 
capazes de atuar de forma consciente na sociedade. Como conseguiremos, por 
exemplo, compreender as leis que regem o funcionamento da nossa nação — e 
dentro dessas leis, nossos direitos e nossos deveres — se não formos leitores 
competentes? Por isso, muitas pessoas não leitoras acabam não reivindicando 
aquilo que é seu por direito — por total desconhecimento de que seria um 
direito e de que elas poderiam lutar por aquilo. No entanto, não há possibili-
dade de luta quando simplesmente não se sabe que existe motivo para tal,que 
elas deveriam ter algum serviço ou vantagem que talvez não tenham. Nesse 
sentido, a habilidade leitora é fundamental.
3A formação do leitor
Com o intuito de discutirmos a função social da leitura, é interessante 
mencionarmos um conto do escritor italiano Italo Calvino, chamado “Um 
general na biblioteca”. Nessa narrativa, o autor inventou uma nação fictícia, 
chamada Pandúria, que estava vivendo um governo ditatorial formado por 
militares. Um dia, os militares percebem que há alguns livros que poderiam 
conter informações que iriam contra as verdades estabelecidas pelo regime; 
muitas dessas leituras eram conhecidas por “[...] considerar os generais como 
gente que pode errar e provocar desastres, e a guerra como algo por vezes 
diverso de radiosas cavalgadas rumo a destinos gloriosos” (CALVINO, 
2010, p. 67). Você deve saber que regimes autoritários, de uma forma geral, 
trabalham com verdades únicas estabelecidas pelo próprio regime. Elas são 
repetidas tantas e tantas vezes e há uma censura e perseguição tão grandes 
em relação a quem ousa falar o contrário, que muitos acabam por acreditar 
que, de fato, pode haver no mundo uma verdade única para todos.
Com medo de que esses livros caíssem nas mãos erradas, forma-se uma 
comissão para viver por alguns meses dentro de uma biblioteca, a fim de ler 
todos os livros e classificar quais poderiam ser perigosos e deveriam ser proi-
bidos. Em um primeiro momento, os militares cumprem seu trabalho de forma 
rigorosa e correta: leem cada volume e carimbam-no como perigoso ou não 
perigoso. O problema é que, com o acumular de leitura, “[...] acontecimentos 
de bem maior alcance iam amadurecendo, deles não dando notícia o rádio de 
campanha” (CALVINO, 2010, p. 69). Esses acontecimentos dizem respeito 
ao desenvolvimento de um pensamento crítico por parte desses militares, 
tão acostumados a simplesmente repetir algo que foi pensado por superiores. 
Perceba as lentas transformações no trecho a seguir:
O tenente começava a folhear os volumes, nervoso; depois, já interessado, lia, 
tomava apontamentos. E coçava a cabeça, resmungando: Ó diabo! Mas quanto 
se aprende neles! Quem havia de dizer! — O senhor Crispino deslocava-se na 
direção do tenente Lucchetti, que fechava um tomo com fúria, dizendo: — 
Olha que coisa! Aqui, têm a coragem de manifestar dúvidas sobre a pureza 
dos ideais das Cruzadas! Sim, meu general, das Cruzadas! — E o senhor 
Crispino, sorridente: — Ah! Olhe que tem de se fazer um auto sobre este 
assunto; posso sugerir-lhe alguns outros livros, onde poderá encontrar mais 
pormenores — e atirava-lhe para cima meia prateleira. O tenente Lucchetti 
submergia-se nela, de cabeça baixa e, durante uma semana ouviam-no virar 
as páginas, enquanto murmurava: — Ora estas Cruzadas, que bela confusão! 
(CALVINO, 2010, p. 69.)
