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Logística Internacional UCA_EAD

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LOGÍSTICA
INTERNACIONAL
PROF. ESP. LEANDRO MARQUES
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 A v. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, sal-
vo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a emis-
são de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
LOGÍSTICA INTERNACIONAL
PROF. ESP. LEANDRO MARQUES
SUMÁRIO
AULA 01
AULA 02
AULA 03
AULA 04
AULA 05
AULA 06
AULA 07
AULA 08
AULA 09
AULA 10
AULA 11
AULA 12
AULA 13
AULA 14
AULA 15
AULA 16
AMBIENTE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
LOGÍSTICA NA ECONOMIA GLOBALIZADA
GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 
GLOBALIZADA 
PANORAMA GERAL DA EXPORTAÇÃO E 
IMPORTAÇÃO: 1ª PARTE
PANORAMA GERAL DAS EXPORTAÇÕES E 
IMPORTAÇÕES: 2ª PARTE
TRATAMENTO ADMINISTRATIVO NAS 
IMPORTAÇÕES E EXPORTAÇÕES: 1ª PARTE
TRATAMENTO ADMINISTRATIVO NAS 
IMPORTAÇÕES E EXPORTAÇÕES: 2ª PARTE
INCOTERMS – TERMO INTERNACIONAL DE 
COMÉRCIO: 1ª PARTE
INCOTERMS – TERMO INTERNACIONAL DE 
COMÉRCIO: 2ª PARTE
LOGÍSTICA INTERNACIONAL: 1ª PARTE
LOGÍSTICA INTERNACIONAL: 2ª PARTE
TRANSPORTE INTERNACIONAL: 1ª PARTE
TRANSPORTE INTERNACIONAL: 2ª PARTE
TRANSPORTE INTERNACIONAL: 3ª PARTE
ORGANIZAÇÕES DE ATUAÇÃO MUNDIAL: 1ª PARTE
ORGANIZAÇÕES DE ATUAÇÃO MUNDIAL: 2ª PARTE
5
10
17
22
27
32
37
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64
71
77
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86
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 4
LOGÍSTICA INTERNACIONAL
PROF. ESP. LEANDRO MARQUES
INTRODUÇÃO
A Logística Internacional é uma temática que abrange todos os países do globo ter-
restre. Nosso país não é diferente, contém vários agentes que participam da economia 
brasileira onde contribuem com a inserção do Brasil no Comércio Internacional, esses 
agentes são: as indústrias, órgãos do governo, empresas de transporte aérea, marítima, 
terrestre, portos e aeroportos, bancos e instituições financeiras, dentre outras. 
Se faz necessária a compreensão da Logística Internacional para que o país aumente 
a sua participação comercial no cenário internacional, para que ocorra este evento, os 
profissionais brasileiros precisam desenvolver competências, habilidades e atitudes 
para que possam estar aptos a contribuir com as organizações públicas e privadas 
que operam no Comércio Internacional.
Portanto, nosso objetivo central nesta disciplina é formar profissionais competentes 
dotados de habilidades essenciais para resolver problemas no que tange a Logística 
Internacional, de forma criativa e responsável. Para que se torne possível este objetivo, 
esta disciplina abordará as diferentes áreas da Logística Internacional, passando pelo 
conhecimento geral de mercado, pelas empresas que contribuem no Comércio Inter-
nacional, os órgãos governamentais que regulam e fomenta o Comércio Internacional, 
e por fim as instituições e blocos econômicos inseridos dentro deste contexto. 
Esperamos ao máximo que está disciplina contribua com o seu crescimento profis-
sional. Uma boa aula.
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5
LOGÍSTICA INTERNACIONAL
PROF. ESP. LEANDRO MARQUES
AULA 1
AMBIENTE DO COMÉRCIO 
INTERNACIONAL
1.1 Introdução
Nesta aula iremos contextualizar o Comércio Internacional, os conceitos e fatores 
que contribuíram para sua consolidação. 
É notório observarmos que é uma prática muito comum nos dias atuais realizada 
tanto por pessoas jurídicas (empresas) quanto pelas pessoas físicas (pessoas comuns, 
como eu e você), evidente que as empresas movimentam em uma escala maior, 
enquanto as pessoas físicas movimentam uma escala menor.
Bom, vamos lá então? 
Mas enfim, o que é Comércio Internacional? Podemos entender como a troca, venda, 
compra ou qualquer forma de remessa de divisas (dinheiro), ou bens ou serviços de 
um país para outro. É bem similar a forma de comércio que utilizamos no nosso dia, 
quando vamos a uma loja e adquirimos um produto, pagamos por ele, a única dife-
rença entre nosso exemplo e o comércio internacional é a relação de compra e venda, 
esta é efetuada de um país para outro com regras e leis específicas para que todas as 
transações ocorram dentro da legalidade e conhecimento dos órgãos governamentais.
A palavra “comércio” está relacionada à troca, comercialização, economia, indepen-
dente se envolve dinheiro ou não. Pois como sabemos nos tempos primórdios já existia 
o comércio em forma de “escambo” (troca de mercadorias), cuja as pessoas trocavam 
arroz por feijão, feijão por mandioca e assim sucessivamente.
O comércio é essencialmente troca, troca econômica, compra e venda 
de bens, serviços e/ou valores por outros bens, serviços e/ou valores, 
intermediada hoje em dia, em sua quase totalidade, pela moeda ou 
documento que a represente. Visto desta maneira, o comércio é mais 
do que uma área profissional, constituindo-se atividade indispensável 
e presente em qualquer setor ou ramo da economia (MEC, 2000, p.4).
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LOGÍSTICA INTERNACIONAL
PROF. ESP. LEANDRO MARQUES
A palavra “Comércio Internacional” é muito similar conceitualmente a palavra “comér-
cio”, entretanto, envolve um conjunto de operações comerciais, normas estabelecidas 
em acordos internacionais (acordo sob determinada regra entre dois países ou mais). O 
Comércio Internacional aborda normas internacionais aplicadas a produtos e serviços, 
com enfoque político, econômico, geográfico e cultural que busca mecanismos para 
fomentar (aumentar) comércio cada vez mais eliminando as barreiras tarifárias e não 
tarifaria, e outras objeções que podem servir de impeditivo ao relacionamento comercial 
saudável entre os países. Outro ponto muito importante, o comércio internacional está 
assegurado por acordos bilaterais e multilaterais, onde é submetido a regras criadas 
e disciplinadas por estes acordos estabelecidos entre países, ou, criadas por órgãos 
internacionais confiáveis e aderidas ao redor do mundo. 
É importante ressaltar neste momento que há diferença entre o comércio internacio-
nal em relação ao comércio exterior, ambos possuem diretrizes e enfoques diferentes. 
O Comércio exterior assegura que a mercadoria esteja nas condições exigidas no 
momento do transporte, assim como toda a documentação necessária além de todos 
os impostos quitados para que os produtos sejam despachados corretamente, cuida 
de todo fluxo logístico, cumprimento das obrigações legais exigidas pelos órgãos gover-
namentais e financeiras para que a exportação ou importação possa se concretizar.
 O Comércio Internacional por sua vez está empenhado em fomentar o Comércio 
junto aos outros países do ponto de vista político. Se empenha em facilitar a comer-
cialização de produtos e serviços junto a outros países eliminando as dificuldades, 
barreiras e taxas impostas pelos outros países sobre determinado produto ou serviço. 
Para que as empresas brasileiras possam crescer no Comércio Internacional é preciso 
que aconteça acordo políticos, que nossos produtos possam ter uma concorrência 
justa e coerente no mercado externo. Outro ponto a ser ressaltado, cabe aos órgãos 
reguladores do Comércio Internacional garantir que os produtos brasileiros cumpram 
os acordos firmados entre o Ministério das Relações Exteriores – MRE, outros países 
ou blocos econômicos.
Simplificando então: 
Comércio Exterior abrange todos os requisitos legais internos no país, como informar 
aos órgãos do governo a exportação ou importação, efetuar o pagamento de todas as 
taxas; providenciar transporte, contratação de operadores logísticos (empresas inter-
mediárias ex: a empresa que carrega o navio), dentreoutros. 
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LOGÍSTICA INTERNACIONAL
PROF. ESP. LEANDRO MARQUES
O Comércio Internacional abrange todas as regras acordadas com outros países e 
órgãos internacionais, garante que sejam cumpridas rigorosamente. Se concentra em 
desenvolver cada vez mais o comércio exterior com a finalidade facilitar os negócios 
internacionais, ou trocas comerciais entre as nações.
1.2 Quais as Vantagens e Desvantagens de Participarmos do 
Comércio Internacional 
Neste momento já entendemos que temos uma relação comercial com outros paí-
ses. Mas você pode estar se perguntando qual o motivo ou que benefícios os países e 
as empresas obtêm quando decidem ampliar essa negociação com outros países. De 
uma forma simplista, convidamos vocês a imaginarem o seguinte cenário:
Vantagens:
A. Se uma empresa obtém vários concorrentes internos no seu país de origem 
pode ter dificuldades para crescer diante dessa concorrência. Para que ela possa 
vender mais precisa abrir novos mercados, para isso uma boa alternativa é abrir 
comércio com outros países.
B. Vamos imaginar que no ano de 2010 a empresa “X” vendeu muitos tratores 
internos no seu país de origem. No próximo ano, provavelmente terá uma venda 
reduzida, afinal o trator é um bem durável. Para que a empresa possa equilibrar 
suas vendas e mantê-las constantes, uma boa saída é o comercializar com 
outros países.
C. Imaginemos que houve uma catástrofe interna no nosso país e destruiu algu-
mas lavouras de alimento. É possível comprarmos estes produtos de outros países 
e disponibilizá-los a população.
