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PPC_CST_em_Gestao_Publica_Ead_2014

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Curso Superior de Tecnologia em 
Gestão Pública 
 
Modalidade a Distância 
 
Universidade Anhanguera – Uniderp 
 
 
 
2014 
 
2 
 
Sumário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Contextualização ...................................................................................................... 3 
1.1 Histórico Institucional .......................................................................................... 3 
1.2 Caracterização Nacional ..................................................................................... 6 
1.2.1 Inserção Regional - Região Centro-Oeste .................................................... 9 
1.2.2 Inserção Regional – Região Sul ................................................................. 16 
1.2.3. Inserção Regional – Região Nordeste ....................................................... 23 
1.2.4. Inserção Regional – Região Norte ............................................................. 32 
1.2.5. Inserção Regional – Região Sudeste ........................................................ 36 
1.3 Justificativa para a oferta do Curso ................................................................... 45 
2. Estrutura Acadêmico-Administrativa ....................................................................... 48 
3. Identificação do Curso ............................................................................................ 50 
4. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso e outras exigências legais ............. 51 
5. Objetivos do Curso ................................................................................................. 53 
6. Perfil do Egresso .................................................................................................... 55 
7. Organização Curricular e Inovações Metodológicas ............................................... 58 
7.1 Desafio Profissional ......................................................................................... 62 
7.2 Programa do Livro Texto – PLT ........................................................................ 64 
7.3 Caderno de Atividades ...................................................................................... 64 
7.4 NIVELAMENTO ................................................................................................ 65 
7.5 Atendimento aos Estudantes com Deficiência ................................................... 66 
7.6 Metodologia do Centro de Educação a Distância .............................................. 67 
8. Matriz Curricular do Curso de Tecnologia em Gestão Pública ................................ 72 
8.1 Estrutura Curricular do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública ...... 73 
9. Ementas e Bibliografias .......................................................................................... 76 
10. Iniciação Científica .............................................................................................. 129 
11. Sistema de Avaliação do Desempenho do Aluno e do Projeto do Curso ............ 130 
11.1 Avaliação Institucional ................................................................................. 133 
12. Infraestrutura Física e sua utilização ................................................................... 133 
13. Polos de Apoio Presencial .................................................................................. 140 
13.1 Laboratórios de Informática e Específicos ..................................................... 141 
13.2 Biblioteca ...................................................................................................... 141 
14. Informações Complementares ............................................................................ 143 
14.1 Coordenação do Curso ................................................................................. 143 
14.2 Corpo Docente .............................................................................................. 144 
14.3 Tutor a distância ........................................................................................... 149 
14.4 Tutor presencial ............................................................................................ 152 
14.5 Coordenador acadêmico EaD ....................................................................... 154 
14.6 Núcleo Docente Estruturante ........................................................................ 156 
15. Projetos Extensionistas ....................................................................................... 157 
16. Outras Informações Importantes da Especificidade do Curso ............................. 157 
17. Projeto Interdisciplinar Aplicado aos Cursos Superiores de Tecnologia 
(PROINTER) ............................................................................................................. 158 
 
3 
 
1. Contextualização 
O presente Projeto Pedagógico do Curso de Tecnologia em Gestão Pública na 
modalidade a distância da Universidade Anhanguera – Uniderp expressa a 
preocupação em concretizar a missão de promover o ENSINO de forma 
eficiente, com a qualidade necessária ao bom desempenho das futuras 
atividades profissionais dos educandos, para que, de forma competente e ética, 
possam desenvolver seus PROJETOS DE VIDA como cidadãos conscientes 
dos seus direitos, deveres e responsabilidades sociais. 
Nesse sentido, o Projeto Pedagógico foi desenvolvido e avaliado tomando 
como referências as políticas de ensino decorrentes desta missão, as 
exigências legais, as características regionais e do corpo docente e discente 
que nele estão envolvidos, bem como as avaliações internas e externas às 
quais é submetido. 
1.1 Histórico Institucional 
A história da Universidade tem início em 1970, quando foi criada a Moderna 
Associação Campograndense de Ensino (MACE), para atuar no ensino 
fundamental e médio, na capital sul-mato-grossense. Ela acompanhou o 
desenvolvimento do Estado, o qual alcançou sua autonomia político-
administrativa ao final daquela década. 
Em 1974, como consequência daquele empreendimento, e, respondendo à 
crescente necessidade por ensino superior, foi criado o Centro de Ensino 
Superior Prof. Plínio Mendes dos Santos (CESUP) constituindo um conjunto de 
instituições educacionais tradicionais por iniciativa de educadores idealistas do 
Estado. O objetivo era integrar experiências, ideias e patrimônios, para atender 
às aspirações e às necessidades da população do Estado de Mato Grosso do 
Sul. 
 
O CESUP implantou, de acordo com o previsto em seu projeto educacional, 
ainda em 1974, cursos de graduação, realizou pesquisas e implementou 
projetos de extensão. Em 1989, ampliou a sua atuação com uma nova unidade 
4 
 
em Rio Verde de Mato Grosso-MS, para atender a demanda daquela região e 
sua área de influência. 
 
Como parte do seu desenvolvimento, em 1990, o CESUP solicitou ao então 
Conselho Federal de Educação, autorização para a transformação do Centro 
de Ensino Superior Prof. Plínio Mendes dos Santos na atual Universidade para 
o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (UNIDERP). Tal 
solicitação mereceu aprovação de Carta-Consulta, pelo Parecer n.º 43/91 - 
CFE, de 20/12/1991, e do Projeto de Universidade, pelo Parecer n.º 126/92 - 
CFE, homologado pelo Ministério da Educação em 02/7/1992. O 
reconhecimento da Universidade, pelo atual Conselho Nacional de Educação, 
deu-se pelo Parecer n.º 153/1996, de 02 de dezembro de 1996, homologado 
por Decreto Presidencial de 18/12/1996. 
 
A UNIDERPatua nas modalidades presencial e a distância nas diferentes 
áreas do conhecimento, oferecendo, também, cursos de pós-graduação stricto 
e lato sensu. 
 
Em outubro de 2007, a UNIDERP foi adquirida pelo Grupo Anhanguera 
Educacional S.A. que, após um ano de atividades, definiu pela alteração do 
Estatuto, de forma a incorporar as inovações implementadas. 
 
Em outubro de 2008, o Conselho Universitário decidiu por unanimidade pelo 
novo texto do Estatuto, aprovado, em seguida, pelo Ministério da Educação, 
por meio da Portaria MEC n.º 879, de 18 de novembro de 2008. 
 
A oferta de cursos de graduação da Universidade Anhanguera-Uniderp efetiva-
se pela busca de um ensino de qualidade, atende às legislações e normas 
estabelecidas pelo Ministério da Educação e compromete-se com a inovação 
científica e tecnológica na formação de profissionais que se instrumentalizam 
para a construção do seu próprio conhecimento. 
 
Fundamentados nesse pressuposto, os cursos de graduação propõem a 
formação de indivíduos éticos e autônomos, aptos a promoverem o 
5 
 
desenvolvimento socioeconômico, cultural, local, regional e nacional, e atuarem 
no meio social, auxiliando na solução de problemas de interesses coletivos e 
desenvolvimento sustentável. 
 
A Universidade Anhanguera-Uniderp opta pelo desenvolvimento local, regional 
e nacional pela melhoria de vida da população do Estado de Mato Grosso do 
Sul e do país, este último através de sua modalidade de ensino a distância. 
Assim, tem como um de seus objetivos integrar científica, técnica e 
filosoficamente esforços institucionais públicos e/ou privados para o 
desenvolvimento do Estado, da região do Pantanal e do país, de forma 
sustentável. 
 
Atualmente, a Universidade Anhanguera-Uniderp oferece formação superior 
em todas as áreas do conhecimento, nos cursos de graduação (bacharelados, 
tecnológicos e licenciaturas), na modalidade presencial, nos períodos diurno e 
noturno. Na modalidade a distância oferece formação superior nas seguintes 
áreas: (bacharéis e licenciatura) - Administração, Ciências Contábeis, Letras, 
Pedagogia e Serviço Social. Oferece ainda os Cursos Superiores de 
Tecnologia em: Gestão Comercial, Gestão Financeira, Gestão Hospitalar, 
Gestão em Recursos Humanos, Gestão Pública, Logística, Marketing e 
Processos Gerenciais. 
 
A Portaria Ministerial nº 4.069, de 29 de novembro de 2005, credenciou a 
Universidade para oferta de cursos superiores a distância. Os polos de 
educação a distância são implantados de acordo com a necessidade social e 
regional e conforme as condições técnicas e didático-pedagógicas necessárias, 
podendo fazer uso de distintas metodologias de ensino e aprendizagem, 
concretizadas por meio de projetos pedagógicos, de acordo com as 
características dos cursos ou das regiões, sempre com padrão de qualidade 
aprovado pelo órgão competente. 
 
Ao ofertar cursos de graduação e pós-graduação a distância, a Universidade 
Anhanguera – Uniderp investiu em uma avançada estrutura tecnológica, que 
permite a transmissão ao vivo de aulas via satélite e interação por internet, 
6 
 
dentre outras outros facilidades de recursos, e adotou uma proposta 
pedagógica inovadora para atuar em diversas cidades do Estado de Mato 
Grosso do Sul e do País, permitindo a inclusão e a democratização do acesso 
ao ensino superior a pessoas que vivem distantes dos centros urbanos ou 
mesmo daquelas que vivendo nesses centros não podem frequentar um curso 
presencial. 
1.2 Caracterização Nacional 
 
Neste item é apresentada a caracterização das regiões onde estão instalados 
os polos nos quais o curso é oferecido. 
 
