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APOSTILA - SAUDE OCUPACIONAL

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Núcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professores: Alessandro Rolim Scholze
Maria José Quina Galdino
Emiliana Cristina Melo
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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Esta unidade abordará o trabalho como um papel de extrema 
importância para o ser humano dentro de um contexto social, bem 
como, trará as complicações/agravos à saúde que o mesmo traz ao 
trabalhador quando não se aplica medidas preventivas visando à mi-
nimização de acidentes e risco associados ao ambiente de trabalho. 
Assim, serão abordadas temáticas como o processo sócio histórico 
do trabalho e o adoecimento dos trabalhadores e sua relação com o 
ambiente de trabalho. No segundo momento, será explanada temá-
tica referente às diretrizes relacionadas ao trabalhador, enfatizando 
seus direitos e deveres dentro destas instituições, bem como ativida-
des insalubres enfatizando a insalubridade, periculosidade e medidas 
de prevenção associados aos riscos ambientais. Já no último capítulo 
será tratado da segurança e saúde do trabalhador enfatizando ques-
tões como biossegurança, comissões e medidas específicas para a 
minimização de acidentes e riscos ocupacionais, como utilização cor-
reta de equipamentos de proteção individual e coletiva. Assim, espe-
ra-se que o aluno, com este suporte teórico tenha subsídios para está 
atuando na área de enfermagem do trabalho.
Enfermagem do Trabalho. Saúde do Trabalhador. Saúde Ocupacional.
 Biossegurança.
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 CAPÍTULO 01
SAÚDE OCUPACIONAL
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
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O Labor Humano: Processo Sócio-Histórico do Trabalho _________
Direitos Trabalhistas Assegurados ______________________________
Conceitos e Avanços da Saúde Ocupacional x Organização Inter-
nacional do Trabalho ____________________________________________
 CAPÍTULO 02
DIRETRIZES RELACIONADAS AO TRABALHADOR
Direitos e Deveres dos Trabalhadores ___________________________ 33
29Recapitulando ________________________________________________
22Riscos Envolvendo a Saúde Ocupacional do Trabalhador ________
44Prevenção de Riscos Ambientais _______________________________
Recapitulando _________________________________________________ 47
 CAPÍTULO 03
SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR
Segurança e Saúde no Trabalho ______________________________ 52
Biossegurança no Contexto de Trabalho ________________________ 54
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Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) _____________ 57
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Me-
dicina do Trabalho (SESMT) _____________________________________ 60
Equipamento de Proteção Individual (EPI) _______________________ 62
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) ________________________ 65
Recapitulando __________________________________________________ 66
Fechando a Unidade ____________________________________________ 70
Referências _____________________________________________________ 74
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Perante o processo sócio histórico do desenvolvimento da hu-
manidade o trabalho se consolidou durante o passar dos tempos como 
um fator que mostra a identidade social dos indivíduos, considerando 
que, este ato favorece a sobrevivência e a produção econômica e social 
da população. 
Neste sentido, o processo de trabalho possui pontos históricos 
que vão desde a época da escravidão, a evolução do trabalho, a indus-
trialização, o assalariamento, o sindicalismo entre outros.
É notório identificar que o trabalho possui um papel de extrema 
importância nos dias atuais, pois o mesmo passa os limites financeiros, 
sendo um instrumento capaz de proporcionar um papel decisivo no sen-
timento humano, pois, quando um profissional se encontra inserido em 
um local de trabalho que traga ao mesmo uma satisfação profissional 
este apresenta um maior rendimento e consequentemente maior reali-
zação com sua prática laborativa. 
Assim, o trabalho é compreendido como atividade do homem 
que transforma a natureza e por ela é transformado, no intuito de suprir 
as suas necessidades. 
No entanto, a partir da revolução industrial e com os avanços 
tecnológicos e um crescimento do capitalismo entreas pessoas, surge 
um novo cenário de trabalho, o qual, os profissionais que se encontram 
inseridos nestes ambientes começam a repercutir em danos associados 
à sua saúde, relacionado ao contexto laborativa. 
E, frente a estas constatações a partir do século XIX começam a 
discutir medidas voltadas para a saúde do trabalhador e a implantação de 
serviços médicos específicos para os trabalhadores dentro das empresas. 
Notando assim, que o trabalho e o processo saúde/doença se 
interligam. Portanto, começam a ser implantadas medidas para desen-
volver a prevenção aos agravos nos ambientes de trabalho, entre estas 
a regulamentação da lei no 8.080/90, no qual, incorporou a vigilância e 
controle de agravos à saúde relacionados ao trabalho. 
Visto que, o processo de promoção e proteção da saúde do tra-
balhador consiste em um conjunto de ações com o objetivo de promover 
melhores condições para a saúde ao trabalhador em seu ambiente de 
trabalho.
E visando implantar melhores condições de saúde ao traba-
lhador surge a saúde ocupacional como o intuito de desenvolver ações 
visando à prevenção, promoção e redução de riscos associados à saú-
de do trabalhador no seu ambiente de trabalho, bem como, promover o 
bem-estar físico e psíquico destes trabalhadores. 
Assim, por meio da saúde ocupacional surge um novo olhar para 
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os trabalhadores nos quais os mesmos são identificados como indivíduos 
que necessitam de um auxílio médico especializado, no qual, deve-se in-
vestir em medidas de proteção para evitar e minimizar potenciais acidentes 
e risco de trabalho e, sobretudo proporcionar melhores ambiente laborais.
Assim, nesta unidade você passará pelas seguintes questões: 
no primeiro momento será apresentado o processo sócio histórico do tra-
balho apresentando marcos históricos importantes desde o surgimento 
do trabalho até os dias atuais, também será sinalizado o adoecimento 
dos trabalhadores e sua relação com o ambiente de trabalho no qual 
o trabalhador encontra-se inserido. No segundo momento, serão abor-
dadas temáticas relacionadas às diretrizes relacionadas ao trabalhador, 
enfatizando seus direitos e deveres, bem como atividades insalubres e 
medidas de prevenção de riscos ambientais. E no último momento, será 
tratado da segurança e saúde do trabalhador enfatizando questões como 
segurança e saúde no trabalho, biossegurança, comissões e medidas 
específicas para a minimização de acidentes e riscos ocupacionais. 
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O LABOR HUMANO: PROCESSO SÓCIO-HISTÓRICO DO TRABALHO 
O trabalho é compreendido como um ponto fundamental na 
construção da identidade social dos indivíduos, considerando que este 
ato favorece a sobrevivência e a produção econômica da população 
(OLIVEIRA, 2010). 
A palavra trabalho refere-se ao esforço humano, de caráter 
físico e cognitivo. Proveniente do termo em latim tripalium, defini-
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do como “tortura”.
Para se contextualizar a saúde do trabalhador se faz neces-
sário compreender a história, considerando que o trabalho caminhou 
junto com o desenvolvimento da sociedade, percorrendo diferentes ci-
vilizações e estando presente nos diversos períodos históricos do mun-
do, assim, desde a antiguidade o homem se relacionou/subordinou nas 
mais variadas formas/condições de trabalho, sejam eles escravo, servo 
e artesão (VERA, 2006; ATÍDE, 2012).
Neste aspecto, a história do trabalho pode ser discutida nos mais 
diversificados pontos históricos: a escravidão, a evolução do trabalho, a in-
dustrialização, o assalariamento, o sindicalismo entre outros (VERA, 2006).
A história do trabalho pode ser discutida nos mais diversi-
ficados pontos históricos: 
a escravidão a evolução do trabalho, a industrialização, o 
assalariamento, o sindicalismo entre outros.
Portanto, ao buscar uma definição referente à origem da pala-
vra “trabalho”, identifica-se que a mesma vem do latim tripalium sendo 
que este era um instrumento de tortura composto por três (tri) paus 
(pallium) que tinha como objetivo torturar réus e segurar cavalos por 
ocasião de ferrar (SOIBELMAN,1981).
Neste sentido, considerava-se o trabalho como uma forma de 
punição aos servos que não aderiam às atribuições impostas para cada 
indivíduo, o ato de trabalhar era relacionado como uma submissão, 
onde os trabalhadores derrotados nas batalhas se tornavam escravi-
zados, considerando que o trabalho não dignificava o homem. Assim, 
a escravidão estava associada como um ato justo e necessário para a 
alta sociedade (ATÍDE, 2012).
Ao analisar o desenvolvimento do trabalho no Brasil, o mesmo 
se divide em três pontos históricos: sendo o primeiro caracterizado pela 
independência do Brasil até a abolição da escravatura em 1888, onde o 
sistema de trabalho era desumano e violento aos trabalhadores/escra-
vos; o segundo se constituiu da abolição até a era Getúlio Vargas em 
1930, neste período foi implementado o modo de produção assalaria-
do e algumas leis, no entanto, essas não asseguravam ao trabalhador, 
apenas no início do século XX que surge movimentos de organização 
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do trabalho, tendo reivindicações mais expressivas referentes às me-
lhores condições de trabalho, redução da jornada de trabalho e salários 
mais justos (JORGE NETO; CAVALCANTE, 2005).