São inúmeras as vantagens para as empresas e muito benéficas aos países, pois 
promovem riquezas para os países gerando empregos, impostos, desenvolvimento 
e inovação. Para as empresas os benefícios podem vir a ser a estabilidade do seu 
fluxo de caixa, menor impacto diante as crises econômicas internas no seu país de 
origem, aumento de produção, desenvolvimento tecnológico, amplo conhecimento 
de mercado e novas culturas, internacionalização (quando se instalam em outros 
países), dentre outros.
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LOGÍSTICA INTERNACIONAL
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Desvantagens:
A. Incertezas quanto ao valor do cambio negociado no futuro, visto que os jor-
nais anunciam todos os dias que o valor do Dólar fica mais caro ou mais barato. 
(Cambio “compra ou venda” do real pela moeda estrangeira).
B. Desentendimento entre os países podem desestabilizar o Comércio exterior, 
ou seja, se os governantes tiverem dificuldades no relacionamento podem preju-
dicar o comércio.
C. Maior concorrência de produtos estrangeiros interno no país prejudicando 
algumas empresas nacionais.
D. Maior burocracia documental para registrar o produto ou serviço comercializado.
E. Necessidade de certificações específicas para determinada região ou bloco 
econômico. Como exemplo União Europeia.
F. Dentre outros.
Isto está na rede
Neste ano de 2020 sofremos com a epidemia COVID – 19 (Coronavírus), 
ondem se intensivou algumas ações no cenário internacional. 
Uma ação importante é o Selo Verde criado pela Europa com o objetivo de 
promover investimentos em atividades sustentáveis. Segundo Jadiel Carva-
lho, colunista do Uol Jornal folha de São Paulo (2020), várias empresas têm 
buscado a certificação do selo; dentre as empresas que já obtiveram o selo 
estão a Empresa Movida (locadora de veículo) e a Empresa Natura (cosmé-
ticos e perfumaria), estão na lista de certificação ainda as empresas Gerdau 
e Magazine Luiza. 
Os critérios analisados para certificação do Selo Verde é a forma de gover-
nança das empresas, modelo de negócio, impacto ambiental, impacto a comu-
nidade e relação com os empregados. É evidente que a obtenção do selo verde 
pode proporcionar às empresas a possibilidade de se manterem no mercado 
no futuro, ou mesmo de abrir novos mercados, dentre outras vantagens.
Fonte: Folha de São Paulo
Disponível em: Uol Folha de São Paulo. 
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/01/empresas-brasileiras-li-
deram-busca-por-selo-global-de-sustentabilidade.shtml./ 
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/01/empresas-brasileiras-lideram-busca-por-selo-global-de-sustentabilidade.shtml./
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/01/empresas-brasileiras-lideram-busca-por-selo-global-de-sustentabilidade.shtml./
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LOGÍSTICA INTERNACIONAL
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Isto acontece na prática
Mercosul e a União Europeia concretizaram as negociações em uma reunião 
ministerial realizada nos dias 27 e 28 de junho de 2019, em Bruxelas. Juntos 
os blocos econômicos MERCOSUL e a União Europeia representam cerca 
de 25% do PIB mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas. O acordo 
representa para os blocos fortalecimento econômico e maior competitividade 
no cenário mundial.
O acordo comercial com a UE constituirá uma das maiores áreas de livre 
comércio do mundo. Cobre temas tarifários quanto de natureza regulatória, 
serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técni-
cas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.
O acordo beneficia o seguimento agrícola em que elimina as tarifas do suco 
de laranja, frutas e café solúvel. Os exportadores brasileiros obterão ampliação 
do acesso, por meio de quotas, para carnes, açúcar e etanol, entre outros. 
As empresas brasileiras serão beneficiadas com a eliminação de tarifas na 
exportação de 100% dos produtos industriais. Em compras públicas, empre-
sas brasileiras obterão acesso ao mercado de licitações da UE, estimado 
em US$ 1,6 trilhão. Os compromissos assumidos também visam agilizar os 
tramites aduaneiros e reduzir os custos dos trâmites de importação, expor-
tação e trânsito de bens.
Segundo estimativas do Ministério da Economia, o acordo MERCOSUL-UE 
representará um incremento do PIB brasileiro de US$ 87,5 bilhões em 15 
anos, podendo chegar a US$ 125 bilhões. 
Fonte: ITAMARATY. Nota 169. Acordo de Associação Mercosul-União Europeia.
Anote isso
A internacionalização da empresa consiste em sua partici-
pação ativa nos mercados externos. Com a eliminação das 
barreiras que protegiam, no passado, a indústria nacional, 
a internacionalização é o caminho natural para que as 
empresas brasileiras se mantenham competitivas. Se 
as empresas brasileiras se dedicarem exclusivamente a 
produzir para o mercado interno, sofrerão a concorrência 
das empresas estrangeiras dentro do próprio país. Por 
conseguinte, para manter sua participação no mercado 
interno, deverão modernizar-se e tornarem-se competiti-
vas em escala internacional (MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES 
EXTERIORES, 2011, p. 12).
http://www.itamaraty.gov.br/images/2019/2019_07_03_-_Resumo_Acordo_Mercosul_UE.pdf
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LOGÍSTICA INTERNACIONAL
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AULA 2
LOGÍSTICA NA ECONOMIA 
GLOBALIZADA
2.1 Introdução
A logística é um grande diferencial para as empresas nos dias atuais, uma vez que, 
bem estrutura pode reduzir custos significativos para as organizações. O grande desafio 
é gerenciar o fluxo intenso de mercadoria dentro e fora do país e garantir que estejam 
no local certo, na quantidade certa, no momento em que a empresa ou o cliente soli-
citar. Mas antes de aprofundarmos nessa temática vamos entender um pouco mais 
os conceitos.
2.2 Definição de Logística
Caro amigo estudante, você já imaginou que no seu dia a dia você faz diversas ativi-
dades que podemos entender como logística? Por exemplo: o simples fato de você olhar 
no seu armário, fazer uma lista de compra, ir ao supermercado, comprar os produtos, 
colocar no seu carro, acomodá-los no seu armário, se você faz estas atividades com 
certeza você é um expert em logística. Pois bem, o que é logística, então? 
A logística é a área da empresa que é responsável por garantir que todos os pro-
dutos estejam disponíveis, seja na empresa ou no mercado, na quantidade certa e no 
momento certo. 
Portanto, podemos entender que a logística engloba ossetores:
Logística de suprimento: está área da logística é responsável pela compra de 
materiais que a empresa utilizará em seu processo, desenvolver fornecedores com 
o objetivo de abastecer a produção da empresa, receber os materiais com o obje-
tivo de garantir que as mercadorias cheguem nas quantidades corretas e cuidar 
para que sejam armazenadas em seus almoxarifados de forma correta até serem 
enviadas para a produção.
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LOGÍSTICA INTERNACIONAL
PROF. ESP. LEANDRO MARQUES
Logística de Transporte: esta área da logística atua na contratação de transportado-
ras, e ou, são as próprias transportadoras. Existem diferentes meios de transporte, 
Marítimas (Navios), Dutos (por tubulação), Rodoviário (Terrestre), Ferroviário (Trens) 
ou aeroviário (aviões). A partir do momento que o material está pronto no fornecedor 
é necessário alocar um transporte para levá-lo até o próximo destino. Chamamos 
estes meios de modal de transporte. 
Logística de Distribuição: esta área da logística é responsável pelos produtos que 
estão prontos para serem comercializados e enviados ao cliente final. É responsável 
por programar o carregamento de veículos, carregar os veículos e qual a melhor 
estratégia para que seu produto chegue ao seu cliente. 
2.3 Definição de Economia
Caros alunos, agora vamos entender o que é economia?
Na visão de Vasconcellos (2012, p.2), conceitua a economia como uma ciência social 
que estuda o comportamento da sociedade e como escolhemos utilizar seus recursos 
produtivos, fatores de produção ou bens e serviços com a finalidade de satisfazer as 
necessidades humanas.
Vamos tentar um exemplo prático: imaginemos hipoteticamente uma empresa que 
obtém um total de 1000 funcionários. Está empresa tem sua planta em uma pequena 
cidade, cuja a grande maioria das pessoas trabalham nesta empresa. Um dia, por ventura, 
o proprietário decidiu encerrar as atividades da empresa e todas as pessoas ficaram 
sem salários. Automaticamente todas as lojas do comércio, supermercado, padarias, 
bares serão afetados, pois as pessoas não têm mais dinheiro para consumir. Esse fato 
irá gerar mais desemprego no comércio local isso chamamos de efeito dominó. 
Para Gremaud (2011, p.1), a teoria econômica visa analisar como determinados 
preços e as quantidades dos bens dos fatores de produção, ou seja, de acordo com 
quantidade disponível um produto pode ser mais barato ou mais caro. Desta forma, 
podemos entender que o preço do produto está diretamente ligado à oferta e demanda 
deste item no mercado.
Por fim, podemos entender que a economia está diretamente ligada a forma que as 
pessoas gastam seu dinheiro, com a saúde financeira das empresas, com os gastos do 
governo e arrecadação de impostos. Todos estes fatores precisam estar em equilíbrio 
para que se tenha uma economia saudável e equilibrada.
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 12
LOGÍSTICA INTERNACIONAL
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Figura 1: Fluxo do sistema econômico
Fonte: do próprio autor
Para que possamos compreender a imagem acima, vamos observar a linha azul claro; 
as pessoas vendem seu trabalho às empresas, as empresas compram essa força de 
trabalho para produzir bens e produtos para disponibilizá-los ao mercado, que por sua 
vez as pessoas consomem estes produtos ou serviço.