O Brasil é dividido em cinco grandes regiões, sendo uma delas a Centro-Oeste. 
Essa Região é dividida em 4 unidades federativas: Mato Grosso, Mato Grosso 
do Sul, Goiás e Distrito Federal. A Região Centro-Oeste é um grande território, 
apresentando uma área de 1.606.371,505 km, razão pela qual, a torna a 
segunda maior região do Brasil em superfície territorial. No entanto, é a região 
menos populosa do país e possui a segunda menor densidade populacional, 
perdendo apenas para a Região Norte. 
 
A Universidade Anhanguera-Uniderp detém prestígio e representatividade no 
contexto das universidades particulares e tem destaque no Centro-Oeste, conta 
com cursos de graduação presencial e a distância, cursos de pós-graduação, 
especialização, mestrado e doutorado. Integra a região Centro-Oeste, região 
esta que experimentou um crescimento de 33% em empresas no ano de 2008. 
A Universidade localiza-se no Estado de Mato Grosso do Sul, e possui campi 
em Campo Grande e Rio Verde de Mato Grosso. 
 
A capital, Campo Grande, ocupa um espaço geográfico privilegiado, na região 
central do Estado, nas imediações do divisor de águas das bacias dos rios 
Paraná e Paraguai. Os primeiros moradores chegaram nos anos de 1872, 
entretanto, a cidade só foi elevada à categoria de distrito pela Lei N.º 793, de 
23/11/1889 e o município foi criado pela Resolução Estadual 255, de 
26/8/1899. Em 11/10/1977, com a divisão do Estado de Mato Grosso e 
consequente criação do Estado de Mato Grosso do Sul, tornou-se capital. 
7 
 
 
A capital do Estado de Mato Grosso, Campo Grande, possui uma área de 
8.092.966 km2. O número de habitantes, que em 1980 era de 
aproximadamente 298.878, passou a 786.797 em 2010, e pelo censo de 20101. 
Durante as últimas décadas, o município experimentou importante crescimento 
populacional. A participação da população de Campo Grande em relação à do 
Estado de Mato Grosso do Sul ainda é elevada: em 2000 chegou a 31,94%, ou 
seja, para cada 100 habitantes do Estado, cerca de 32 residem no município 
(PLANURB).2 
 
Campo Grande apresenta-se como a cidade mais estruturada de Mato Grosso 
do Sul em termos de bens e serviços de apoio à produção, e atende a todas as 
demais. Sua estrutura econômica está vinculada à agroindústria regional, ao 
comércio e à prestação de serviço. 
 
A área de influência geoeconômica de Campo Grande compreende um 
conjunto de 78 municípios, situados em uma área total de 357.145,836 km² e 
conta com uma população, segundo o Censo de 2010 do IBGE, de 2.449.024 
habitantes. 
 
 
 
 
1
 IBGE – Inst. Brasileiro de Geografia e Estatísticas. “Série: CD79 - População dos municípios das 
capitais ( população presente e residente)”. Disponível em: 
<http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?vcodigo=CD79&t=populacao-municipios-capitais-
populacao-presente-residente >. Acesso em 15 jan. 2013. 
2
 Instituto Municipal de Planejamento Urbano (PLANURB 2006-2007). Disponível em:< http://www.capital.ms.gov.br/PLANURB 
>. Acesso em 15 jan. 2013. 
8 
 
 
 
 
 
Dentre esses municípios encontra-se Rio Verde de Mato Grosso, que 
concentra indústrias frigoríficas, de laticínio, de cerâmicas e a de ração animal. 
O segundo potencial econômico do município é a pecuária extensiva, pois Rio 
Verde de Mato Grosso possui dois terços da zona serrana, um terço do baixo 
Pantanal, em uma área de 8.153.911 km² e população de 18.890, medida pelo 
Censo IBGE, em 2010. 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
1.2.1 Inserção Regional - Região Centro-Oeste 
 
 
Os primeiros habitantes da Região Centro-Oeste foram os indígenas. 
Posteriormente, chegaram os bandeirantes que descobriram minas de ouro e 
fundaram as primeiras vilas: Vila Real do Bom Jesus de Cuiabá, atual Cuiabá, 
capital do Estado de Mato Grosso; Vila Boa, atual estado de Goiás e Meya 
Ponte, hoje, município de Pirenópolis. A Vila Corrutela, originou-se a partir da 
descoberta de diamante. Fazendas de criação de gado foram organizadas por 
fazendeiros de Minas Gerais e de São Paulo, que também povoaram a região. 
 
Economia 
 
A população urbana da regiãoCentro-Oeste é relativamente numerosa. 
Entretanto, no meio rural, predominam densidades demográficas muito baixas, 
o que indica que a pecuária extensiva é a atividade mais importante. 
 
Em termos de empresas, a Região Centro-Oeste demonstra um 
desenvolvimento acima da média nacional.Segundo dados do Departamento 
Nacional de Registro e Comércio, o número de empresas cresceu em 6,5% ao 
ano, enquanto nas outras regiões, a média de crescimento manteve-se em 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
1,3% no mesmo período. Isso indica que a Região Centro-Oeste experimentou 
um desenvolvimento de 33% entre os anos de 2000 e 2005, enquanto a média 
nacional foi de 7% de aumento no número de empresas. 
 
Se por um lado a agricultura comercial vem ganhando grande destaque nos 
últimos anos e supera o extrativismo mineral e vegetal, por outro lado o número 
de indústrias ainda é muito tímido. No entanto, é importante observar que o 
Distrito Agroindustrial de Anápolis, onde se encontra o maior parque industrial 
do Centro-Oeste do Brasil tem destaque para a indústria farmacêutica, com 
importantes empresas, como os Laboratórios Teuto-Brasileiro (com 
participação de 40% da Pfizer), Neoquímica (da Hypermarcas), Greenpharma, 
Melcon (com participação de 40% do Laboratório Aché); assim como a 
montadora de carros coreana Hyundai Motor Company; a Estação Aduaneira 
do Interior (EADI ou Porto Seco); empresas de fertilizantes (Adubos Araguaia, 
Fertilizantes Mitsui) etc. 
 
 
REGIÃO/ESTAD
O 
 
2.000 
 
2.001 
 
2.002 
 
2.003 
 
2.004 
 
2.005 
 NORTE 
23.444 
 
23.612 
 
19.878 
 
20.466 
 
21.026 
 
22.563 
 NORDESTE 
85.038 
 
87.971 
 
79.951 
 
79.606 
 
78.188 
 
89.983 
 CENTRO-
OESTE 
 
37.143 
 
45.025 
 
39.456 
 
39.649 
 
43.432 
 
49.388 
 SUDESTE 
209.64
6 
 
222.48
0 
 
207.13
2 
 
230.65
9 
 
212.50
8 
 
217.73
4 
 SUL 
105.33
1 
 
111.85
3 
 
98.734 
 
101.83
3 
 
105.82
6 
 
110.87
4 
 BRASIL 
460.60
2 
 
490.91
1 
 
445.15
1 
 
472.21
3 
 
460.98
0 
 
490.54
2 
 Fonte: http://www.dnrc.gov.br/estatísticas, acesso em 21 de maio de 2012, 20:00. 
 
 
Os principais setores da economia da Região Centro-Oeste correspondem à 
pecuária intensiva e extensiva e à agricultura, em especial a Soja e o Algodão. 
Pela sua localização, o escoamento da produção pelo Porto de Paranaguá 
11 
 
favorecem as Os principais setores da economia da Região Centro-Oeste 
correspondem à pecuária intensiva e extensiva e à agricultura, em especial a 
Soja e o Algodão. Pela sua localização, o escoamento da produção pelo Porto 
de Paranaguá favorecem as exportações e os incentivos fiscais induzem ao 
desenvolvimento com segurança jurídica e justiça tributária. 
 
No Distrito Federal, o Censo IBGE 2010, apurou 2.570.160 habitantes em uma 
capital, onde estão situadas as maiores empresas da Região Centro-Oeste, em 
termos de volume de vendas. As telecomunicações, energia e indústrias, 
giraram 31 milhões de dólares no ano de 2008. Destas, 11 empresas 
concentraram 80% das vendas, sendo que as estatais movimentam mais de 20 
milhões de dólares por ano. A líder em geração de empregos, entre as 100 
maiores empresas selecionadas na pesquisa, é os Correios, com 112.000 
empregados. 
 
Em Goiás, destacam-se as atividades agropecuárias, energia, mineração e o 
ramo farmaceutico. É um Estado com 246 municípios, 6 milhões de habitantes 
e uma densidade demográfica, de 17,65 habitantes/km². Os negócios 
movimentam mais de 9 milhões de dólares por ano e geram 33.000 empregos. 
 
Em Mato Grosso, as atividades de agroenergia são as principais responsáveis 
pelo volume de 4,5 milhões de dólares vendidos anualmente, gerando em 
média, 11.000 empregos nas 17 maiores empresas do Estado. 
 
Mato Grosso do Sul tem como primeira economia a agricultura, com destaque 
à soja, à pecuária de corte e ao cultivo do algodão na região do Bolsão. A 
energia, a agropecuária, mineração e serviços de saneamento (água e 
esgotamento sanitário), são consideradas as atividades que tiveram maior êxito 
em recursos financeiros movimentados em 2008. O controle acionário das 
companhias é diversificado, havendo controle nacional, mexicano, inglês e 
português, em função da pulverização dos investimentos por parte dos 
acionistas, o que requer maior controle e transparência. 
 
12 
 
A soja, o trigo e o café são cultivos promissores em áreas do Centro-Oeste. Por 
outro lado, a agricultura de subsistência, como o cultivo de milho, mandioca, 
abóbora, feijão e arroz, através de técnicas primitivas, sempre constituíram 
atividades complementares à pecuária e ao extrativismo. 
 
Tendo em vista o crescimento populacional que tem caracterizado a região, a 
melhoria das vias de comunicação e o mercado consumidor, sempre 
expressivo, têm aumentado muito o desenvolvimento da agricultura comercial. 
 