E o terceiro momento entre a era Vargas até os dias atuais, 
sendo um momento de grandes avanços e busca pelos direitos dos 
trabalhadores, como a criação do ministério do trabalho e de diversos 
decretos que passaram a regulamentar as relações de trabalho que es-
tão em vigor até os dias atuais (JORGE NETO; CAVALCANTE, 2005).
O desenvolvimento do trabalho no Brasil se divide em três 
pontos históricos: o primeiro caracterizado pela independência do 
Brasil até a abolição da escravatura em 1888; o segundo se consti-
tuiu da abolição até a era Getúlio Vargas em 1930; e o terceiro entre 
a era Vargas até os dias atuais.
Assim, o trabalho é compreendido como atividade do homem 
que transforma a natureza e por ela é transformado, no intuito de suprir 
as suas necessidades, podemos constatar que existe uma lógica dialé-
tica entre trabalho e organização social da humanidade (ATÍDE, 2012). 
No entanto, com o passar dos tempos à população foi se de-
senvolvendo e o trabalho cada vez mais presente no cotidiano das pes-
soas, pois, o mesmo é visto como algo necessário para suprir as neces-
sidades humanas. 
Desta forma, durante o período da Idade Média, o sistema de 
trabalho e econômico era basicamente restrito ao feudalismo, onde as 
riquezas da sociedade estavam interligadas a produção gerada pela 
terra (MIRANDA, 2012).
Portanto, como não existiam mais escravos neste período, os 
senhores feudais subdividiam suas terras em pequenas faixas para os 
servos, que estes compartilhavam delas por meio de sua mão de obra. 
Assim, os servos cultivavam e residiam nesse ambiente, no entanto, 
entregavam as colheitas de suas faixas inteiramente para os senhores 
feudais, considerando um ato apropriado, já que eles eram os donos da 
terra (MIRANDA, 2012). 
Com o evoluir da história e a chegada da revolução industrial o 
modo de trabalho também se modificou, passando do processo agríco-
la e artesanal para um novo cenário de trabalho a industrialização nas 
grandes capitais do mundo. 
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Neste sentido, após a revolução industrial o trabalho é consi-
derado como algo de estrema importância para o desenvolvimento do 
homem, sendo que o mesmo define a identidade e a existência de cada 
sujeito (MOREIRA, 2011).
De acordo com Ataíde (2012), o mesmo menciona que entre 
as inúmeras funções envolvendo o trabalho, este desenvolve o cres-cimento pessoal e individual das pessoas, por meio da capacidade de 
pensar, sentir e se relacionar, ampliar e aperfeiçoar a sua inteligência e 
suas relações sociais.
Vindo de encontro com o legado marxista, onde o mesmo 
menciona que o trabalho se efetivará sempre como condição eterna do 
homem de transformar a natureza para satisfazer suas necessidades, 
sempre no interior e por meio de uma forma específica, historicamente 
determinada, de organização social (MORAES, 2010). 
Segundo Marx (1996, p. 297) apresenta o conceito de trabalho 
como o processo entre homem e natureza, no qual o homem por sua 
própria ação, media, regula e controla seu metabolismo com a natureza.
Assim, a partir da revolução industrial, houve um êxodo rural e 
um crescimento exagerado nos centros urbanos, alterando assim o me-
tabolismo do homem, o que condicionou o trabalhador a suportar péssi-
mas condições de trabalho, gerando um enriquecimento das indústrias, 
perante a exploração da mão de obra barata (CAVALCANTE, 2008). 
Neste sentido, frente aos avanços das tecnologias e uma pro-
dução acelerada voltada para o capitalismo o cenário de trabalho come-
ça a repercutir em danos relacionados à saúde do trabalhador. 
A preocupação com a saúde do trabalhador só passou a ser 
discutido no século XIX, onde um proprietário de uma fábrica preocu-
pado com o desenvolvimento dos seus trabalhadores implementou um 
serviço médico para atender seus funcionários.
A preocupação com a saúde do trabalhador só passou a 
ser discutida no século XIX, onde um proprietário de uma fábrica 
preocupado com o desenvolvimento dos seus trabalhadores im-
plementou um serviço médico para atender seus funcionários
A partir dos anos 70 e 80, inicia-se um processo de redemo-
cratização no Brasil, contudo, surgem movimentos de reforma sanitária, 
visando novas vertentes para a saúde pública da população, incluindo 
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a saúde do trabalhador como um eixo temático entre as discussões 
(BRASIL, 2006; SOUZA; VIRGENS, 2013).
Assim, o trabalho e o processo saúde/doença se interligam des-
de a antiguidade, mas só com a revolução industrial que este ganha uma 
maior atenção no âmbito da saúde, até a consolidação como saúde do 
trabalhador esta temática passou por um processo de construção e mu-
danças na terminologia, onde as primeiras discussões surgiram como 
medicina do trabalho, depois saúde ocupacional e, por último, saúde do 
trabalhador (LOURENÇO; BERTANI, 2007; SANTO; FREITAS, 2009).
No entanto, a saúde do trabalhador só ganhou legitimidade a 
partir da Constituição Federal de 1988, com a regulamentação da lei 
no 8.080/90, onde incorporou que é dever do Sistema Único de Saúde 
(SUS) atuar na assistência, vigilância e no controle de agravos à saúde 
relacionados ao trabalho, sendo que esta assistência deve ser imple-
mentada na esfera municipal e coordenado regionalmente (QUILIÃO; 
FASSA; RESTREPO, 2013; SOUZA; VIRGENS, 2013).
Indicação de leitura e vídeo:
Lei no 8.080/90
Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1990/
lei-8080-19-setembro-1990-365093-normaatualizada-pl.pdf
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=IYBD3fYmfcQ
Portanto, a terminologia saúde do trabalhador é um eixo temá-
tico da saúde pública, que visa compreender cientificamente as rela-
ções entre o trabalho e o processo saúde/doença (BRASIL, 2001).
Assume que saúde do trabalhador é campo de práticas e conhe-
cimentos cujo enfoque teórico-metodológico, no Brasil, emerge da saúde 
coletiva, buscando conhecer e intervir nas relações trabalho e saúde-do-
ença, tendo como referência central o surgimento de um novo ator social: 
a classe operária industrial, numa sociedade que vive profundas mudan-
ças políticas, econômicas e sociais (GOMEZ; LACAZ, 2005).
Neste sentido, Souza e Virgens (2013) caracterizam a saúde 
do trabalhador como um campo de práticas e conhecimentos que bus-
cam conhecer e intervir nas relações de trabalho e saúde-doença.
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Para que o trabalhador tenha uma melhor satisfação em 
seu ambiente de trabalho e consequentemente um melhor rendi-
mento laboral deve-se investir na qualidade do ambiente de traba-
lho, pois este método visa facilitar e satisfazer as necessidades do 
trabalhador ao desenvolver suas atividades na organização, atra-
vés de ações para o desenvolvimento pessoal e profissional.
O processo de promoção e proteção da saúde consiste em um 
conjunto de ações promovidas pelo serviço de saúde em conjunto com 
a população com objetivo de promover melhores condições de saúde 
ao indivíduo e a comunidade. (CAVALCANTE et al. 2008). 
CONCEITOS E AVANÇOS DA SAÚDE OCUPACIONAL X ORGANIZA-
ÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO 
Assim, a saúde ocupacional só começa a ganhar ênfase quando 
o mundo passou pelo processo da revolução industrial e por meio deste 
marco, identificou-se a necessidade do desenvolvimento de métodos vol-
tado para a minimização dos acidentes e lesões relacionados ao trabalho. 
Por meio desta necessidade e frente as irregularidades asso-
ciadas ao trabalho, em 1919 a partir do Tratado de Versailles foi criado 
a Organização Internacional do Trabalho (OIT) tendo sua criação como 
um grande marco histórico para o mundo, pois auxiliou no fim da primei-
ra Guerra Mundial. Com a implantação da OIT a mesma surgiu devido a 
necessidade da implantação de um plano político visando assegurar a 
paz mundial e, sobretudo, ofertar melhores condições humanas e quali-
dade de vida no trabalho para a população. 
A criação da OIT teve como intuito promover a justiça social 
da população e, seu principal foco embasou-se no respeito dos direitos 
humanos referente a classe trabalhadora.
LEITURA RECOMENDADA:
Tratado de Versailles:
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Disponível em: https://www.nacionalnet.com.br/wp-content/
uploads/2015/05/Guia-de-Estudos-Confer%C3%AAncia-de-Paris-.pdf
Organização Internacional do Trabalho:
Disponível em: http://sinus.org.br/2014/wp-content/uplo-
ads/2013/11/OIT-Guia-Online.pdf
Portanto, considera-se a OIT como uma organização tripartite 
(envolvendo três esferas), tendo como base na sua formação indivíduos 
que estão incluídos em diversos setores da sociedade como: órgãos 
governamentais, trabalhadores e representantes dos trabalhadores, or-
ganização esta que desenvolve políticas, convenções, recomendações 
e orientações voltadas para o bem estar dos trabalhadores. 