Vamos observar agora a linha verde escuro, as pessoas consomem os produtos ou 
serviços disponibilizados pelas empresas no mercado, obtêm uma despesa financeira, 
as empresas por sua vez obtêm receita (dinheiro) pela venda dos produtos no mercado, 
que por sua vez paga salários às pessoas, aluguéis de prédios quando estes são alu-
gados, obtêm lucros, por fim as pessoas obtêm dinheiro para manterem suas famílias.
O governo regula toda essa relação através das leis, arrecada impostos para manu-
tenção dos órgãos públicos, escolas, hospitais, creches, segurança etc.
2.4 Definição de Globalização
Para Giddens (2003.p 1), globalização são formas, reações e efeitos globais que 
podem ser ocasionados por efeitos políticos, econômicos, tecnológico ou cultural que 
por intermédio da tecnologia possibilita o acesso de forma rápida ou até viral em todo 
mundo em um curto espaço de tempo.
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 13
LOGÍSTICA INTERNACIONAL
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O avanço tecnológico encurtou as distâncias entre os lugares, a tecnologia, com 
advento da informática e outras tecnologias, permitiu o contato direto e em tempo real 
facilitando o acesso a produtos sofisticados, como celulares e à informação. É muito 
comum pessoas compartilharem informações em tempo real via whatsapp em qualquer 
parte do mundo. Dessa forma, os chamados efeitos destacados por Giddens (2003), 
sob a ótica da globalização, os relacionamentos entre os países estão mais próximos 
e mais fortes sendo comum à crise de um país afetar o outro economicamente, ou 
vários outros países economicamente.
Portanto, podemos dizer que a globalização está diretamente ligada às pessoas, 
empresas, governos e países diferentes, os quais fazem parte de uma corrente de 
relação com efeitos positivos e negativos. 
2.5 Cenário da Logística Globalizada
Segundo David e Stewart (2010), a globalização dos mercados se deu após a Segunda 
Guerra Mundial, onde a tecnologia e a concorrência fez com que as empresas ofertas-
sem aos seus clientes produtos com o menor preço e de melhor qualidade.
A oportunidade de ofertar estes produtos a outros países devastados pela guerra se 
tornou promissora para muitas empresas, no qual identificaram uma tendência e uma 
oportunidade muito rentável. 
Entretanto, quando uma empresa decide entrar no comércio internacional, requer um 
estudo complexo e detalhado com objetivos claros. Segundo Bowersox (2013) destaca 
uma lista de objetivos e fundamentos que auxiliam as empresas sobre quais objetivos 
buscar quando se trata de uma logística globalizada. Essa lista pode auxiliar a empresa a 
estruturar seu planejamento operacional e corporativo de comercialização internacional.
Lista de objetivos e fundamentação da logística global
A. Aumentar a receita – esse cenário exige a abertura de novos mercados, 
expandir mais que os concorrentes, buscar mercados sem operações locais e 
com menor concorrência possível.
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LOGÍSTICA INTERNACIONAL
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B. Conseguir economia de escala e reduzir custos diretos - enfatiza em buscar 
vantagem produtiva disponível; reduzir o custo com salários e imóveis; reduzir o 
custo de frota, combustível e transporte. 
C. Desenvolver-se tecnologicamente – buscar tecnologia que não estão dispo-
níveis no seu mercado atual e obter conhecimentos e habilidades de linguagem 
com enfoque tecnológico.
D. Reduzir a carga tributária global da empresa – buscar benefícios fiscais rela-
cionados a propriedades/plantas, receita; reduzir estoques ou qualquer outra fonte 
geradora de carga tributária interna na empresa.
E. Reduzir as incertezas de acesso aos mercados – desenvolver o máximo pos-
sível de parceiros locais para evitar as incertezas e os riscos do mercado externo.
F. Melhorar a sustentabilidade corporativa - buscar produtos qualificados e 
profissionais qualificados e bem treinados buscando se desenvolver e crescer de 
forma sustentável.
Quando pensamos em uma logística globalizada estamos falando de ações voltadas 
estrategicamente para o cenário internacional, pois temos variáveis diferenciadas como 
salários, leis, transporte, idioma, cultura etc. 
Precisamos compreender que a crescente demanda no comércio internacional pro-
porciona as empresas muitas oportunidades como também risco. 
Como oportunidades: acesso a novos mercados, informações precisas para pes-
quisa e desenvolvimento de novos produtos (P&D), custo de mão de obra mais barato 
e países com incentivos fiscais que reduzem o custo do produto final, incentivo fiscal 
pelo governo brasileiro.
Como risco: as empresas estão mais suscetíveis à concorrência com produtos mais 
baratos comoa China. Um ponto que as empresas exportadoras brasileiras vivenciam 
constantemente são os embargos e outras penalizações que podem impactar direta-
mente nas empresas e nos trabalhadores brasileiros. Oscilação do câmbio, barreiras 
tarifárias e não tarifárias, e fatores culturais.
Caro aluno, você já se perguntou como as empresas controlam fluxo de materiais 
em outros países, seja na aquisição de produto de um fornecedor, na remessa de uma 
mercadoria para um cliente, ou mesmo, remessa dentro da mesma empresa (Matriz/ 
Filial), mas ambas em países diferentes?
Pois bem, não é fácil e exige das empresas/organizações um elevado esforço pro-
fissional de todas as áreas para que se concretize as operações dentro do planejado e 
estratégia alocada. 
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Isto está na rede
A empresa DHL, líder global em logística, apresenta estudo sobre as tendên-
cias do transporte terrestre. A DHL, divulgou recentemente seu mais recente 
estudo sobre logística para via de transporte terrestre. O relatório revela que a 
evolução acelerada do setor está mudando a maneira de pensar das empre-
sas ao tratar este assunto, e mais especificamente, no momento de adquirir 
suas soluções de transporte. A pesquisa global, realizada com profissionais 
que contratam serviços de transportes e profissionais de operações, revelou 
que 83% das empresas estão dispostas a pagar mais por serviços melhores 
e com mais valor agregado, contanto que eles forneçam um retorno mensu-
rável sobre seus investimentos.
Fonte: IMC BRASIL
Disponível em: https://tinyurl.com/y5uvxn6h
Isto acontece na prática
Na nota abaixo a empresa Toyota ilustra muito bem a questão da logística 
globalizada e sua importância. E todos os objetivos e fundamentos neces-
sários para a logística global.
A empresa Toyota publicou em seu site a visão Global Toyota 2020, sempre 
com foco em criar e desenvolver tecnologias de ponta e oferecer excelentes 
produtos e serviços aos clientes, dentro de um ambiente que promova a cria-
tividade individual e o valor do trabalho em equipe, a Toyota Motor Company 
desenhou, em 2011, sua visão de futuro para o negócio. Conhecida como 
Visão 2020, essa estratégia cascateada para todas as subsidiárias no mundo 
reforça a cultura organizacional, faz parte das metas anuais da empresa e 
lista diversos compromissos para manter a reputação e sustentabilidade do 
negócio em seus processos e relações.
Fonte: Toyota
Disponível em: https://www.toyota.com.br/mundo-toyota/sustentabilidade/
ptbr/visao-global. 
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Anote isso
O conceito de Logística segundo o Council of Logistic 
Management (1996) pode ser definido como sendo o 
“processo de planejar, implementar e controlar a eficiên-
cia, o fluxo e armazenagem de mercadorias, serviços e 
informações correlatas, do ponto de origem ao ponto de 
consumo, com o objetivo de atender às exigências dos 
clientes.”(MESQUITA, 2009, p.8).
A globalização, em tese, é um meio, um fenômeno, um 
processo que visa aproximar Nações e povos, com a 
implementação, em foro mundial, de culturas, políticas 
e economias através da comunicação e dos transportes. 
O avanço da tecnologia proporciona a integração das 
Nações, unindo o Norte ao Sul, quebrando barreiras e 
impondo o capitalismo por todos os cantos do mundo 
(MACHADO, MATSUSHITA, 2018, p.2).
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 17
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AULA 3
GESTÃO DA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS GLOBALIZADA
A gestão da cadeia de suprimentos não é algo fácil de se fazer, exige muito esforço 
das empresas.
Primeiramente, precisamos entender o que é uma cadeia de suprimentos, e mais é 
que o envolvimento de todos os parceiros, áreas das empresas e mercado consumidor, 
tudo e todos que se envolvem para que o produto possa ser produzido, e disponibilizado 
ao consumidor final. Em algumas literaturas a cadeia de suprimentos é identificada 
como Supply chain.
3.1 Definição de Cadeia de Suprimentos
Para Kearney (2004), o gerenciamento da cadeia de suprimentos está fundamentado 
nas reais necessidades do cliente, o que o mercado precisa, após essa etapa, todas as 
áreas são sincronizadas para criar sinergia e relacionamentos cooperativos, vinculados 
ao gerenciamento do fluxo de informação e o fluxo físico entre as áreas envolvidas.
Vamos lá então!
A cadeia de suprimentos é fundamental para que as empresas possam produzir 
seus produtos e nela está inserida as seguintes áreas: 
• Mercado Cliente – todo produto só existe no mercado porque alguém está 
disposto a compra-lo.
• Planejamento de Vendas – é a área da empresa que faz a leitura do mercado, 
projeta o volume que o mercado irá consumir, e qual a quantidade de produto irá 
produzir para vender.
• Planejamento de Materiais/Produção – estima qual o montante de material, 
insumos, matéria-prima, mão de obra, horas-máquina precisará para produzir a 
quantidade planejada pela área de vendas, e ainda tem a responsabilidade de che-
car se a produção tem capacidade, se haverá necessidade de contratação de mão 
de obra, e quantos dias que cada produto levará para ser produzido.
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• Compras – tem a função de buscar fornecedores no mercado e comprar as 
matérias-primas e insumos necessários para sua empresa.
• Fornecedor - empresa que fornece matéria-prima ou insumos para fabricação 
de outros produtos.