Ao longo da rodovia Belém-Brasília, próximo a Campo Grande e a oeste de 
Brasília, novas áreas agrícolas se destacam, valorizadas por incentivos fiscais 
do governo, criação de condições de armazenamento, técnicas de controle da 
erosão, abertura de novas estradas e assistência técnica e financeira ao 
agricultor. As novas tecnologias permearam novos conceitos de agronomia e 
introdução de modernas técnicas de recuperação do solo, que têm se tornado 
extremamente otimistas às perspectivas de cultivo nas vastas extensões de 
cerrado que recobrem o Centro-Oeste, antes pouco valorizadas e utilizadas. 
 
Indústria 
 
No Centro-Oeste as indústrias mais importantes são as de produtos 
alimentícios, farmacêutica, de minerais não-metálicos e a madeireira. 
Instalaram-se na região atraídas pela energia abundante fornecida pelas usinas 
do complexo de Urubupungá, no rio Paraná (Mato Grosso do Sul), de São 
Simão e Itumbiara, no rio Paranaíba, de Cachoeira Dourada (em Goiás) e 
outras Pequenas Centrais Hidrelétricas menores. Com a criação da Petrobrás 
Fertilizantes S/A, prevista para 2013, no município de Três Lagoas, o Estado 
do Mato Grosso do Sul passará a ser o terceiro maior distribuidor de gás 
natural do país e a geração de empregos já supera 3.000 colaboradores 
diretos. O município se destaca com a produção de papel e celulose, e por 
consequencia é forte a atividade de reflorestamento. No extremo, encontra-se 
Corumbá, rica em minério, explorado pela Vale do Rio Doce, entre outras 
empresas que se utilizam da ferrovia e do transporte rodoviário para o 
escoamento do minério. 
13 
 
 
O Centro-Oeste tem como destaque as indústrias automobilística, 
farmacêutica, alimentícia, têxtil, de produtos minerais e bebidas. Outros centros 
fabris importantes são Campo Grande (indústria alimentícia), Cuiabá (indústria 
alimentícia e de borracha), Corumbá (beneficiada pela proximidade do maciço 
do Urucum para a obtenção de matérias-primas minerais), Catalão e Rio Verde 
em Goiás e Três Lagoas (Mato Grosso do Sul). A área mais industrializada e 
desenvolvida sócio-economicamente do Centro-Oeste estende-se no eixo 
Goiânia-Anápolis-Brasília. Em Goiás, estado mais industrializado da Região, 
está localizado o Distrito Agro-Industrial de Anápolis (DAIA), considerado o 
mais importante polo industrial do Centro-Oeste. Na última década recebeu 
diversos tipos de indústrias, principalmente de medicamentos (o que faz do 
município o maior polo farmo-químico do Brasil) e a montadora de automóveis 
sul-coreana Hyundai. O município de Catalão, tornou-se um importante polo 
mínero-químico e metal-mecânico, com destaque para a montadora de 
automóveis Mitsubishie a montadora de máquinas agrícolas John Deere. 
 
Importantes indústrias no ramo alimentício são encontradas em Rio Verde: 
Itumbiara, Jataí, Mineiros e Mozarlândia; indústrias de extração e 
processamento de minérios em Uruaçu, Minaçu e Niquelândia; um polo da 
indústria do vestuário e Senador Canedo é encontrado em Jaraguá, com um 
complexo petroquímico da Petrobrás e atividades na indústria calçadista. 
 
No estado de Mato Grosso do Sul, as indústrias se baseiam no extrativismo 
mineral, já que nessa região a concentração de minérios de ferro é muito 
grande. Além disso, em Três Lagoas é de considerável vulto a produção de 
papel e celulose. 
 
Educação 
 
A região Centro-Oeste constitui-se como uma região em pleno 
desenvolvimento, por essa razão despertou interesse dos grupos educacionais 
na última década, momento marcado pela expansão do ensino superior. Os 
Estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul possuem grande 
14 
 
integração com o restante do país e bastante demanda por ensino superior de 
qualidade. A região engloba algumas das principais cidades planejadas do 
País, como Brasília, Goiânia, Campo Grande e Sinop. Enquanto as grandes 
cidades do Centro-Oeste possuem tendência a fortalecer as áreas de serviços 
e de carreiras inovadoras, as regiões do interior têm necessidade de4 
profissionais qualificados em setores de produção pecuária, agrícola e 
industrial. 
 
De acordo com a pesquisa de mercado realizada pelo Instituto de Educação 
Superior de Brasília (IESB), essa cidade, como é responsável por abrigar o 
governo federal e grandes sedes de organizações nacionais diversas, pede 
profissionais em áreas inovadoras, voltadas à prestação de serviços. "O 
resultado mostrou que as áreas de moda, design de interiores, gastronomia e 
saúde possuem grande necessidade por novos profissionais. Além disso, com 
a formação de um polo de informática no local, essa passou a ser outra área 
promissora"3. Além de Brasília, outras grandes cidades do Centro-Oeste 
também pedem cada vez mais inovação e qualidade na formação dos 
profissionais da nova economia. Ao final dos anos 90 em Goiás, o grupo 
educacional Universo implementou graduações e cursos de pós nas áreas de 
gestão de telecomunicações e hotelaria. Os setores do comércio, das 
telecomunicações, das indústrias de mineração, vestuário, mobiliária, 
metalúrgica, madeira, pecuária e agricultura são destaques em Goiás. Também 
se pode afirmar que esse Estado é um ambiente propício para o 
desenvolvimento das diversas áreas da engenharia, mercado explorado por 
algumas das instituições mais tradicionais, como é o caso da Universidade 
Católica de Goiás. 
 
Mato Grosso do Sul está direcionado ao desenvolvimento de áreas tradicionais 
no Estado, inclusive no turismo, que está se consolidando como a terceira 
principal atividade econômica da região. Os setores frigorífico e agroindustrial 
apresentam grande expansão e o polo mínero-siderúrgico cresce a cada ano, 
com pesados investimentos de companhias como a Vale do Rio Doce e a 
 
3
 Consulta realizada em <http://www.aprendervirtual.com.br/receba.php> - Acesso em: 11 fev. 
2012. 
15 
 
Belgo Mineira. O Estado se destaca ainda pelo grande número de obras de 
infraestrutura, oferecendo indícios de investimento no setor da construção civil. 
Com essa tendência as áreas de turismo, hotelaria e gastronomia poderão se 
destacar. Mato Grosso do Sul exibe índices satisfatórios de acesso à 
educação, dada a existência de um número adequado de estabelecimentos 
escolares, tanto públicos (municipais, estaduais e federais) quanto particulares. 
 
Em Mato Grosso do Sul destaca-se a Universidade Anhanguera- Uniderp. A 
sede da Universidade localiza-se na capital Campo Grande. Estabeleceu como 
sua missão o apoio ao desenvolvimento regional sustentável, atendendo tanto 
às áreas de conhecimentos universais como as principais temáticas do Estado, 
como meio ambiente, planejamento e gestão, ecoturismo, integração, 
programas de desenvolvimento e implementação de serviços e saúde pública. 
 
Para alcançar seus objetivos criou o Centro de Educação a Distância, que por 
meio de um sistema de ensino via satélite busca oferecer, em todo o Estado e 
região, cursos com a qualidade da instituição presencial a pessoas que moram 
em municípios distantes com pouca ou nenhuma opção de continuidade de 
estudos após o ensino médio e a custos reduzidos, possibilitados pela escala. 
 
Segundo pesquisas realizadas Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
Educacionais do Ministério da Educação (INEP/MEC) a região Centro-Oeste 
ampliou o número de alunos matriculados no ensino superior, pois os dados 
revelam que em 2001 esse número era de apenas 260.349, especificamente, 
na modalidade presencial, passando a 495.240 em 2010. A inserção da 
Uniderp, como uma das instituições de ensino superior da região, de fato, 
contribuiu para esta expansão, uma vez que oferece cursos de graduação na 
modalidade presencial e a distância, em diferentes áreas. 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
1.2.2 Inserção Regional – Região Sul 
A região Sul agrega os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa 
Catarina, atingindo uma superfície de 576.409,6 km². É a menor entre as 
regiões brasileiras. Faz fronteiras com o Uruguai ao sul, com a Argentina e com 
o Paraguai a oeste, com a região Centro-Oeste e a região Sudeste do Brasil ao 
norte e com o oceano Atlântico ao leste. 
 
A região Sul apresenta bons índices sociais em vários aspectos: possui o maior 
IDH do Brasil – 0,831, e o terceiro maior PIB per capita do país, 18.257,79 
reais. A região possui ainda um elevado índice de alfabetização, atingindo 
94,8% da população. 
 
A história da região é caracterizada pela imigração européia, pela Guerra dos 
Farrapos (também chamada de Revolução Farroupilha) e mais recentemente 
pela Revolução Federalista, com seu principal evento, o Cerco da Lapa. Outra 
revolta ocorrida na história da região foi a Guerra do Contestado, de caráter 
religioso. 
 
Os primeiros habitantes da região Sul foram os indígenas. Em 1626 vieram os 
padres jesuítas espanhóis. Com a chegada desses religiosos foram fundadas 
aldeias denominadas missões ou reduções. Nas missões, os índios 
dedicavam-se à pecuária, trabalhavam na agricultura e aprendiam ofícios. A 
vinda dos bandeirantes paulistas para a região provocou o abandono do local 
pelos padres jesuítas e índios. Com isso, muitos paulistas foram se fixando no 
litoral de Santa Catarina e Paraná, contribuindo para o surgimento das 
primeiras vilas no litoral. 
 
A população da região Sul aumentou muito com a chegada dos primeiros 
imigrantes europeus. Os primeiros a ingressarem nesta região foram os 
açorianos. Depois vieram, principalmente, os alemães e os italianos. Outros 
grupos (árabes, poloneses e japoneses) também procuraram a região para 
morar. Esses imigrantes fundaram colônias que se tornaram cidades 
importantes. As terras do norte e oeste do Paraná e do oeste de Santa 
17 
 
Catarina foram as últimas regiões a serem povoadas. O norte do Paraná foi 
constituído com a criação de colônias agrícolas financiadas por uma 
companhia inglesa. Pessoas de outros estados do Brasil e de mais de 40 
países vieram para a região trabalhar como colonos no plantio de café e de 
cereais. No oeste catarinense, desenvolveram-se a pecuária, a exploração da 
erva-mate e da madeira. 
 
