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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade SANIDADE AVÍCOLA ESPECIAL TÉCNICA DE NECRÓPSIA Um patologista aviário precisa saber a necrose aviária em específico: a) Objetivos: • Conhecer a causa da enfermidade e/ou mortalidade dos animais • Melhorar o conhecimento da enfermidade a partir das amostras obtidas; • Usado para questões de estudo jurídico: necropsia em enfermidades controladas pelo Mapa a detecção de patógenos faz com que seja eliminada todos os animais e por isso os criadores fazem a necropsia para confirmar ausência da doença em estudos jurídicos • Obs.: Necropsia não apresenta alta sensibilidade e, portanto, não é possível, a partir dela obter um diagnóstico. Apenas, conseguimos estabelecer hipóteses. b) Escolha das aves: a necropsia aviária possui o conceito de patologia de populações, pois em um galão não há necessidade de olhar e por patologias individuais e sim para aquelas que acometem o maior número de animais presentes no lote. • Diante disso, deve-se selecionar os animais representativos do quadro clínico; • Evitar aves que apareçam esporadicamente com um processo individual patológico • Selecionar animais vivos para realizar a necropsia, pois o processo de autólise pós-morte é rápido, logo, usar uma ave que morreu no lote seria inviável; • Não usar aves de refugo (aquelas aves que tem menor produtividade, tamanho, problemas locomotores, etc.), pois essas tendem a causar prejuízos ao produtor. O ideal é que as aves selecionadas devem ser selecionadas conforme um quadro clinico generalizado do lote, sendo pegas de vários pontos do galpão, a fim de avaliar a transmissibilidade. A quantidade de aves selecionadas não deve obedecer a uma porcentagem sobre o número total de aves no galpão, mas sim: a velocidade de dispersão do agente etiológico (se esse agente apresenta alta transmissibilidade, não há necessidade de selecionar um número grandes de aves, pois ficará mais fácil encontrar as lesões naquele lote) e ERRO amostral (para errar menos, temos que coletar mais animais, o contrário também ocorre). c) Métodos de eutanásia: A resolução nº 714 traz os métodos de eutanásias aceitáveis com e sem restrições e no artigo 15 os métodos inaceitáveis para eutanásia: • Métodos inaceitáveis sem restrições: traumatismo craniano, incineração in vivo, eletrocussão (é um método de dessensibilização e não um método de eutanásia) ... • Aceitos sem restrição: Uso de barbitúricos ou outros anestésicos gerais injetáveis (90mg/kg); anestésicos inalatórios seguidos de outro procedimento → Usados frequentemente via intracelomática, pois é mais fácil e segura. Mas, há possibilidade de realizar via intravenosa. https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade • Aceitos com restrição: N2/argônio, deslocamento cervical, decapitação (exige a realização de um método de dessensibilização anterior - eletrocussão ou anestésicos), CO2 procedimento parar assegura a morte ( no geral é um método usado em situações de emergências sanitárias, como surtos de doença de Newcastle). --> Método usado com maior frequência é o deslocamento cervical, mas há alguns cuidados determinantes: animal deve ter abaixo de 3kg e ser realizado por um Medico veterinário treinado). d) Características dos métodos de eutanásia: https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade Obs.: O sexto tópico é um problema comum no uso de fármacos como métodos de eutanásia. e) Material de necropsia: pinça, bisturi, tesoura, material de coleta (tubos, potes com tampa, swab,). f) Características e fases da técnica de necropsia: • Necropsia sistemática: toda necropsia deve ser feita de forma sistemática, ou seja, obedecendo uma ordem idêntica para todos os animais que forem selecionados. Isso, porque é possível organizar os achados anátomo-patológicos e também traçar a forma de atuação do agente patológico responsável pela enfermidade da granja. • Necropsia ordenada: • Necropsia completa: deve-se fazer a necropsia analisando todos os sistemas do animal dando a mesma importância, ou seja, não devemos focar apenas no sistema que está sendo acometido. Ex. é uma doença respiratória e analisar apenas o sistema respiratório e ignorar o sistema digestivo. Isso, porque os problemas sanitários avícolas em suma são multicausais. g) Esquema geral da técnica de necropsia • Exame externo da ave e coleta de amostra in vivo: observar empenamento, lesões em pele, mucosa e narina, além de presença de ectoparasitas. A coleta de sangue pode ser feita por punção doa vasos sanguíneos da asa (veia alar), vasos da pata (comum realizar em aves de corte, pois aves de postura apresenta esse vaso muito fino), punção jugular em aves jovens. Além disso pode se fazer punção cardíaca para coletar uma grande quantidade de sangue, porém animal deve estar sedado. • Preparação do cadáver e abertura da cavidade celomática: https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade 1) Molhar o animal em solução detergente (5%) a fim de facilitar a visualização da pele e por consequência de possíveis lesões e ainda impede que as penas voem pela sala e contamine órgãos. (Desinfecção geral do cadáver) 2) Estabilização do animal na mesa, o colocando em decúbito dorsal com as patas voltadas para o profissional, fazendo a incisão da pele e musculo divulcionando-os próximo as art. Coxas femorais, para assim, desarticula-la. 3) Corta a pele da cloaca até o bico divulsionando a pele. Visualizando e analisando o tec. Subcutâneo, escore corporal do animal. Nesse momento fazer o exame do Timo (situado lateralmente na região do pescoço) em aves jovens. 4) Abertura da cavidade celomática: deve se pinçar a ponta do externo, levantando-a e seccionando as costelas em ambos os lados para abria a cavidade celomática com cuidado para não lesionar nenhum órgão. Lembrando que o corte deve ser mediano a musculatura do peito em ambos os lados para não atingir os sacos aéreos que ficam dorsalmente. 5) Observação dos órgãos internos da cavidade celomática das aves, avaliando a holotopia e sintomia desses. - Os sacos aéreos com alterações ficam com aspetos leitoso e mais denso. (Faz swab doa sacos aéreos). • Extração dos órgãos internos: retirar tudo de uma vez só, começando do bico, cortando em ambos os lados o osso hioide, posteriormente o palato mole e em seguida tracionar com tesoura, bisturi a região do pescoço dissecando a região do pescoço (traqueia e esôfago). Posteriormente divulsionar o papo até chegar aos pulmões, onde podemos não fazer a retirada dele da carcaça para diminuir os dando nesse órgão ou retira-lo juntamente com as costelas e colocam imerso em solução com formol deixando-o cerca de 12 horas para assim separar costela do pulmão. Após isso, divulsiona tudo até chegar na Bursa de Fabricius e fazer um corte ao seu redor, separando esses órgãos da carcaça. Deixando apenas na carcaça os rins, caso necessário, fazer pela região caudal pois é menos aderida.• Estudo e avaliação dos órgãos internos: após retirar todo monobloco, deve-se avaliar órgão por órgão, obedecendo a seguinte ordem, sempre do mais contaminado para o menos contaminado (ultimo intestino). -- Bursa de Fabricius involui com a idade do animal, para saber se esse órgão está hipertrofiado ou não, lançamos mão da comparação dele com o baço. -- 4-5 ovários • Estudo da cabeça – avaliação da cavidade nasal e do encéfalo. 1) Deve-se desarticular a cabeça e em seguida retirar a pele. Para assim, poder com a tesoura abri crâneo e expor o encéfalo da ave; 2) Para retirar o encéfalo tem que ter muito cuidado, pois a meninge é muito aderida e pode lesioná-lo. Por isso, pode-se também colocar a cabeça em formal a 10% e espera fixar por 12 horas. Assim, o encéfalo fica rígido e conseguimos retira-lo com maior facilidade. 3) Na cabeça devemos cortar o bico para facilitar a visualização dos vestíbulos, forames e cornetos nasais, além dos seios infraorbitários. • Estudo do aparato locomotor – avaliação nos nervos, articulação, ossos e músculos https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade 1) Avaliar bilateralmente o nervo ciático presente na sobre coxa (doença de Marek)... 2) Visualizar o espectro dos líquidos sinoviais, após abrir de forma limpa com bisturi as articulações 3) Avaliar medula óssea em ossos longos, como Tíbia. 