A formação do leitor4
Se, em um primeiro momento, o general fica furioso por alguém insinuar 
algo contra “a pureza dos ideais das Cruzadas”, depois ele mesmo afirma: 
“Ora estas Cruzadas, que bela confusão”, claramente admitindo que podem 
existir inúmeras opiniões sobre um mesmo fato histórico, mesmo opiniões 
totalmente contrárias, o que pode parecer, de fato, uma confusão. O senhor 
Crispino assume, aqui, uma função de mentor ou de professor — de condutor 
desses homens que não tinham o costume de ler no emaranhado mundo dos 
livros e do conhecimento. Ao final, o general encaminha um relatório final 
criticando muitos dos pontos defendidos pelo regime e, inclusive, por ele 
mesmo antes dessa experiência. Essa “insubordinação” leva-o a ser afastado 
de seu cargo, possivelmente por ser considerado perigoso com todas essas 
ideias novas e opostas às verdades do governo.
Esse conto ilustra muito bem a função social da leitura e da leitura da 
literatura. A leitura é um dos elementos que pode nos trazer conhecimentos 
sobre realidades diferentes das nossas — às vezes, estamos tão imersos em 
nossas vidas e tão acostumados com as nossas formas de pensar e de agir, que 
nem nos damos conta de que elas não são as únicas nem as mais corretas ou as 
mais válidas. Há tantas culturas, tantas crenças, tantas maneiras de se levar a 
vida, e é isso o que torna o mundo tão complexo, tão rico e tão interessante, e 
introduzir-nos a essa riqueza é uma das funções e das capacidades da leitura. 
Nesse sentido, a leitura da literatura é mais significativa ainda, pois, além 
de nos passar informações sobre esses outros lugares e tempos, ainda nos faz 
experienciar como se fôssemos nós mesmos a estar dentro dessas realidades 
distintas. A literatura é capaz de nos transportar, de nos tirar de nosso cotidiano 
e nos transformar no outro, no diferente, pelo tempo em que a leitura dura. A 
leitura de literatura é um exercício de alteridade.
Como os militares de Pandúria, apenas somos capazes de pensar critica-
mente sobre a nossa sociedade no momento em que a conhecemos, assim como 
a outras sociedades, para podermos comparar, avaliar, criticar. Se não, como 
os personagens do início do conto, vamos apenas ser capazes de acreditar em 
tudo o que nos falam, sem poder filtrar todos esses conteúdos e decidir por nós 
mesmos o que queremos levar como correto e com o que não concordamos. 
A leitura faz tudo isso pelos indivíduos. 
Além disso, ainda é importante referir que a nossa sociedade é permeada 
por textos: e-mails, conversas, editais, receitas, notícias, manuais de instrução. 
A lista é extensa — se não interminável, pois sempre surgem novos tipos de 
texto, de acordo com novas necessidades. Saber ler e produzir esses textos que 
exigem diferentes registros da mesma língua também é um ato de cidadania, 
visto que nos permite transitar de forma adequada entre diferentes contextos.
5A formação do leitor
Qual o papel da escola 
na formação de leitores?
Nesse triste cenário brasileiro em que quase metade da população não leu 
sequer partes de um livro nos últimos 3 meses, a escola precisa assumir sua 
parte de responsabilidade e repensar em seu trabalho com a leitura: será que, 
ao invés de estimular a leitura, a educação formal não estaria afastando os 
sujeitos desse mundo? Afi nal, qual seria o papel da escola na formação de 
leitores? E será que esse papel estaria sendo desempenhado de forma adequada?
Em relação à já referida pesquisa do Instituto Pró-Livro (2015), “Retratos 
da Leitura no Brasil”, ainda é importante ressaltar que 7% dos entrevistados 
afirmaram que a principal motivação para ler é por exigência da escola ou da 
faculdade. Sete por cento da amostra também disseram escolher as leituras 
por indicação e dicas de professores. Além disso, 25% das pessoas colocaram 
a escola como o meio pelo qual possuem acesso aos livros, seja pelo emprés-
timo nas bibliotecas seja pela distribuição de livros pelo governo. A Figura 
2 apresenta uma relação do número de livros lidos por ano de acordo com a 
escolaridade e com a renda familiar.
Figura 2. Número de livros lidos por ano de acordo com a escolaridade e com a renda.
Fonte: Instituto Pró-Livro (2015, documento on-line).