Economia 
 
A região sul é rica em indústrias, com destaque às montadoras Renault e 
Volvo, além das siderúrgicas, eletroeletrônicos, energia, telecomunicações e a 
produção agropecuária. 
 
O estado do Paraná conta com 399 municípios e uma população de 
10.444.526 habitantes e densidade demográfica de 52 habitantes/km². 
Representa 41 das 100 maiores empresas,com as atividades já destacadas 
que, juntas, movimentam 37,5 milhões de dólares por ano e geram 110.000 
empregos. Na Capital, Curitiba, a industria automobilistica Volvo lidera as 
vendas anuais girando 2 milhões de dólares anualmente. 
 
Em Santa Catarina concentram-se 293 municípios com 6.248.436 habitantes e, 
assim como o Paraná, tem alta densidade democráfica: 65 habitantes/km². As 
principais atividades envolvem o ramo de alimentos, com fábricas como a 
Bunge, Sadia, Seara e Aurora, que detêm 65% do volume de vendas, das 18 
principais empresas sediadas no Estado. Outras indústrias, como as de energia 
elétrica Tigre, Intelbrás, e também algumas como a Hering, entre outras, 
representam 155 mil empregos. 
 
O Rio Grande do Sul possui 10.693.929 habitantes, em 496 municípios. Possui 
uma densidade demográfica de aproximadamente 40 habitantes/km², com uma 
economia que movimenta recursos na ordem de 35 milhões de dólares por 
ano, e detém 44 das 100 maiores empresas, que empregam 103 mil 
funcionários. O capital estrangeiro apresenta maior destaque nas empresas, a 
exemplo dos franceses, americanos, espanhóis, argentinos, noruegueses, 
18 
 
investindo seus recursos em atividades petroquímicas, de energia, siderúrgicas 
(Gerdau S/A), indústrias de veículos (Marcopolo, AGCO, Randon e Agrale), 
além das oito companhias de eletricidade que atendem ao Estado. 
 
Os aspectos econômicos da região Sul tiveram sua distribuição em atividades 
primárias, secundárias e terciárias, conforme análise desses três setores 
econômicos apresentada abaixo. 
 
Com a extensa área natural de pastagens, o desenvolvimento da pecuária 
extensiva de corte na região Sul foi muito favorecido. Há o predomínio da 
grande propriedade e o regime de exploração direta, já que a criação é 
extensiva, permitindo exigir poucos trabalhadores, o que explica o fato de 
haver uma população rural muito pouco numerosa na região. 
 
Isso fez com que a ampliação do mercado consumidor local e extra-regional 
favorecesse o surgimento de frigoríficos na região e, em certas áreas, 
permitisse uma criação mais aprimorada da pecuária leiteira e lavouras 
comerciais com técnicas modernas, destacando-se o cultivo do arroz, do trigo e 
da batata. 
 
O desenvolvimento da agricultura em áreas florestais, com predomínio da 
pequena propriedade e do trabalho familiar, foi iniciado pelo europeus, 
sobretudo alemães, que predominaram na colonização do Sul. A prática da 
policultura é comum na região, às vezes com caráter comercial, sendo o feijão, 
a mandioca, o milho, o arroz, a batata, a abóbora, a soja, o trigo, as hortaliças e 
as frutas os produtos mais cultivados. 
 
Em algumas áreas, a produção rural está voltada para a indústria, como a 
cultura da uva para a fabricação de vinhos, a de tabaco para a indústria de 
cigarros, a de soja para a fabricação de óleos vegetais, a criação de porcos 
(associada à produção de milho) para abastecer os frigoríficos e o leite para 
abastecer as usinas de leite e fábricas de laticínios. 
 
19 
 
O norte do Paraná, diferentemente das regiões agrícolas coloniais, está 
relacionado com a economia do Sudeste, pois é uma área de transição entre 
São Paulo e o Sul. Seu povoamento está ligado à expansão da economia 
paulista. 
 
Outra atividade de grande importância é o extrativismo vegetal. O fato de a 
mata das araucárias ser bastante aberta e relativamente homogênea facilita a 
sua exploração. As espécies preferidas são o pinheiro-do-paraná, a imbuia e o 
cedro, aproveitados em serrarias ou fábricas de papel e celulose. A erva-mate 
é um dos produtos importantes do extrativismo vegetal no Sul, e já é cultivada 
em certas áreas dessa região. 
 
Por outro lado, a região Sul é pobre em recursos minerais, devido à sua 
estrutura geológica. Há ocorrência de cobre no Rio Grande do Sul e de chumbo 
no Paraná, mas o principal produto é o carvão-de-pedra, cuja exploração 
concentra-se em Santa Catarina e é utilizado em usinas termelétricas locais e 
na siderurgia. 
 
O fato de ser a segunda região mais industrializada do país, vindo logo após 
ao Sudeste, o Sul concentra indústrias siderúrgicas, químicas, de couros, de 
bebidas, de produtos alimentícios e têxteis. Já a industrialização de Curitiba, o 
segundo maior parque industrial, é mais recente, destacando-se suas 
metalúrgicas, madeireiras e fábricas de alimentos. 
As demais cidades industriais da região são geralmente mono-industriais ou 
então abrigam dois gêneros de indústriais, como Caxias do Sul (bebidas e 
metalurgia), Pelotas (frigoríficos), Lages (madeiras), Londrina (alimentos) e 
Blumenau (têxtil). A exceção é Joinville (setores metal mecânico, químico, 
plástico e de desenvolvimento de software), situada no Norte catarinense. 
Indústria 
Caracterizada por ser a segunda região do Brasil em número de trabalhadores 
e volume da produção industrial, a região Sul deve seu avanço a uma boa rede 
de transportes rodoviários e ferroviários, grande potencial hidrelétrico, fácil 
20 
 
aproveitamento de energia térmica, grande volume e variedade de matérias-
primas e mercado consumidor com elevado poder aquisitivo. 
 
Desta forma, a distribuição das indústrias do Sul é bastante diferente da que 
ocorre na região Sudeste. Na região predominam grandes complexos 
industriais com atividades diversificadas, pois o Sul apresenta as seguintes 
características: presença de indústrias próximas às áreas produtoras de 
matérias-primas; predomínio de estabelecimentos industriais de médio e 
pequeno porte em quase todo o interior da região; predomínio de indústrias de 
transformação dos produtos da agricultura e da pecuária. 
 
As maiores concentrações industriais situam-se nas regiões metropolitanas de 
Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em Curitiba e no Paraná. Além dessas 
concentrações industriais, é importante ressaltar Ponta Grossa, Guarapuava e 
Paranaguá, no Paraná; Florianópolis, Joinville, Lages, Blumenau e Chapecó, 
em Santa Catarina; e Santa Maria, no Rio Grande do Sul. 
 
Pecuária 
Os campos do Sul constituem excelente pastagem natural para a criação de 
gado bovino, principalmente na Campanha Gaúcha ou pampa, no estado do 
Rio Grande do Sul. Desenvolve-se nesse local uma pecuária extensiva, 
criando-se, além de bovinos, também ovinos. A região Sul reúne cerca de 18% 
dos bovinos e mais de 60% dos ovinos criados no Brasil, sendo o Rio Grande 
do Sul o primeiro produtor brasileiro. 
O estado do Paraná, especificamente, destaca-se na criação de suínos, 
atividade em que esse estado é o primeiro do Brasil, seguido do Rio Grande do 
Sul. Essa criação processa-se paralelamente ao cultivo do milho que, além de 
abastecer a população, serve de matéria-prima a grandes frigoríficos. A 
pecuária intensiva também é bastante desenvolvida na região Sul, detendo o 
segundo ranking na produção brasileira de leite. Parte do leite produzido no Sul 
é beneficiado por indústrias de laticínio. 
 
21 
 
Educação 
De acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e 
Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (INEP/MEC), em 2010, o 
índice total de população da região Sul foi de 27.384.815 Desse conjunto, 
6.014.722, referia-se à população em idade escolar. O quadro a seguir indica o 
número de alunos matriculados na Educação Infantil, Ensino Fundamental e 
Ensino Médio em 2009. 
 
 
 
 
As taxas de analfabetismo na região Sul são as menores em relação às demais 
regiões. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE - 2009), a taxa de 
analfabetismo caiu 1,8% de 2004 a 2009, entre as pessoas de 15 anos ou mais 
de idade. Especificamente na região Sul essa taxa caiu de 5,5% (população de 
15 anos ou mais de idade) para 5,1%. 
 
Os estudos realizadospelo INEP/MEC, em 2009, apontam a poncentagem dos 
professores que atuam na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio na 
região Sul, que possuem Curso Superior: 
22 
 
 
 
 
Os dados do quadro acima indicam que no Ensino Fundamental (anos finais) e 
Ensino Médio o número de docentes com Curso Superior é expressivo, no 
entanto indicam que na Educação Infantil e Ensino Fundamental (anos iniciais) 
ainda é necessário investimento na formação inicial dos docentes. Em sintonia 
com esse cenário, as pesquisas (INEP/MEC/2010), também revelam que a 
região Sul ampliou nos últimos anos o número de alunos matriculados no 
ensino superior, pois os dados apontam que em 2001 esse número era de 
apenas 601.588, especificamente, na modalidade presencial, passando a 
893.130, em 2010. 
 