4) Observar a presença de lesões musculares: presença de petéquias em fáscias superiores podem ter origem microbiológica ou traumática; já em fáscias inferiores podem ter origem no geral é apenas microbiológica. BIOSSEGURIDADE NA AVICULTURA a) Conceituação: conjunto de programas e medidas adotadas num centro criatório com o objetivo de diminui significaticamente a exposição do plantel avícola a ação de agentes infeccioso, parasitários e predadores naturais. O manual de biosseguridade é utilizada em todas empresas. b) Considerações: utilizada em todas as empresas avícolas de porte, importância do controle da transmissão vertical (em animais de reprodução), pois a matriz não pode possuir nenhuma doença que possa ser transmitida a progênies. c) Sistema de manejo: • “All in - All out” (Tudo dentro e tudo fora):, nesse manejo há um espaço de tempo que nos permiti desinfectar o ambiente. Sistema ideal é comum; • Sistema de manejo corte seriado: encontrado principalmente em granjas de médio porte, e é feito devido a economia e não necessariamente pela biosseguridade. Pois nesse sistema você pode girar o caixa da produção em função de entradas e saídas de animais constantemente em períodos pequenos. No sistema anterior, há um grande investimento para integrar novas pintinhos a granja, e posteriormente para mantê-los. Para só então obter os resultado quando “descartar/vender” os animais. d) Responsável técnico: devem estabelecer objetivos que fiquem bem claros a equipe do pessoal, para que todos trabalhem juntos e confie no seu trabalho. • Uma pessoa que trabalha em granja não deve em hipótese alguma tem aves como animais de estimação devido o risco de contaminação. • Treinamento de educação sanitária em clínicas (mostrar a importância da desinfecção). e) Biosseguridade vs Biossegurança: • A biosseguridade está relacionada a saúde animal, normas flexíveis, riscos assumidos, prevenção/seguridade e Medicina Veterinária Preventiva/Produção animal. • Já a biossegurança está ligada a saúde humana, normas permanentes, risco 0%; proteção 100% Principio da Precaução. f) Pressão de infecção de uma granja de frangos de corte: https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade Busca-se o equilíbrio das aves e a presença de patógenos, a fim de diminuir a incidências de doenças no Galpão e que ela ultrapasse o limiar de infecção. g) Organizações internacionais: foram criados com o objetivo de informar a situação zoossanitária mundial e controlar o comercio entre países: • OIE (organização internacional de epizzotias/organização Mundial de Saúde Animal); • OMC (organização Mundial do Comércio). Com as suas atuações em conjuntos promovem um comércio seguro e justo entre os países. Pois cada país membro da OIE compromete-se a declarar as enfermidades dos animais que detectar em seu território. Por sua vez, a OIE transmite a informação recebida aos demais países para que possam proteger seu território. h) Medidas de Prevenção e Controle Saneamento do ambiente, Quarentena, Imunoprofilaxia (vacinação # imunização), Diagnóstico precoce, Vigilância sanitária (guia de trânsito animal - GTA), educação sanitária, isolamento, desinfecção, interdição (só o médico veterinário oficial pode fazer), notificação compulsória, destruição de cadáveres; i) Medidas de Erradicação Diagnostico e sacrifícios de animais, eliminação de vetores, vacinação (“imunização eficaz”). j) Necessidade da biosseguridade: o aumento da população mundial, e a consequente demanda de alimentos aumentada caracterizou um crescimento da comercialização. E esse aumento consequente da produtividade refletiu no melhoramento genético e tecnológico. Toda evolução foi globalizada e o ministério de agricultura ou secretaria da agricultura do estado cria barreiras na execução dessa atividade. https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade • Dois tipo de Barreiras: uma feita pela secretaria da agricultura de estudo ou ministério da agricultura; Além dessas, temos as barreias internacionais • Em vista disso, temos que se atentar a condição do rebanho e por consequência os programas de controle de erradicação. • Conceito de áreas livres: o Brasil foi dividido em 5 áreas devido ao grande espaço geográfico que nosso País possui. Com isso, se ocorre alguma doença implicante para a atividade na área 1, não é necessário que a área 5 deixe de continuar a produção e por consequência não para as exportações. k) Plano de biosseguridade: Levantamento inicial • Quais os desafios que devem ser prevenidos e/ou controlados? − Evitar perdas de produtividade e lucratividade − Legislação − Clientes estrangeiros importadores − Clientes nacionais • Quais as doenças de controle obrigatório? • Quais as possíveis formas de entrada perpetuação das doenças? • Quais as falhas no sistema de produção? Abrangência • Conceitual=base o Local o Distância (100m/500m) o Densidade populacional o Galpões o Criação o Proximidade com lagoas/alagadiços: porque outros pássaros usam lagos para beber água e vão para o galpão para se alimentarem e essas aves silvestres podem ser reservatórios de vários patógenos o Linhagem genética • Estrutural=construção o Cercas/barreiras vegetais o Circulação interna o Equipamentos o Áreas de apoio o Silos o Acabamento https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade o Comedourose bebedouros o Telhado o Proteção • Operacional=dia a dia o Banho e troca de roupas o Visitas: o ideal é nunca ter visitas em ganja o Vacinas o Desinfecção: pedilúvio, rodolúvio, aventais... o Medicações o Pessoal: treinamento e educação sanitária Procedimentos para diminuição de riscos • Conscientização • Isolamento • Localização da granja • Acesso: portaria, cercas, barreira vegetal, introdução de equipamentos, entrada de pessoas, veículos • Embarcadouro Desinfetantes • Formol • Iodo • Amônia quaternária • Fenóis • Cresóis • Glutaraldeído • Rodízio periódico para diminuir a resistência. Geralmente é usado dois desinfetantes por desinfecção https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade Avaliação dos riscos • Insetos • Pássaros • Ração • Água: fundamental. Aves não param de beber água porque desidratam muito rápido (temperatura corporal alta) e morrem. Por isso a água deve ser de muito boa qualidade. • Mão de obra • Dejetos • Veículos • Aerossóis Efetividade dos procedimentos • Conhecer o passado e projetar o futuro • Adaptação • Monitoramento e avaliação do plantel • Monitoramento do protocolo de sanitização • Coleta de dados l) Plano de contingência Contingência: possibilidade de que alguma coisa aconteça; fato imprevisível Definição: conjunto de procedimentos e decisões emergenciais. Quando vamos trabalhar com doença que não exista no local e planeja-se procedimentos para que se caso ela chegue, esteja tudo preparado. Objetivos: • Rápido diagnóstico • Rápida contenção/solução • Evitar grandes perdas econômicas • Gerar tempo para análise da situação • Subsídios para nortear o sistema • Direcionado: formal para cada enfermidade • Revisto e atualizado periodicamente em função do que acontece em países que tenham a doença m) Eficácia Aspectos sociais: isso tudo gera uma gestão de qualidade e bem estar animal • Qualidade da mão de obra • Relação empregado-empregador • Motivação dos funcionários o Reuniões o Treinamentos o Escola https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade DOENÇA DE MAREK - É um câncer de aves jovens que acomete apenas galinhas e existe a vacina que é dada a 18 dias da incubação (ovo) ou na cervical depois que eclode. - Tem predileção em vários sistemas do organismo, dependendo da cepa envolvida, causando lesões tumorais em rim, fígado, baço, coração, em nervos periféricos (principalmente o ciático), leões em pele, raramente musculatura, lesões oculares que podem levar a cegueira. - O vírus está presente no ambiente no criatório, não foi possível erradicar o vírus e sim controlar a doença (as aves se infectam, mas não desenvolve a doença) - Não apresentam problemas para a saúde pública - É de distribuição mundial - Alta mortalidade e rejeição de carcaça, trazia muitos prejuízos. - Agente etiológico: Hespesvírus https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade HDV: sorotipo 1 é o que causa doença e lesões. As cepas de alta patogenicidade foram eliminadas e nunca aconteceu no Brasil. Sorotipo 2 são apatogênicas e não causam doença HVT: herpesvírus de peru, mas não causam doença. Foi dele que se descobriu a vacina, quando o pesquisador pegou o esse