Visando uma melhor aplicabilidade na prática dentro das insti-
tuições de trabalho a OIT desenvolve dois tipos de normas relacionadas 
ao trabalho às convenções e recomendações. Apenas as convenções 
podem ser ratificadas e, consequentemente, se transformam em dispo-
sitivos legais que devem ser respeitados pelos estados membros. Já, 
as recomendações são utilizadas com mais frequência como comple-
mentos de convenções, dando mais detalhes sobre o conteúdo de uma 
norma ou estabelecendo uma norma superior à convenção. Enfatiza-se 
que, as empresas/organizações empregatícias devem seguir estas re-
comendações que são estabelecidas pela OIT. 
A força de trabalho mundial está envolvida em mais de 250 
milhões de lesões a cada ano. Esse número abrange 2 milhões 
de pessoas que morrem no ambiente de trabalho anualmente. As 
enfermidades ocupacionais atribuídas a exposições perigosas ou 
a sobrecargas de trabalho possivelmente sejam tão frequentes 
quanto às lesões ocupacionais (LADOU; HARRISON, 2016).
Com a criação da OIT iniciam-se as discussões perante as 
condições de trabalho e a saúde dos trabalhadores das empresas/in-
dústrias. Assim, surge a saúde ocupacional em 1950, após a criação da 
saúde ocupacional a mesma, ao longo dos anos passou por diferentes 
definições e conceitos. 
Assim, inicialmente a saúde ocupacional era compreendida 
como uma área especifica da medicina do trabalho, no qual, era vol-
tado para curar os agravos relacionados como ambiente laboral, não 
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existindo medidas de prevenção e promoção da saúde destes traba-
lhadores. No entanto, com a expansão das tecnologias das empresas 
fez com que, os trabalhadores tivessem uma maior exposição aos fato-
res negativos relacionados ao trabalho e consequentemente um maior 
adoecimento, fazendo com que, fossem desenvolvidas novas medidas 
visando a prevenção e proteção dos trabalhadores. 
Portanto, surge um novo conceito de saúde ocupacional, o 
qual deixa de ser uma área especifica da medicina do trabalho e passa 
englobar uma atuação multiprofissional, visando a redução de riscos 
nestes ambientes de trabalho. 
Por meio da Conferência Internacional do Trabalho em 1953 foi 
elaborado a Recomendação no 97 documento este destinado a prote-
ção da saúde dos trabalhadores no seu contexto laboral.
 
A saúde ocupacional nasceu com a Revolução Industrial 
e é, em grande parte, fruto dos movimentos trabalhistas ingleses 
que, principalmente após o "Massacre de Peterloo", resultou, em 
1802, na primeira lei de proteção aos trabalhadores, a "Lei de Saú-
de e Moral dos Aprendizes". Não obedecida, por falta de um orga-
nismo fiscalizador, resultou, finalmente, na "Lei das Fábricas" de 
1833, onde se cria o "Inspetorado de Fábricas", órgão governa-
mental que, pela primeira vez entra no interior das fábricas para 
verificar se a saúde do trabalhador estava sendo protegida contra 
os agravos do trabalho (NOGUEIRA, 1984).
Neste sentido, define-se saúde ocupacional como o desenvolvi-
mento de ações visando a prevenção, promoção e redução de riscos asso-
ciados a saúde dos trabalhadores no seu ambiente de trabalho, bem como, 
promover o bem estar físico e psíquico e social destes trabalhadores. 
A saúde ocupacional é definida pela OMS e pela OIT, como: 
A área que se dedica à promoção e manutenção do mais elevado padrão de 
bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores de todos os setores de ativi-
dade, à prevenção das alterações de saúde provocadas pelas suas condições 
de trabalho, à proteção dos trabalhadores contra os riscos resultantes de fatores 
adversos, no seu local de trabalho, a proporcionar ao trabalhador, um ambiente 
de trabalho adaptado ao seu equilíbrio fisiológico e psicológico (ISPUP, 2009).
De acordo com Moniz (2016) a principal atribuição/finalidade 
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dos serviços voltados a saúde ocupacional no contexto laboral é promo-
ver condições favoráveis de trabalho e assim, garantir/preservar e propor-
cionar um ambiente com uma alta qualidade de vida no trabalho, proteger 
a saúde dos trabalhadores, neste sentido, assegura-se que, os mesmo 
possuam um bem-estar físico, psíquico e social, o que implicará na pre-
venção e controle dos acidentes de trabalho e nas doenças ocupacionais 
por meio da redução dos riscos associados ao seu ambiente de labora. 
E a terminologia relacionada a higiene ocupacional é compre-
endida como uma área destina a desenvolver atividades e ações visan-
do promover e proteger a saúde dos profissionais que se encontram 
inseridos no ambiente trabalho aplicando medidas preventivas com o 
intuito de minimizar acidentes. 
Salienta-se que, a higiene ocupacional exerce uma importante 
função no reconhecimento, avaliação e controle relacionado aos riscos 
associados aos ambientes laborais sejam eles químicos, físicos, bioló-
gicos e ergonômicos. 
Norma regulamentadora – NR 7 - Estabelece a obrigatorie-
dade de elaboração e implementação, por parte de todos os em-
pregadores e instituições que admitam trabalhadores como em-
pregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
- PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do 
conjunto dos seus trabalhadores. 
Caberá à empresa contratante de mão-de-obra prestadora 
de serviço informar a empresa contratada dos riscos existentes e 
auxiliar na elaboração e implementação do PCMSO nos locais de 
trabalho onde os serviços estão sendo prestados.
Saiba mais: http://www.feg.unesp.br/Home/cipa998/nor-
ma-regulamentadora-7.pdf
Estas recomendações foram estipuladas e elaborado pela OIT 
e OMS o qual é assegurada pela Recomendação no 112, sendo esta 
implementada as “Recomendações para os Serviços de Saúde Ocupa-
cional” garantindo assim, a proteção dos trabalhadores que estivem ou 
não expostos a quaisquer riscos advindo do seu ambiente de trabalho. 
A recomendação no 112 da OIT e da OMS sugere:
Proteger o trabalhador contra qualquer risco à sua saúde e que decorra do 
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trabalho ou das condições em que ele é cumprido. Concorrer para o ajusta-
mento físico e mental do trabalhador a suas atividades na empresa, através 
da adaptação do trabalho ao homem e pela colocação deste em setor que 
atenda às suas aptidões. Contribuir para o estabelecimento e manutenção 
do mais alto grau possível de bem-estar físico e mental dos trabalhadores. 
Frente a estas medidas implementadas pela OIT e OMS o Brasil 
em 1972, elabora uma Portaria no 3.237 no qual, atribui obrigatoriedade 
nas empresas com mais de 100 funcionários que seja assegurado serviço 
de segurança e medicina do trabalho em todas as empresas em nível na-
cional, dando inicio assim a segurança do trabalhador (LIMA et al., 2017).
Assim, o Ministério da Saúde (2003) menciona que saúde ocu-
pacional é compreendida com um conjunto de ações, recomendações 
e instruções elaboradas com o intuito de proteger, diminuir os riscos no 
ambiente de trabalho e contudo, garantir uma boa qualidade de vida e 
saúde destes trabalhadores. 
Por meio, destas constatações pode-se compreender que exis-
tem diversas definições concretas referente a saúde ocupacional, no 
entanto, o que se deve considerar é que, a saúde ocupacional é uma 
área da saúde que deve desenvolver ações visando a minimização de 
riscos para a saúde do trabalhador, por meio de ações de prevenção 
de acidentes, medidas que auxiliam os trabalhadores a ter uma melhor 
qualidade de vida dentro do seu ambiente de trabalho. 
Vale enfatizar que a OIT é uma organização que está ligado a 
Secretaria de Relações do Trabalho.
RISCOS ENVOLVENDO A SAÚDE OCUPACIONAL DO TRABALHA-
DOR 
Sabe-se que, as condições de trabalho refletem positivamente 
ou negativamente quanto ao processo saúde-doença do trabalhador e, 
muitas vezes quando este encontra-se inserido em um ambiente não 
protetor o trabalhador encontra-se exposto a um potencial adoecimento. 
Portanto, compreende-se que, todo o processo de trabalho 
apresenta alguma situação de risco, no qual pode expor o profissional a 
acidente de trabalho e consequentemente o adoecimento do profissional.
Assim, é imprescindível que tenhamos uma noção referente aos 
riscos ocupacionais, neste sentido, entende-se por risco ocupacional todas 
as situações envolvendo o contexto de trabalho que de alguma forma pos-
sa interferir no equilíbrio físico, mental e social do trabalhador, ressalta-se 
que, desta forma risco ocupacional não envolve apenas as situações que 
possam gerar acidentes (CAMELO; GALON; MARZIALE, 2012).
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No entanto, quanto aos fatores de risco ocupacional, deve-se 
levar em consideração as seguintes características relacionadas com o 
ambiente de trabalho, como a intensidade da exposição do trabalhador, 
o tempo de exposição naquele setor, a organização temporal da ativi-
dade desenvolvida, a duração do ciclo de trabalho, a distribuição dos 
intervalos na jornada de trabalho ou a estrutura de horários (SERVILHA; 
LEAL; HIDAKA, 2010). 