• Logística interna – é a movimentação dos produtos dentro da própria 
empresa, ou filiais na mesma cidade.
• Manufatura - é a área da empresa que constrói o produto também chamada de 
fabricação ou linha produção.
• Expedição – almoxarifado onde ficam armazenados os produtos acabados e 
prontos para ir ao cliente. Esta área ainda efetua o carregamento dos veículos para 
destiná-los ao consumidor final.
• Logística de distribuição – setor que cuida estrategicamente, identifica quais 
são as melhores opções de transporte e qual a melhor forma de distribuir o pro-
duto, seja por um operador logístico ou armazém geral.
• Atacado e varejo – o mercado de atacado disponibiliza somente para empre-
sas que atuam vendendo para outras empresas, o varejo são empresas que vende 
para a população em geral.
Figura 2: Fluxo da cadeia de suprimentos
Fonte: Próprio autor
Council of Logistics Management (apud MARTINS; LAUGENI, 2005, p. 170) Supply 
Chain Management entende o conceito de integração da empresa com todas as fir-
mas da cadeia de suprimento, fornecedores, clientes e provedores externos de meios 
logísticos, compartilham informações e planos necessários para tornar o canal mais 
eficiente e competitivo, sendo este canal acompanhado e monitorado para que não 
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ocorra desvios além dos planejados estrategicamente. Este compartilhamento é mais 
profundo, acurado e detalhado, promovendo sinergia entre todos os elos da cadeia.
Vamos entender um pouco da prática o detalhamento das áreas?
Caro aluno, você já imaginou na prática a dificuldade de uma empresa para geren-
ciar um fornecedor que reside em outro país? Imaginemos hipoteticamente que falte 
um produto na linha de produção, este item levará um determino tempo, dias ou até 
meses até ser reposto, diferente de um fornecedor nacional, isto sem falar nas outras 
dificuldades, como documentação e transporte internacional para disponibilizar este 
produto dentro da sua empresa.
Por este motivo a área de suprimentos deve ter um estoque maior dos itens importa-
dos, pois demoram mais para chegar na empresa. O fornecedor deve receber uma lista 
antecipada de todos os itens que irá fornecer à sua empresa. Os transportes devem 
ser agendados com antecedência, para evitar atrasos. Outro ponto muito relevante 
que deve ser considerado é o tempo necessário para liberação alfandegária (órgãodo 
governo que fiscaliza as exportações e importações). 
Podemos entender que a cadeia de suprimentos da empresa é essencial para que 
a atividade fim da empresa possa ser desempenhada e tenha sua missão cumprida 
entregando produtos de qualidade ao seu cliente final.
Isto está na rede
As grandes empresas diante da crise do Covid-19 passaram a fazer o papel 
dos bancos, atuando com capital financeiro para seus fornecedores. As peque-
nas empresas têm várias dificuldades para obter e acessar as linhas de crédito 
emergenciais do governo e para que as grandes empresas não sofram com 
falta de matéria-prima e insumos em seus processos produtivos, e produtos 
disponíveis aos clientes passaram a financiar operações em seus fornece-
dores e distribuidores. 
Enquanto de um lado houve dilatação nos prazos de cobrança dos clien-
tes da distribuição que tiveram estabelecimentos fechados nas cidades em 
quarentena, de outro, a necessidade de garantir o fluxo de suprimentos no 
retorno das atividades vem exigindo a antecipação de pagamentos a forne-
cedores que sofrem com a insuficiência de caixa em razão do longo período 
de interrupção dos pedidos.
Fonte: Portal G1 – Revista Época
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Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2020/07/
epoca-negocios-grandes-empresas-viram-bancos-de-fornecedores-que-nao-
-obtem-credito.html
Isto acontece na prática
 A Empresa Unilever publicou em seu site “Gestão de Fornecedores” onde 
abre diálogo permanente com nossos parceiros estimulando a adoção de 
boas práticas de sustentabilidade na cadeia de suprimentos. No Brasil, man-
temos relacionamento com cerca de 6 mil empresas de diferentes portes e 
setores, instaladas em distintas regiões do país. A gestão desses fornece-
dores valoriza o diálogo, o controle de riscos, a adoção de boas práticas e a 
conformidade com os princípios globais da companhia. Ela ocorre em três 
níveis: nacional (Brasil), regional (América Latina) ou global, sendo a maioria 
das grandes negociações realizadas pela Unilever’s European Supply Chain 
Company (USCC), na Suíça.
Caracteriza seus fornecedores em três categorias sendo: de itens produtivos 
(ou seja, de materiais que são utilizados na fabricação de nossos produtos, 
como ingredientes e embalagens); de itens não produtivos (materiais de escri-
tório, por exemplo); e logísticos, que atuam no transporte de matérias-primas 
e na distribuição de produtos acabados.
Dessa forma, consegue gerenciar a cadeia de suprimentos e o relaciona-
mento envolvido, que enfatiza uma estratégia em redução de custo elevando 
a qualidade de matérias-primas, insumos e serviços; e assegura que suas 
atividades respeitem princípios de sustentabilidade, com ênfase em direitos 
humanos, gestão social e ambiental.
Nos últimos anos a empresa Unilever desenvolveu o sistema que permite o 
monitoramento da cadeia de suprimentos, o aprimoramento das relações 
comerciais e a adoção das melhores práticas. Intitulada Unilever Supplier Qua-
lification System (USQS), a ferramenta serve para o cadastro de toda empresa 
que fornece para a Unilever com foco na primeira etapa do projeto em forne-
cedores de itens produtivos. Reúne informações essenciais para a realização 
de avaliações de risco e auditorias. Com base nos dados inseridos no sistema, 
a área de compras consegue entender os potenciais riscos de compra de 
matérias-primas e insumos de fornecedores o sistema ainda analisa ele-
mentos como condições de trabalho, aspectos ambientais e conformidade 
a requisitos legais.
Fonte: Unilever
Disponível em: https://www.unilever.com.br/about/gestao-de-fornecedores/
https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2020/07/epoca-negocios-grandes-empresas-viram-bancos-de-fornecedores-que-nao-obtem-credito.html
https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2020/07/epoca-negocios-grandes-empresas-viram-bancos-de-fornecedores-que-nao-obtem-credito.html
https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2020/07/epoca-negocios-grandes-empresas-viram-bancos-de-fornecedores-que-nao-obtem-credito.html
https://www.unilever.com.br/about/gestao-de-fornecedores/
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Anote isso
A logística empresarial desponta neste cenário como uma 
importante fonte de vantagem competitiva. A tríade pro-
duzir, transportar e vender atingiu volumes jamais vistos, 
exigindo que o fluxo de produtos/serviços seja o mais 
eficaz e eficientemente possível (MARTINS; LAUGENI, 
2005, p. 5). 
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AULA 4
PANORAMA GERAL DA 
EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO: 
1ª PARTE
O Comércio Exterior brasileiro já conhecido no mundo todo, pela exportação prin-
cipalmente de commodities, iniciada há décadas passadas pela exportação de café.
 Atuar no comércio internacional não é uma tarefa fácil, mas pode beneficiar o país, 
as empresas e própria população. Para Soares (2004, p.13), ressalta que o Comércio 
Exterior está relacionado a uma negociação de compra e venda efetuada por países 
diferentes que o transporte será internacional e haverá um pagamento, sendo este na 
moeda internacional onde tem-se a necessidade de troca pela moeda nacional deno-
minado Cambio.
Uma operação de compra e venda internacional como aquela em 
que dois ou mais agentes econômicos sediados e/ou residentes em 
países diferentes negociam uma mercadoria que sofrerá um trans-
porte internacional e cujo resultado financeiro sofrerá uma operação 
de câmbio. (SOARES, 2004, p. 13).
Na visão de Souza (2003, p. 37) destaca que o comércio exterior pode ser conceituado 
como a troca de mercadorias e serviços entre agentes econômicos que operam sobre 
as regras da legislação nacional, sendo transações comerciais de cunho totalmente 
capitalista, sem a participação direta do governo nas operações comerciais.
Figura 3: Navio porta container
Disponível em: https://visualhunt.com/f4/photo/1470384345/ac414bc9dc/
https://visualhunt.com/f4/photo/1470384345/ac414bc9dc/
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Figura 4: Carregamento de navio porta container
Disponível em: https://visualhunt.com/f4/photo/31851899451/e64eca999e/
Você deve estar se perguntando como se controla isso!!!!!
O governo brasileiro gerencia o comércio exterior através do Balanço de Pagamentos. 
Segundo o Dicionário Financeiro (2020), o Balanço de Pagamento é controlado pela 
Contabilidade Nacional (órgão governamental de contabilidade pública que evidencia 
o comércio entre a nação e outros países que existe uma relação comercial). Este 
registro é feito pelo Banco Central, em transações onde há trocas entre residentes e 
não residentes da nação, em certo período de tempo.
Temos ainda a Balança Comercial que registra o volume de exportação e importações 
realizadas em um determinado período. Quando as exportações obtêm um volume mais 
alto que as importações, denominado Superávit, quando o volume das importações é 
maior que o volume das exportações denominado de Déficit. 
Você deve estar se perguntando o porquê de superávit e déficit é simples, caro aluno. 
Quando a empresa exporta, ela recebe receita pela venda e tem lucro, mas quando a 
empresa importa ela paga um fornecedor e tem um gasto. Por este motivo o governo 
incentiva as exportações, promove a riqueza e desenvolvimento no país de origem.