vírus, inoculou em galinhas sensíveis SPF (Animal livre de patógeno específicos para aquela espécie. Tudo nesses animais é controlado, ovos SPF são usados na produção de vacinas) e depois de 15 dias ele inoculou o vírus de Marek nessas mesmas vacinas e então essas galinhas não desenvolveram a doença. Hospedeiro natural: Galinhas Período de incubação: 7-14 dias Nas granjas, era esperado uma mortalidade de 0,5% e rejeição de carcaça de 14,4% por Marek em 1972. Isso mostra a importância econômica da doença. As lesões apareciam entre a sexta e oitava semana de vida, https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade mas eles verificaram com os estudos que as primeiras lesões microscópicas apareciam com 2 semanas de idade. Com 2 semanas a transmissão era leve para o ambiente e a partir da quarta excretavam muita quantidade de vírus infectando outras aves. As aves nasciam com anticorpos passivos que pouco ou nada interferiam na replicação viral e desapareciam com 3 semanas de vida. Patogenia: vírus altamente associado a célula e se replica nas células epiteliais no folículo da pena e essas células estão em constante descamação e fazem parte do pó dos galpões e ficam em suspensão e dessa forma as galinhas inalam o vírus e isso é o ciclo apatogênico da infecção porque a ave tem imunidade que barra a doença e impede que o vírus atinja os pré linfócitos T transformando-os de células tumorais levando ao desenvolvimento da doença clínica, principalmente a forma neural. As outras formas clínicas só são vistas na hora do abate Sintomas/ lesões Forma Neural (clássica): é a que tem o diagnóstico clínico mais fácil, porque o nervo atinge na maioria o plexo do nervo ciático unilateral e a ave fica com posição de bailarina. A ave vai a óbito porque não consegue se movimentar e nem se alimentar e nem beber água e as outras aves do galpão começa a praticar canibalismo. Então a ave é retirada do galpão e é sacrificada. Pode ter comprometimento do nervo vago, onde a ave ficará com a cabeça pêndula, papo pêndulo. É um quadro que pode se confundir com botulismo, porém no botulismo as penas se soltam com muita facilidade e em um plantel vacinado, se tiver várias aves com essa sintomatologia, provavelmente é botulismo. O nervo afetado fica aumentado de tamanho (4-4 vezes) devido a infiltração de células mononucleares e fica meio acinzentado. https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade Forma visceral (aguda): era confundida com leucose aviária. Como Marek é uma doença de aves jovens e leucose aviária só se manifesta após a maturidade sexual, depois começou a aparecer a Marek tardia, após a maturidade sexual e por isso começou a confundir as doenças, porém, o espessamente do proventrículo só acontece na doença de Marek. O diagnóstico só é feito a nível de abate. Fígado cheio de nódulos, manchas esbranquiçadas aumentados de tamanho, rins aumentados, baço aumentado. Pode-se encontrar tumores no duodeno e hipertrofia da muscular do proventrículo (mais raro de encontrar). Nesses casos, a carcaça é eliminada. Pode causar diminuição da Bursa de fabrício, diminuído a imunidade da ave. Forma ocular: forma extremamente rara hoje em dia. Pode levar a cegueira uni ou bilateral. https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrissonhttps://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade Forma cutânea: hipertrofia do folículo da pena, onde a carcaça ficará cheia de pequenos nódulos na pele, deixando a carcaça com aspecto repugnante. Celulas de marek: células mononucleadas presentes nos tumores. Diagnóstico • Clínico geralmente é feito, através das lesões. • Histopatologia: depois do abate • Isolamento viral, Demonstração de anticorpos, Demonstração de antígenos: é complicado porque todas as aves são vacinadas Vacinação: aos 18 dias de incubação no ovo ou no pintinho de 1 dia ainda no incubatório ANEMIA INFECCIOSA DAS GALINHAS - Doença imunossupressora - Vírus de DNA, baixa taxa de mutação genética - As galinhas são os únicos hospedeiros naturais do vírus - Distribuição mundial - Quando a doença chegou ao Brasil em 1990, os planteis apresentavam: a) anemia https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade b) desuniformidade do lote: em um mesmo lote, aves com a mesma idade apresentam pesos diferentes, características diferentes, porque aves infectadas não se desenvolvem como as outras. É uma característica de doença imunossupressora. c) Palidez de carcaça d) medula óssea rósea e amarelada e) Atrofia do timo f) hemorragias musculares (condenação de carcaça) - Esses últimos quatro são características típicas da doença - É comum em frangos de corte de 2-5 semanas. Quando a ave é infectada depos de 2 semanas, a probabilidade dela desenvolver a doença é quase zero. - Confirmação da doença no Brasil a) Reprodução da doença em aves SPF b) Identificação do vírus em tecidos das aves inoculadas utilizando anticorpo monoclonal (imunofluorescência) c) Teste de imunofluorescência em culturas de células MDCC-MSB-I inoculadas com uma amostra do vírus. - Distribuição e ocorrência a) O vírus está presente praticamente em todos os países com produção avícola intensa b) A detecção de anticorpos em matrizes é mais frequente em lotes de 20 a 25 semanas de idade. c) No Brasil ocorre nos estados RS, SC, PR, SP, MG, PE, PB e CE e frango de corte industrial, em frango de corte de subsistência e orgânico - Classificação do vírus a) 25 nanômetros de tamanho b) morfologia Icosaedrica c) Sem envelope: são mais resistentes a condições ambientais d) família Circoviridae e) Gênero Gyrovirus f) Genoma DNA circular fita simples - Possui 3 proteínas principais a) VP1: proteína estrutural, que codifica proteínas do capsídeo viral https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade b) VP2 e VP3 são não estruturais, só está presente quando o vírus está na célula se multiplicando. A proteína VP3 é apoptina, porque esse vírus induz apoptose de células linfoides, principalmente linfócitos T ou células progenitoras de linfócitos da medula óssea. - Resistente ao calor: capacidade de persistir e disseminar no ambiente - Resistente a -eter, clorofórmio, acetona, fenol 5%, desinfetantes a base de ortodiclorobenzeno, amônia quaternária 5%, pH igual a 3 por 3 horas, resiste a fumigação por 24 horas com formaldeído, calor de 56 a 70 graus C por 1 hora. - Replicação viral - A infecção pelo vírus é considerada altamente específica a células do timo e medula óssea, contudo, o isolamento do vírus é possível a partir de diversos órgãos das galinhas - Foi detectada a replicação do vírus em: a) linfócitos T no timo: b) Células T maduras no baço e c) Células precursoras na medula óssea https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade -A patogenia resulta em anemia e hemorragias, associada a infecção de eritoblastos, hemocitoblastos e trombocitoblastos (células precursoras). Patogenicidade -Está diretamente vinculada a diferentes fatores: a) título viral: Quanto menor a exposição ao vírus, menor a chance de desinfecção da doença b) Idade das aves c) imunidade passiva, quando recebe anticorpos da mãe, a chance de desenvolver a doença é baixa d) Fatores do ambiente, stress e outros agentes imunossupressores e) A via de infecção viral: se infecta por via oral f) Amostra do vírus (TK 5583) - A vacinação para anemia deve acontecer apenas em áreas endêmicas - Espécies suscetíveis a) A galinha é a única espécie conhecida como sendo suscetível b) O Virus não infecta a saúde humana -Transmissão a) transmitido verticalmente pela matriz ao embrião b) transmitido horizontalmente através do contato com pintos infectados, camas contaminadas, a disseminação do vírus é favorecida pela alta resistência à inativação c) Na transmissão horizontal, a principal via de infecção é oral, principalmente a partir do vírus excretado nas fezes de aves infectadas d) Os galos podem transmitir o vírus através do sêmen até que venham desenvolver anticorpos e) Após a infecção inicial da ave a excreção pelas fezes pode durar até cinco semanas f) O período estimado para que o vírus se dissemine horizontalmente e infecte a maioria das aves fo plantel, ocorrendo transmissão para a progênie é de cerca de 3 a 6 semanas. g) Após 6 semanas há produção de anticorpos neutralizante contra transmissão vertical h) Matrizes não imunes transmitirão o vírus ao embrião, causando a ocorrência de doença de doença na sua progênie – causa surto de anemia infecciosa das galinhas a campo. Por isso a prevenção e controle será pela imunização das matrizes. i) Em matrizes imunes a excreção do vírus se mantém por 4 dias. Não foi possível isolar o vírus dos embriões. O título de ac persiste por 6 meses e nos pintinhos, por 15 a 20 dias, o que é suficiente para proteger o animal no período de maior suscetibilidade. - Período de incubação a) pode variar de 10 a 21 dias, dependendo da carga viral infectante, condições de manejo, doenças concomitantes e de amostra viral circulante b) Galinhas infectadas com mais de duas semanas raramente desenvolvem a doença clínica https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade c) o período de incubação determina que surtos de anemia das aves a campo sejam mais comumente observados em lotes de aves de duas a cinco semanas de idade - Patogenia Patogenia associada a células alvo da infecção pelo vírus a) As lesões e efeito imunossupressor do CAV estão diretamente relacionados as células infectadas pelo vírus b) O vírus precisa de células em divisão para replicar, infectando: a. Células mieloides progenitoras na medula óssea b. Linfócitos T precursoras c. Timócitos d. Células T imaturas e. Células mononucleares no baço (linfócitos T citotóxicos). Não infecta macrófagos e células B precursoras mas diminui a capacidade desses marofagos de fagocitar. - Quando afeta as células que realizam a resposta celular,pode trazer consequências piores, pois afetam o controle de coccidiose, Salmonelose, doença de marek, por exemplo - O vírus causa apoptose de timócitos de hemocitoblastos, células importantes ao desenvolvimento de imunidade a) redução de eritrócitos b) redução de trombócitos c) redução de granulócitos isso tudo leva como consequência: a) Aplasia de medula óssea b) Anemia c) Hemorragia d) Imunossupressão: deixa as aves mais predispostas a bactérias oportunistas que geram dermatites que podem levar a rejeição de carcaça no abatedouro trazendo prejuízo econômico - A replicação do vírus em células T precursoras pode ter consequência prática no controle de outras doenças, especialmente naquelas que dependem da geração de infócitos T patógenos específicos: isso gera uma possibilidade de casos de doença de Marek tardia (salmonela, eimeria, clostridium) -Imunossupressão O comprometimento da função do sistema imune aumenta a predisposição a infecções oportunistas: a) Dermatite gangrenosa: levam a condenação de carcaça b) Edema maligno c) Colibacilose d) Aspergilose pulmonar O efeito imunossupressor do vírus está associado também a) Quebra de resposta a vacinações contra a doença de Marek https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade b) Reduzida resposta imune humoral a vacinação ao vírus de Newcastle c) Exacerbação da patogenia do vírus da bronquite infecciosa d) Agravamento da patogenia de outros vírus imunossupressores como vírus da doença de gumboro e do reovirus Sinais clínicos Os sinais não são específicos a) Depressão das aves b) Retardo no crescimento c) Grande desuniformidade do lote O mais sugestivo é: a) Anemia b) Palidez da musculatura, crista e barbelas c) Hemorragias musculares d) Dermatites secundárias - Outra característica da infecção é a recuperação destas aves a partir dos 21 a 28 dias após a infecção. Alterações anatomopatológicas - Lesões macroscópicas a) Atrofia do timo e medula óssea (apoptose dessas células) b) Aplasia de medula óssea varia de uma cor mais rósea ou amarelada (deposição de gordura) c) Atrofia de Bursa e do baço podem ser bem menos óbvias que a atrofia de timo d) Presença de hemorragia subcutânea ou muscular e no proventrículo Lesões microscópicas Histologicamente, entre 11 a 18 dias após a inoculação, as principais lesões observadas são: a) No timo (marcada depleção de linfócitos no córtex e hiperplasia de células reticulares resultando em completa perda da arquitetura do timo) b) Na medula óssea há o desaparecimento de células hematopoiéticas, das series eritrocíticas e granulocíticas c) No baço há redução dos centros germinativos, decréscimo do número de linfócitos, proliferação de células reticulares e ocasional presença de focos necróticos Diagnóstico Diagnóstico sorológico a) Imunofluorescência indireta b) Imunoperoxidase c) Soroneutralização em cultivo celular d) PCR e) ELISA (mais utilizado por ser mais rápido) https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade Isolamento Viral - O diagnóstico da presença de infecção ativa é feito pelo isolamento do vírus em células ou in vivo em pintos SPF de um dia. O problema desse método é que é muito demorado Diagnóstico diferencial a) Doença de Marek b) Gumboro c) Reovírus e adenovírus d) Micotoxinas e) Intoxicação por sufonamidas f) Stress Prevenção e controle a) É baseado na transferência de imunidade passiva das matrizes para a progênie b) Imunizar as matrizes antes do início da postura para garantir a uniformidade imunológica no lote e obtenção de níveis adequados de anticorpos maternos. c) Com 18 semanas (no período de recria) é feita a vacinação com o vírus vivo na matriz, depois 4 semanas antes da ave começar a postura, é feito a vacinação com o vírus inativado d) Monitoramento sorológico do status imune das matrizes e) O teste de soroneutralização é o mais indicado para determinar os níveis de ac neutralizantes f) Em grandes lotes o teste utilizado é o ELISA (quantifica os anticorpos) g) Imunização com vacinas atenuadas (disponíveis no Brasil) h) As vacinas atenuadas não são totalmente não patogênicas, restringindo a sua aplicação em aves jovens i) É recomendado que as aves recebam a última dose da vacina no máximo até 4 a 6 semanas antes do início da postura, para evitar riscos de transmissão vertical j) O controle da anemia infecciosa das galinhas envolve também o controle de outros agentes imunossupressores k) Desinfecção de aviários com hipoclorito de sódio ou iodo 10%, vassoura de fogo para reduzir a carga viral não garante a eliminação do vírus COMPLEXO LEUCÓTICO AVIÁRIO Foi muito importante no início da produção avícola no Brasil, pois era um grande problema nos aviários, mas especificamente nos planteis de reprodutoras (bisavozeiras e avozeiras), devido a transmissão vertical. a) Sinônimos: • Leucose linfoide (linfomatose visceral), • Leucose Mielóide ( Mielobrastose, mielocitomatose); • Leucose eritróide (eritroblastose) : não tem importância econômica para sanidade avícola. b) Importância • Características do vírus: https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade − O vírus da leucose aviária (VLA) é do tipo RNA e integra seu material genético na célula hospedeira. − É o retrovírus mais comumente associado a doenças neoplásicas e outros problemas de produção em galinhas. − Apresenta alta taxa de mutação o caracteriza como um dos poucos vírus de preocupação para sanidade avícola que não apresenta vacina. − Apresenta alta taxa de morbidade (infecta um grande número de aves), em contrapartida uma “baixa” mortalidade por apresentar perdas ocasionais de 20% ou mais. No entanto, as perdas econômicas são significativas mediante ocorrência de rejeição de carcaça por tumores nas vísceras e ossos das aves. − Há um subgrupo J que causa leucose mieloide cursando com perdas totais de reprodutoras pesadas (1,5% por semana). − O vírus interage em um receptor na membrana plasmática, posteriormente é endocitado e em um vacúolo passa por um processo de transformação do seu RNA em DNA viral pela ação da enzima transcriptase reversa. Esse material genético complementar é incorporado ao DNA presente no núcleo da célula hospedeira pela ação da integrasse. Assim, esse material genético viral é transcrito e replicado formando uma nova partícula viral, usando a maquinaria celular do hospedeiro. Desse modo, o vírus consegue ganhar o organismo da ave. − Tecidos alvos: aqueles que estão em constante multiplicação, como medula óssea, centros linfóciticos; − Ação neoplásicas: quando o vírus ganha a célula, ele pode induzir a expressão e ativação de genes oncogênicos. E, por isso, essa célula passa agora ter um perfil tumoral com uma desregulação na taxa de crescimento que por consequência veremos tecido neoplásico. − Etiologia: o vírus pode criar uma partícula viral completa ao integrar todo seu material genético na célula, o que dá oportunidade ao vírus de fazer vários Shift genético (recombinações genéticas), o que aumenta a mutação viral. Alémdisso, esse