A formação do leitor6
Na Figura 2, podemos observar outro dado importante, que revela que, 
mesmo com problemas, o trabalho desenvolvido na escola com a leitura ainda 
faz alguma diferença: quanto maior a escolaridade do indivíduo, maior o 
número de livros lidos por ano. Além disso, o único número a diminuir das 
duas primeiras pesquisas, de 2007 e 2011, para a última de 2015 foi o de livros 
lidos por ano entre os sujeitos com menor nível de escolaridade. A imagem 
ainda ressalta o fato de que o hábito de leitura de livros é maior entre os es-
tudantes, devido, principalmente, à indicação de leituras na escola. Devemos 
nos questionar, entretanto, o motivo de esses estudantes não seguirem com a 
mesma frequência de leitura após terminarem seus estudos.
Em um primeiro momento, devemos apontar a concepção de ensino e 
de aprendizagem na qual o professor é o centro do saber e aquele que deve 
passar esses saberes e informações aos seus alunos,que os recebem de forma 
passiva. Essa forma de trabalho em sala de aula ainda é muito presente, mas 
prejudica muito a formação dos alunos, pois não devemos falar em aquisição 
de conhecimentos, mas sim em construção de conhecimentos: o aluno deve ser 
um sujeito ativo em sala de aula; em vez de o docente sempre trabalhar com 
aulas expositivas, em que fornece informações, ele deve elaborar atividades 
em que sejam os próprios estudantes os protagonistas e em que eles, a partir 
da prática e da mediação do professor, consigam chegar a conclusões.
Para esse tipo de trabalho, a leitura de textos torna-se fundamental, uma 
vez que leitura é fundamentalmente interação: interação do aluno com o texto; 
interação do texto com o contexto; interação do aluno com o contexto. Portanto, 
é necessário o trabalho em cima de textos em sala de aula. É a partir da leitura 
de textos de gêneros diferentes e com assuntos variados que os alunos tomarão 
contato com realidades e informações distintas, assim se formando enquanto 
cidadãos críticos, conforme discutido anteriormente. Dessa forma, um dos 
papéis da escola na formação de leitores é a disponibilização de diferentes 
tipos de texto e a preparação do aluno para essas leituras. Assim, mesmo 
que, em uma primeira etapa, a leitura silenciosa e individual seja realizada, é 
importante um momento de discussão, em que o professor auxiliará os alunos 
a descobrirem novos sentidos no texto. 
De acordo com Rildo Cosson (2016), a leitura que realizamos fora da sala de 
aula está intimamente relacionada com a forma de leitura que nos é imposta ou 
ensinada em sala de aula. Dessa forma, se muitos não leem — e como aponta 
a pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, não leem porque não gostam de ler 
—, a escola também tem sua parte de culpa. Isso pode ter relação com as duas 
formas que se encontram em polos opostos de se trabalhar com a leitura em 
sala de aula:
7A formação do leitor
1. o professor pensa que o importante é que o aluno leia e trabalhe apenas 
com a fruição dos textos, com a ideia de que a análise destruiria a beleza 
e a magia dos textos;
2. o professor deixa de lado a leitura e enfoca o repertório conceitual rela-
cionado à leitura. O professor, ao trabalhar com a leitura em sala de aula, 
deve tentar encontrar um equilíbrio entre esses dois polos.
Silva (1986) chega a se referir a uma “didática da destruição da leitura” 
quando pensa na prática com a leitura de textos em sala de aula. A pesquisa-
dora, a partir de entrevistas e questionários com alunos, conclui que o método 
de trabalho que privilegia resumos e questionários, que utiliza a avaliação 
somente como uma forma de verificação da leitura, que reduz a leitura a um 
preenchimento de fichas, desmotiva os alunos para a leitura. Portanto, muitas 
vezes, a escola assume um papel negativo na formação dos alunos enquanto 
leitores, afastando-os do mundo da leitura.
Contudo, isso não significa que os professores devam deixar os alunos 
livres para fazerem suas escolhas de leitura e também a leitura propriamente 
dita. A escola pressupõe a escolarização dos saberes e não há nada de errado 
com isso — o problema surge quando isso é realizado de forma inadequada. 