O crescimento do número de matriculados no ensino superior na região Sul vai 
ao encontro da necessidade de profissionais qualificados para atuar no 
mercado industrial, uma vez que essa área vem sendo ampliada ao longo das 
últimas duas décadas, na medida em que os três Estados - Rio Grande do Sul, 
Paraná e Santa Catarina foram contemplados com diversos setores industriais. 
Nesse cenário, as instituições de ensino superior instalaram-se na região e, 
desde então, existe uma relativa concentração de vagas nos grandes centros 
em IES que se preocupam em acompanhar a economia urbana. 
 
Com os avanços na indústria, o mercado educacional cresceu e, 
consequentemente, a região Sul começou a se estabelecer como polo de 
grupos educacionais especializados em fornecer soluções para outras escolas 
ou para cidadãos de todo o país. Além disso, por ser industrializada e ao 
mesmo tempo possuir excelentes condições para pecuária e agronegócio, a 
23 
 
região Sul oferece condições para o crescimento das profissões ligadas a 
serviços, como fisioterapia, enfermagem, odontologia etc. 
 
Nesse sentido, colaborando com a formação de profissionais qualificados 
nessas e outras áreas afins, a Anhanguera-Uniderp passou a atuar na região, 
abrangendo os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A 
Universidade estabeleceu como sua missão o apoio ao desenvolvimento 
regional sustentável, atendendo tanto às áreas de conhecimentos universais 
com as principais temáticas regionais, como meio ambiente, planejamento e 
gestão, ecoturismo, integração, programas de desenvolvimento e 
implementação de serviços e saúde pública. Para alcançar seus objetivos criou 
a Universidade Anhanguera-Uniderp Interativa, que por meio de um sistema de 
ensino via satélite busca oferecer cursos com a qualidade da instituição 
presencial a pessoas que moram em municípios distantes com pouca ou 
nenhuma opção de continuidade de estudos após o ensino médio e a custos 
reduzidos, possibilitados pela escala. 
1.2.3. Inserção Regional – Região Nordeste 
A Região Nordeste é uma das cinco regiões do Brasil, como define o Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Possui área de 1.561.177,8 km², e 
representa 18,3 % do território brasileiro. Sua população em 2010 era de 
53.078.137 pessoas (IBGE). Apresenta o menor IDH (em 2005) e o terceiro 
maior PIB (em 2009), quando se compara a região nordeste com as demais. 
 
Constituída por nove estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, 
Piauí, Pernambuco (incluindo o Distrito Estadual de Fernando de Noronha e o 
Arquipélago de São Pedro e São Paulo), Rio Grande do Norte (incluindo a 
Reserva Biológica Marinha do Atol das Rocas) e Sergipe. 
 
 
 
 
24 
 
Está dividida em quatro sub-regiões, também chamadas de zonas geográficas, 
a saber: 
 
• Meio-Norte: É uma faixa de transição entre a Amazônia e o Sertão 
nordestino. Engloba o estado do Maranhão e o oeste do estado do 
Piauí. Essa zona geográfica também é conhecida como Mata dos 
Cocais, devido às palmeiras de babaçu e carnaúba encontradas na 
região. No litoral chove cerca de 2.000 mm anuais; indo mais para o 
leste e/ou para o interior esse número cai para 1.500 mm anuais; e no 
sul do Piauí, uma região mais parecida com o Sertão, chove 700 mm 
por ano em média. 
 
• Sertão: Está localizado, em quase sua totalidade, no interior da Região 
Nordeste, sendo sua maior zona geográfica. Possui clima semi-árido. 
Em estados como Ceará e Rio Grande do Norte chega a alcançar o 
litoral, e descendo mais ao sul alcança a divisa entre Bahia e Minas 
Gerais. As chuvas nesta sub-região são irregulares e escassas, 
ocorrendo constantes períodos de estiagem. A vegetação típica é a 
caatinga. 
 
• Agreste Nordestino: É uma faixa de transição entre o Sertão e a Zona 
da Mata. É a menor zona geográfica da Região Nordeste e está 
localizada no alto do Planalto da Borborema, um obstáculo natural para 
a chegada das chuvas ao sertão. Estende-se do Rio Grande do Norte 
até o sul da Bahia. Do lado leste do planalto estão as terras mais 
úmidas (Zona da Mata); do outro lado, para o interior, o clima vai 
ficando cada vez mais seco (Sertão). 
 
25 
 
• Zona da Mata: Localizada no leste, entre o planalto da Borborema e a 
costa, se estende do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia. As chuvas 
são abundantes nesta região. Recebeu esse nome por ter sido coberta 
pela Mata Atlântica. Os cultivos de cana-de-açúcar e cacau 
substituíram as áreas de florestas. É a zona mais urbanizada, 
industrializada e economicamente desenvolvida da Região Nordeste,, 
além de possuir um antigo povoamento. 
 
A partir de dados do IBGE (2010)4, a região Nordeste é a segunda região mais 
populosa do país, atrás apenas da região Sudeste. As maiores cidades são 
Salvador, Fortaleza e Recife. Considerada a terceira região no que se refere à 
densidade demográfica, com 32 habitantes por quilômetro quadrado. 
 
As maiores cidades nordestinas, em termos populacionais são: Salvador, 
Fortaleza, Recife, São Luís, Natal, Teresina, Maceió, João Pessoa, Jaboatão 
dos Guararapes, Feira de Santana, Aracaju, Olinda, Campina Grande, 
Caucaia, Paulista, Vitória da Conquista, Caruaru, Petrolina, Mossoró e Juazeiro 
do Norte. Todos esses municípios possuem mais de 250 mil habitantes, 
segundo as listas de municípios de estados do Nordeste por população. 
 
 
4
 Fonte: Todos pela Educação – Disponível em: <http://toodospelaeducacao.org.br> - Acesso 
em: 12 fev. 2012. 
26 
 
Dessa maneira, percebe-se que, de acordo com os dados do IBGE - PNAD 
(2004), no que se refere à distribuição da população por situação de domicilio, 
71,5% dos nordestinos (36.133.116 pessoas) viviam em áreas urbanas e 
28,5% (14.401.287 pessoas) na área rural. A população nordestina é mal 
distribuída: cerca de 60,6% fica concentrada na faixa litorânea (zona da mata) 
e nas principais capitais. 
 
Entretanto, no sertão nordestino e interior, os níveis de densidade populacional 
são mais baixos, por causa do clima semiárido e da vegetação de caatinga. 
Ainda assim, a densidade demográfica no semiárido nordestino é uma das 
mais altas do mundo para esse tipo de área climática. 
Economia 
A economia da Região Nordeste do Brasil foi a base histórica do começo da 
economia do Brasil, já que as atividades em torno do pau-brasil e da cana-de-
açúcar foram iniciadas e predominaram no Nordeste do Brasil. De posse 
destes recursos, o Nordeste foi a região mais rica do país até meados do 
século XVIII. Atualmente, a Região Nordeste é considerada a terceira maior 
economia do Brasil entre as grandes regiões. Em 2009 participou com 13,55% 
do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, classificada abaixo da Região Sul que 
contribuiu com 16,5%. No entanto, ainda é a região com PIB per capita mais 
baixo e maior nível de pobreza, mesmo com a significativa melhora na 
distribuição de renda dessa região na década de 2000 (segundo dados da 
Pesquisa Nacional porAmostra de Domicílios - PNAD/2009). 
 
O PIB de Pernambuco cresceu 15,78% em 2010, mais que o dobro da média 
nacional do mesmo ano, que ficou em 7,5%. O Complexo Industrial de Suape, 
responsável por esse crescimento, abriga empreendimentos como o Estaleiro 
Atlântico Sul, maior estaleiro do Hemisfério Sul. O petroleiro João Cândido foi o 
primeiro navio lançado pela indústria naval pernambucana. Bahia, Pernambuco 
e Ceará, são os estados da região que concentram, juntos, 8,6% do PIB 
nacional. Sergipe, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, seguidos por 
27 
 
Ceará, Paraíba, Alagoas, Maranhão e Piauí são os estados nordestinos com 
maior PIB per capita. 
 
Em Alagoas, as empresas de energia são destaque na economia local. 
Representam em torno de 1,5 milhões de dólares de vendas anuais. A Usina 
Caeté emprega 16.880 funcionários. 
 
O Estado da Bahia destaca-se pelo Polo de Camaçari e setores de química e 
petroquímica (Braskem e Monsanto), papel e celulose (Suzano e Veracel), 
siderúrgicas e metalúrgicas, possui também empresas renomadas de calçados 
como a Azaléia e da autoindústria, a Pirelli pneus e a SempToshiba 
Informática, no ramo da indústria digital. Das 100 maiores empresas da Região 
Nordeste, 20 delas estão sediadas nessa região. 
 
Sergipe representa 1,1 milhões de dólares em giro, representados pelas 
empresas G. Barbosa, do ramo varejista e Sergipe Energia, com controle 
acionário, chileno e nacional, respectivamente. Cerca de 90% dos empregos 
informados estão concentrados na empresa varejista, localizada em Nossa 
Senhora do Socorro, em Sergipe. 
 
O Estado do Ceará detém grandes negócios. Em Sobral está localizada a 
Grendene, do ramo calçadista, sendo a primeira em geração de empregos no 
Estado e a quinta em volume de negócios. O setor farmacêutico (Farmácias 
Pague Menos), energia e saneamento (Coelce e Cagece), serviços médicos 
(Unimed Fortaleza) e têxtil (Vicunha) representam a economia forte dessa 
Unidade Federativa. 
 
Maranhão é representado por três grandes empresas, a principal do setor 
elétrico, a CEMAR, em seguida, a Schincariol N-NE, indústria de bebidas e 
Viena do ramo de siderurgia e metalurgia. 
 
Em João Pessoa, na Paraíba, está localizada a Energisa, empresa do setor 
elétrico que emprega 1850 funcionários e movimenta 0,5 milhão de dólares, por 
ano, com capital nacional. 
28 
 
 
No Piauí, em sua capital Teresina, situam-se quatro grandes empresas dos 
setores de energia, atacados e armazéns, que juntas geram mais de 15.000 
empregos. 
 
