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DIETOTERAPIA Profa. Msc. Andréia Chamas CONCEITOS MOBILIZADOS ❖ Doenças da Cavidade Oral ❖ Doenças do Esôfago ❖ Doenças do Estômago ❖ Doenças do Intestino ❖ Doenças das Glândulas Anexas ❖ Hipertensão Arterial Sistêmica ❖ Dislipidemia ❖ Infarto Agudo do Miocárdio ❖ Insuficiência Cardíaca ESTUDO DE CASO CASO CLÍNICO – AULA 1 Paciente, sexo masculino, 79 anos, renda familiar de 1 salário mínimo. Queixa principal: relata estar sem apetite e ter emagrecido 4 Kg em 1 mês. História pregressa: apresenta osteoporose e artrose. Mãe faleceu em decorrência de infarto e pai de câncer de intestino. O paciente se apresenta ativo, sem dependências para as atividades diárias. Uso de medicamentos: ácido acetilsalicílico para prevenção de doenças cardiovasculares. Ingestão de líquidos: bebe 1 copo de água por dia e 1 copo de suco natural. Habito intestinal: fezes endurecidas, 3 x por semana. Relata fazer uso de prótese dentária total com dor para mastigar. Relata ter dificuldades de pegar talher por causa da osteoartrose nas mãos. Avaliação Dietética 7:30 hs- café da manhã: café preto com açúcar (1 xicara), pão cacetinho (1 unidade) com chimia, laranja (1 unidade) 12:00 hs- almoço: arroz (3 colheres de sopa), carne assada (1 fatia), pêra (1 unidade) 16:00 lanche da tarde: bolacha recheada (4 un), maçã (1 unidade) 19:00 hs jantar: macarrão (2 pegadores), frango assado (1 sobrecoxa), molho de tomate (2 colheres), suco natural (1 copo) Exame Físico Apresenta-se emagrecido, com aparente perda de musculatura nas têmporas e face, desidratado e sem sinais de outras carências nutricionais. DEVOLUTIVA ESTUDO DE CASO Dieta Pastosa Mais: Oferta de suplemento alimentar hipercalórico e hiperprotêico CONCEITOS MOBILIZADOSDoenças da Cavidade Oral CÁRIES Açúcares e doces Peixes, ovos, frango e carne vermelha ▪ Diminuir a sacarose e os amidos cozidos e pegajosos, bem como a frequência de lanches e a duração do tempo de exposição; ▪ O consumo de gomas de mascar e pastilhas com xilitol é recomendado como medida anticariogênica; ▪ As frutas, quando ingeridas com as refeições, diminuem seu potencial cariogênico; ▪ Cárie de mamadeira: exclusão da oferta da mamadeira durante a noite; crianças e os bebês não devem dormir com a mamadeira na boca. ▪ As refeições intermediárias devem incluir alimentos cariostáticos e, quando ofertados alimentos cariogênicos, deve ser efetuada a escovação ou o enxague bucal após o consumo. CONCEITOS MOBILIZADOSDoenças da Cavidade Oral AFTAS CANDIDÍASE ORAL “SAPINHO” HERPES ▪ Alterar temperatura e consistência da dieta. ▪ Suplementar a dieta com vitamina C, proteínas e calorias para acelerar o processo de cicatrização. ▪ Uso de canudo; ▪ Cortar ou moer as carnes e vegetais; ▪ Evitar alimentos secos como pães, biscoitos, torradas, hortaliças e frutas cruas. ▪ Controlar o consumo de carboidratos; ▪ Ingerir alimentos ricos em ferro, vitamina B12 e folato, como: carne bovina, ovos ,peixe, fígado, leite, laticínios, vegetais folhosos verdes etc. ▪ Consumir alimentos ricos em lisina como peixe, leite, carne, queijo, soja, ovo e levedura de cerveja; ▪ Evitar alimentos que contenham o aminoácido arginina, pois desencadeia o reaparecimento do herpes labial (nozes, gelatina, chocolate, passas e pipoca). PERIODONTITE ▪ Garantir a ingestão adequada de cálcio, proteína, zinco, fósforo, vitamina C, fluoreto e vitamina A. Necessário suplementar com polivitamínico e mineral; • Incluir alimentos ricos em antioxidantes. CONCEITOS MOBILIZADOSOrientações Gerais para Doenças da Cavidade Oral Adaptar a consistência e a temperatura da dieta conforme a tolerância do paciente. Evitar bebidas gaseificas, alimentos ácidos ou azedos, alimentos salgados e condimentos, pois podem causar dor. Fracionamento de 6 a 8 refeições pequenas e frequentes seguidas de enxágue com água morna ou escovação auxiliam na redução do risco de cáries dentárias. Suplementos orais com alto teor de caloria e proteína em forma líquida ou de pudim podem ser necessários para suprir as necessidades nutricionais e otimizar