 
Vale considerar que, entre os profissionais da área da saú-
de a enfermagem é a classe profissional que apresenta uma maior 
concentração de trabalhadores e, consequentemente a que mais se 
expõe aos riscos ocupacionais dentro das instituições de saúde, 
seja na atenção primária, secundária ou terciaria.Portanto, essa ex-
posição se associa pelo fato da enfermagem ser uma categoria com 
um maior número de profissionais, efetuam uma assistência direta 
com o paciente e familiar, realizam cuidados diariamente/contínuo 
utilizando esforços físicos, elevada carga de trabalho, equipamen-
tos inapropriados ou de difícil manuseio, e a exposição direta aos 
materiais: biológicos, químicos e físicos (RODRIGUES et al., 2017).
Também deve-se considerar que, entre os trabalhadores prin-
cipalmente os que estão inseridos na área da saúde, estes estão ex-
postos diariamente aos riscos ocupacionais como os riscos químicos, 
físicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais.
Neste sentido, para que ocorra uma maior compreensão rela-
cionada aos riscos ocupacionais exemplifica-se que, riscos químicos são 
aquele que envolve fatos associados as substâncias, produtos ou compos-
tos que penetrem no organismo do trabalhador, risco físico, ruídos, calor, 
frio, pressão, umidades, iluminação, vibração, risco biológicos, bactérias, 
fungos, vírus “materiais biológicos”, risco ergonômicos, repetitividade na 
execução das atividades, levantamento de peso, postura inadequada, rit-
mo excessivo de trabalho, mecânicos quedas, objetos cortantes, aciden-
tes, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, como também os 
riscos associados a saúde mental (SOUZA; CORTEZ; CARMO, 2017). 
Frente a estes riscos foram criadas e desenvolvidas normas 
regulamentadoras: 
A Norma Regulamentadora nº 32 é a que cuida da saúde dos profissionais da 
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área de saúde e tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a 
implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalha-
dores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades 
de promoção e assistência à saúde em geral. No Brasil e no mundo, essa é a 
primeira norma criada para estabelecer diretrizes básicas para a implemen-
tação das medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores na 
área da saúde (BRASIL, 2005). 
Assim, a NR 32 apresenta os seguintes conceitos para o risco 
biológico, neste sentido considera-se risco biológico quando o profissio-
nal possui uma vulnerabilidade ocupacional e agente biológicos. 
Consideram-se agentes biológicos os microrganismos, geneticamente mo-
dificados ou não, as culturas de células, os parasitas, as toxinas e os prío-
ns. Pelo elevado risco e gravidade das patologias decorrentes, os agentes 
biológicos, transmitidos pelo sangue, ou seja, microrganismos patogênicos 
presentes no sangue humano, e com potencial de contaminar o indivíduo ex-
posto adquirem especial importância. Entre eles devem ser citados o vírus da 
hepatite B (HBV), o vírus da hepatite C (HCV) e o vírus da imunodeficiência 
humana (HIV). Bactérias multirresistentes e o bacilo causador da tuberculose 
(Mycobacterium tuberculosis) também são muito importantes nas ações de 
vigilância da segurança e saúde do profissional da área da saúde. Fungos 
(microrganismos causadores de micoses) e parasitas (como o Sarcoptes 
scabiei, causador da sarna) também costumam estar associados a ocorrên-
cias de doença em trabalhadores de serviços da saúde (BRASIL, 2005). 
Quanto ao risco químico é compreendido como a exposição do 
trabalhador a agentes químicos entre estes destacam-se: 
Substâncias, compostos ou produtos químicos sejam elas líquida, sólida, plas-
ma, vapor, poeira, névoa, neblina, gasosa e fumo, drogas de risco (aquelas 
que possam causar genotoxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e 
toxicidade séria e seletiva sobre órgãos e sistemas, p. ex.: gases e vapores 
anestésicos e quimioterápicos antineoplásicos), podemos também acrescen-
tar nessa lista o talco e o látex pela alta incidência de reações do tipo alérgica. 
Também se conceitua risco físico, quando o profissional se 
expõe no seu ambiente laboral as diferentes formas de energia como 
ruído, vibrações, pressão anormal, iluminação, temperaturas extremas, 
radiações ionizantes e não ionizante (BRASIL, 2005). 
Já o risco ergonômico é compreendido quando a atividade la-
boral desencadeia problemas associados a integridade física ou mental 
do trabalhador, o que gerará desconforto e um agravo a saúde. Portanto 
os fatores que estão associados ao risco ergonômico são esforço físico, 
levantamento de peso, postura inadequada, controle rígido de produ-
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tividade, situação de estresse, trabalhos em período noturno, jornada 
de trabalho prolongada, monotonia, repetitividade e imposição de rotina 
intensa (MESQUITA et al., 2016). 
Risco psicológico podem ser definidos como um potencial agra-
vo que afeta a saúde física, mental e social do trabalhador, tendo como 
fator de origem as condições de trabalho no qual o trabalhador encon-
tra-se inserido, seja por meio dos fatores organizacionais e relacionais 
que podem interagir com o funcionamento mental e bem-estar psicos-
social do trabalhador. Portanto, o risco psicossocial está associado com 
a interação entre o trabalho, ambiente e a satisfação do trabalhador 
com seu ambiente de trabalho e as condições físicas e organizacionais. 
Para melhor compreensão referente às normas regulamen-
tadoras sugere-se a leitura na íntegra da NR2 link: http://trabalho.
gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR32.pdf.
Assim, realize a seguinte reflexão: 
Quais são as medidas de proteção eficazes para os profis-
sionais quanto aos riscos biológicos, químicos e físicos?
Vale ressaltar que, quando as instituições empregadoras não 
possuem medidas preventivas para promover um ambiente de trabalho 
mais harmonioso e com uma maior qualidade de vida do trabalhador es-
tes encontram-se mais expostos para apresentarem afastamentos pre-
coce das suas atividades laborais, perda parcial ou total da sua capaci-
dade em desenvolver a sua função dentro daquela instituição e muitas 
vezes levando ao absentismo ou para o presenteísmo.
Considerando que o ambiente ocupacional da área da saúde é 
insalubre e o profissional sempre estará exposto a riscos oriundo da sua 
prática profissional, existem medidas que podem minimizar a exposição 
a estes riscos como a utilização correta dos Equipamentos de Proteção 
Individual (EPIs). 
Acidente de trabalho – efeito danoso para a pessoa, verifi-
cado pelo exercício do trabalho. Isto é, tudo quanto, por este exer-
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cício, venha a determinar, direta ou indiretamente, lesão corporal, 
perturbação funcional ou doença;
Lesão - Qualquer alteração de uma estrutura orgânica, que 
pode evoluir para redução de mobilidade, sequela provisória ou per-
manente, ou o óbito, porém diferenciando-se de patologia ou afecção;
Riscos ocupacionais – todas as situações de trabalho que 
podem romper o equilíbrio físico, mental e social das pessoas, e 
não somente as situações que causem acidentes e enfermidades;
Serviços de saúde - qualquer edificação destinada à pres-
tação de assistência à saúde da população, e todas as ações de 
promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde 
em qualquer nível de complexidade.
Vale ressaltar que, as patologias associadas ao ambiente de 
trabalho estão organizadas segundo a taxonomia da Classificação In-
ternacional de Doenças (CID-10). 
De acordo com dados da Previdência Social no ano de 
2013 foram registrados cerca de 737 mil acidentes do trabalho no 
Brasil. Entre estes casos aproximadamente 14.837 acarretou em 
incapacidade permanente, tendo que se afastar das atividades la-
borais e 2.797 desencadeou em óbitos (ARCANJO et al., 2018).
Conceitua-se acidente de trabalho como aquele que acontece 
no exercício do trabalho a serviço da empresa, o qual pode provocar 
lesão corporal ou perturbação funcional, e, assim, causar morte, perda, 
redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. 
Também é considerado acidente de trabalho aqueleque ocorre 
quando o trabalhador está prestando serviço por ordem da empresa, 
seja ele dentro ou fora dela, no trajeto entre a casa do trabalhador e o 
local de trabalho, em viagem a serviço da empresa ou as doenças oca-
sionadas pelo tipo de trabalho ou pelas condições de trabalho.
Toda vez que ocorrer um acidente, ele deve ser avaliado, 
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analisado e investigado, a fim de identificar as causas e possíveis 
providências para evitar sua reincidência. Todo acidente é causa-
do e não simplesmente acontece.
O acidente de trabalho se deve principalmente a duas causas: 
o ato inseguro e a condição insegura, combinados ou não. Vários são 
os casos de acidente de trabalho, podem ocorrer por condição insegura 
ou por falta cometida pelo empregado contra as regras de segurança.