fenômeno pode induzir a oncogenes que estão naturalmente presentes nas células. Mas, é comum não integrar todo seu material, ou seja, apenas pedaços o que conflui para formação de partículas virais incompletas que são denominadas de vírus defectivo. Esse, ao incorporar ao DNA da célula do hospedeiro demandaram de um vírus auxiliar (completo) para que ocorra a formação de uma partícula viral completa. Os vírus homólogos são aqueles que possui a mesmas características antigênicas e fenotípicas e a circulação deles em uma granja é comum. No entanto, a característica de alta mutação dessa família, pode fazer com que um vírus de uma granja seja heterólogo a de uma outra granja. Há 6 subgrupos: A, B, C, D, E, J a) Esses subgrupos são tipificados com base na capacidade de infectar fibroblasto de embrião de galinhas de tipos genéticos diferentes. É uma técnica laboratorial em cada linhagem de fibroblasto é suscetível apenas a um sorogrupo então é possível tipificar cada sorogrupo por essa propriedade dos fibroblastos de embrião de galinha de permitir a infecção de apenas um tipo de vírus b) É possível fazer a diferenciação dos subgrupos com base nas diferenças da estrutura antigênica do envelope viral, identificados por teste de vírus e soroneutralização, tendo soros padrões no laboratório para cada subgrupo. https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade - Esses sorogrupos também produzem doenças diferentes. Os sorogrupos A, B, C e D produzem a leucose linfoide. O sorogrupo J produz a leucose mieloide. O Subgrupo E depende do vírus auxiliar: se o vírus auxiliar for do grupo A, causa leucose linfoide; se for do grupo J, causa leucose mieloide. Com base nos mecanismos de transmissão, o vírus da leucose aviária pode ser classificado: a) Exógenos: Subgrupo A, B, C, D e J. Os vírus exógenos disseminam-se verticalmente (congênita, quando o vírus infecta o embrião e o pintinho já sai do ovo contaminado) ou horizontalmente (contato de ave com ave, através de fezes, secreções, alimentos e água contaminada). b) Endógenos: Subgrupo E. Os vírus endógenos são geneticamente transmitidos em um mecanismo mendeliano normal (vertical hereditária onde a ave onde a ave herda segmentos genéticos do vírus assim como ela qualquer gene e por isso tanto machos como fêmeas transmitam genes virais). Tem capacidade de integrar o DNA dele na célula do hospedeiro. - Os subgrupos A, B e J ocorrem comumente no campo e são os mais comuns e os subgrupos C e D raramente tem sido reportados no campo. Estrura dos vírus exógenos O vírus da leucose aviária possui 3 genes: a) gag/pro: codificação de proteínas específicas do grupo (antígeno grupo específico – proteína p27-mmuito utilizadas em testes sorológicos-, comum a todos os subgrupos) e a protease. b) pol: codificação da trascriptase reversa c) env: codifica para proteínas do envelope viral: destaque para gp85, codifica enzima integrasse e as glicoproteínas de superfície, responsável pela integração do vírus aos receptores da célula infectada. Epidemiologia – Distribuição geográfica - O subgrupo J do vírus da leucose aviária (VLA-J) é o mais prevalente em lotes de reprodutores pesadas em várias partes do mundo - A incidência da infecção é alta, porém, a da doença é baixa - O VLA-J mielocitomatose em reprodutoras pesadas - VLA-AcB Leucose linfoide - Galinhas são os hospedeiros naturais do VLA - Experimentalmente pode causar tumor em faisões, galinha D’angola, patos, pombos, codorna e perus - Não é reconhecida resistência genética em galinhas domésticas a infecção pelo VLA-J Linhagens de reprodutores pesadas são mais suscetíveis ao VLA-J Transmissão - Vírus exógenos transmitem horizontalmente, de uma ave para outra (tanto macho, quanto fêmea). Raramente vai causar doença clínica no lote. - Já no tipo de transmissão vertical acontece de duas formas: Vírus exógenos: congênita, onde o vírus infecta o ovo (capacidade de infecta as glândulas secretora de albumen) e o pintinho nasce infectado. Só a fêmea portadora do vírus transmite para o pintinho https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade Virus endógeno: hereditária machos e fêmea transmitem através de células germinativas o vírus para a descendência através de mecanismos de herança genética - Impacto no modo de transmissão na produção da doença Na transmissão horizontal a ocorrência da doença é rara, a viremia é transiente e é capaz de produzir anticorpos e debelar infecção. Se a transmissão for em aves muito jovens a probabilidade de acontecer a doença aumenta porque o sistema imunológico não estaria completamente formado Na transmissão vertical congênita (vírus exógenos) como o pintinho se infecta muito precocemente, desenvolve um quadro de imunotolerância, porque o vírus estava presente antes do sistema imunológico não consegue diferenciar o que é próprio e o que não é próprio. Nesse caso, a ocorrência de tumores é muito comum. Essas aves são permanentemente virêmicas, eliminam o vírus nos ovos e transmite para a progênie. Surtos de leucose podem acontecer e por isso as medidas de controle e prevenção são direcionada as aves reprodutoras. O mecônio de pintos infectados congenitamente é uma importante fonte de contaminação do vírus nos nascedouros. Na transmissão hereditária (vírus endógeno), o pintinho herdou genes que poderão codificar uma partícula viral inteira, então a ocorrência de tumor é quase zero, porque o pintinho não nasce com uma partícula viral inteira, quando ele chega a produzir uma partícula viral, o sistema imunológico dele já é capaz de combater a infecção. https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade Classes sorológicas/virológicas 1- sem viremia e sem anticorpo (V-A-): ideal para iniciar um plantel de aves reprodutoras 2- com viremia e com anticorpo (V+A+): adquiriram vírus de forma horizontal, com viremia transiente 3- sem viremia e com anticorpo (V-A+): vieram da classe 2, produziram Ac e debelraram a infecção 4- com viremia e sem anticorpo (V+A-): adquiriram vírus de forma congênita, a ave não é capaz de produzir ac. Aves que são imunotolerantes mais suscetíveis a desenvolver tumores Aspectos clínicos Leucose linfoide Período de incubação 14 a 30 semanas. Aves adultas, após a maturidade sexual https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade Sinais inespecíficos: crista pálida, murcha e ocasionalmente cianótica, inapetência, emaciação, fraqueza, abdome distendido com aumento de volume do fígado e bolsa de fabrício. Compatíveis com qualquer doença imunossupressora. Tumores em bolsa de fabricio, fígado e baço na ofrma miliar, nodular ou difusa. Leucose mieloide Período de incubação: muito variável, geralmente 5 semanas. Doença de ave jovem Sinais clínicos: letargia, fraqueza geral, palidez da crista,desidratação, emaciação, diarreia, paralisia dos membros e deformidades ósseas (esterno e costelas). Tumores principalmente ósseos e são mais inespecíficos. Diagnóstico Clínico: praticamente impossível, os sintomas são inespecíficos Laboratorial: Envolve a caracterização patológica dos tumores, com posterior identificação do vírus. A identificação é complexa decorrente de: a) Genoma complexo do VLA-J: regiões semelhantes entre vários vírus b) Variações genéticas e antigênicas existentes entre os isolados c) Similaridade do VLA-J com o vírus endógeno Prevenção e controle Não há vacina. Deve eliminar o vírus no plantel de reprodutores, eliminando a transmissão vertical BRONQUITE INFECCIOSA DAS GALINHAS - Causada pelo coronavírus aviário - Doença infectocontagiosa com manifestações respiratórias, renais, reprodutoras e entéricas de frangos, poedeiras e reprodutoras, causada por uma grande diversidade de tipos de vírus com ampla distribuição mundial - Importância Diminuição da produção de ovos Ovos com alterações de conteúdo interno e de casca Geração de falsas poedeiras : aves não faz postura Infertilidade Retardo no crescimento Aumento da susceptibilidade a infecções secundárias: lesões no trato respiratório Mortalidade de moderada a severa Etiologia a) Coronavírus do grupo 3 https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade b) Ordem: Nidovirales c) Família: coronaviridae d) Gênero: coronavírus e) Envelopado f) Pleomófico g) Projeções de membrana: espículas que são responsáveis pela ligação dos vírus as células. Características físico-químicas a) Am maioria das cepas são inativadas após 15 minutos a 56 