Pernambuco, a capital do Recife e o entorno, Jaboatão dos Guararapes, 
representam 25,8 mil empregos diretos em indústrias do ramo alimentício 
(Kibon, Coca-Cola), químicas e petroquímicas (MG Polímeros e White Martins-
NE), indústria da construção (Votorantim) e concessionárias que prestam 
serviços públicos de energia, comunicações, transportes e monitoramento das 
rodovias, que correspondem a 70% dos volumes de vendas das 10 maiores 
empresas de Pernambuco. 
 
O Rio Grande do Norte conta com as grandes empresas de atacado, energia e 
têxtil, (Ale, Cosern e Guararapes) que movimentam, respectivamente, 2,7, 0,4 
e 0,4 milhões de dólares por ano, sendo consideradas as três maiores 
empresas do Estado, empregando juntas 23.266 funcionários, destes 93% são 
colaboradores do ramo têxtil. 
 
Indústria 
Destaca-se no campo produtivo da economia nordestina o Polo Petroquímico 
de Camaçari, no estado da Bahia, considerado o maior complexo industrial 
integrado do Hemisfério Sul. A Região apresenta desde o final da década de 
2000 forte crescimento econômico fato que contribuiu para amenizar o impacto 
na região da maior crise do capitalismo dos últimos 80 anos na economia 
brasileira. A aceleração do crescimento da região considera alguns dados 
como: sua malha viária de 394.700 km de rodovias, assim como sua 
capacidade energética instalada de 10.761 MW. 
Turismo 
O litoral nordestino é o principal atrativo turístico da região, sendo visitado por 
turistas de todas as regiões brasileiras, assim como de outros países. Os 
constantes investimentos na melhora da infraestrutura e criação de novos polos 
29 
 
turísticos (como o desenvolvimento do ecoturismo) refletem a iniciativa de 
exploração deste segmento da economia da região. 
 
Apesar de pouco explorado, o ecoturismo no Nordeste tem grande 
potencialidade, já que, dentre os dez principais destinos eco turísticos 
brasileiros, aparecem quatro paisagens nordestinas: ilhas (Arquipélago de 
Fernando de Noronha, em Pernambuco), dunas (Lençóis Maranhenses, no 
Maranhão), mata atlântica em alta altitude (Chapada Diamantina, na Bahia) e 
arqueologia na caatinga (Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí). 
 
A cultura da região é também um atrativo para o turista. Olinda, em 
Pernambuco, com vestígios do Brasil Neerlandês; São Luís, no Maranhão, com 
os da França Equinocial; São Cristóvão, em Sergipe, e sua Praça de São 
Francisco, rodeada de imponentes edifícios históricos; Salvador, na Bahia, com 
os da sede político-administrativa do Brasil Colonial; e Porto Seguro e Santa 
Cruz de Cabrália, também na Bahia, com as marcas históricas da chegada das 
esquadras do descobrimento do Brasil são alguns dos principais atrativos 
histórico-culturais da região, sendo os quatro primeiros considerados 
patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO. Por outro lado, o turismo 
religioso vem crescendo na região, nesse sentido os municípios de Juazeiro do 
Norte e Canindé, ambos no Ceará; e Bom Jesus da Lapa, na Bahia são os que 
mais se destacam. 
 Educação 
De acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e 
Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (INEP/MEC), em 2010, o 
índice total de população da região Nordeste foi de 53.078.1375. Desse 
conjunto, 13.915.186, referia-se à população em idade escolar. O quadro a 
seguir indica o número de alunos matriculados na Educação Infantil, Ensino 
Fundamental e Ensino Médio em 2009. 
 
5
 IBGE, Censo 2010. 
30 
 
 
A taxa de analfabetismo na região Nordeste caiu de 22,4% (2004) para 19,1% 
(2010), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2010), entre as pessoas de 
15 anos ou mais, conforme indica o quadro a seguir: 
 
Os estudos realizados pelo INEP/MEC, em 2009, apontam a porcentagem dos 
professores com Curso Superior que atuam na Educação Infantil, Ensino 
Fundamental e Médio na região Nordeste. 
31 
 
 
 
 
 
As pesquisas revelaram, a partir dos dados apresentados no quadro acima, a 
necessidade de investimentos e iniciativas voltadas para a formação inicial dos 
docentes que atuam na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio na 
região Nordeste. Assim, esse cenário, permitiu que as pesquisas 
(INEP/MEC/2010) também revelassem que a região ampliou nos últimos anos 
o número de alunos matriculados no ensino superior, pois os dados apontam 
que em 2001 esse número era de apenas 460.315, especificamente na 
modalidade presencial, passando a 1.052.161, em 2010. 
 
 
32 
 
Estes avanços são vistos por meio de pesquisas realizadas pelo INEP/MEC, 
em 2006, que já sinalizavam a região Nordeste como promissora no 
crescimento do número de instituições de ensino superior, o que significava, na 
ocasião, um aumento de 307,92%. Com a ampliação do número de 
universidades e faculdades na região os alunos foram beneficiados com 
mensalidades mais baixas. Essa pesquisa revelou que entre 2004 e 2006 
foram abertas 68 instituições de ensino superior na região Nordeste, destas 61 
eram privadas. 
 
No Nordeste o campo da ciência e tecnologia apresenta-se em destaque 
devido ao crescimento e expansão deste setor. O reconhecimentonacional e 
internacional do “Porto Digital” em Recife, assim como de outros centros e 
institutos tecnológicos, confirmam esta ideia de desenvolvimento da região. O 
Instituto Internacional de Neurociências de Natal, inaugurado em 2006 e 
idealizado pelo neurocientista Miguel Nicolelis, também é de grande relevância 
no cenário do desenvolvimento da ciência na Região. 
 
Também nesta região (Salvador–BA), encontra-se o mais moderno e 
avançado centro de estudos de células-tronco da América Latina, o Centro de 
Biotecnologia e Terapia Celular do Hospital São Rafael (CBTC). Nesse 
segmento, em 2010 foi inaugurado o chamado "Campus do Cérebro", em 
Macaíba no estado do Rio Grande do Norte, que é um centro de pesquisa e 
desenvolvimento da neurociência e que conta com um projeto de inclusão 
social, bem como a parte científica. Outros projetos são a Cidade da Ciência e 
a Metrópole Digital, também no Rio Grande do Norte. 
 
1.2.4. Inserção Regional – Região Norte 
 
A Região Norte é uma das cinco regiões do Brasil definidas pelo Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Possui área de 3.869.637 km², que 
representa 42,27% do território brasileiro, sendo a mais extensa. Sua 
população, de acordo com o senso 2010 (D.O.U. 04/11/2010) era de 
33 
 
15.765.678 pessoas. O Índide de Desenvolvimento Humano (IDH) é 
considerado médio de acordo com as informações do PNUD/2005. 
 
A distribuição da população entre os estados apresenta perfil concentrador, 
localizando-se cerca de 70% do total de habitantes em apenas dois estados: 
Pará e Amazonas. A densidade demográfica da região é de 3,77 habitantes 
por quilômetro quadrado. 
 
É constituida por sete estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, 
Roraima e Tocantins. Está localizada na região geoeconômica da Amazônia 
entre o Maciço das Guianas (ao norte), o planalto Central (ao sul), a Cordilheira 
dos Andes (a oeste) e o oceano Atlântico (a nordeste). 
 
O clima equatorial é predominante, com exceção do norte do Pará, do sul do 
Amazonas e de Rondônia cujo clima tropical prepondera. Nesta região 
encontra-se um dos mais importantes ecossistemas para o planeta: a 
Amazônia. A região apresenta ainda uma pequena faixa de mangue, situada 
no litoral e alguns pontos de cerrado, e também de matas galerias. 
Economia 
 
As bases da economia na região Norte do Brasil estão voltadas para 
atividades industriais, de extrativismo vegetal e mineral, e a agricultura, além 
das atividades turísticas. Atualmente a Região Norte é considerada a menor 
economia do Brasil entre as grandes regiões. Em 2008 participou com apenas 
5,1% (R$ 154.704.229,00) do Produto Interno Bruto brasileiro, ficando abaixo 
da região Centro-Oeste que contribuiu com 9,2%. A renda domiciliar per capita, 
formada pela média da renda total dos domicílios dividida pelo total de 
moradores, foi de R$ 440,00 em 2009, segundo o IBGE. Pará é o Estado da 
Região Norte que apresenta empresas com potencial geração de empregos. 
Em 2008, dez empresas empregaram 22.000 colaboradores e movimentando 
5,5 milhões de dólares. 
 
 
 
34 
 
Indústria 
 
Não há uma verdadeira economia industrial na Amazônia. Existem, isto sim, 
algumas poucas indústrias isoladas, geralmente de beneficiamento de produtos 
agrícolas ou do extrativismo. As únicas exceções a esse quadro ocorrem em 
Manaus, onde a isenção de impostos, administrada pela Suframa 
(Superintendência da Zona Franca de Manaus), mantém cerca de 500 
indústrias. Entretanto, apesar de empregar expressiva parcela da mão-de-obra 
local,somente agora foi implantado o Pólo de Biotecnologia, através do qual 
será possível explorar as matérias-primas regionais. Na maioria são filiais de 
grandes indústrias eletrônicas, quase sempre de capitais transnacionais, que 
produzem aparelhos eletrônicos, motocicletas, relógios, aparelhos de ar 
condicionado, CDs e DVDs, suprimentos de informática e outros, com 
componentes trazidos de fora da região. E também polos Indústriais na região 
metropolitana de Belém, em Marabá e Barcarena (polos metal-mecânicos) em 
Porto Velho e em Santana (Amapá). 
Energia 
A maior parte dos rios da região Norte são de planície, embora haja muitos 
outros que oferecem grande possibilidade de aproveitamento hidrelétrico. 
Atualmente, além da gigantesca Tucuruí, das usinas do rio Araguari (Amapá), 
de Santarém (Pará) e de Balbina, construída para suprir Manaus, o Norte conta 
com hidrelétricas em operação nos rios Xingu (São Félix), Curuá-Una, Jatapu e 
Araguari (Coaracy Nunes), existindo ainda várias usinas hidrelétricas e 
térmicas em projeto e construção. 
Turismo 
 
Por ser uma região pouco habitada e de ocupação mais tardia, o ecossistema 
regional encontra-se preservado, o que propicia as atividades de ecoturismo. 
As cidades que recebem o maior número de turistas são: Porto Velho, 
Manaus, Belém, Presidente Figueiredo, Salinópolis, Santarém, Parintins, 
Macapá, Coari, Bragança, Parauapebas, Palmas, Boa Vista e Rio Branco. 
 