4.1 Incentivo Fiscal na Exportações
Do ponto de vista governamental é saudável e benéfico para os países e empresas 
exportarem. Para que tal atividade aconteça o governo incentiva a prática reduzindo a 
carga de tributos sobre a exportação.
https://visualhunt.com/f4/photo/31851899451/e64eca999e/
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De acordo com o Ministério da Economia (2020), os produtos exportados não 
sofrem incidência de IPI (Imposto de produtos industrializados), ICMS(Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias e Serviços), COFINS (Contribuição para o Financiamento 
da Seguridade Social). O montante financeiro (receita) decorrente de exportação são 
isentas do PIS (Programa de Integração Social), PASEP (Programa de Formação de 
Patrimônio do Servidor Público) e IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) aplica-
das sobre o Câmbio.
4.2. Exportação Direta e Exportação Indireta
4.2.1 Exportação Direta 
A exportação direta é aquela onde o exportador possui um relacionamento direto 
com o importador sem intermediários, o exportador fatura diretamente seu produto ao 
próprio importador. Esse tipo de exportação exige que a empresa já obtenha uma estru-
tura exportadora, sendo necessário conhecimento em todas as áreas e processos para 
formalização das exportações como: conhecimento do país de destino, conhecimento 
dos processos aduaneiros tanto de exportação quanto importação, conhecimento sobre 
políticas e acordos internacionais, formas de acomodação dos produtos, acesso a 
transportes internacionais e transações bancárias específicas para exportação, idioma 
e cultura. Nesta modalidade, a empresa pode optar por um vendedor direto, ou um 
agente comercial, a diferença entre ambos é que o vendedor reside no país de origem, 
já o agente comercial reside no país em que se pretende exportar.
4.2.2 Exportação Indireta
Caro aluno, a exportação indireta como o próprio nome já fala, o exportador não tem 
contato direto com o importador, sendo intermediada por um terceiro. Normalmente, 
essa venda é efetuada por empresas comerciais que operam e distribui produtos em 
outros países como: grandes redes de atacadista como Hipermercado Macro; Lojas 
C&A, ou por meio de Trading Companies que são empresas exportadoras que compram 
produtos de outras empresas, inserem suas marcas e revende no mercado externo.
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Isto está na rede
Em janeiro de 2018 a Revista IstoÉ, publicou que Grupo C&A fundada em 1841 
está nas mãos da mesma família desde então, estaria em negociações com 
de grupo de investidores chineses para negociarem a venda da empresa. A 
C&A é um dos maiores varejista do mundo e cada vez mais com a mudança 
do comércio vem enfrentado uma brutal concorrência.
Continue lendo a reportagem na integra. 
Fonte: Revista IstoÉ
Disponível em: https://www.istoedinheiro.com.br/ca-moda-da-china/
Isto acontece na prática
Segundo Vilella (2020), Agencia Brasil, o país fecha o ano de 2019 com US$ 
46 bilhões de dólares na Balança comercial, fechando então com superávit 
comercial no ano.
Para que o Brasil tenha fechado com superávit no ano, significa que o 
mesmo exportou mais que importou segundo informação da contabilidade 
nacional. O registro de transações comerciais vinculadas às exportações 
somaram um total de US$ 224,01 bilhões frente a um total de US$ 177,34 
bilhões de importações.
Entretanto, comparado aos anos anteriores houve uma queda no volume de 
transações negociadas motivadas pela crise Argentina, importante compra-
dor do Brasil. A crise suína na china, tem correlação diretamente a exportação 
de soja brasileira, o impacto em espécie destes dois fatores representou na 
balança comercial um impacto de US$ bilhões.
Fonte: Agencia Brasil
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-01/
balanca-comercial-fecha-2019-com-superavit-de-46bilhoes
Anote isso
O primeiro passo para a empresa que deseja exportar 
é definir O QUE venderá nos mercados estrangeiros. A 
empresa deve identificar, dentro de sua linha de produtos, 
aqueles que atendam às necessidades e às preferências 
https://www.istoedinheiro.com.br/ca-moda-da-china/
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-01/balanca-comercial-fecha-2019-com-superavit-de-46bilhoes
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-01/balanca-comercial-fecha-2019-com-superavit-de-46bilhoes
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dos consumidores dos mercados estrangeiros a serem 
explorados. A empresa também deve estar atenta a 
questões como níveis de preços praticados no exterior, 
processos de distribuição do produto no mercado alvo, 
aspectos relacionados à promoção do produto no mer-
cado, capacidade de produção da empresa, embalagem, 
disponibilidade de transporte para o exterior, exigências 
tarifárias e não tarifárias praticadas no mercado de des-
tino, concorrência etc. Para tanto, é preciso que a empresa 
reúna a maior quantidade possível de informações sobre 
o país ou os países para os quais deseja exportar (MRE, 
2011, p.18).
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AULA 5
PANORAMA GERAL DAS 
EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES: 
2ª PARTE
5.1 Conceitos e definições Aduaneira 
Caro aluno, para entendermos os conceitos que envolve o comércio exterior, preci-
samos compreender o que significa recinto alfandegado ou aduana.
A alfândega ou aduana são recintos controlados pela Receita Federal brasileira 
com o objetivo de fiscalizar e controlar a entrada e saída de produtos importados ou 
exportado a outros países.
A alfândega ou aduana são repartições públicas que têm a função de fiscalizar os 
materiais físicos, fiscalizar o trâmite documental, pagamento de impostos atribuídos 
na exportação e importação, respeito ao cumprimento das normas internacionais e 
acordos firmados com outros países, coleta e divulgação de dados estatísticos, prote-
ção da herança cultural do país e facilitação do comércio internacional.
Alfândega (do árabe al-fundaq, “hospedaria”, “estalagem”) ou aduana 
(do árabe ad-dīwān, “registro”, “escritório”) é uma repartição gover-
namental oficial de controle do movimento de entradas e saídas 
de mercadorias para o exterior ou dele provenientes, responsável, 
inclusive, pela cobrança dos tributos pertinentes (GUEIROS, 2020).
Alfândega ou Aduana são uma coisa só: uma repartição sob adminis-
tração federal que jurisdiciona todo o território nacional com o obje-
tivo de controlar a entrada e saída do país de pessoas, mercadorias 
e veículos. É a repartição pública que controla fundamentalmente a 
importação e a exportação (GUEIROS, 2020).
Bem, agora que entendemos o que significa alfândega ou aduana, precisamos 
entender onde estão presentes. Para esta temática precisamos partir do conceito de 
zona primaria e zona secundária.
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• Zona secundaria: diz respeito a todo o território brasileiro, seja no céu, na água 
ou terra firme, ou seja, o país como todo. Se houver qualquer movimentação de 
bem ou serviço, ou de qualquer outra natureza dentro dos limites do país, deve 
ser submetido ao controle do governo chamado de controle aduaneiro, portanto é 
comum denominarmos todo o território brasileiro como território aduaneiro, por-
que quando citamos o termo aduaneiro automaticamente podemos entender que 
há submissão ao governo brasileiro e precisa seguir suas regras e leis. Se porven-
tura houver alguma movimentação dentro do território aduaneiro sem o conheci-
mento dos órgãos governamentais competentes, será considerado ilegal e pode 
ser enquadrado como contrabando e descaminho de mercadorias (RECEITA FEDE-
RAL, 2020).
• Zona primária: é constituída pelos portos, aeroportos e pontos de fronteira 
alfandegados. São locais em que há a presença de autoridades aduaneiras (pontos 
de fiscalização), para checar a entrada e saída de mercadorias do país. É de respon-
sabilidade da zona primária checar o trânsito aduaneiro de qualquer tipo de modal 
de transporte (navios, aviões, trens, caminhões, dutos). Nas zonas primárias tem-se 
a checagem de pessoas físicas que entram e saem do país constantemente, seja 
para um cruzeiro marítimo internacional ou por voos internacionais.
Figura 5: Visão aérea da Aduana Brasil x Paraguai 
Fonte: Google Earth
Disponível em: https://tinyurl.com/yx8qgjudFACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 29
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Figura 6: Aduana Brasil x Paraguai 
Fonte: Google Earth
Disponível em: https://tinyurl.com/kne87tq
Isto está na rede
Como sabemos, a fronteira do Brasil com o Paraguai é um dos pontos prin-
cipais visado para contrabando de produtos, devido à vasta extensão terri-
torial o que dificulta a fiscalização, ou a outro fator, sendo a alta de demanda 
de ambulantes que visitam todos os dias o país do Paraguai para comprar 
mercadorias e revender em solo brasileiro. Segundo o jornal CNN, o colunista 
Motta (2020) destacou o aumento de 232% de contrabando na fronteira do 
Brasil x Paraguai. Os contrabandistas visam os seguintes produtos: cigarros, 
produtos eletrônicos e veículos roubados.
Caro aluno, leia a reportagem na íntegra.
Fonte: CNN Internacional
Disponível em: https://tinyurl.com/y4b3rus9
Isto acontece na prática
A Receita Federal, com o apoio e suporte da Polícia Federal, fiscaliza cons-
tantemente os portos brasileiros. No mês de novembro de 2019 a Receita 
Federal apreendeu nos Portos de Santos e Paranaguá apreendeu, mais de 1 
tonelada de Cocaína. 
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A droga apreendida no porto de Santos estava dentro de um container mis-
turada com uma carga de café destinada à Europa com baldeação na Itália. 
A polícia utilizou cães de faro na operação que sinalizaram a presença da 
droga. Suspeita-se ter ocorrido a técnica criminosa denominada “rip-on/
rip off”, em que a droga é inserida em uma carga sem o conhecimento dos 
exportadores e importadores.
Figura 7: Apreensão de Cocaína no porto de Paranaguá
Fonte: Receita Federal 
Disponível em: https://tinyurl.com/y2prgu39
No Porto de Paranaguá, a droga tinha como destino a Bélgica e estava mis-
turada com uma carga de ácido cólico, sendo a segunda apreensão mistu-
rada com uma carga de frango congelado que tinha como destino o Porto 
de Algeciras na Espanha. Ambas as apreensões contaram com a ajuda de 
escâner de cargas.