graus ou após 90 minutos a 45 graus b) O líquido alantoide infeccioso conservado a -30 graus mantém a validade por muitos anos c) Tecidos infectados, se conservados em refrigeração por 90 dias, conservam a viabilidade viral d) Exsudato traqueal seco, se conservado a 4 graus permanece infectante por 180 dias e) É considerado sensível a maioria dos desinfetantes comuns Transmissão - Horizontal: através de partículas de aerossol ou através da poeira da cama - O local primário de replicação é o trato respiratório superior, independente da cepa ou característica patogênica do vírus, apresentando sintomatologia respiratória ou não - A principal porta de entrada é respiratória. - A chance de transmisssão no aviário, no manejo brusco com levante de poeiras da cama das aves, assim a poeira entra no aparelho respiratório superior e infecta novas aves, a cama funciona como se fosse uma fonte de infecção onde o vírus pode se soltar e contaminar a água, a ração e diretamente a água. - Tem sido sugerida a transmissão vertical do vírus, mas ainda não existem fatos comprovados sobre isto. -O local primário de replicação é o trato respiratório superior, independente da cepa ou característica patogênica do vírus. Período de Incubação: O período de incubação da BIG é de 18 a 36 horas, dependendo da dose e via de inoculação. O vírus se replica de forma muito rápida, uma vez infectada a ave rapidamente dispersa o vírus para as demais aves do lote, assim há grande impacto nas demais aves. Patotipo – classe a que pertence uma amostra do vírus em relação à sua capacidade em causar lesão em certo tipo de célula ou tecido. Há amostras capazes de causar lesões em vários órgãos. • Classificação das cepas Do ponto de vista prático, é importante considerar com se produzem os novos sorotipos do VBIG. https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade 6) Recombinação genética entre duas partículas virais antigeneticamente diferentes, que ocorrem em coronavirus. 7) Pressão de seleção imposta pelo uso de vacinas vivas do VBIG por muitas décadas. Induz a mudança genética do vírus A classificação fenotípica ou genotípica do VBIG é baseada em características da proteína S do genoma viral. Os sorotipos classificam a estrutura antigênica, cada sorotipo gera no organismo um tipo de anticorpo específico. Os tipos diferentes de vírus podem surgir por um mecanismo de escape que ele encontrou de fugir do hospedeiro, através de recombinações genéticas de suas características antigênicas. Quanto maior a pressão de seleção mais rápida ocorre a recombinação genética dos vírus, o uso de vacinas força o vírus a se mutar, mudando para conseguir sobreviver. Para que os antígenos produzidos não sejam mais combatidos, e ele permaneça viável. E por isso a vacinação deve ser rápida em todo plantel, e não se deve deixar de vacinar nenhuma ave para evitar mutação do vírus Maneiras de classificação: • Usando provas funcionais, considerando o efeito biológico do vírus – Imunotipos e Antigenotipos. • Estudando a estrutura do genoma – Genotipos. Os imunotipos ou protectotipos proporcionam informações sobre a eficácia das vacinas, e assim como as cepas que induzem proteção contra outra cepa, pertencem ao mesmo imunotipo. Os antigenotipos identificam sorotipos com base na reação entre as cepas do vírus e os Ac policlonais sorotipo- específicos. - São feitas por estudos funcionais utilizando anticorpos ou através de provas genéticas (PCR). Quando se diz que há alguma variante, é quando o vírus em questão não se encaixa em nenhum desses grupos Tropismo Pode ser entendido como a capacidade do vírus em se ligar aos receptores celulares, adsorvendo-se à membrana celular e, eventualmente, adentrar o meio intracelular. O tropismo é determinado pela proteína S que é responsável pela ligação a receptores celulares. Pode ou não haver mudança de característica patogênicas do vírus também, durante essa recombinação viral. A mudança da patogênese viral depende da mudança ou não na proteína S, que é quem realiza a adesão no hospedeiro. Patotipo: https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade Classe a que pertence uma amostra do VBIG em relação à sua capacidade em causar lesão em certo tipo de célula ou tecido. Há amostras capazes de causar lesões em: Rins, Trato reprodutivo, Trato respiratório, Sistema digestivo, Lesões associadas a musculatura peitoral, Proventrículo Variações genéticas podem resultar em mudanças no tropismo e patogenicidade viral que por sua vez podem levar a geração de novos patotipos de VBIG Sinais Clínicos Aves Jovens – Infecções Respiratórias A doença clínica respiratória só ocorre nas primeiras semanas de vida, apenas! Boca aberta, pescoço esticado, e dificuldade respiratória, por partes mucosas na traqueia que impedem a entrada correta do ar. Edema e exsudato catarral ou mucoso na traqueia e brônquios. Congestão pulmonar Inflamação catarral ou fibrinosa nos sacos aéreos, pode cursar com aerosaculite. Pericardite e pleurite: devido a proximidade Gera o quadro da Síndrome da Cabeça Inchada, caracterizada por edema da barbela, sinusite, conjuntivite, pode estar associado ao VBIG. Associação de vírus do problema respiratório + bactérias como Mycoplasma e Escherichia coli. A mortalidade depende: • Evolução dos sintomas • Do número de partículas virais • Cepa• Interação com agentes bacterianos Quadro Respiratório O sítio de replicação é na traqueia e normalmente tem deposição de muco no lúmen da traqueia, prejudicando a passagem de ar, então a galinha abre o bico e estica o pescoço para facilitar a passagem de ar. Pode-se observar espirros e secreções. Inflamação Catarral dos Sacos Aéreos, posterior fibrinose. https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade A característica clínica da doença respiratória é em aves jovens. Em frangos de corte observa-se a característica respiratória e renal. Pode-se observar edema, exsudato catarral ou mucoso na traqueia e brônquios, congestão pulmonar, inflamação catarral ou fibrinosa nos sacos aéreos, pericardite e pleurite. Síndrome da cabeça inchada – sinusite. Tem edema periorbital e submandibular. Pode ou não estar associada com infecções secundárias por bactérias. Efeitos no trato Renal A nefropatogenicidade tem sido associada apenas com algumas cepas, variantes virais. Mais comum em sistema de aves de corte. O VBIG – inicialmente causa sintomas respiratórios 🡪 Em seguida sintomas derivados do dano renal 🡪 Aumento do consumo de água 🡪 Fezes aquosas 🡪 Morte em geralmente 6 dias. Os rins das aves infectadas com o VBIG nefropatogênico apresentam: • aumento de tamanho • palidez • túbulos e ureteres distendidos com uratos Efeitos no trato renal – sempre terá infecção primária do sistema respiratório, um tempo depois tem dano renal. As aves começam a beber mais água, as fezes ficam mais aquosas e começa a ter maior mortalidade. Aves de postura (Postura Comercial e Reprodutoras) • Sistema Respiratório: Não ocorre ou, se ocorre, é de forma discreta. Em caso de complicação bacteriana, os sintomas são os mesmos descritos para aves jovens. • Sistema Urinário: As lesões são discretas (ligeiro aumento renal) a um quadro de urolitíase: Uma condição de degeneração renal Atrofia renal Fibrose Cálculos renais formados nos dutos coletores e ureteres das aves afetadas. • Efeitos no trato reprodutivo Aves de Postura: Queda severa na produção Deterioração da casca e qualidade interna do ovo A produção pode começar a aumentar após 2 a 3 semanas, mas alcança apenas níveis sub-ótimos. https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade O vírus pode causar hipoplasia glandular, o que leva a redução da síntese de proteínas do albúmen, especialmente a ovomucina, lisosima e outras proteínas. • Efeitos no trato reprodutivo Diminui a qualidade da proteína do ovo, reduzindo as albumina e albúmen, assim a clara fica mais líquida. O formato do ovo e qualidade da casca também muda, se tornando fina e irregular, as vezes nem tem a formação da casca. Aves Jovens: A infecção de fêmeas de menos de 2 semanas de idade pode causar lesões permanentes no trato reprodutivo, resultando em falsas poedeiras. As aves não realizam a postura pois foram contaminadas jovens no início da vida, o ideal é realizar a sorologia do plantel, antes que a galinha se desenvolva, assim prevenir o desenvolvimento das falsas poedeiras. O terço médio do oviduto é o mais severamente afetado com