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Dis�úr�i�� da Hem����si� ���mári� As plaquetas apenas são ativadas quando há uma lesão vascular. Fases da formação do tampão: ● Adesão plaquetária; ● Ativação plaquetária ● Agregação plaquetária ADESÃO À lesão vascular vai expor o colágeno, que vai ser o gatilho para começar a hemostasia primária. A plaqueta vai ver o colágeno exposto e é atraída e libera o fator de Von Willebrand que consegue ancorar a plaqueta no lugar da lesão. Esse fator se liga no colágeno e também nas glicoproteínas das plaquetas. ATIVAÇÃO A plaqueta tem várias substâncias dentro dela que a ajudam a chamar mais plaquetas e ativar os fatores de coagulação. Colágeno, epinefrina, trombina, são substâncias que fazem com que a plaqueta libere grânulos que liberam substâncias para ativar a cascata de coagulação. AGREGAÇÃO Mudança citoesqueleto plaquetário, as plaquetas se juntam para causar um tampão no local da lesão. Quais exames solicitar para pacientes com suspeita de hemostasia primária? Hemograma completo ● Número de plaquetas; ● Alteração das outras séries → leucemias, síndrome mielodisplásicas e etc ● Pseudoplaquetopenia → plaqueta baixa de forma falsa, acontece em alguns casos por aglutinação das plaquetas pelo EDTA; → colher novo exame com citrato de sódio. Anticoagulante → citrato de sódio Tempo de sangramento ● É um exame muito pouco sensível → pode ter uma grande margem de erro; ● Detecta função anormal das plaquetas; ● É prolongado nas trombocitopenias ● Normal em sangramentos de causas vasculares. Curva de agregação plaquetária Simulação na máquina do que acontece na nossa circulação sanguínea; Expor para as plaquetas um à um as substâncias para ver como a plaqueta reage: ● Colágeno ● ADP ● ADrenalina ● Ácido araquidônico ● Trombina ● Ristocetina Citometria de fluxo ● Avaliação do conteúdo granular ● Deficiência de GP Distúrbios da Hemostasia primária relacionado a plaquetas; As plaquetas baixas são principalmente por: ● Aumento na destruição; ● Insuficiência na produção Obs: Sangramento mucoso → acontece principalmente em pacientes com leucemia. Caso clínico HDA: Paciente sexo feminino, 25 anos de idade queixa-se de aparecimento de hematomas e pontos vermelhos pelo corpo há 1 dia. Nega febre ou perda de peso. HPP: Sem comorbidades prévias. DUM: há 10 dias com fluxo maior do que o habitual e ainda apresentando sangramento esporádico. Nega sangramentos importantes anteriores. Nega uso de medicações de uso contínuo. BEG, descorada +/4, hidratada, acianótica, anictérica, afebril. Abdome: plano, flácido, indolor à palpação superficial e profunda, baço e fígado não palpáveis, ausência de sopro abdominal, ruídos hidroaéreos normoativos. → É importante avaliar o abdome por causa das visceromegalias e também avaliar o tamanho do baço. Pele: Presença de petéquias e equimoses espalhadas de maneira difusa no abdome e membros inferiores. Quais exames devem ser solicitados? A. Hemograma apenas B. Hemograma e provas de coagulação C. Mielograma D. Hemograma e biópsia de medula óssea Diagnóstico sindrômico Petéquias: ● PTI ● PTT ● Leucemia ● Dengue Síndrome hemorrágica ● PTI ● PTT ● Leucemia Aguda ● Dengue ● Drogas Púrpura Trombocitopênica Imunológica (PTI) ➔ É a causa mais comum de plaquetopenia na infância. ➔ Etiologia é desconhecida com produção de autoanticorpos (IgG) contra as próprias plaquetas. ➔ A plaqueta é reconhecida e destruída pelos macrófagos no baço e em outras áreas de tecido reticuloendotelial. Transfusão de plaquetas: Faz transfusão apenas em casos de emergência, pois ao transfundir você pode produzir mais autoanticorpos. Para transfundir o paciente precisa ter sangramento intracraniano, sangramento mucoso (digestivo, geniturinário e respiratório) + instabilidade hemodinâmica ou respiratória. Recomenda-se a quantidade de 3X maior o valor que o usual 3 unidades para cada 10kg de peso corporal Quadro clínico Distúrbio de hemostasia primária ● Sangramento cutâneo agudo; ● Petéquias e equimose; Sangramento mucoso ● Epistaxe; ● Gengivorragia; ● Menorragia Sangramentos ● Genitourinário; ● Trato Gastrointestinal; ● Sistema nervoso central Diagnóstico Trombocitopenia Plaquetas < 100.000/mm³ Há necessidade de transfusão para a paciente? A ) Não, pois pode agravar o quadro B ) Sim, apenas de plaquetas C ) Sim, apenas de concentrado de hemácias D )Sim, tanto de plaquetas quanto de hemácias Quando tratar? ● Plaquetas inferiores a 10.000 mm³ ● Tendência a sangramento e plaquetas < 30.000 mm³ ● Risco elevado de sangramento com plaquetas < 50.000 mm³ ● Trauma SNC, cirurgia recente Plaquetopenia maior que 30.000 