Adoecimento dos Trabalhadores e sua Relação com o Trabalho
O trabalho possui um importante papel dentro de uma socie-
dade e na vida do ser humano, e este muitas vezes se associa a uma 
satisfação pessoal e realização ocupacional, no entanto, o trabalho ele 
pode desencadear fatores positivas para o trabalhador como o prazer 
em exercer suas atribuições como também pode gerar estresse, aliena-
ção, insatisfação, angústia e sofrimento psíquico. Todos estes fatores 
negativos favorecem e deixam o profissional vulnerável para o adoe-
cimento ocupacional. Ressalta-se que, quando ocorre um sofrimento 
no contexto de trabalho este se associa a “uma falha na intermediação 
entre as expectativas do trabalhador e a realidade imposta pela organi-
zação de trabalho” (FERREIRA; MEDEIROS; CARVALHO, 2017). 
De acordo com Brey et al., (2017) o adoecimento ocupacional 
esta associado com a forma com que o processo de trabalho é organi-
zado e realizado dentro das instituições.
O adoecimento ocupacional é um fator tão preocupante e cada 
vez mais presente no contexto atual que, muitas vezes estes profissionais 
não identificam que se encontram em sofrimento laboral por não consegui-
rem identificar precocemente seus sintomas de adoecimento ou exaustão, 
ou pelo fato de muitas vezes estarem inseridos na rotina que não se lem-
bram de cuidar de si mesmo, não percebendo assim, o adoecimento. 
Somado a isso, outros fatores favorecem para o aumento do 
adoecimento dos trabalhadores como o aumento da violência seja ela 
física ou verbal, sobrecarga mental (ansiedade, insatisfação, exaustão e 
estresse) e física, baixos salários, condições precárias de trabalho e os 
problemas na organização do trabalho (MONTEIRO et al., 2013). Todos 
estes fatores podem favorecer para o adoecimento ou gerar ausências 
do ambiente de trabalho por meio de licenças médicas ou o absenteísmo. 
Entre as principais causas de afastamento dos trabalhadores 
evidenciam-se os problemas de origem mental, causa esta que vêm 
aumento nos últimos anos devido a exposição psicológica que muitos 
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trabalhadores sofrem no cotidiano laboral. 
A Organização Mundial da Saúde mostra que os transtor-
nos mentais podem atingir até 40% dos trabalhadores, sendo que 
30% são considerados transtornos “menores”, e entre 5% e 10% 
são de nível grave (SILVA; BERNARDO; SOUZA, 2016). 
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 01
Ano: 2018. Assistente Legislativo - Técnico em Segurança do Tra-
balho. 
A higiene ocupacional dedica-se ao reconhecimento, avaliação e 
controle dos riscos ambientais (químicos, físicos, biológicos e er-
gonômicos) presentes nos locais de trabalho.
Sobre os objetivos da higiene ocupacional, analise as afirmativas 
a seguir.
I. Promover o desenvolvimento da empresa, conforme as normas 
estabelecidas pelas NRs.
II. Controlar apenas os níveis de poluição atmosférica no ambiente 
de trabalho.
III. Proteger e promover a saúde dos trabalhadores por meio de 
ações preventivas no ambiente de trabalho.
Está correto o que se afirma em:
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) II e III, apenas.
QUESTÃO 02
Ano: 2016. Banca IDECAN – UFPB. Enfermagem. 
Analise as afirmativas a seguir.
I. O propósito da Saúde no Trabalho é servir à saúde e ao bem-es-
tar dos trabalhadores, individualmente e coletivamente.
II. O exercício da Saúde no Trabalho deve ser realizado de acordo 
com os mais elevados padrões profissionais e princípios éticos.
III. Os profissionais de Saúde no Trabalho devem contribuir para a 
saúde ambiental e comunitária.
IV. Os deveres dos profissionais de Saúde no Trabalho incluem a 
proteção da vida e da saúde do trabalhador, respeitando a digni-
dade humana e promovendo os mais elevados princípios éticos 
na implementação de políticas e programas de Saúde no Trabalho.
V. A integridade na conduta profissional, a imparcialidade e a pro-
teção da confidencialidade dos dados de saúde e a privacidade 
dos trabalhadores constituem parte dos deveres dentro dos princí-
pios básicos da conduta ética dos profissionais de saúde.
Estão corretas as afirmativas: 
(A) I, II, III, IV e V.
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(B) I, II e III, apenas.
(C) IV e V, apenas.
(D) II, IV e V, apenas.
QUESTÃO 03
Ano: 2018. Banca. COMPERVE. COMPERVE - 2018 - Prefeitura de 
Natal - RN - Enfermeiro do Trabalho. 
Um sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho constitui 
parte do sistema global de gestão de uma organização que objetiva o 
controle dos perigos e riscos em matérias de saúde e segurança no 
trabalho. A implementação de segurança e saúde no trabalho e a res-
pectiva conformidade com as exigências estabelecidas pela legisla-
ção e pela regulamentação nacional são de responsabilidade e dever:
(A) do trabalhador.
(B) do empregador.
(C) da sociedade civil.
(D) da administração pública.
QUESTÃO 04
Ano: 2014. Banca: Instituto de Estudos Superiores do Extremo Sul 
(IESES). IFSC/SC. Enfermeiro do Trabalho.
Segundo a Norma Regulamentadora 32 - Segurança e Saúde no 
Trabalho em Serviços de Saúde -, são considerados agentes bioló-
gicos todas as alternativas, EXCETO:
(A) Temperaturas extremas (altas e baixas).
(B) Microrganismos não modificados geneticamente.
(C) Microrganismos geneticamente modificados.
(D) Parasitas.
QUESTÃO 05
Ano: 2018. Banca: CESGRANRIO - Petrobras - Enfermeiro do Tra-
balho.
Para um bom sistema de gestão da Saúde e da Segurança do Tra-
balho (SST) é fundamental:
(A) Assegurar que o sistema se concentra na eficácia das medidas de 
prevenção e de proteção;
(B) Atribuir responsabilidades gerais para a respectiva execução das 
medidas do sistema pelos empregados da empresa;
(C) Ter ciência de que o sistema é delineado mais para se justificar do 
que para se aperfeiçoar;
(D) Ter ciência de que o nível de desempenho de um sistema de gestão 
de SST funciona genericamente, independentemente do suporte ou do 
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programa de SST existente na organização;
(E) Assegurar que as auditorias no sistema contribuam para um pro-
cesso de melhoria e possam tornar-se, também, um mecanismo para 
melhorar os resultados das próprias auditorias.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSETANDO A UNIDADE
Sabe-se da fundamental importância da OIT e a OMS possuem peran-
te as elaborações e aplicações das recomendações para os serviços 
de saúde ocupacional. Neste sentido discorra sobre a Recomendação 
no112, qual sua principal finalidade.
TREINO INÉDITO 
Em relação à norma regulamentadora (NR 32), analise as afirmati-
vas abaixo e assinale a alternativa correta.
I- É a que cuida da saúde dos profissionais da área de saúde e tem 
por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementa-
ção de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalha-
dores dos serviços de saúde.
II- Entre os riscos químicos que os profissionais da saúde estão 
expostos destacam-se os produtos como o talco e o látex pois es-
tes podem desencadearreações alérgicas. 
III- Consideram-se agentes biológicos os microrganismos, geneti-
camente modificados ou não, as culturas de células, os parasitas, 
as toxinas e os príons. 
IV- A exposição a diferentes formas de energia como: ruído, vibra-
ções, pressão anormal, iluminação, temperaturas extremas, radia-
ções ionizantes e não ionizante é definida como um risco químico. 
(A) Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas.
(B) Somente a afirmativa II está correta.
(C) Somente a afirmativa I, IV estão corretas.
(D) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
(E) Todas as alternativas estão corretas.
NA PRÁTICA 
Sabe-se que, entre os profissionais da área da saúde a enfermagem é a 
classe profissional que apresenta uma maior concentração de trabalha-
dores e, consequentemente a que mais se expõe aos riscos ocupacio-
nais dentro das instituições de saúde. Assim, neste sentido você sendo 
um enfermeiro coordenador de uma instituição hospitalar. Tendo conhe-
cimento sobre os riscos que sua equipe de enfermagem está exposta. 
Quais as medidas que você tomaria além da aplicação da utilização dos 
equipamentos de proteção individual?
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NA MÍDIA 
OPERÁRIOS EM CONDIÇÕES ANÁLOGAS À ESCRAVIDÃO SÃO 
RESGATADOS EM SP
Eles não recebiam salários há cerca de três meses, e foram encontra-
dos em alojamentos precários com risco de incêndio, sem alimentação.
São Paulo – Uma fiscalização em obras de restauração da rodovia Raposo 
Tavares entre as cidades de Itapetininga e Itaí, no interior de São Paulo, 
resultou no resgate de 12 trabalhadores em condições análogas à escra-
vidão. Eles não recebiam salários há cerca de três meses, e foram encon-
trados em alojamentos precários com risco de incêndio, sem alimentação.
Auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho em São 
Paulo (SRT-SP) dizem que os operários foram alvo de aliciamento e 
tráfico de pessoas. Eles teriam sido enganados ao receber propostas 
de trabalho, segundo a SRT-SP, e arcado com os custos das viagens de 
cidades da região Norte e Nordeste até o interior paulista.