áreas de hipoplasia localizada. A patogênese do VBIG no trato reprodutivo das fêmeas deriva-se da replicação viral no epitélio ciliado do trato reprodutivo, resultando em perda de cílios e necrose das células glandulares e epiteliais Isso gera um prejuízo econômico devido ao fato de que o produtor alimentou as aves e não vai obter o retorno econômico. Por isso a importância no monitoramento dessa doença em aves jovens. • Efeitos no trato reprodutivo Machos: Queda da fertilidade e atrofia testicular. Multiplicação do vírus no epitélio dos ductos eferentes dos testículos. Importante realizar o monitoramento sorológicos de machos que sirvam na reprodução. • Efeitos no trato intestinal Proventriculite Diarreia Severa Porém com menor importância na doença • Miopatia Peitoral As lesões descritas são: inchaço e palidez dos músculos peitorais, e presença de hemorragias faciais e edema gelatinoso na superfície muscular. Causa condenação de carcaça Frango de corte tem sintoma respiratório e renal, o rim fica pálido e aumentado de tamanho, túbulos e ureteres distendidos por depósito de urato. Em aves de postura pode-se ter problemas respiratórios, urinários e reprodutivos. Nas aves jovens, de 2 a 4 semanas, tem-se principalmente sintomas respiratórios e urinários, depois da maturidade sexual tem-se problemas reprodutivos. Queda severa na produção, queda na qualidade do ovo com https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade deterioração da casca e qualidade interna. A produção pode começar a aumentar após 2 a 3 semanas, mas alcança apenas níveis sub-ótimos. Ovos de casca rugosa e formato anormal são bastante característicos da bronquite infecciosa. Quando o vírus infecta aves jovens de menos de 2 semanas e apresentam sintomas respiratórios, existe a possibilidade de que quando adultas não ponham ovos, resultando em falsas poedeiras. O terço médio do oviduto é mais severamente afetado. Menos frequentemente pode-se observar efeitos no trato intestinal como diarreia severa e proventriculite, o que pode levar a confundir com outras doenças, como Newcastel e miopatia peitoral(?). Lesões Microscópicas • Trato respiratório – diminuição dos cílios, presença de muco e células inflamatórias • Trato reprodutivo – redução localizada ou generalizada dos cílios, fibroplasia, edema e presença de focos de infiltrado • Trato urinário – lesão básica Não existem lesões patognomônicas do vírus BIG. Não se observa corpúsculo de inclusão. • No trato respiratório: Diminuição dos cílios, com descamação do epitélio (ciliostase), predispõe a infecção bacteriana. Presença de células inflamatórias Presença de edema na porção da mucosa e submucosa. Congestão vascular Vacuolização e hemorragia na submucosa O lúmen traqueal pode conter exsutado sero-mucoso, ou muco catarral. • No trato reprodutivo: https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade Redução localizada ou generalizada dos cílios Fibroplasia e edema Presença de focos de infiltrado celular mononuclear • No trato urinário: Lesão básica - nefrite intersticial Urolitíase acentuada, distendimento de ureter que leva a um aumento de tecido renal • Diagnóstico Sintomatologia clínica ajuda, mas o diagnóstico final somente com identificação do vírus. Fatores que influenciam o sucesso da detecção de VBIG – Tem entre o começo da infecção e amostragem, nível de imunidade da ave no momento da infecção, número de aves amostradas, escolha dos órgãos (amostras), qualidade das amostras, genética da ave, isolamento do vírus (multiplicação e detecção de IBV infeccioso). Diagnóstico direto– ELISA, soroneutralização (pouco usada, porém uma das mais sensíveis), imunodifusão em gel de ágar, teste de inibição da hemaglutinação (duas últimas pouco sensíveis com muitos resultados cruzados) Diagnóstico indireto – isolamento em ovos embrionados, cultivo em anéis de traqueia. Diagnóstico direto - Isolamento em ovos embrionados, Cultivo em anéis de Traqueia, Métodos baseados em ácido nucléico • Diagnóstico diferencial Pneumovirose, Coriza Infecciosa, Doença de Newcastle, Laringotraqueíte, EDS (Síndrome da Queda de Postura). Outras doenças que causam problemas respiratórios e reprodutivos, como Coriza infecciosa, Newcastle, etc. • Prevenção e controle • Medidas de biosseguridade e manejo adequado • Vacinação (vacinas vivas e atenuadas, e inativadas) https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade • Frangos de corte – vacina viva no 1º dia, única vacinação. • Reprodutoras – vírus vivo/vírus morto. Vacinação no primeiro dia e monitoramentos periódicos para verificação do status imune da ave, afim de uma nova dose. Antes do período sexual vacina-se com vírus vivo, para gerar uma resposta de memória. Quatro semanas antes de começar a fazer postura vacina-se com vírus morto, para depois gerar o efeito Booster, assim gerando um aumento na imunidade grande. Algumas cepas vacinais podem reagir de forma mais eficientes com um sorotipo, ou não. A maioria dos planteis usa apenas um sorotipo, assim as vezes a resposta imune não é tão adequada. A BR1 é uma nova vacina lançada no mercado, que pode vir a reagir de formais mais adequada aos vírus de cepa brasileira. Nesse caso quando se vacina com vírus vivo, ele penetra na célula e cria um tipo de resposta imunológica diferenciada para criar uma resposta de memória. Quatro semanas antes, vacina-se com vírus morto para proteger o pintinho nos primeiros dias de vida que é o período de maior susceptibilidade. • Poedeira comercial – vírus vivo/vírus morto. Deve-se fazer monitoramento sorológico em algumas aves para saber se o tipo de anticorpo está caindo, e se estiver, deve-se vacinar novamente. DOENÇA DE NEW CASTLE INTRODUÇÃO A doença de New Castle é muito antiga, ocorrendo em todo o mundo, tanto onde a indústria avícola é desenvolvida quando em criações de funcho de quintal. HISTÓRICO ▪ 1926: Inglaterra ▪ 1953: Brasil (Belém – PA) https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade Nos anos 50, a avicultura industrial brasileira ainda estava em crescimento, e os Estados Unidos já trabalhavam com a exportação de frango fatiado. Esses frangos congelados estavam contaminados com a doença de New Castle que foi, então, introduzida no Brasil nos anos 50. ETIOLOGIA ▪ Família: Paramyxoviridae ▪ Subfamília: Avulavirinae ▪ Gênero: Orthoavulavirus ▪ O vírus da DN, Avian Parainfluenzavirus tipo 1 (APMV-1) ▪ Genoma: RNA RESISTÊNCIA O vírus é altamente patogênico, porém, também é muito sensível à desinfecção, sendo inativado a temperatura ambiente pelos seguintes agentes químicos: ▪ Álcool etílico 70% ▪ Fenol 3% ▪ Tintura de iodo 1% ▪ Lisol 1% ▪ Soda caustica 2% ▪ Acetona 50% ▪ Permanganato de potássio (1:5000) ▪ Temperatura * Por outro lado, o vírus permanece viável em: ▪ Penugem de pinto (37°C) – 87 dias ▪ Superfície de ovos – 126 dias ▪ Em aviários – 235 dias ▪ Órgãos de aves (37°C) – 125 dias O cozimento (100°C) destrói o vírus. EPIDEMIOLOGIA A Doença de New Castle, de maneira geral, caracteriza-se por um caráter respiratório, digestório, com diarreia esverdeada, sintomas neurológicos e alta mortalidade. Os vírus são https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade classificados em 5 patótipos, de acordo com a sintomatologia e patologia das amostras a nível de campo. I. Velogênico Viscerotrópico: Cepas altamente patogênicas que podem levar a 100% de mortalidade no plantel e muitas vezes de forma rápida. Pode ocorrer mortalidade sem sintomas (raro), porém, isto é mais usual na influenza aviária, doença com sintomatologia muito semelhante a Doença de New Castle, sendo inclusive considerada para diagnóstico diferencial. Observações: Sintomatologia Digestiva, diarreia, ata mortalidade, lesões oculares (conjuntivite), que é um sintoma “básico” da New Castle, ocorrendo quase sempre. Na necropsia, observa-se hemorragia generalizada. II. Velogênico Neurotrópico: Cepas que trazem, além da conjuntivite, sintomas neurológicos, principalmente, o opstótono, e claudicação. Levam a mortalidade de até 50% do lote, e geralmente afeta aves mais jovens. III. Mesogênica: Cepas de baixa mortalidade, que leva a um quadro respiratório (sempre presente), além de leves sintomas neurológicos. Levam a uma mortalidade de até 10%. IV. Lentogênica ou Vacinal: Não causam mortalidade. Pode levar ao aparecimento de alguns sintomas clínicos, geralmente um quadro respiratório, mas que não leva a mortalidade. Esse