mm³ e sem sangramentos tendem a ter doença benigna. Plaquetas inferiores a 10.000 mm³ sem sangramento ou entre 10.000 - 30.000 mm³ com sangramento ● Fazer corticoterapia via ambulatorial; ● Monitorização com hemograma ➔ Prednisona via oral (0,5 a 2mg/Kg/dia) 2 a 4 semanas → resposta de 70-80% dos casos → redução progressiva após resposta. ➔ Dexametasona (40 mg/dia por 4 dias consecutivos) → resposta em até 90% dos pacientes → pode ser repetida a cada 14 dias em 4 ciclos. Encaminhar para acompanhamento com especialista. Plaquetas inferiores a 10.000 mm³ e presença de sangramento ● Fazer internação ● Utilização de imunoglobulina (0,8 mg/kg a 1 mg/kg por dia) → por um ou dois dias → há melhora rápida da contagem de plaquetas. ● Pulso com Metilprednisolona (30 mg/Kg/dia ou 1g/dia) → via intravenosa por 3 dias e fazer profilaxia para infecção disseminada por estrongiloides Transfusão de plaquetas apenas com risco de morte, independe da contagem plaquetária. Qual o alvo do tratamento da paciente? A) Plaquetas acima de 150.000 mm3 B) Plaquetas acima de 100.000 mm3 C)Plaquetas acima de 50.000 mm3 D)Plaquetas acima de 30.000 mm3 → Cessação dos sangramentos ativos → Prevenção da ocorrência de sangramentos clinicamente significativos → Aumento da contagem total de plaquetas. Em crianças: ➔ Acontece após algum quadro agudo de infecção ou após tomar alguma vacina. ➔ A resolução é espontânea. Só entra com corticoide se tiver algum sangramento independente da contagem plaquetária Retirada do baço (esplenectomia) Precisa se vacinar para ● Neisseria meningitidis; ● Streptococcus pneumoniae; ● Haemophilus influenzae Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) ● As plaquetas estão baixas, porque o paciente consome as plaquetas formando microtrombos. ● O paciente tem uma deficiência congênita ou adquirida de ADAMTS13, que leva a oclusões e embolização. Fisiopatologia Quem tem PTT não tem ADAMTS13, fazendo com que as plaquetas sejam ativadas mesmo sem que haja lesão e assim formando os microtrombos. O ADAMTS13 quebra o fator de Von Willebrand em fatores de tamanho normal, se você não tem o ADAMTS13 o fator von de Willebrand é liberado tudo junto em tamanho grande e de forma descontrolada, ativando as plaquetas mesmo sem lesão. Quadro clínico ● Trombocitopenia; ● Anemia hemolítica microangiopática → formação de vários trombos no PTT, quando à hemácia bate nesse trombo,à hemácia rasga, isso aparece no hemograma como esquizocitose. ● Alterações neurológicas → que variam desde uma dor de cabeça até um coma (aqui entra qualquer alteração neurológica) ● Insuficiência renal; ● Febre DICA: F → febre A → alteração neurológica T → trombocitopenia I → insuficiência renal M → microangiopática À → anemia Ter essas duas alterações você já deve pensar em PTT Laboratório ● DHL aumentado ● Aumento da bilirrubina indireta ● Queda da haptoglobina ● Coagulação normal ● ADAMTS13 diminuída Tratamento Fazer Plasmaférese → retirar o plasma do paciente, fazendo com que retire os anticorpos contra ADAMTS13 e injete um plasma normal. É feito várias sessões. A transfusão de plaquetas não é recomendada, pois pode aumentar a formação de microtrombos, só utilizar esse recurso em casos de risco de óbito. Síndrome hemolítico urêmica (SHU) Quadro clínico muito parecida com PTT; Tem associação com a infecção por Escherichia Coli ou Shigella ● Acometimento renal principalmente (IRA);● Plaquetopenia e AHMI; ● Diarreia; ● Perda de peso; ● ADAMTS13 Tratamento suporte (hemodiálise) Distúrbios hereditários Doença de Von Willebrand O von willebrand tem sua principal função que é fazer a ligação da plaqueta com o sítio de lesão Guardião do fator VIII → impede que seja consumido antes do tempo Tipo 1 ● deficiência quantitativa parcial → tem fator baixo, mas ainda tem. ● Maioria dos casos ● Redução leve a moderada do fator Tipo 2 O defeito é qualitativo (funcional), não consegue se ligar no sítio da lesão, mas a contagem do fator é normal. Tipo 3 Não tem nenhuma dosagem do fator → ausência praticamente total do fator de von willebrand Quadro clínico O paciente pode ter uma leve alteração na coagulação leve aumento do TTPA, mas o que faz sangrar é a diminuição da fator de von willebrand. ● FvW responsável pela adesão plaquetária e carregar o FVII No tipo 3 → apresenta quadro de hemofilia Diagnóstico ● Diagnóstico Antecedentes pessoais Frustos em quadros leves Testes de hemostasia podem ser normais ● Aumento do TS ● Alargamento do TTPA (F VIII) Dosagem FvW baixo Alteração do teste de agregação plaquetária com Ristocetina Tratamento
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