Assim, no sentido oposto, sobre a ideia que às vezes os docentes assumem 
como a correta, de que basta ler, mesmo que em sala de aula, para que o 
estudante se forme enquanto leitor e, de forma específica, enquanto leitores 
de literatura, Cosson (2016, p. 29) explica: 
[...] se quisermos formar leitores capazes de experienciar toda a força huma-
nizadora da literatura, não basta apenas ler. Até porque, ao contrário do que 
acreditam os defensores da leitura simples, não existe tal coisa. Lemos da 
maneira como nos foi ensinado e a nossa capacidade de leitura depende, em 
grande parte, desse modo de ensinar, daquilo que nossa sociedade acredita 
ser objeto de leitura e assim por diante. 
Para o autor, o que chamamos de leitura simples esconde, na verdade, a 
grande complexidade que é o ato de ler e de tudo o que está implicado na 
leitura. Portanto, se não ensinarmos os alunos a ler, eles nunca sairão de um 
nível mais básico ou raso de leitura — ninguém nasce sabendo ler, precisamos 
aprender a realizar tão complexa ação, e é papel da escola trabalhar isso. 
O teórico continua, enfatizando que a leitura da literatura:
A formação do leitor8
[...] tem a função de nos ajudar a ler melhor, não apenas porque possibilita a 
criação do hábito de leitura ou porque seja prazerosa, mas sim, e sobretudo, 
porque nos fornece, como nenhum outro tipo de leitura faz, os instrumentos 
necessários para conhecer e articular com proficiência o mundo feito de 
linguagem (COSSON, 2016, p. 30). 
Portanto, a escola possui a dupla função de, em primeiro lugar, desenvolver 
o gosto do aluno pela leitura e não o afastar desse mundo e de, em segundo 
lugar, desenvolver a habilidade leitora desse aluno, visto que ninguém nasce 
sabendo ler e que essa capacidade não é desenvolvida plenamente em uma 
leitura simples. 
Mesmo que seja nas disciplinas de Língua Portuguesa e de Literatura que costumamos 
pensar que deva ocorrer o trabalho com o texto, todas as matérias utilizam textos o 
tempo todo em sala de aula. O texto, seja oral ou escrito, faz parte do cotidiano escolar. 
Assim, todas as disciplinas devem se preocupar com a formação dos alunos enquanto 
leitores capacitados, ainda que, em Língua Portuguesa e em Literatura, discutam-se 
algumas questões específicas sobre os textos e os seus gêneros e tipos. 
Ainda, é papel da escola apresentar os alunos a tipos e a gêneros textuais 
com os quais eles não estão tão acostumados, mas com que, talvez mais 
tarde, eles precisem trabalhar, como leis e projetos de leis, editais ou outros 
textos com registros mais formais. Na literatura, ocorre a mesma situação: 
mesmo que, em alguns momentos, o professor indique a leitura de textos 
contemporâneos e próximos à realidade dos alunos, é importante que ele, aos 
poucos, vá introduzindo leituras sobre realidades diferentes e com registros 
linguísticos diferentes. Assim, é função do professor aumentar o repertório 
de leitura de seus alunos ao apresentá-los a variados tipos de textos, mesmo 
que, inicialmente, os estudantes os julguem difíceis ou complexos.
Quando abordamos, de forma específica, o trabalho realizado em sala de 
aula com a leitura da literatura, é importante aludir ao conceito de letramento 
literário. O termo letramento refere-se àquele sujeito que não apenas sabe 
9A formação do leitor
decodificar as letras e as frases de uma língua, mas que também é capaz de 
pensar no texto lido em um contexto e de fazer um uso prático desse mesmo 
texto. Dessa forma, é possível (e bastante comum no Brasil, aliás) haver pes-
soas alfabetizadas, mas não letradas. O conceito de letramento literário diz 
respeito à capacidade do sujeito de ler e de compreender um texto literário 
em seus múltiplos sentidos: 
[...] o letramento literário, conforme o concebemos, possui uma configuração 
especial. Pela própria condição de existência da escrita literária, [...] o processo 
de letramento que se faz via textos literários compreende não apenas uma 
dimensão diferenciada do uso social da escrita, mas também, e sobretudo, 
uma forma de assegurar seu efetivo domínio. Daí sua importância na escola 
(COSSON, 2006, p. 12). 