patótipo é chamado de vacinal devido a duas cepas (LaSota e B1). A cepa LaSota a primeira tem um índice de patogenicidade intracerebral de 0.4 e a B1 de 0.2, sendo utilizadas como vacinas, principalmente, em áreas endêmicas, onde deseja-se obter uma resposta forte à vacinação. Essa cepa só pode ser utilizada em um plantel hígido. V. Entérica Assintomática: Cepas que promovem uma resposta mais leve em termos de anticorpos, não agredindo tanto as aves. HOSPEDEIROS https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade ▪ Aves: As aves domésticas são as mais susceptíveis a doença, porém, perus também podem apresentar a doença. Além disso, as aves silvestres representam um grande problema pois são migratórias, então, podem ir até as granjas, podendo entrar nos galpões, ingerir água, defecar e contaminar o local através das fezes. Experimentalmente ou naturalmente, mais de 241 espécies de aves, representando 27 das 50 ordens de aves existentes. ▪ Répteis: Várias espécies. ▪ Homem: Pode ser infectado e desenvolver uma simples conjuntivite. Não é transmitido homem-homem. Normalmente quem trabalha em granjas, abatedouros, com vacinas ou patologistas é quem podem desenvolver a conjuntivite por doença de New Castle. PANZOOTIAS ▪ Primeira ocorrência: Começou em 1926 e difundiu para a maioria dos países no mundo. ▪ Segunda ocorrência: No final de 1960 no Oriente Médio (até 1973) ▪ Terceira ocorrência: Em 1970, ocorreu uma doença neurotrópica em pombos, não tinha mortalidade alta, porém, gerou sérios problemas. Até 1984 na Inglaterra. A DOENÇA NO BRASIL ▪ 1953: Belém e Macapá. ▪ Década de 70: Newcastle viscerotrópica. ▪ 1971 a 1979: A doença (9,8% de prevalência) constitui-se no terceiro problema sanitário. ▪ 1975 a 1980: A DN (10,68% de prevalência) constitui-se no segundoproblema sanitário. ▪ 1980 a 1995: Vários focos em vários estados. ▪ 1997: Avestruzes com a doença de Newcastle foram trazidas ao Brasil ▪ 1999: Aves exóticas com a doença de Newcastle foram trazidas ao Brasil ▪ 1995 até hoje: Vários focos, sobretudo em aves de criação de subsistência. DIFUSÃO ▪ Através de produtos contaminados ▪ Aerossóis de aves infectadas (aves com sintomas respiratórios excretam o vírus em aerossóis) https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade ▪ Fezes contaminadas (ração ou água contaminada) ▪ Animais como pequenos roedores, insetos e artrópodes. ▪ Produtos e subprodutos de aves abatidas e congeladas. ▪ Aves selvagens e silvestres ▪ Subprodutos de aves infectadas e utilizadas com matéria prima para rações. ▪ Contato com humanos (forte associação entre um surto com o movimento do homem e seus fômites. O sucesso da propagação do VDN é facilitado pela capacidade do vírus de sobreviver em hospedeiros mortos ou excreções. Essa doença é de notificação compulsória, então, caso haja suspeita da doença, o responsável técnico da granja deve notificar em menos de 24 horas essa suspeita ao Ministério da Agricultura ou a Secretaria de Agricultura do Estado. Com isso, o médico veterinário oficial do Ministério da Agricultura ou da Secretaria de Agricultura do Estado vai conduzir todo o processo de conformação da doença. Além disso, a OIE também deve ser notificada pois uma suspeita de DN para toda a exportação da área. EVOLUÇÃO DA DOENÇA ▪ O período de incubação do VDN pode ser de até 15 dias, com média de 2 a 6 dias. ▪ O surto da DN pode ser extremamente severo onde 100% das aves afetadas morrem em até 72 horas sem apresentar sinal clínico. ▪ Geralmente não existe infecção persistente em aves domésticas. SINAIS CLÍNICOS ▪ Conjuntivite: Vista hemorrágica, edema de pálpebra, com secreção transparente ▪ Sinais respiratórios: Dificuldade respiratória (aves abrindo o bico) ▪ Sinais digestivos: Fezes esverdeadas ▪ Sinais nervosos: Opistótono, problemas de locomoção. https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade LESÕES MACROSCÓPICAS ▪ Edema da cabeça, região do pescoço, peritraqueal e entrada do tórax ▪ Hemorragias e úlceras na laringe ▪ Turvação dos sacos aéreos e traqueia hemorrágica. ▪ Hemorragias no coração e aumento de volume do saco pericárdio ▪ Hemorragias petequeais no pro ventrículo e no intestino. Na maioria dos casos observa- se diarreia verde brilhante ou sanguinolenta. ▪ Peritonite sero-fibrinosa e petéquias no peritônio MICROSCÓPICAS ▪ Lesões necróticas acompanhadas de hemorragia na maioria dos órgãos infectados. ▪ No trato respiratório pode-se observar inflamação, infiltrado celular e hemorragia na traqueia e as vezes lesões proliferativa e exsudativa nos pulmões. https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade ▪ Na forma mais branda da doença, pode-se observar infiltração linfocitária nos sacos aéreos, pulmões e traqueia. ▪ No sistema nervoso apresenta degeneração neuronal, agregado perivascular de células linfocitárias e proliferação das células endoteliais DIAGNÓSTICO ▪ Sinais Clínicos (Morbidade e Mortalidade) ▪ Lesões hemorrágicas ▪ Sorologia ▪ Isolamento viral ▪ Testes Moleculares AMOSTRAS PARA O ISOLAMENTO DO VÍRUS ▪ Swabes cloacais (ou fezes) e traqueias. ▪ Aves mortas (amostras de intestino, conteúdo intestinal e traqueias) ▪ Conjunto de órgãos e tecidos afetados ou associados com os sinais clínicos, (cérebro, nos casos de sintomatologia nervosa). ▪ As amostras devem ser colocadas em solução tampão contento antibióticos. ▪ Os cultivos celulares podem ser utilizados para o isolamento. Contundo, o uso de ovos embrionados de 8 a 10 dias é a metodologia preferida para o isolamento do VDN. https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade ▪ O teste in vivo recomendado é o índice de patogenicidade intracerebral (ICPI) em pintos de um dia. Inocula-se o vírus derivado de um fluido alantóico fresco dentro do cérebro de 10 pintos SPF. ▪ Cada ave é examinada diariamente por 8 dias e é dada uma pontuação 0 quando for normal, 1 se estiver doente e 2 se ela morrer. O índice é a média de pontuação por ave pelo período de observação de 8 dias. Os vírus mais virulentos têm valores de ICPI próximos de 2, enquanto os vírus letogênicos tem valores de 0 ou próximos de 0. PATÓTIPOS VIRAIS Designação dos patótipos de cepas do Vírus da Doença de New Castle ... baseado em testes padrão de patogenicidade. Patótipo MDT ICPI Velogênico < 60 1.5 Mesogênico 60 – 90 0,7 – 1,5 Lentogênico > 90 < 0,7 ▪ MDT: tempo médio de morte, medido em horas até a morte; ▪ ICPI = Índice de patogenicidade intracerebral, baseado em uma pontuação média de sinais clínicos ao longo do tempo (mín. 0,0 – máx. 2,0). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL O diagnóstico diferencial é feito, principalmente, com a Influenza Aviária. A mortalidade alta, a sintomatologia nervosa e o caráter hemorrágico estão entre os sintomas mais comuns entre essas doenças. TRATAMENTO Não há tratamento para a doença de New Castle. Realiza-se a eutanásia de todo o plantel onde foi identificado a presença da doença. https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/huarrisson https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/public/docente/busca_docentes.jsf?aba=p-academico/pcesar Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Professores Huarrisson Azevedo Santos e Paulo Cesar Augusto De Souza Mylena da Silva Andrade PREVENÇÃO E CONTROLE ▪ Legislação: A maioria dos países livres da DN tem uma legislação própria. Quarentena para as aves de importação, em geral, por um período de pelo menos 35 dias. Proibição do movimento de aves entre áreas específicas ou vacinação compulsória. Muitos países têm a política de sacrifício de aves infectadas com VDN com o descarte obrigatório de todas as aves infectadas e do lugar de produção. Lei que proíbe o movimento de aves dentro de uma área específica. Em alguns países é obrigatória a vacinação em anel após um surto, ou vacinação de todas as aves pode ser requerida por lei. ▪ Medidas Sanitárias e Controle de Trânsito ▪ Vacinação: Imunidade passiva, vacinas vivas atenuadas (lentogênicas) e vacinas inativadas. Diferente de outras doenças, na Doença de Newcastle, deve-se levar em consideração a imunidade passiva pois esta pode interferir na vacinação. Quando os pintinhos são aves de progênies vacinadas e com imunidade passiva alta, não se pode vacinar nos primeiros dias, devendo-se esperar até o 10º dia, sendo a imunidade passiva suficiente para proteger o animal (quando
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