35 
 
Manaus foi uma das primeiras cidades brasileiras a possuir o AmazonBus, 
veículo oferecido aos turistas que visitam à cidade aos moldes de veículos 
turísticos que já operam em cerca de setenta cidades turísticas do exterior. O 
AmazonBus percorre 40 pontos turísticos manauenses. Dentre os incluídos no 
roteiro, estão o Teatro Amazonas e a Praia da Ponta Negra. 
 
Educação 
 
De acordo com as informações do IBGE, em 2010 a região Norte do Brasil 
contava com uma população em idade escolar de 4.734.172 pessoas. As taxas 
de analfabetismo para faixa etária de 10 a 14 anos era de 7,0%, enquanto na 
faixa dos quinze anos ou mais chegava a 11,2%. Características como a 
grandeza territorial e a distância entre os centros econômicos e populacionais 
são as principais fontes de dificuldade para o acesso dos estudantes à 
formação. Este cenário passou a se transformar com a expansão, promovida 
pelo governo federal, do ensino técnico e superior para o interior dos 
municípios. 
 
 
Os estudos realizados pelo INEP/MEC, em 2009, apontam a poncentagem dos 
professores que possuem Curso Superior e atuam na Educação Infantil, Ensino 
Fundamental e Médio na região Norte,: 
36 
 
 
 
Nota-se pelos dados apresentados no quadro acima a necessidade de 
investimentos e iniciativas voltadas para a formação inicial dos docentes que 
atuam principalmente na Educação Infantil e Ensino Fundamental (anos 
iniciais). Em sintonia com esse cenário, as pesquisas (INEP/MEC/2010), 
também revelam que a região Norte ampliou nos últimos anos o número de 
alunos matriculados no ensino superior, pois os dados apontam que em 2001 
esse número era de apenas 141.892, especificamente, na modalidade 
presencial, passando a 352.358, em 2010. 
 
A região Norte se firmou como segunda região que apresentou o maior 
crescimento em relação ao número de instituições de ensino superior no 
período compreendido entre 1997 a 2006, passando de 34 instituições para 
135, nesse período. Pesquisas indicam que um dos principais atrativos 
apresentados pelas IES da região Norte é o baixo valor das matrículas e 
mensalidades6. 
1.2.5. Inserção Regional – Região Sudeste 
A região Sudeste é uma das cinco grandes regiões Brasileiras definidas pelo 
IBGE. Está dividida em quatro unidades federativas: São Paulo, Minas Gerais, 
Rio de Janeiro e Espírito Santo. 
 
A região sudeste movimenta 498.834 milhões de dólares anuais, sendo a 
Petrobrás a lider nacional em volume de recursos negociados. 
 
6
 Outras informações consultar: <http://revistaensinosuperior.uol.com.br> - Acesso em: 12 fev. 
2012. 
37 
 
 
No estado do Rio de Janeiro, sua capital sedia 23 das 25 maiores empresas. 
Localizadas na capital, o petróleo (Petrobrás, Shell, Ipiranga,Texaco), a 
mineração (Vale), siderúrgica e metalúrgica (Gerdau e Companhia Siderúrgica 
Nacional), telecomunicações (Telemar, Embratel, Oi), automotivas (Peugeot 
Citroen), energia (Furnas, Petrobrás, Light e Ampla), comunicações (Globo) 
são as empresas que representam a força do sudeste brasileiro. 
 
No Estado de São Paulo, a indústria automotiva lidera as vendas nacionais na 
Cidade de São Bernardo do Campo, onde estão as empresas Volkswagen, 
Mercedes Benz, General Motors, Toyota e Ford, em Sumaré a Honda e em 
São Paulo a Mitsubishi Motors, entre elas destacam-se os investimentos 
estrangeiros, predominando o capital americano e alemão. Pela sua 
localização estratégica e diversificação logistica que proporciona agilidade no 
deslocamento, escoamento da produção e as exportações, as lojas âncoras e 
de alimentos (Carrefour, Walmart, Pão de Açucar, Atacadão, Makro, 
Pernambucanas) estão sediadas na capital paulista. O estado conta ainda com 
setores econômicos e industriais estratégicos, como as siderúrgicas e 
metalúrgicas (COSIPA), químicas e petroquímicas (Bunge Fertilizantes, Basf e 
Bayer, Syngenta, Dow), indústria digital (LG e HP) e eletroeletrônicos 
(Siemens). 
 
Minas Gerais, é um estado líder em siderurgia e metalurgia, com mais de 
16.000 ofertas de emprego, em que estão sediadas as empresas ArcellorMittal, 
Usiminas, Gerdau, V&M, além das companhias de energia, CEMIG (maior em 
clientes) e SHV Gás. Em Contagem encontra-se a Case New Holland, 
montadora de máquinas agrícolas com distribuição para todo o país. Mas, a 
líder em vendas está localizada em Betim, a FIAT, que movimenta 26% dos 
vendas geradas no Estado. As vendas superam 42,5 milhões de dólares a 
cada exercício financeiro. 
 
No estado do Espírito Santo, as empresas que representam a economia local 
são do ramo siderúrgico e metalúrgico ArcelorMittal Tubarão, situadas no 
município de Serra e da química Heringer, localizada em Viana. 
38 
 
 
Essa região é considerada de transição entre a região Nordeste e Sul. Apesar 
de não ser muito extensa, ocupando apenas 11% do território brasileiro, possui 
menos de um milhão de quilômetros quadrados de área e abriga 
aproximadamente 42% da população brasileira. 
 
Possui uma população de aproximadamente 80,3 milhões de habitantes, de 
acordo com a informações do Censo 2010 (D.O.U. 04/11/2010)7. A região, 
altamente urbanizada (90,5%), reúne as três metrópolis mais importantes do 
país em população: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A densidade 
demográfica da Região Sudeste atinge a impressionante marca de 84,21 
hab/km². 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7
 Consulta realizada em: 
<http://www.censo2010.ibge.gov.br/dados_divulgados/index.php?uf=00> Acesso em: 11 fev. 
2012. 
39 
 
Cidades mais populosas da Região Sudeste do Brasil
estimativa IBGE/2011 
 
 
 
Posiç
ão 
Cida
de 
Esta
do 
Pop. 
Posiç
ão 
Cida
de 
Esta
do 
Po
p. 
 
 
 
1 São Paulo S P 
11,316,1
49 
11 Osasco SP 667,826 
2 
Rio de 
Janeiro 
RJ 
6,355,94
9 
12 
São José 
dos 
Campos 
SP 636,876 
3 
Belo 
Horizonte 
MG 
2,385,63
9 
13 
Ribeirão 
Preto 
SP 612,339 
4 Guarulhos SP 
1,233,43
6 
14 
Uberlândi
a 
MG 611,903 
5 Campinas SP 
1,088,61
1 
15 Contagem MG 608,714 
6 
São 
Gonçalo 
RJ 
1,008,06
4 
16 Sorocaba SP 593,775 
7 
Duque de 
Caxias 
RJ 861,157 17 
Juiz de 
Fora 
MG 520,810 
8 
Nova 
Iguaçu 
RJ 799,047 18 Niterói RJ 489,720 
9 
São 
Bernardo 
do Campo 
SP 770,253 19 
Belford 
Roxo 
RJ 472,008 
10 
Santo 
André 
SP 678,485 20 
Campos 
dos 
Goytacaz
es 
RJ 468,086 
 
 
 
 
 
40 
 
A magnitude da região também é demonstrada por seus índices sociais 
elevados. Apresenta o segundo maior IDH do Brasil (0,824), sendo superado 
apenas pela região sul, entretanto é detentor do maior PIB per capita8 do país 
com R$22.147,00 (2009). A região representa mais da metade (55,3% em 
2009) do PIB brasileiro e tem São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais como 
os estados mais ricos da federação. 
 
Como nas demais regiões brasileiras os primeiros habitantes do Sudeste foram 
os índios. Mais tarde chegaram os portugueses, que fundaram as primeiras 
vilas no litoral no início do processo de colonização. O povoamento do interior 
teve início com a fundação da vila de São Paulo de Piratininga. Seus 
moradores entraram pelo interior à procura de índios para escravizar e nesse 
percurso, organizaram as entradas e bandeiras. Nestas suas caminhadas, os 
desbravadores descobriram minas de ouro nas terras que hoje constituem o 
estado de Minas Gerais. 
 
Fazendas de plantação de cana-de-açúcar passaram a surgir nos caminhos 
que seguiam as entradas e bandeiras, dando origem a várias novas cidades. 
Mais tarde, o crescimento também acompanhou a evolução do cultivo do café e 
outras cidades surgiram. A chegada dos imigrantes, a abertura das ferrovias e 
instalação de indústrias também contribuíram para o crecimento da região, de 
modo que muitas pessoas de outros estados e de outros países foram morar 
na Região Sudeste. 
 
A partir da década de 1840, as plantações de café se espalharam por toda a 
região, tornando-se a base da economia brasileira, que na época utilizava-se 
do trabalho escravo. Entretanto, com a abolição da escravatura em 1888, uma 
grande massa de imigrantes europeus, principalmente italianos, chegaram à 
região para atender às necessidades em termos de mão-de-obra. 
 