Fonte: Ministério da Economia – Secretaria da Receita Federal
Disponível em: https://tinyurl.com/y3psgayt
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Anote isso
O controle aduaneiro possui três vertentes principais, que 
são o controle das mercadorias, dos veículos que trans-
portam estas mercadorias e dos locais por onde elas 
transitam ou ficam armazenadas. Com relação aos locais, 
uma das formas utilizadas para exercer este controle é a 
restrição de locais por onde as mercadorias importadas 
ou a serem exportadas podem transitar ou ficar armaze-
nadas. Para fins de controle aduaneiro, o território nacional 
é dividido em zona primária e zona secundária. A zona 
primária é constituída pelos portos, aeroportos e pontos 
de fronteira alfandegados. A zona secundária é o restante 
do território nacional (RECEITA FEDERAL, 2020).
Somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira 
alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de 
mercadorias procedentes do exterior ou a ele destina-
das (Regulamento Aduaneiro, art. 8º). Outra restrição 
adotada é a referente aos recintos aonde as mercado-
rias importadas podem ficar, aguardando o despacho 
aduaneiro, que têm que ser alfandegados (RECEITA 
FEDERAL, 2020).
Os recintos alfandegados serão assim declarados pela 
autoridade aduaneira competente, na zona primária ou 
na zona secundária, a fim de que neles possam ocorrer, 
sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e 
despacho aduaneiro de: mercadorias procedentes do exte-
rior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro 
especial; bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou 
a ele destinados; remessas postais internacionais (Regu-
lamento Aduaneiro, art. 9º). (RECEITA FEDERAL, 2020).
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AULA 6
TRATAMENTO ADMINISTRATIVO 
NAS IMPORTAÇÕES E 
EXPORTAÇÕES: 1ª PARTE
6.1 Tratamento Administrativo
Para que ocorra uma exportação ou importação é necessário submeter todas as 
mercadorias e serviços produzidos no Brasil com destino a outras nações, ou oriundas 
do mercado externo ao tratamento administrativo brasileiro para formalizar a saída ou 
a entrada deste produto do Brasil. 
6.1.1 Sistema Integrado do Comércio Exterior – SISCOMEX
O Sistema Integrado do Comércio Exterior – SISCOMEX, segundo o Ministério das 
Relações Exteriores - MRE (2011, p.48), criado no ano de 1992 o SISCOMEX visa 
informatizar os processos do despacho aduaneiro das exportações e importações 
brasileiras, facilitando o fluxo de informações e gestão por parte das empresas e do 
próprio governo. O sistema integra atividades de registro e controles relacionados ao 
comércio exterior, gerenciado pela Secretaria do Comércio Exterior - SECEX e demais 
órgãos governamentais como:
• Ministério da Economia (ME).
• Receita Federal do Brasil (RFB).
• Banco Central do Brasil (BACEN).
Órgãos “anuentes” como:
• Comando do Exército (COMEXE).
• Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
• Departamento da Polícia Federal (DPF).
• Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
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• (IBAMA), entre outros.
Para que as empresas possam ter acesso ao SISCOMEX é necessário efetuar um 
cadastro formal para checar se a empresa solicitante tem competências técnicas para 
utilizar o portal, caso não tenha essas competências as empresas podem solicitar a uma 
empresa terceira, por exemplo, um Despachante Aduaneiro, podemos entender como 
despachante aduaneiro o mesmo “despachante” que conhecemos para a emissão de 
documentos de veículo, a única diferença é que o despachante aduaneiro providência 
toda a documentação necessária da exportação/importação e os registros necessários 
no plataforma do SISCOMEX, pode ainda utilizar Receita Federal do Brasil (salas de 
contribuintes); corretoras de câmbio; agências bancárias que realizam operações de 
câmbio; outras entidades habilitadas.
A plataforma visa simplificar o processo do comércio exterior, tornando o ágil, des-
burocratizado e principalmente reduzir custo para as empresas. Vale ainda lembrar que 
através da plataforma do SISCOMEX o governo pode vedar a exportação ou importação 
que não estão enquadrados de forma correta, ou que venha ter alguma restrição quanto 
a sua entrada ou saída no Brasil.
Figura 8: Simulador do SISCOMEX
Fonte: Portal do Siscomex
Disponível em: https://portalunico.siscomex.gov.br/talpco/#/simular-ta?perfil=publico
6.1.2 Registro de Exportadores e Importadores (REI)
Segundo o Ministério da Economia (2020), em maio de 2010, houve a necessidade 
de criar o registro das empresas exportadoras e importadoras denominado (REI). Esse 
cadastro deve ser efetuado junto a Secretária do Comércio Exterior – SECEX, sendo 
esta inscrição automática no ato da primeira operação sem muitas formalidades. As 
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pessoas físicas (agricultor ou pecuarista, com registro no Incra, artesãos, artistas ou 
assemelhados, registrados como profissionais autônomos) deverão solicitar o cadastra-
mento no REI ao DECEX – Departamento de Operações de Comércio Exterior da SECEX.
Segundo MRE (2020), cabe a SECEX o gerenciamento do REI, portanto a mesma 
pode ser negada, suspensa ou até mesmo cancelada no caso de infrações por parte 
da empresa no âmbito fiscal, legal, cambial e de comércio exterior, ou de abuso de 
poder econômico.
Vale a pena destacar que, pessoa física somente poderá exportar mercadorias em 
quantidades que não revelem prática de comércio e desde que não se configure habi-
tualidade, exceto aqueles que comprovem necessidade comercial, na SECEX ou em 
entidades por ela credenciadas, tratar-se de: agricultor ou pecuaristacujo imóvel rural 
esteja cadastrado no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA); 
Artesão, artista ou assemelhado, registrado como profissional autônomo. 
6.1.3 Nomenclatura – Classificação de Mercadorias
Segundo o Ministério da Economia (2020), nomenclatura é um sistema de codifica-
ção numérica para cada produto/mercadoria existente como nosso RG - registro de 
identidade de pessoa física ou CPF.
A Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM como é chamada serve para identi-
ficar todas as mercadorias que têm como origem o Bloco Econômico do Mercosul – 
Mercado Comum do Sul, cujo o Brasil faz parte juntamente com Argentina, Paraguai, 
Uruguai, Venezuela e outros que explicaremos em aulas futuras, por hora precisamos 
compreender que a NCM serve para que os produtos deste bloco econômico tenha 
algumas vantagens quando comercializadas para outros países ou blocos econômi-
cos por este motivo precisa ser identificado corretamente para obter essas vantagens 
comerciais e financeiras.
Prezado aluno, ainda seguindo a contextualização do Ministério da Economia (2020), 
a NCM serve para controle de todas as operações de comércio exterior no Mercosul e 
fora dele, pois determina isenção de tributos, estabelece direitos de defesa comercial, 
dados estatísticos, de tratamentos administrativos, de licença de importação etc.
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Em resumo a classificação fiscal de mercadorias nada mais é que o processo de 
determinação do código numérico que irá representar a mercadoria, obedecendo-se 
aos critérios estabelecidos na NCM.
Isto está na rede
As pequenas empresas estão cada vez mais se lançando no mercado inter-
nacional e abrindo negociações com outros países. De acordo com o Sebrae 
(2018), o último dado informado seria que as pequenas empresas já repre-
sentam 40% do montante das empresas brasileiras que comercializam com 
outros países. A maioria das pequenas empresas exportadoras estão con-
centradas na região sul e sudeste.
Caro aluno, esta é uma leitura muito bacana, sugerimos que leia o texto na íntegra. 
Fonte: DataSebrae
Disponível em: https://tinyurl.com/y4pfz4lp. Acesso em: 12 de jul. de 2020.
Isto acontece na prática
Parabéns, você já passou por várias etapas do comércio exterior, vamos 
aprofundar mais um pouco utilizando o simulador do SISCOMEX? Achamos 
interessante demonstrar na prática o simulador da plataforma do SISCOMEX.
No simulador do SISCOMEX é possível acessarmos todos as informações 
sobre a NCM para não inserirmos informações errôneas no sistema e assim 
travar o processo de exportação/importação.
Na figura abaixo temos o campo de Classificação onde você possui 4 opções 
para pesquisa de NCM:
• Consultar NCM: neste caso você precisa inserir a classificação fiscal do 
produto, mas você não sabe qual é, você pode utilizar esta opção do sistema 
para localizar de forma rápida e tranquila a classificação do produto.
• Notas NCM: neste campo você pode utilizar as notas fiscais emitidas pela 
empresa para pesquisa da classificação fiscal do produto.
• Pesquisar histórico: serve para você gerar um relatório e utilizar como 
dados estatísticos.
• Gerar Tabela NCM: é possível você gerar tabelas com todas as NCM e clas-
sificação de mercadorias global.
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Figura 9:Simulador do SISCOMEX 
Disponível em: https://portalunico.siscomex.gov.br/talpco/#/simular-ta?perfil=publico
Anote isso
A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) é fundamen-
tal para determinar os tributos envolvidos nas operações de 
comércio exterior e de saída de produtos industrializados.
Além disso, a NCM é base para o estabelecimento de 
direitos de defesa comercial, sendo também utilizada 
no âmbito do ICMS, na valoração aduaneira, em dados 
estatísticos de importação e exportação, na identifica-
ção de mercadorias para efeitos de regimes aduaneiros 
especiais, de tratamentos administrativos, de licença de 
importação, etc. 
(MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2020).
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AULA 7
TRATAMENTO ADMINISTRATIVO 
NAS IMPORTAÇÕES E 
EXPORTAÇÕES: 2ª PARTE
7.1 Documentos Exigidos para Exportação e Importação
Pessoal, vamos lá? 