Segundo o depoimento dos trabalhadores, a empresa havia prometido 
ressarcir o valor da passagem de volta, o que não ocorreu.
A fiscalização os encontrou em duas casas no município de Angatuba. Uma 
delas tinha instalação elétrica irregular, e a outra uma cozinha a gás impro-
visada, o que é proibido pelas normas de saúde e segurança do trabalho.
Fonte: Exame
Data: 24 mar. 2019.
Leia a notícia na íntegra: https://exame.abril.com.br/brasil/operarios-
-em-condicoes-analogas-a-escravidao-sao-resgatados-em-sp/
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DIREITOS E DEVERES DOS TRABALHADORES
A legislação trabalhista abrange considerações gerais das prin-
cipais normas trabalhaistas a que os profissionais da área de segurança 
e medicina do trabalho devem atentar-se, uma vez que envolvem regra-
mentos de proteção a saúde do trabalhador. 
Sabe-se que o trabalho faz parte do contexto social do ser hu-
mano em uma sociedade, neste sentido, é de extrema importância que 
os trabalhadores tenham consciência de seus direitos e deveres dentro 
das instituições de trabalho. 
Frente a este aspecto, se faz necessário compreender que, 
uma atividade laboral deve-se iniciar por meio de um contrato de traba-
lho, contrato este que é quando ocorre um acordo de vontade entre dois 
DIRETRIZES RELACIONADAS AO
TRABALHOADOR
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individuos: o empregado (quem vai prestar o serviço) e o empregador 
(aquele que irá oferecer o local de trabalho, podendo ser uma pessoa 
física, uma empresa, uma frma individual, uma associação, ou qualquer 
outra espécie de organização). Ressalta-se que, é por meio deste con-
trato que o empregado e o empregador irão decidir quais as atribuições 
o empregado terá que cumprir naquela instituição. 
Leitura recomendada
Artigo:
Direitos trabalhistas no Brasil: uma aproximação crítica
Link:ht tps: / / reposi tor io .ufsc.br /bi tstream/hand-
le/123456789/180026/101_00256.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Existem basicamente três tipos de contrato de trabalho: contra-
to de trabalho por tempo indeterminado, contrato de trabalho por tempo 
determinado e contrato de experiência.
• Contrato por tempo indeterminado – é definido quando o em-
pregado possui uma data estipulada de entrada naquele emprego, no en-
tanto, não existe um período de encerramento deste contrato, o trabalha-
dor permanece até que ocorra algum evento que leve ao desligamento ou 
o mesmo entre com o pedido de desligamento/encerramento de contrato.
• Contrato de trabalho por tempo determinado – caracterizado 
pela existência de um período determinado para o encerramento do 
contrato com o empregado; existe um período pré-estabelecido com 
data de início e término. Enfatiza-se que, quando o empregado for exo-
nerado sem justa causa/ identificação do motivo que levou ao desliga-
mento o empregador tem obrigação em pagar uma indenização no valor 
da metade dos salários que seriam pagos até o termino deste contrato.
A Lei 9.601/98 e Decreto n. 2.490/98 instituiu o contrato por 
prazo determinado com duração máxima de dois anos, exclusiva-
mente para atividade de natureza transitória.
Duração: no máximo de dois anos.
Prorrogação: Só poderá ser prorrogado uma vez, e no má-
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ximo para dois anos, se ultrapassar o prazo de dois anos o contra-
to passará a ser contrato por prazo indeterminado.
Intervalo para o novo contrato: Mínimo de 6 meses para 
ser renovado o contrato.
Rescisão
Art. 479 da CLT: Nos contratos que tenham termo estipulado, o empre-
gador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pa-
gar-lhe, a título de indenização, a metade, da remuneração a que teria 
direito até o término do contrato.
Art. 480 da CLT: Havendo termo estipulado, o empregado não poderá 
se desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a 
indenizar o empregador dos prejuízos que deste fato lhe resultarem.
Leitura recomendada:
Decreto no 2.490, de 4 de fevereiro de 1998 - Regulamenta 
a Lei no 9.601, de 21 de janeiro de 1998, que dispõe sobre o con-
trato de trabalho por prazo determinado e dá outras providências.
Link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2490.htm
• Contrato de experiência – este é um contrato destinado a 
identificar se o funcionário/empregado possui o perfil ou as caracterís-
ticas laborais que o empregador busca para contemplar aquela vaga. 
Salienta-se que, o contrato de experiência não deve exceder o prazo 
máximo de 90 dias. 
Assim, o contrato de trabalho é o pacto de execução sucessiva 
estabelecido para durar no tempo, sujeito a certas mutalidades, em inte-
resse das partes. É evidente que as alterações do contrato de trabalho 
são possíveis desde que não resultem em prejuízos do próprio trabalha-
dor, sob pena de nulidade segundo se infere do artigo 468 da CLT, mes-
mo que o trabalhador tenha consentido na alteraçõa. Isso se explica pelo 
fato de que enquanto pendente o contrato e a necessidade do trabalho, 
posto que reflete a subsistência do trabalhador, sua concodância vem 
viaciada por medo e insegurança quanto à manutenção do emprego. 
DIREITOS TRABALHISTAS ASSEGURADOS
• Salário – é o valor pago referente aos serviços prestados pelo 
empregado para o empregador, este pode ser estabelecido por unidade 
de tempo (mês, semana, dia ou hora), por unidade de produção (ou 
de obra), por peça produzida, por comissão sobre venda ou por tarefa. 
Sendo este salário/valor não podendo ser pago inferior ao fixado por lei 
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“salário mínimo”; este deve ser pago/efetuado o pagamento até o 5º dia 
útil de cada mês (CLT art. 459, §1º);
• Jornada de trabalho – é caracterizadopelo período de tempo 
em que o empregado permanece em seu ambiente de trabalho/prestan-
do serviço para a instituição. O empregado possui um período de no má-
ximo 8 horas diárias de trabalho ou em regime de 44 horas semanais;
A jornada de trabalho vem explicitada não por parâmetros de 
horários de entrada e saída, disciplina que apresenta algumas varia-
ções a depender de cada organização empresarial, mas pelo limite de 
labor imposto pela norma celetista, essa explicitada no artigo 58 da CLT, 
que dispõe: “A duração normal de trabalho para os empregados em 
qualquer atividade privada não excederá de oito horas diárias, desde 
que não seja fixado expressamente outro limite”.
O outro limite a que se refere o texto legal acima transcrito é 
aquele que se ajusta entre empregado e empregador segundo o inte-
resse de ambos, porém, atende sempre ao limite de oito horas diárias. 
Nada impede que determinado profissional ajuste contrato com tempo 
de atividade de 6, 7 ou menos horas de trabalho, porém, jamais em 
tempos superior a 8 horas. 
Há casos em que a própria lei estabelece limite menor que oito 
horas, dada a atipicidade a que são inerentes as funções, como é o 
caso, entre outros, da telefonista. 
• Intervalos – durante o período em que o empregado desenvolve 
suas atividades laborais o mesmo possui o direito de realizar intervalos 
para repouso, repouso e alimentação “intervalo intrajornada”; Este período 
de intervalo intrajornada é estipulado pela carga horária diária que o traba-
lhador executa na instituição. Portanto, para jornadas de 8 horas, intervalo 
de 1 a 2 horas e jornadas de 6 horas o intervalor deve ser de 15 minutos.
A manutenção do intervalo mínimo interjornada encontra respaldo no fato de 
que o trabalho desenvolvido longamente pode levar à fadiga física e psíqui-
ca, o que conduz à insegurança do trabalhador e, considerada a natureza de 
certas atividades, à insegurança de terceiros e do patrimônio das empresas e 
do Estado, sendo que a redução de acidentes do trabalho está relacionada à 
capacidade de atenção do trabalhador no serviço (SAVAREGO; LIMA, 2013). 
Mães com filhos pequenos em fase de aleitamento têm di-
reitos a intervalos especiais para amamentarem seus filhos
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• Horas extras – é constituído quando o trabalhador se mantém 
no ambiente laboral além da jornada contratual. Deve-se considerar que, 
quando o profissional realiza hora extra o mesmo não deve ultrapassar 
duas horas, exceto nos casos de força maior ou necessidade imperiosa.
Em caso de prorrogação do horário normal há que se atentar 
para que o preceitua o artigo 384 da CLT, com relação ao trabalho da 
mulher: “Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório 
um descanso de 15 (quinze) minutos no mínimo, antes do início do pe-
ríodo extraordinários do trabalho. 
Na prorrogação do trabalhão do empregado do sexo mas-
culino não se exige um descanso de 15 minutos.
• Trabalho noturno – quando o trabalho é realizado no período 
noturno entre as 22:00h as 05:00h, este trabalhador possui o direito de 
receber um bônus devido a sua jornada de trabalho.
Hora noturna: A hora normal tem a duração de 60 minutos 
e a hora noturna, por disposição legal, nas atividades urbanas, é 
computada como sendo de 52 minutos e 30 segundos. Assim sen-
do, considerando o horário das 22h às 05h, temos 7 horas-relógio 
que correspondem a 8 horas de trabalho noturno. 