Também é função da escola, de acordo com o teórico, a formação de 
uma comunidade de leitores que se reconheça enquanto comunidade e que 
reconheça os laços que a unem: “[...] uma comunidade que se constrói na sala 
de aula, mas que vai além da escola, pois fornece a cada aluno e ao conjunto 
deles uma maneira própria de ver e viver o mundo” (COSSON, 2006, p. 12). 
O estudante pode até já ser um leitor, mas a escola deve elevar essa leitura 
a um novo patamar. Com a ajuda do professor, o aluno deve ser introduzido 
a leituras cada vez mais complexas e, igualmente, a sentidos cada vez mais 
complexos dentro dos textos que costuma ler.
Portanto,o professor deve assumir um papel não de autoridade em sala 
de aula — aquela autoridade que passará todos os seus conhecimentos para 
os alunos sem conhecimento algum —, mas de mediador no processo de 
formação de leitores.
Como incentivar a leitura entre os alunos 
em sala de aula?
Depois de pensarmos em algumas questões problemáticas encontradas no 
trabalho com a leitura nas escolas brasileiras e de discutirmos teoricamente 
sobre algumas possibilidades de mudança, chegou o momento de analisar-
mos algumas práticas interessantes de incentivo à leitura em sala de aula. 
Como fazer o aluno ler não apenas por obrigação, mas também por gosto?
Em primeiro lugar, é fundamental que o professor seja, de fato, um 
leitor. Se esse requisito não for preenchido, será praticamente impossível 
A formação do leitor10
que o docente consiga transmitir a seus alunos a paixão e o gosto pela 
leitura. Portanto, saber que seu professor gosta de ler e vê-lo lendo é um 
dos fatores que colaborará com a formação de leitores e que incentivará a 
leitura entre os estudantes. Ter um modelo de leitor em sala de aula fará 
toda a diferença. 
Depois, é importante que o professor sempre deixe claro para os seus 
alunos qual a importância da leitura: fonte de informação, imaginação, 
vocabulário, cultura, criticidade, etc. Os alunos devem estar cientes de 
que a leitura é um elemento imprescindível em suas formações enquanto 
cidadãos críticos e capazes de atuar de forma efetiva na sociedade. Além 
disso, o livro não deve ser um objeto distante, mas sim parte do dia a dia 
dos alunos. Dessa forma, é sempre interessante que o professor leve as 
obras físicas até seus alunos, para que eles as manuseiem e para que esse 
contato não ocorra apenas em algumas ocasiões específicas por ano, como 
se ler livros fosse uma atividade especial, e não rotineira. 
A promoção de eventos relacionados à literatura igualmente é uma boa 
forma de chamar a atenção dos alunos para os livros. Hoje em dia, muitas 
escolas realizam, por exemplo, Feiras do Livro ou Feiras Literárias. O 
colégio pode ou não disponibilizar um espaço para que lojas ou editoras 
vendam volumes adequados às faixas etárias atendidas pela instituição. 
Contudo, além da questão da comercialização dos livros, é necessário 
organizar atividades relacionadas ao tema. Por que não, por exemplo, 
chamar o autor do livro que foi lido em aula pelos estudantes para um 
bate-papo? Ou convidar professores universitários para apresentarem 
suas pesquisas de forma didática para os alunos? Essa ideia, inclusive, 
aproxima a Ensino Superior e a pesquisa da Educação Básica, o que nem 
sempre é uma realidade. Os alunos, ainda, podem produzir trabalhos para 
serem exibidos: uma exibição de desenhos ou uma instalação inspirados 
em alguma leitura realizada. A declamação de poemas produzidos pelos 
alunos de um determinado ano para alunos de outros anos. As possibilidades 
são inúmeras, e cabe ao professor observar o que seria mais produtivo e 
interessante para seus alunos.