a cura. Doenças do Esôfago CONCEITOS MOBILIZADOSDoenças do Esôfago ACALÁSIA • Adaptar a consistência da dieta conforme o grau de disfagia (sendo necessário dieta líquida, leve ou pastosa); • Adaptar a temperatura à morna ou ambiente na presença de esofagite; • Dieta hipercalórica e hiperproteica, sem irritantes gástricos e sem ácidos; • Nutrição enteral quando houver disfagia a líquidos; • Evitar sucos e frutas ácidas, condimentos, especiarias picantes etc.; • Não deitar após as refeições e, em casos de pacientes acamados, mantê-los em decúbito elevado; • Fracionar as refeições em pequenos volumes. CONCEITOS MOBILIZADOS VIGITEL,2018. Doenças do Esôfago RGE e ESOFAGITE • Hipolipídica (< 20% do Valor Energético Total), acelerando o esvaziamento gástrico; • Na presença de obesidade, planejar um plano alimentar para perda de peso; • Evitar alimentos gordurosos, vez que a colecistocinina (CCK) é responsável pela diminuição da pressão do EEI; • Consistência leve, pastosa ou branda. Na fase aguda, deve-se manter a consistência líquida ou semilíquida, podendo evoluir até a geral (quando da melhora da disfagia); • A temperatura deve ser morna ou ambiente; • Evitar ingerir líquidos nas refeições principais; • Excluir: café, mate, chá preto, bebidas alcoólicas, chocolate, hortelã, alimentos picantes (diminuem a pressão do EEI, facilitando seu relaxamento); ▪ Excluir: sucos e frutas ácidas, tomate, consomê (alto teor de purinas estimula a secreção ácida); ▪ As mães de lactentes com RGE devem ser estimuladas a amamentar e orientadas a realizar técnicas e posturas adequadas no momento da amamentação para evitar a deglutição excessiva de ar e permitir eructação pós-prandial; • Fracionada de 6 a 10 refeições, proporcionando redução do volume da dieta. CONCEITOS MOBILIZADOSDoenças do Esôfago HÉRNIA DE HIATO Dieta Hiperprotêica Recomendações Gerais nas Doenças do Esôfago • Não comer antes de dormir; • Comer em posição ereta; • Não deitar após a refeição; • Não usar roupas e acessórios apertados; • Manter a cabeceira da cama elevada. Doenças do Estômago CONCEITOS MOBILIZADOSDoenças do Estômago Gastrite Aguda e Crônica • Hipogordurosa, sem irritantes gástricos (pimenta malagueta em pó, cebolas, alho e pimenta-do- reino, café, chá mate, chá preto, chocolate) e ácidos; • Jejum no caso de hemorragia e observação da evolução clínica; • Iniciar com dieta de consistência macia (dieta líquida – hemorrágica) branda ou geral; • É indicado aumentar o consumo de fibras alimentares (vegetais, em geral), que agem como efeito tampão, pois diminuem a concentração de ácidos biliares no estômago; • Condimentados, flatulentos, café e álcool devem ser evitados por um período, pois aumentam a secreção de suco gástrico; • Acompanhar a tolerância e a aceitação da dieta; • Fracionar em 4 a 5 refeições; • Comer devagar, calmamente, mastigando bem os alimentos; CONCEITOS MOBILIZADOSDoenças do Estômago Úlcera Péptica • Jejum no caso de hemorragia e observação da evolução clínica. • Iniciar com dieta de consistência macia (dieta líquida – hemorrágica) branda ou geral; • Hipogordurosa, sem irritantes gástricos (pimenta malagueta em pó, cebolas, alho e pimenta-do-reino, café, chá mate, chá preto, chocolate) e ácidos; • Excluir os estimulantes e irritantes gástricos, tais como pimenta malagueta em pó, cebolas, alho e pimenta-do-reino, café, chá mate, chá preto, chocolate; • Aumentar a ingestão de ácidos graxos do tipo W-3 e W-6, pois podem apresentar efeito protetor; • Acompanhar a tolerância e a aceitação da dieta. Doenças do Intestino Doenças Inflamatórias Intestinais Dietoterapia das Doenças do Intestino FASE AGUDA • Via de administração da dieta: enteral e parenteral; • Isenta de lactose (diminuição da lactase e intolerância). • Rica em fibras solúveis; • Suplementação de vitaminas e minerais: ácido fólico, vitaminaB6 e B12, zinco, potássio, selênio Dietoterapia das Doenças do Intestino FASE DE REMISSÃO •Via de administração: oral; • Antifermentativa; • Evoluir progressivamente o teor de fibras insolúveis. NUTRIENTES ESPECÍFICOS • Arginina e glutamina: melhora da resposta imunológica; • Ácido graxo ômega 3 (RCII): diminui a resposta inflamatória (3 a 5g/dia); • Probióticos Dietoterapia das Doenças do Intestino Dietoterapia das Doenças do Intestino ▪ Dieta Laxativa ▪ Recomendação de fibras: 25g por dia em mulheres adultas e 38g para homens; crianças, 19g a 25g por dia; ▪ Oferta hídrica: no mínimo 8 copos/dia ▪ de líquidos (água, sucos e outros); Incluir: farelo de trigo, aveia, cereais e grãos integrais, ameixa preta e FOS (fruto – oligossacarídios), pois apresentam efeito prebiótico (alho, cebola, banana, tomate, alcachofra, chicória, aspargos etc.) Dietoterapia das Doenças do Intestino Diarréia pode ser definida como o aumento da frequência de evacuações (> 3 vezes/ dia), eliminado fezes semipastosas ou líquidas (geralmente superiores a 300ml), acompanhada de perda excessiva de líquidos e eletrólitos, como o sódio e o potássio Doenças das Glândulas Anexas Esteatose Hepática Dietoterapia da Esteatose Hepática Encefalopatia Hepática (EH) Dietoterapia na Encefalopatia Hepática Dietoterapia na Encefalopatia Hepática Colelitíase e Coledocolitíase MATERIAL COMPLEMENTAR Colelitíase ▪ Sem tto específico; ▪ Fatores que aumentam a suscetibilidade: obesidade, jejum rigoroso, dietas sanfona, dietas de baixas calorias; ▪ Substituição de carboidratos simples por complexos. Colecistite Aguda ▪ Alimentação oral é descontinuada; ▪ Indicação de Nutrição Parenteral; ▪ Quando a dieta for introduzida: restrição de gordura (30-45g de lipídios/dia). Colelitíase e Coledocolitíase Colecistite Crônica ▪ Dieta com baixo teor de gordura: 25 a 30%; • Dieta antifermentativa: os pacientes referem flatulência e inchaço; • • Administrar vitaminas lipossolúveis. Pancreatite Dietoterapia Pancreatites E COMO ISSO MUDA MINHA VIDA? ❖ Qual é a importância de conhecer as condutas nutricionais nas doenças do sistema digestório? ❖ Como o Nutricionista deve atuar no manejo dietoterápico das doenças do sistema digestório? E COMO ISSO MUDA MINHA VIDA? ❖ Através das condutas nutricionais podemos elaborar dietas específicas para as diferentes patologias que acometem o trato digestório. ❖ O Nutricionista deverá orientar o paciente na escolha dos alimentos através do plano alimentar e também recorrer ao uso de suplementos nutricionais caso necessário de acordo com a patologia apresentada. COMPETÊNCIAS ADQUIRIDAS HORA DA PERGUNTA! A ? B C D Introdução As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo: mais pessoas morrem anualmente por essas enfermidades do que por qualquer outra causa. Estima-se que 17,7 milhões de pessoas morreram por doenças cardiovasculares em 2015,representando 31% de todas as mortes em nível global. Assim, essas doenças também podem ser consideradas problemas de saúde pública. Hipertensão Arterial Sistêmica A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de Pressão Arterial (PA). Fatores de Risco •Idade(aumenta com a idade); •Sexo e etnia (maior na raça negra); •Excesso de peso e obesidade; •Ingestão de sal, álcool; •Sedentarismo, tabagismo; •Fatores socioeconômicos e genéticos (herdada dos pais em 90% dos casos). Sintomatologia PA Dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal. Hipertensão Arterial Sistêmica Dietoterapia na HAS Dietoterapia na HAS Adoção do plano alimentar DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension = Aproximações Dietéticas para parar Hipertensão) Compostos Bioativos na HAS Alho Cru= Alicina Alho Processado= s-alil-cisteina Atua na coagulação aumentando o tempo de sangramento e promovendo discreta redução de pressão. Café, chá verde e cacau= Polifenóis Potenciais propriedades vasoprotetoras Café Chá Verde Cacau Recomenda-se que o consumo de café não exceda quantidades baixas a moderadas. Recomenda-se o consumo em doses baixas. O chocolate com pelo menos 70% de cacau pode promover discreta redução da PA; Dislipidemia Alterações dos níveis sanguíneos dos lipídeos circulantes Dislipidemia Dislipidemias- Sintomas Não causam sintomas Manifestações Clínicas Níveis elevados de triglicerídeos: -xantomas tendinosos encontrados