 
8
 Consulta realizada em: 
<http://www.sei.ba.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=135&Itemid=218> - 
Acesso em: 11 fev. 2012. 
41 
 
Outro fenômeno importante na construção histórica da região sudeste refere-se 
à migração, sobretudo à migração nordestina. No apogeu do processo de 
industrialização, entre as décadas de 60 e 80, ocorreu a intensa migração 
nordestina para a região Sudeste, notadamente para os estados de São Paulo 
e Rio de Janeiro. Devido a conjugação das condições socies e econômicas 
desfavoráveis na região nordeste, com as promissoras ofertas de emprego e 
riqueza da região sudeste, verificou-se o enorme fluxo migratório de parte da 
população nordestina. 
 
Economia 
 
A economia do Sudeste é muito forte e diversificada, pertence a maior região 
geoeconômica do país. Além de ser a região brasileira que possui a agricultura 
mais desenvolvida, se destaca pelo seu desenvolvimento industrial. A região 
Sudeste é responsável por mais de 70% do valor da transformação industrial 
do país, que em termos comparativos, assemelha-se em determinados 
aspectos a alguns paises desenvolvidos. Apresenta seu parque industrial 
concentrado nas três mais populosas metrópolis do Brasil a saber: São Paulo, 
Rio de Janeiro e Belo Horizonte. 
 
Sua posição de evidência econômica atrai para os grandes centros um enorme 
contingente de pessoas, acarretando a superpopulação nas áreas 
industrializadas, desencadeando uma sequência de problemas de ordem 
social, além da falta de uniformidade em termos de desenvolvimento 
alimentando as desigualdades sociais. No entanto, a região consegue oferecer 
a sua população o maior número de escolas, melhor atendimento médico-
hospitalar e as melhores condições para pesquisa tecnológica, quando 
comparada às demais regiões. 
 
A agricultura é praticada em todos os estados que compõem a região e os 
principais produtos agrícolas cultivados são: cana-de-açúcar, café, algodão, 
milho, mandioca, arroz, feijão e frutas. O Sudeste é responsável pela maior 
parte da produção de cana-de-açúcar do país. Já o cultivo dasoja apresenta 
crescente avanço, pois é largamente utilizada na indústria de óleos e de rações 
42 
 
para animais, sendo uma grande parte exportada. O estado de São Paulo é o 
principal produtor de laranja, em sua maior parte destinada à industrialização e 
exportação de suco, Também são produtos de destaque na agricultura do 
Sudeste, o algodão, o milho, o arroz, a mamona e o amendoim, entre outros. 
 
A pecuária ocorre da mesma forma. O rebanho de bovinos destaca-se como o 
maior e o estado de Minas Gerais é o principal criador. Na região Sudeste, 
também pratica-se o extrativismo mineral, explorando-se principalmente 
minério de ferro, manganês, ouro e pedras preciosas. No estado de Minas 
Gerais são encontradas as maiores jazidas. 
 
Indústria 
 
Apesar das políticas de descentralização da produção industrial no Brasil, a 
Região Sudeste ainda representa o maior parque industrial brasileiro. 
Destacam-se as seguintes indústrias: 
• Naval e petrolífera, principalmente nos estados Rio de Janeiro e Espírito 
Santo. Estes dois estados são também os produtores de petróleo do 
país; 
• Automobilística, cujo grande polo industrial encontra-se em São Paulo; 
• Siderúrgica, presente em todas as unidades federativas da região 
sudeste; 
• Petroquímica, com vários pólos produtores de derivados do petróleo nos 
estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais; 
• Celulose, o estado do Espírito Santo sedia a maior empresa do mundo 
em produção da celulose (Aracruz Celulose); 
• Existem também pelos quatro estados da região, indústrias de produtos 
alimentícios, beneficiamento de produtos agrícolas, bebidas, móveis 
etc.; 
• Alta tecnologia: as cidades de São Paulo, São José dos Campos, São 
Carlos e Campinas concentram indústrias de informática, 
telecomunicações, eletrônica e de outras atividades que envolvem alta 
tecnologia; além de possuírem importantes centros de pesquisa e 
universidades, como o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica). 
43 
 
 
Educação 
 
A região Sudeste apresenta sua grandiosidade também nos dados relativos à 
educação. De acordo com as informações do IBGE, em 2010 a região contava 
com 17.332.933 habitantes em idade escolar. Ocupa a segunda posição 
quando comparada às demais regiões em taxa de analfabetismo. Na faixa 
etária compreendida entre 10 e 14 anos a taxa de analfabetismo da região é 
1,8%, enquanto na faixa etária de 15 anos ou mais chega aos 5,4%. 
 
De acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e 
Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (Inep/Mec), em 2010 a 
população total da região Sudeste era superior a 83,4 milhões de9 habitantes. 
Desse conjunto, 17.332.933 referia-se à população em idade escolar. O quadro 
a seguir indica o número de alunos matriculados na Educação Infantil, Ensino 
Fundamental e Ensino Médio em 2009. 
 
 
 
As taxas de analfabetismo na região Sudeste ocupam a segunda posição 
quando relacionadas a outras regiões. O quadro abaixo apresenta os índices 
de analfabetismo na região e nos estados que a compõem: 
 
9
 IBGE, Censo 2010. 
44 
 
 
Os estudos realizados pelo INEP/MEC, em 2009, apontam a poncentagem dos 
professores com Curso Superior que atuam na Educação Infantil, Ensino 
Fundamental e Médio na região Sudeste. 
 
 
 
Os dados do quadro acima indicam que no Ensino Fundamental (anos finais) e 
Ensino Médio o número de docentes com Curso Superior é expressivo, no 
entanto indicam que na Educação Infantil e Ensino Fundamental (anos iniciais) 
ainda é necessário investimento na formação inicial dos docentes. Em sintonia 
com esse cenário, as pesquisas (INEP/MEC/2010) também revelam que a 
região Sudeste ampliou nos últimos anos o número de alunos matriculados no 
ensino superior, pois os dados apontam que em 2001 esse número era de 
1.566.610, especificamente, na modalidade presencial, passando a 2.656.231 
em 2010. 
 
O Sudeste é a região que possui maior concorrência no ensino superior e o 
maior número de instituições. De acordo com o último Censo Educacional do 
INEP/MEC, são mais de 9.600 cursos de ensino superior, o que equivale a 
quase 50% da oferta brasileira. Se forem consideradas apenas as IES 
privadas, o Sudeste ainda é responsável por 1.690 matrículas no ensino 
superior não estatal, o que equivale a quase 57% do total desse tipo de 
45 
 
matrícula no país, mostrando que a predominância do ensino privado é maior 
na região do que a média nacional. 
 
Esses números são consequência do protagonismo que o Sudeste teve no 
início da expansão do ensino superior: considerado um grande negócio na 
segunda metade da década passada, o crescimento ocorreu primeiramente 
nas capitais, para depois atingir cidades importantes do interior e se espalhar 
por todas as sub-regiões dos distritos. Atualmente, esse processo vive uma 
desaceleração e o que se pode ver, assim como em todo o Brasil, é uma 
tendência de consolidação do setor. 
 
Uma característica marcante do Sudeste é o domínio de parte do mercado por 
grandes instituições e grupos educacionais que apostam na escala e em uma 
gestão eficaz na redução de custos para oferecer mensalidades cada vez 
menores para as classes mais necessitadas. 
 
Com grandes expectativas de crescimento, a Universidade Anhanguera-
Uniderp, busca sua expansão na região, investindo em cursos da área de 
humanas, saúde, exatas e tecnológicos, cobrando mensalidades ajustadas à 
demanda. Seu foco é oferecer qualificação profissional aos jovens, 
propiciando-lhes condições de ascensão social. 
1.3 Justificativa para a oferta do Curso 
 
A oferta de cursos de graduação da Universidade Anhanguera-Uniderp efetiva-
se pela busca de um ensino de qualidade, atende às legislações e normas 
estabelecidas pelo Ministério da Educação e compromete-se com a inovação 
científica e tecnológica na formação de profissionais que tenham autonomia 
para a construção do seu próprio conhecimento. 
 
Fundamentados nesse pressuposto, os cursos de graduação propõem a 
formação de indivíduos éticos e autônomos, aptos a promoverem o 
desenvolvimento socioeconômico, cultural, local, regional e nacional, e atuarem 
46 
 
no meio social, auxiliando na solução de problemas de interesses coletivos e 
desenvolvimento sustentável. 
 
A Portaria Ministerial nº 4.069, de 29 de novembro de 2005, credenciou a 
Universidade para oferta de cursos superiores a distância. Os polos de 
educação a distância são implantados de acordo com a necessidade social e 
regional e conforme as condições técnicas e didático-pedagógicas necessárias, 
podendo fazer uso de distintas metodologias de ensino e aprendizagem, 
concretizadas por meio de projetos pedagógicos, de acordo com as 
características dos cursos ou das regiões, sempre com padrão de qualidade 
aprovado pelo órgão competente. 
 
Ao ofertar cursos de graduação e pós-graduação a distância, a Universidade 
Anhanguera – Uniderp investiu em uma avançada estrutura tecnológica, que 
permite a transmissão ao vivo de aulas via satélite e interação por internet, 
dentre outras outros facilidades de recursos, e adotou uma proposta 
pedagógica inovadora para atuar em diversas cidades do Estado de Mato 
Grosso do Sul e do País, permitindo a inclusão e a democratização do acesso 
ao ensino superior a pessoas que vivem distantes dos centros urbanos ou 
mesmo daquelas que vivendo nesses centros não podem frequentar um curso 
presencial. 
 
As últimas duas décadas do milênio testemunharam profundas transformações 
em burocracias do setor público, no do papel do Estado na economia e na 
sociedade, exigindo uma gestão pública capaz de alinhar os recursos 
disponíveis às prioridades, minimizando os problemas gerenciais e 
implementando medidas que promovam a

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