Dependendo dos recursos da escola, outra possibilidade de trabalho 
para chamar a atenção dos estudantes para a leitura poderia ser a de um 
projeto que aliasse o cinema à literatura. Sabemos que as crianças e os 
adolescentes, em geral, sentem-se muito mais atraídos pelas histórias 
narradas em um formato audiovisual, conforme comprova a pesquisa 
“Retratos da Leitura no Brasil”, mostrada na Figura 3.
11A formação do leitor
Figura 3. O que as pessoas gostam de fazer em seu tempo livre?
Fonte: Instituto Pró-Livro (2015, documento on-line).
Pensando nisso, o professor poderia criar um projeto que envolvesse, em 
primeiro lugar, a leitura de textos literário que, posteriormente, seriam adap-
tados para a linguagem audiovisual. Levando-se em consideração o tempo 
disponível em sala de aula e o fato de que os estudantes não são profissionais 
na área do cinema, o mais interessante seria trabalhar com contos que pudes-
sem ser transformados em curtas-metragens. Assim, primeiramente, todos os 
estudantes deveriam realizar a leitura de todos os contos (p. ex., podem ser de 
um livro do mesmo autor ou de uma coletânea realizada pelo próprio professor 
com uma temática em comum). Depois do trabalho e da análise dos textos 
literários, cada grupo escolheria sua história. Essa narrativa, ao ser transposta 
para a linguagem audiovisual, poderia ser modificada pelos alunos: se a 
história se passa em um tempo ou lugar diferentes, eles poderiam trazer para 
a sua realidade, por exemplo. Quanto mais autoral — desde que respeitando 
a essência do conto —, mais interessante o trabalho dos alunos se torna. 
Além disso, se o trabalho for divido em mais de uma etapa, isso pode ajudar 
na organização dos alunos: eles podem entregar, primeiro, o roteiro; depois, 
algumas cenas; posteriormente, o vídeo editado; por fim, a sinopse e o cartaz 
dos filmes. Ao final do projeto, inclusive, é possível realizar uma cerimônia 
para a qual a comunidade escolar seja convidada para a exibição de todas as 
produções e para a divulgação dos ganhadores das categorias definidas, como 
Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Ator, Melhor Roteiro, etc.
A formação do leitor12
O cineasta gaúcho Carlos Gerbase possui um projeto chamado “Primeiro Filme”, que 
atende escolas públicas e privadas. Conforme o site, “[...] o projeto ‘Primeiro Filme’ tem 
como objetivo principal criar materiais didáticos, estruturas e ferramentas de apoio 
ao ensino de cinema nas escolas de nível médio (primeira, segunda e terceira séries)” 
(GERBASE, 2019, documento on-line). O site também coloca que o ensino de artes 
das escolas brasileiras está previsto em nossa legislação. As experiências na área do 
cinema, cada vez mais comuns, têm sido muito positivas, parte pelo entusiasmo que a 
linguagem audiovisual desperta nas crianças e nos adolescentes, parte pela crescente 
facilidade que as novas tecnologias digitais (câmeras e computadores com softwares 
de edição) proporcionam (GERBASE, 2019). 
Outro aspecto importante para incentivar a leitura em sala de aula é a di-
versificação das leituras. Raramente um livro será unanimidade — raramente 
uma turma inteira somente odiará ou somente amará uma leitura. Assim, o 
docente deve sempre pensar em sugerir livros variados, para que os alunos, 
em sua heterogeneidade e com seus gostos distintos, possam perceber quais 
são os temas ou os gêneros de que mais gostam. Um trabalho que poderia 
render bons frutos é o de visitar a biblioteca da escola ou alguma biblioteca 
da cidade: os estudantes poderiam, de forma autônoma, escolher um livro (ou 
alguns livros) que mais lhe tenha chamado a atenção para realizar a leitura. 