Valor da hora trabalhada: Acréscimo (chamado adicional 
noturno) de 20% sobre as horas trabalhadas. Quando o trabalhador 
recebe o adicional noturno, esta percentagem também será incorpo-
rada nos demais recebimentos como férias, 13º salário, FGTS, etc.
Considera-se o trabalho noturno mais desgastante e incompatí-
vel com a natureza humana. Daí se justifica que a hora do trabalho notur-
no será computada como de 52 minutos e 30 segundos. O horário notur-
no é o executado entre as 22horas de um dia às 5 horas do dia seguinte.
As condições em que o trabalho é desenvolvido, nesse período, devem mere-
cer especial atenção por parte dos empregados e dos profissionais que militam 
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na área de segurança e medicina do trabalho. O trabalhador noturno deve 
merecer, por parte das empresas, atenção especial, pois está mais sujeito 
ao desgaste que a maioria dos demais trabalhadores, e essa situação pode 
conduzi-lo a atitude inseguras, por veses desmedidas, mediante o estresse 
desencadeado pelo sistema e horário de trabalho (SAVAREGO; LIMA, 2013).
• Férias - Após um ano de trabalho, todo o trabalhador passa 
a ter direito a um período de até 30 dias para descanso e lazer, sem 
deixar de receber seu salário. Se o funcionário completar dois anos sem 
sair de férias, ele passa a ter o direito de recebê-la em dinheiro. Nestes 
casos, receberá pelas férias vencidas e não tiradas, duas vezes o valor 
de seu salário. Este também tem o direito de receber uma remuneração 
de pelo menos, dois terço a mais do que seu salário normal.
Se o trabalhador não tiver mais de 5 faltas injustificadas no 
ano, terá direito à 30 dias de férias. Quando houver mais de 5 faltas 
injustificadas, o trabalhador terá seu período de férias reduzido. 
• 6 a 14 faltas: 24 dias corridos de férias; 
• 15 a 23 faltas: 18 dias corridos de férias; 
• 24 a 32 faltas: 12 dias corridos de férias; 
• Acima de 32 faltas: não tem direito às férias.
• Décimo terceiro salário - implementado como um direito do tra-
balhador que por meio do art.7º da Constituição Federal de 1988, tendo 
este como o pagamento de um salário extra ao trabalhador no final de cada 
ano, que muitas vezes este é divido em 2 parcelas, bem como deverá ser 
proporcional na cessação do vínculo empregatício resultante da aposenta-
doria do trabalhador, o qual, deve ser verificada antes de dezembro.
• Licença-maternidade (ou licença-gestante) – benefício garan-
tido pelo 7º, XVII da Constituição, sendo que por meio desta a gestante 
tem o direito da licença remunerado de 120 a 180 dias estabelecido pela 
Lei 11.770/08;
Atividades Insalubres 
Entende-se por atividades insalubres quando o empregado/
trabalhador por qualquer fator, natureza, condições ou métodos de tra-
balho, se exponha a agentes que nocivos à saúde em seu ambiente 
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ocupacional. Esta exposição insalubre se caracteriza quando o traba-
lhador encontra-se exposto acima dos limites de tolerância e tempo de 
exposição aos seus efeitos. 
A atividade de insalubridade caracteriza-se por meios dos cri-
térios de classificação dos agentes nocivos, limites de tolerância e o 
tempo máximo de exposição, assegurado pela NR 15. 
Esta eliminação ou neutralização da insalubridade ocorrerá 
quando:
I – quando as medidas aplicadas para a adoção de um ambien-
te de trabalho seguro esteja dentro dos limites de tolerância (NR9);
II – ocorrer a aderência e utilização dos equipamentos de pro-
teção individual pelos trabalhadores, por meio desta utilização, ocorrerá 
uma diminuição da intensidade dos agentes agressivos e ao limite de 
tolerância (NR6).
Cada tipo de trabalho existe suas próprias características e con-
sequentemente podem expor o profissional a diferentes riscos ou levar 
até a morte de acordo com cada ambiente de trabalho. Portanto, quando 
o profissional exerce sua função laboral que possui riscos, o empregador 
deve adicionar os adicionais como insalubridade ou periculosidade. 
• Insalubridade – é a exposição do trabalhador a um ambiente 
de trabalho que possui característica que podem prejudicar à saúde do 
trabalhador sendo que neste ambiente o funcionário se expõe a ruído 
excessivo, a produtos químicos tóxicos, a agentes biológicos (como o 
lixo hospitalar ou o manuseio de insumos hospitalares). 
A realização de trabalho exposto a agentes nocivos à saúde 
obriga o empregador ao pagamento adicional de insalubridade, a fim de 
compensaros danos causados ao empregador. 
O adicional varia de acordo com a gravidade do agente a que 
o empregado está exposto. 
Referente ao direito do empregado a receber o adicional 
de insalubridade ou periculosidade este acabará quando ocorrer 
à eliminação do fator de risco associado ao ambiente de trabalho, 
ou seja, este cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou 
integridade física. 
Conceitos 
São consideradas atividades ou operações insalubres aqueles 
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que se desenvolvem:
• Acima dos limites de tolerância nas atividades que envolvam 
ruído contínuo ou intermitente, ruídos de impacto; 
• Em exposição a calor, radiações ionizantes, agentes quími-
cos, poeiras minerais;
• Sob pressões hiperbáricas, agentes químicos específicos, 
agentes biológicos;
• Em ambientes de radiações não ionizantes, vibrações, frio e umi-
dade, comprovadas por meio de laudo de inspeção do local de trabalho. 
Para os fins da determinação ou não da insalubridade, enten-
de-se por limite de tolerância a concentração, ou intensidade máxima ou 
mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente.
Portanto, quando o profissional encontra-se inserido em um 
ambiente que o expõe aos riscos laborais, este deve implantar dentro 
das empresas a identificação do “limite de tolerância” ou mensurar a 
concentração/intensidade mínima ou máxima de exposição que o am-
biente ocupacional expõe o trabalhador, sendo este, caracterizada pela 
“natureza da exposição (qual tipo de exposição que este trabalhador 
está exposto), tempo/duração da exposição ou o agente”. Todos estes 
fatores devem ser avaliados para mensurar potenciais riscos e assim, 
conseguir identificar a insalubridade.
Assim, ao realizar a caracterização do trabalhador a estes 
agentes faz-se a percepção do adicional ao salário do mesmo, sendo, 
utilizada a seguinte equivalência: 
- 40%(quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
- 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
- 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.
Insalubridade de grau máximo (40%)
Trabalhos ou operações em contato permanente com:
• Pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas, 
bem como objetos de seu uso, não previamente esterilizados;
• Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couro, pelos e 
dejetos de animas portadores de doenças infectocontagiosas (carbun-
culose, brucelose, tuberculose); 
• Esgotos (galeria e tanques);
• Lixo urbano (coleta e industrialização).
Insalubridade de grau médio (20%)
Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, 
animais ou com material infecto contagiante em:
• Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulató-
rios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos 
cuidados de saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que te-
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nha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos 
de uso desses paciente, não previamente esterilizados); 
• Hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros esta-
belecimentos destinados ao atendimento e tratamento de animais (apli-
ca-se apenas ao pessoal que tenha contato com tais animais); 
• Contato em laboratórios com animais destinados ao preparo 
de soro, vacinas e outros produtos; 
• Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se 
apenas ao pessoal técnico);
• Gabinetes de autópsias, anatomia e histopatologia (aplica-se 
apenas ao pessoal técnico);
• Cemitérios (exumação de corpos);
• Estábulos e cavalaria; 
• Resíduos de animais deteriorados.
Contato permanente com pacientes, animais ou material infec-
to contagiante é o trabalho resultante de prestação de serviço contínuo 
e obrigatório, decorrente de exigências firmada no próprio contrato de 
trabalho, com exposição permanente aos agentes insalubre. 
Os adicionais de insalubridade e periculosidade, previstos 
na Lei nº 8.112/90, devem ser pagos ao empregador durante o tem-
po que enquanto durarem as condições ou os riscos que deram 
causa à sua concessão.
A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a 
cessação do pagamento do adicional. A eliminação ou neutralização 
pode ocorrer: 
• Com a adoção de medidas de ordem geral, que conservem o 
ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; 
• Com a utilização de equipamento de proteção individual. 
A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracte-
rizada por meio da avaliação pericial, por órgão competente, que com-
prove a inexistência de risco à saúde do trabalhador. 
Vale ressaltar que, para o empregado receber o adicional de 
insalubridade o mesmo deve passar por um laudo pericial, assim, o em-
pregado terá o direito respaldo de receber este adicional de acordo com 
a classificação da atividade insalubre, sendo esta estabelecida pela re-
lação oficial disponibilizada pelo Ministério do Trabalho.
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Fica estipulado para o empregador e aos sindicatos dos tra-
balhadores requerem ao Ministério do Trabalho, por meio da Delegacia 
Regional do Trabalho (DRT) a aplicação e realização de pericias nos 
estabelecimentos da empresa bem como nos setores, tendo como ob-
jetivo que sejam aplicados as características daquele setor e determinar 
e aplicar as atividade insalubres.