O portal do SISCOMEX contém um documento denominado de DU-E (Declaração 
Única de Exportação) é um documento eletrônico onde se inseri diretamente na plata-
forma informações de natureza aduaneira, administrativa, comercial, financeira, tribu-
tária, fiscal e logística que servirá de base para o despacho aduaneiro de exportação.
Vamos entender um pouco mais a fundo as informações necessárias.
O MRE (Ministério das Relações Exteriores) controla as exportações e importações 
a partir dos seguintes documentos:
• Documentos referentes ao Contrato 
de Exportação.
• Fatura Pró-Forma.
• Carta de Crédito.
• Letra de Câmbio.
• Contrato de Câmbio.
7.1.1 Documentos Referentes ao Contrato de Exportação
Segundo o MRE (2011), o contrato de exportação é composto de uma série de pro-
cessos registrados via sistema sendo:
• Registro de Exportação no SISCOMEX: como vimos anteriormente, ao cadas-
trar as informações na plataforma do SISCOMEX, no final teremos o número de 
registro da DU-E Declaração Única de Exportação.
• Registro de Operação de Crédito (RC): é um conjunto de informações de 
caráter comercial, financeiro e cambial nas exportações realizadas a prazo e com 
incidência de juros separadamente, em outras palavras exportações financiadas. É 
outro incentivo que o governo concede às empresas exportadoras conhecido como 
Adiantamento Crédito de Exportação – ACE.
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• Solicitação de Despacho (SD): é a declaração do despacho de exportação ou 
importação que deve ser apresentada à Receita Federal.
• Nota Fiscal: nota fiscal do produto, devemos ficar atentos caso seja uma 
exportação direta a NF deve ser emitida em nome do importador, caso seja indireta 
não tem essa necessidade.
• Conhecimento de Embarque: denominado com Bill of Landing para o transporte 
Marítimo e Airway Bill para o aéreo, transfere temporariamente a posse da mercado-
ria legalmente ao transportador, também serve para comprovar que a mercadoria 
já foi expedida.
• Fatura Comercial (Commercial Invoice): nota fiscal do produto.
• Romaneio (packing list): tem a finalidade de auxiliar na fiscalização do pro-
duto na alfândega, uma vez lista todos os volumes a serem embarcados e lote de 
cada volume.
Ainda podem solicitar outros documentos: 
• Certificado de Origem: quando o produto pertencer a algum bloco econômico 
como o Mercosul.
• Legalização Consular: documento emitido no Brasil e para que possa ter efeito 
legal em outros países é necessário que ele passe por uma autenticação especial, 
chamada legalização consular ou consularização que reconhece assinaturas e 
selos oficiais em documentos.
• Certificado Apólice de Seguro: seguro da Mercadoria.
• Borderô ou Carta de Entrega: é um protocolo emitido pelo banco negociador 
do câmbio.
Figura 10: Atividade Portuária
Fonte: https://pixabay.com/photos/container-van-export-travel-cargo-2568197/
https://pixabay.com/photos/container-van-export-travel-cargo-2568197/
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7.1.2 Fatura Proforma
Conhecida como proforma invoice, podemos imagina-la como uma cotação onde 
são apresentadas ao possível comprador as características do produto, condições da 
venda, quantidade, preço, peso, embalagem, incoterms negociado, local de entrega, 
embarque/desembarque, condições de pagamento, validade da cotação e a assinatura 
do importador/exportador.
7.1.3 Carta de Crédito
É um documento que o importador envia ao exportador para confirmar a compra 
do produto, bem semelhante ao pedido de compra. Esse documento é uma segurança 
para exportador que irá recebero pagamento pela exportação e para o importador a 
segurança que receberá o produto, pois toda a operação é segurada por bancos que 
resguardam o exportador e o importador.
7.1.4 Letra de Câmbio
A Letra de Câmbio é um documento de título de crédito no mesmo valor da nota fiscal 
que garante ao exportador o recebimento da mercadoria. Este documento contém as 
mesmas informações de uma duplicata convencional. 
7.1.5 Contrato de Câmbio
Este documento é firmado como garantia do exportador vender a moeda estrangeira 
ao banco autorizado a operar com câmbio como por exemplo o Banco do Brasil.
Isto está na rede
Segundo a Revista Exame (2020), o Banco Interamericano de Desenvolvi-
mento (BID), o Sebrae, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Apex-
-Brasil promoveu em junho de 2020 a rodada internacional de negócios do 
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setor de alimentos e bebidas em um ambiente completamente virtual com o 
objetivo de incentivar as pequenas e médias empresas a exportarem. 
O objetivo foi conectar empresas de toda a América Latina, além dos Estados 
Unidos, Índia, Emirados Árabes e Canadá, que atualmente já somam mais de 
500 empresas registradas, das quais 240 foram aprovadas.
Fonte: Revista Exame
Disponível em: https://exame.com/pme/em-evento-virtual-pequenas-empre-
sas-poderao-exportar-bebidas-e-alimentos/
Isto acontece na prática
A Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimento), 
segundo Muniz (2019), publicou que as pequenas empresas também podem 
exportar. Através da plataforma gratuita do Peiex (Programa de qualificação 
para exportação) o programa atua em 22 estados e desde 2008 já atendeu 
várias empresas.
Para que a empresa consiga exportar é necessário ser uma empresa legali-
zada com CNPJ e tenha um produto com condições de concorrer no mercado 
externo, caso seja do segmento de alimento precisa ter validade mínima de 
um ano. 
Leia este artigo na íntegra.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mpme/2019/08/exportar-nao-
-e-so-para-empresa-grande-diz-especialista.shtml
Anote isso
O Despacho Aduaneiro de Exportação é processado por 
meio do SISCOMEX. No caso de exportações terrestres, 
lacustres ou fluviais, além da primeira via da Nota Fiscal, 
é necessária a apresentação do Conhecimento de Embar-
que e do Manifesto Internacional de Carga. O Despacho 
Aduaneiro de Exportação tem por base declaração formu-
lada pelo exportador ou por seu mandatário (despachante 
aduaneiro ou empregado especificamente designado) 
também por meio do SISCOMEX (MRE, 2011, p.58).
Há duas modalidades especiais de exportação que são 
objeto de regulamentação específica. Nas exportações 
https://exame.com/pme/em-evento-virtual-pequenas-empresas-poderao-exportar-bebidas-e-alimentos/
https://exame.com/pme/em-evento-virtual-pequenas-empresas-poderao-exportar-bebidas-e-alimentos/
https://www1.folha.uol.com.br/mpme/2019/08/exportar-nao-e-so-para-empresa-grande-diz-especialista.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/mpme/2019/08/exportar-nao-e-so-para-empresa-grande-diz-especialista.shtml
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temporárias, as empresas poderão enviar para o exterior 
mercadorias para exibição em exposições ou em feiras. 
O exportador é obrigado a comprovar o retorno da mer-
cadoria no prazo máximo de 180 dias, contados a partir 
da data de embarque ou, no caso de venda, do ingresso 
da moeda estrangeira. Nas exportações em consignação, 
as empresas poderão realizar vendas com prazo máximo 
de 180 dias, a contar da data do embarque, prorrogável 
por até 180 dias. Até o vencimento, as empresas deverão 
providenciar a liquidação das cambiais. Caso não ocorra 
a venda, a empresa deverá comprovar o retorno da mer-
cadoria, com prazo contado a partir do término do prazo 
estipulado (MRE, 2011, p.54).
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AULA 8
INCOTERMS – TERMO 
INTERNACIONAL DE COMÉRCIO: 
1ª PARTE
8.1 Conceito Geral
Segundo Bueno (2019, p.5), INCOTERMS é uma palavra abreviada do idioma em 
inglês que significa Internacional Commercial Terms, que traduzindo significa Termos 
Internacional de Comércio. Podemos entender como clausuras contratuais firmadas 
em exportador e importador, sendo essas regras que regulam diferentes aspectos do 
comércio exterior.
Neste contrato são registradas algumas premissas do acordo firmado, pois envolve 
o pagamento do frete da mercadoria podendo ser nacional ou internacional, custo e o 
seguro da carga.
No primeiro semestre de 2020, os incoterms foram revisados pelo órgão do Ministério 
da Economia, entretanto, permaneceu com o mesmo padrão dos anos anteriores sendo:
1.EXW–Ex Works –Na Origem (local de entrega nomeado);
2.FCA–Free Carrier –Livre no Transportador (local de entrega nomeado);
3.FAS–Free Alongside Ship–Livre Ao Lado do Navio (porto de embarque nomeado);
4.FOB–Free On Board –Livre a Bordo (porto de embarque nomeado);
5.CPT–Carriage Paid To–Transporte Pago Até (local de destino nomeado);
6.CIP–Carriage And Insurance Paid To–Transporte e Seguro Pagos Até (local de 
destino nomeado);
7.CFR–Cost And Freight–Custo e Frete (porto de destino nomeado);
8.CIF –Cost Insurance And Freight –Custo, Seguro e Frete (porto de destino nomeado);
9.DAP–Delivered At Place–Entregue no Local (local de destino nomeado);
10.DPU–Delivered At Place Unloaded–Entregue no Local Desembarcado (Local de 
destino nomeado);
11.DDP–Delivered Duty Paid–Entregue com Direitos Pagos (local de destino nomeado).
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Vale a pena ressaltar que os Incoterms podem ser classificados e separados em 
dois grupos:
Transporte multimodal: esse modelo de transporte é aplicado quando o produto ou 
mercadoria é transportada por diferentes tipos de modal exemplo: iniciou o trajeto 
com um caminhão, após chegar no porto embarcou em um navio, no país de destino 
embarcou em um trem ou avião para seguir para o cliente final. Nesta modalidade 
estão enquadrados os seguintes Incoterms: EXW, FCA, CPT, CIP, DAP, DPU, DDP.