nos tendões do calcâneo, nos cotovelos e nos joelhos. Hipertrigliceridemias graves parestesias, dispneia e confusão (podem surgir) Dietoterapia nas Dislipidemias Dietoterapia nas Dislipidemias Dietoterapia nas Dislipidemias Dietoterapia Dislipidemias Infarto Agudo do Miocárdio Sintomatologia Dor precordial ou desconforto intenso, aperto, opressão, peso e/ou queimação, podendo estar acompanhado de tontura, falta de ar, taquicardia, náusea e vômito, sudorese, palidez, mal-estar súbito e sensação de morte. O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ocorre com a limitação do fluxo coronário, que leva à necrose do músculo cardíaco. O trombo ocorre sobre uma placa aterosclerótica, complexa e irregular, geralmente, fissurada ou ulcerada Infarto Agudo do Miocárdio Infarto Agudo do Miocárdio FATORES DE RISCO Baixas ingestões de magnésio foram associadas ao infarto do miocárdio (devido ao papel que o magnésio exerce sobre o tônus vascular sistêmico e coronariano, em arritmias cardíacas e pela inibição da agregação plaquetária); O uso de suplementos de cálcio pode estar associado a um aumento do risco de doença cardiovascular. Dietoterapia no IAM Insuficiência Cardíaca É a disfunção cardíaca que resulta em um suprimento sanguíneo inadequado para atender às necessidades metabólicas teciduais. A IC pode ser aguda ou crônica e suas principais causas são: doença isquêmica, miocardiopatia, cardiopatias congênitas, doenças de chagas, hipertensão, doenças endócrinas e drogas, entre outras Insuficiência Cardíaca Insuficiência Cardíaca-Sintomatologia Os sintomas aparecem progressivamente, podendo levar de dias a anos para se manifestar. Classificação Insuficiência Cardíaca Dietoterapia Insuficiência Cardíaca Dietoterapia Insuficiência Cardíaca Restrição hídrica: nem sempre é necessário e será estabelecida de acordo com o grau da insuficiência cardíaca e o quadro clínico do paciente. Sódio: o nível ideal de ingestão de sódio na dieta de pacientes com IC crônica ainda é assunto controverso. Parece prudente recomendar que se evite ingestão excessiva de sódio (em níveis > 7 g de sal cloreto de sódio por dia). Potássio: verificar exames laboratoriais. Atenção com o uso de diuréticos, pois alguns deles são espoliadores desse mineral. Nesse caso, suplementação medicamentosa ou uma dieta que aumente o consumo de alimentos fontes de potássio (como frutas, legumes, leguminosas etc.) pode ser indicada. Dietoterapia na Insuficiência Cardíaca Ômega 3: suplemento alimentar para redução de mortalidade e internações cardiovascular (1g dia). Cálcio e magnésio: esses minerais também podem ser espoliados por alguns diuréticos. Por isso, é necessário acompanhar os exames laboratoriais e, se necessário, realizar a suplementação. Ainda: • Usar alimentos de alta densidade calórica na caquexia cardíaca (Desnutrição Energético Proteica) (abacate, azeite, vitaminas de frutas, etc..) • Fracionar as refeições, diminuindo o volume com a ajuda de alimentos com densidade calórica elevada; • Adequar a consistência conforme condições clínicas do paciente. CONCEITOS MOBILIZADOS E COMO ISSO MUDA MINHA VIDA? ❖ Qual é a importância de conhecer as condutas nutricionais nas doenças cardiovasculares? ❖ Como o Nutricionista deve atuar no manejo dietoterápico das doenças cardiovasculares?E COMO ISSO MUDA MINHA VIDA? ❖ Através das condutas nutricionais podemos elaborar dietas específicas para as diferentes patologias que acometem o sistema cardiovascular. ❖ O Nutricionista deverá orientar o paciente na escolha dos alimentos através do plano alimentar e também recorrer ao uso de suplementos nutricionais caso necessário de acordo com a patologia apresentada. COMPETÊNCIAS ADQUIRIDAS ESTUDO DE CASO TESTANDO SEU CONEHCIMENTO https://forms.gle/U5yzgs2rAJ89NMN96 https://forms.gle/U5yzgs2rAJ89NMN96 CONCEITOS MOBILIZADOS Objetivos: ❖ Identificar as alterações fisiopatológicas, tratamento e conduta dietoterápica nas principais patologias abordadas, para prescrição e elaboração de dietas adequadas. ATÉ A PRÓXIMA!
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