• Periculosidade – o profissional irá receber este adicional em 
seu salário quando o mesmo possui no ambiente ocupacional exposi-
ção a produtos inflamáveis (como gasolina, álcool, entre outros), explo-
sivos, energia elétrica, roubos ou outras espécies de violência física nas 
atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. Assim, 
deve-se realizar um adicional de 30% sobre a remuneração, devendo-
-se enfatizar que este não deve ser realizado sobre o salário mínimo.
São consideradas atividades ou operações perigosas, na for-
ma da regulamentação aprovada pelo MTb, aquelas que, por sua na-
tureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com 
inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. 
O adicional de periculosidade é equivalente a 30% do salário 
do empregado. Para caracterização da periculosidade são necessários 
três condições: 
• Existência do agente periculoso;
• Contato com o agente;
• Condições de risco acentuado. 
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, conside-
ra-se atividades perigosas ou periculosidade, aquelas que, apresentam 
risco acentuado ao profissional no seu ambiente de trabalho relaciona-
do a sua natureza ou métodos de trabalho. Assim, destacam-se alguma 
atividades que se enquadram como atividades perigosa/periculosidade:
I – inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; 
II – roubos ou outras espécies de violência física nas atividades 
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.
Como medida preventiva para os profissionais da área da saúde, 
no ato da contração o mesmo deve comprovar em carteira de vacina as se-
guintes imunizações: contra tétano, difteria e hepatite B. Tendo esta como 
uma medida de prevenção obrigatória para trabalhadores desses serviços.
 
Norma Regulamentara n. 15 – insalubridade 
Norma Regulamentara n. 16 – periculosidade 
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Faça uma leitura das principais caracteristicas que são 
consideradas como ambiente insalubre e com caracteristicas de 
periculosidade. 
Acesso o link:
NR 15 - http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr15.
htm
NR 16 - http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr16.
htm
Acumulação com o adicional de periculosidade 
A legislação não dá ao empregado o direito de usufruir concomi-
tantemente do adicional de periculosidade e do adicional de insalubridade. 
Assim, caso o empregado exerça suas funções, simultaneamente, em am-
biente perigoso e insalubre, ele poderá optar pelo adicional de insalubrida-
de, evidentemente, quando o valordeste for superior ao de periculosidade. 
Para melhor visualização das atividades e operações de insa-
lubridade, seguem, de forma sucinta, os anexos constantes na NR15: 
Anexo 1 – limites de tolerância para ruído contínuo ou in-
termitente. Endende-se por ruído continuo ou intermitente, para os 
fins de aplicação de limites de tolerância, o ruído que não seja ru-
ído impacto;
Anexo 2 – limites de tolerância para ruídos de impacto. 
Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de 
energia acústica de duração inferior a 1 segundo, a intervalos su-
periores de 1 segundo;
Anexo 3 – limites de tolerância para exposição ao calor. A 
exposição ao calor deve ser avaliada por meio do “Índice de Bulbo 
Úmido – Termômetro de Globo”; 
Anexo 5 – limites de tolerância para radiações ionizantes. 
Nas atividades ou operações em que trabalhadores ficam expostos 
a radições ionizantes, os limites de tolerância são os constantes;
Anexo 6 – trabalho sob pressão hiperbáricas. Trabalho sob 
ar cumprimido efetuado em ambientes onde o trabalhador é obri-
gado a suportar pressões maiores que a atmosférica e onde se 
exige cuidadosa descompressão; 
Anexo 7 – radiações não ionizantes. São radiações não io-
nizantes as micro-ondas, os ultravioletas e o laser;
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Anexo 8 – vibrações. As operações e atividades que ex-
ponham os trabalhadores, sem proteção adequada, às vibrações 
localizadas ou de corpo inteiro, realizadas no local de trabalho;
Anexo 9 – frio. As atividades ou operações executadas no 
interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem con-
dições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem pro-
teção adequada; 
Anexo 10 – umidade. As atividades ou operações executa-
das em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, 
capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores; 
Anexo 11 – agentes químicos cuja insalubridade é caracte-
rizada por límite de tolerância e inspeção no local de trabalho. As 
atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam exposo-
tos a agentes químicos; 
Anexo 12 – límites de tolerância para poeiras minerais. 
Anexo 13 – agentes químicos. Relaciona as atividades e 
operações envolvendo agente químicos, como: arsênico, carvão, 
chumbo, cromo, fósforo, hidrocarbonetos e outros compostos de 
carbono. Mercúrio, siliatos, substâncias canceígenas; 
Anexo 14 – agentes biológicos. Relacionado as atividades 
e operações que envolvem agentes biológicos.
PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS 
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) tem 
como objetivo a preservação da saúde e da integridade física e psíqui-
ca dos profissionais que exercem suas atividades laborais dentro das 
instituições empregadoras. Bem como realizar ações voltadas para a 
antecipação, reconhecimento avaliação e controle das ocorrências dos 
riscos ambientais existentes no local de serviço, enfatizando os fatores 
de proteção com o meio ambiente e recursos naturais. Também, este irá 
caracterizar a atividades e o tipo de exposição. 
O programa de prevenção de riscos ambientais está regulamen-
tado por meio da Norma Regulamentadora número 9, que estabelece a 
obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os 
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como emprega-
dos, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA. 
Vale ressaltar que, as ações do PPRA devem ser desenvolvi-
das dentro do ambiente ocupacional dos trabalhadores, sendo este de 
responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhado-
res, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das caracte-
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rísticas dos riscos de exposição dos trabalhadores e de acordo com a 
necessidade de cada controle.
Do desenvolvimento do PPRA. 
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá 
incluir as seguintes etapas: 
a) antecipação e reconhecimento dos riscos; 
b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e 
controle; 
c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; 
d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua 
eficácia; 
e) monitoramento da exposição aos riscos; 
f) registro e divulgação dos dados.
Assim, o PPRA considera-se como risco ambiental:
Os agentes físicos, químicos e biológicos existentes no ambiente de trabalho 
que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de 
exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. São agen-
tes físicos as diversas formas de energia (ruído, vibrações, pressões anor-
mais, temperaturas extremas, radiações ionizantes etc.), agentes químicos, 
as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo 
pela via respiratória (poeiras, fumos, névoas, neblina, gases ou vapores) ou 
que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser ab-
sorvidos pelo organismo, pela pele ou por ingestão; e agentes biológicos, as 
bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros (NR 9).
Assim, a elaboração, implantação, acompanhamento e as 
avaliações do PPRA, podem ser realizados pelo SESMT da empresa; 
desde que, este seja realizado pelo médico do trabalho ou engenheiro 
do trabalho, tendo estes como obrigatoriedade o credenciamento no 
Ministério do Trabalho.
Salienta-se que, o PPRA é assegurado pela NR 9 o qual esta-
belece como obrigatoriedade para a implantação, sendo que, a partir de 
1 empregado a mesma já tem que ser implantada. 
De acordo com a NR 9, fica obrigatório para o empregador a 
implementação de funções ou atividades envolvendo o trabalhador, no 
qual, deve conter a identificação dos EPI que devem ser utilizados para 
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cada tipo de exposição e caracterizar o potencial risco que a atividade 
oferece, bem como, realizar treinamentos para que assim, ocorra a de-
vida utilização dos EPI de forma correta e identificar as limitações de 
proteção que o EPI oferece.
Quanto ao PPRA este serviço deve desenvolver ações vi-
sando à antecipação e envolver a análise de projetos de novas ins-
talações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificação 
dos já existentes, com o intuito de identificar os riscos potenciais 
e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.
Também entre as medidas cabíveis o empregador deverá ga-
rantir que, quando ocorre o risco ambiental no ambiente de trabalho que 
exponha o funcionário em situação grave e iminente risco um ou mais 
trabalhador, os mesmos tem o direito de interromper imediatamente 
suas atividades e comunicar o fato ao responsável pelo setor, para que 
assim, sejam tomadas as medidas cabíveis para assegurar a diminui-
ção das sequelas relacionadas aquele evento. 
Sabe-se da fundamental importância quanto aos treinamentos 
e conscientização dos trabalhadores quanto ao uso dos EPI dentro dos 
serviços, visto que, esta utilização favorece para a minimização dos ris-
cos ocupacionais e potenciais agravamentos. 
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QUESTÕES DE CONCURSO 
QUESTÃO 01
TRT 9ª 2013 - FCC - Técnico judiciário - área administrativa.
O empregado tem direito ao gozo de férias:
(A) anuais remuneradas com, pelo menos, dois terços a mais do que o 
salário normal;
(B) semestrais remuneradas com, pelo menos, dois terços a mais do 
que o salário normal;
(C) anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o 
salário normal;
(D) anuais remuneradas com, pelo menos, metade a mais do que o 
salário normal;
(E) semestrais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que 
o salário normal.
QUESTÃO 02
Ano: 2016. Banca IFPE - Enfermeiro do Trabalho.
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) deve ser 
implantado nas empresas, visando à preservação da saúde e da 
integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconheci-

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