Transporte marítimo ou fluvial: esse modelo de transporte é aplicado quando o 
produto ou mercadoria é transportada apenas por barcos ou navios. Pode ser aplicado 
para um navio quando o transporte é um frete internacional, ou fluvial quando trans-
portado por embarcações utilizando os rios. Nesta modalidade estão enquadrados os 
seguintes Incoterms: FAS, FOB, CFR, CIF.
Figura 11: Visão Geral do Incoterms
Fonte: Próprio autor
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8.1.1 Característica e Aplicação
Segundo o site Aprendendo a Exportar (2019), cada Incoterms tem a sua particulari-
dade. Quando ocorre a negociação entre o exportador e importador, ambos precisam 
analisar o acordo que firmaram e verificar em qual Incoterms que se enquadra. Será 
necessária sua inserção na plataforma do SISCOMEX, o sistema irá solicitar qual foi o 
Incoterms negociado.
Em outras palavras definem os diretos e os deveres/obrigações de cada parte e qual 
o risco na operação ambos querem assumir, pois quanto mais atividade se assume 
maior é o risco da operação como extravios de mercadorias, roubos, preenchimento 
errado do despacho aduaneiro, quebra da mercadoria etc.
As principais questões negociadas nos Incoterms são:
Seguro da mercadoria: os envolvidos devem determinar quais etapas e processo 
estarão sob sua responsabilidade, para assim contratar o seguro da mercadoria.
Transporte da mercadoria: na exportação como na importação existe o frete domés-
tico/nacional, o frete internacional (sai de um país para outro) e o frete dentro do 
país de destino, o incoterms define de qual parte será o transporte e até em que 
local/destino.
Custos envolvidos: custo de transporte, impostos, operador portuário, despa-
chante aduaneiro, fiscalizaçãoe armazenamento, armador (frente internacional), 
custo documentação e administrativo do governo, AFRMM (Marinha mercante) 
custo com a operação portuária dentre outros.
Prezados alunos, iremos inserir algumas ilustrações apenas para auxiliar você na 
sua linha de raciocínio e não se esqueça de que sempre vamos observar sobre a ótica 
do vendedor/exportador.
8.1.1.1.EXW–Ex Works –Na Origem (local de entrega nomeado)
Segundo Bueno (2019, p.11), o exportador é responsável pela fabricação da merca-
doria e coloca a mesma na disposição do importador. Este Incoterm normalmente é 
utilizado quando o importador já tem uma estrutura ou ponto de apoio no país onde 
está efetuando a compra do produto.
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Figura 12: Processos EXW
Fonte: Próprio autor
8.1.1.2.FCA– Free Carrier –Livre No Transportador (local de 
entrega nomeado)
O exportador providência toda a documentação de exportação, deixa pronto o desem-
baraço aduaneiro, ou seja, a mercadoria fica desembaraçada junto à aduana/Receita 
Federal, livre para embarcar no navio. Quando a mercadoria é entregue ao transportador 
cessa a responsabilidade do exportador, vale lembrar que o seguro de transporte em 
todas as etapas é por conta do importador.
Figura 13: Processos FCA
Fonte: do próprio autor
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Isto está na rede
Já imaginou se a carga abaixo não estivesse segurada????
Pessoal, segue abaixo a matéria publicada pelo jornal Liberal em 2019, onde 
uma quadrilha roubou uma carga de Ouro dentro do aeroporto de Guarulhos. 
Os ladrões usaram veículos clonados com identificação da Polícia Federal para 
entrar no local e realizar o roubo, cujo prejuízo foi estimado em R$ 123 milhões. 
Ninguém ficou ferido e os criminosos estão sendo procurados pela polícia.
Fonte: Jornal Liberal
Disponível em: https://liberal.com.br/brasil-e-mundo/brasil/quadrilha-rouba-
-carga-milionaria-de-ouro-no-aeroporto-de-cumbica-1048334/. Acesso em: 
14 de jul. 2019.
Isto acontece na prática
De acordo com o colunista Barbosa (2012) do portal G1, os navios deixam 
cair mais de 600 contêineres no mar a cada ano. Quando o mar está muito 
agitado ou quando empresas declaram peso menor que o real para os contêi-
neres que estão despachando, acidentes podem acontecer e essas grandes 
caixas de aço, usadas para transporte em navios de todo o mundo, podem 
se soltar e cair no mar.
De acordo com levantamento do World Shipping Council, grupo que agrega 
empresas de navegação, são responsáveis por mais de 90% do transporte 
de carga marítima internacional, em média 675 contêineres por ano acabam 
no fundo do oceano. Considerando que em 2010 esse setor deslocou 100 
milhões dessas unidades, o índice de perda parece pequeno, mas é bem 
elevado comparado a movimentação de todas as empresas marítimas.
Leia o texto na íntegra.
Fonte: Porta G1 Globo.
Disponível em: http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/navios-
-deixam-cair-mais-de-600-conteineres-no-mar-cada-ano.html.Acesso em: 14 
e jul. de 2012.
https://liberal.com.br/brasil-e-mundo/brasil/quadrilha-rouba-carga-milionaria-de-ouro-no-aeroporto-de-cumbica-1048334/
https://liberal.com.br/brasil-e-mundo/brasil/quadrilha-rouba-carga-milionaria-de-ouro-no-aeroporto-de-cumbica-1048334/
http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/navios-deixam-cair-mais-de-600-conteineres-no-mar-cada-ano.html.Acesso
http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/navios-deixam-cair-mais-de-600-conteineres-no-mar-cada-ano.html.Acesso
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Anote isso
Incoterms é a abreviatura do inglês, International Commer-
cial Terms, que em português significa “Termos Interna-
cionais de Comércio”. De forma geral, trata-se de normas 
padronizadas que regulam aspectos diversos do comércio 
internacional. São regras que determinam quem paga o 
frete da mercadoria, o seu ponto de entrega e quem deve 
fazer o seguro, entre outras coisas (BUENO, 2011, p.5).
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AULA 9
INCOTERMS – TERMO 
INTERNACIONAL DE COMÉRCIO: 
2ª PARTE
9.1 Revisão da Aula 8 – Incoterms
Prezado aluno, apenas para nos situarmos na aula, em nossa aula anterior citamos que:
Temos cláusulas contratuais de comércio exterior que definem direitos, deveres, 
obrigações e o risco entre exportador e importador. Ainda abordamos que os incoterms 
abordam a questão de custo geral da exportação/importação, seguro da mercadoria em 
todas as etapas, em solo nacional e internacional e frete para o transporte da mercadoria.
Também ilustramos que são 11 incoterms que podem ser aplicados no transporte 
multimodal e marítimo. 
Figura 14: Visão Geral do Incoterms
Fonte: Próprio autor
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9.1.1 FAS–Free Alongside Ship–Livre Ao Lado do Navio (porto 
de embarque nomeado)
De forma bem simples, podemos entender este Incoterms como exclusivo do modal 
marítimo, onde o exportador faz toda a operação de exportação, transporte e seguro 
dentro do seu país de origem, a diferença é que a responsabilidade de contratar o navio 
é do importador. A responsabilidade do exportador termina ao deixar a mercadoria ao 
lado do navio para que seja carregado na embarcação.
Figura 15: Processos FAS
Fonte: Próprio autor
9.1.2 FOB–Free On Board –Livre a Bordo (porto de embarque 
nomeado)
Pessoal, o FOB é basicamente idêntico ao FAS a única diferença é que a mercadoria 
é inserida dentro do navio. Podemos entender este Incoterms como exclusivo do modal 
marítimo onde o exportador faz toda a operação de exportação, transporte e seguro 
dentro do seu país de origem, a diferença é que a responsabilidade de contratar o navio 
é do importador. A responsabilidade do exportador cessa quando a mercadoria está 
embarcada no navio.
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Figura 16: Processos FOB
Fonte: Próprio autor
9.1.3 CPT–Carriage Paid To–Transporte Pago Até (local de 
destino nomeado)
Vamos dar uma olhada no nome deste incoterm? Observe que é até o local de destino 
firmado entre ambos, mesmo que seja no exterior. Portanto, podemos entender que o 
frete até o exterior pode vir a ser do exportador. Mas PRESTE ATENÇÃO NESTE PONTO, 
o exportador arca com os custos da operação alfandegária quando aplicável e com 
todo o seguro da mercadoria dentro do seu país. O seguro no país de destino será por 
conta do importador mesmo que exportador tenha pago o frete até o local combinado.
9.1.4 CIP–Carriage And Insurance Paid To–Transporte e Seguro 
Pagos até (local de destino nomeado)
Não confunda!! São semelhantes as terminologias. O CIP é praticamente idêntico 
ao CPT. O exportador arca com os custos da operação alfandegária quando aplicável 
e com todo o seguro da mercadoria dentro do seu país. Muda neste ponto, os custos 
no país de destino serão por conta do importador mesmo que exportador tenha pago 
o frete até o local combinado, mas o seguro no país de destino passa ser pago pelo 
exportador. Fique atento!
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9.1.5 CFR–Cost And Freight– Custo e Frete (porto de destino 
nomeado)
O exportador entrega a mercadoria ao transportador a bordo do navio indicado pelo 
comprador no porto de embarque. O exportador deve contratar e pagar os custos e 
frete necessários para levar a carga ao porto de destino designado, ou fronteira. Além 
de contratar o transporte até destino combinado.
Quanto aos trâmites aduaneiros, o vendedor providência e custeia a exportação; o 
comprador providencia e custeia a importação, ou seja, cada empresa é responsável 
pelo despacho aduaneiro em seu país.
9.1.6 CIF –Cost Insurance And Freight –Custo, Seguro e Frete 
(porto de destino nomeado)
O exportador

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