Dessa forma, os estudantes, ainda, seriam estimulados a desenvolver uma 
intimidade com o espaço por excelência dos livros: as bibliotecas. 
Desenvolver produções textuais a partir de leituras também pode servir 
como um incentivo, pois, com esse tipo de atividade, o aluno deve colocar 
em prática tudo o que aprendeu com a leitura. Um exemplo seria desenvolver 
um trabalho com o gênero textual diário a partir da leitura de O diário de 
Anne Frank. Após a discussão sobre os sentidos do texto, os alunos seriam 
convidados a realizar uma pesquisa sobre uma vítima do Holocausto. Depois, 
deveriam produzir uma entrada de diário como se eles fossem os indivíduos 
pesquisados. Assim, uma das funções da literatura também seria desenvolvida: 
a leitura enquanto exercício de alteridade, enquanto exercício de se colocar 
no lugar do outro, do diferente. 
Para a exposição das produções, o docente poderia pensar em envelopes 
grudados na parede. Dentro de cada envelope, estaria uma das produções tex-
tuais; no exterior do envelope, haveria um número. Cada pessoa que passasse 
13A formação do leitor
pela exposição deveria retirar um número recortado e encontrar o envelope 
do número correspondente para ler o texto, conforme vemos na Figura 4. 
No Holocausto, cada vítima era identificada com um número, e, ao dar um 
númeroe um texto para cada número, o professor e os alunos ainda estariam 
dando voz a essas pessoas — um rosto por trás de cifras impessoais. 
Figura 4. Exposição com as produções dos alunos 
realizadas a partir da leitura de Anne Frank.
As possibilidades de trabalhos significativos com a leitura são inúmeras. 
Quanto mais um professor gostar de ler e quanto melhor conhecer seus alunos, 
maiores serão as chances de esses projetos obterem resultados positivos.
A formação do leitor14
CALVINO, I. Um general na biblioteca. São Paulo: Companhia das Letras: 2010.
COSSON, R. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2016.
GERBASE, C. Primeiro filme. Porto Alegre: [S. n.], 2019. Disponível em: http://www.pri-
meirofilme.com.br/site/o-projeto/. Acesso em: 11 jul. 2019.
INSTITUTO PRÓ-LIVRO. Retratos da leitura no Brasil. São Paulo: [s. n.], 2015. Disponível 
em: http://prolivro.org.br/home/images/2016/Pesquisa_Retratos_da_Leitura_no_Bra-
sil_-_2015.pdf. Acesso em: 11 jul. 2019.
SILVA, L. L. M. A escolarização do leitor: a didática da destruição da leitura. Porto Alegre: 
Mercado Aberto, 1986.
15A formação do leitor
DICA DO PROFESSOR
Hoje em dia, as crianças e os adolescentes recebem estímulos contínuos: computador, televisão, 
celulares, tablets, etc. Todos esses suportes apresentam conteúdos que chamam a atenção do 
público e que são mais fáceis de digerir do que a leitura de um livro.
Nesta Dica do Professor, você vai conferir diversas formas de chamar a atenção dos alunos para 
a leitura da literatura a partir de um processo chamado gamificação.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
NA PRÁTICA
Nem sempre trabalhar com a leitura em sala de aula é fácil. A leitura de textos compete com 
muitos outros estímulos, como a televisão, a internet, o tablet, o celular, etc. Chamar a atenção 
dos alunos para o mundo da leitura exige cada vez mais criatividade por parte do professor. 
Pensando nesse desafio, confira, Na Prática, uma forma significativa de trabalhar com o texto 
em sala de aula.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
A literatura infantil no processo de formação do leitor
A formação de um leitor deve começar na infância. Pensando nisso, observa-se a necessidade de 
se pensar na literatura infantil e no seu papel na formação do leitor como fazem Sílvia Paiva e 
Ana Oliveira no artigo recomendado. Confira!
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A biblioteca pública no contexto da sociedade da informação
Democratizar o espaço privilegiado do livro – a biblioteca – também pode ser uma das etapas no 
incentivo à leitura. Esse tema é abordado no texto de Emir Suaiden.
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