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RESUMO DIREITO FINANCEIRO 1ª AB

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DIREITO FINANCEIRO e ORÇAMENTÁRIO
(1ª AV – 8º Período - SEUNE)
Resumo da matéria lecionada em sala que servirá de orientação para os estudos.
Breve histórico da atividade financeira do Estado
	O Orçamento como existe no mundo de hoje é diferente da antiguidade. Antes confundia-se o orçamento do rei com o Estado, isto é os recursos romanos confundiam-se com a fortuna particular do imperador, e este se acostumou a manejar os recursos públicos como coisa de sua propriedade.
	 O inicio do orçamento nos moldes atuais se deu quando em 1215 na Carta Magna a João Sem Terra, e depois pelo Bill of Rights, nesse ultimo a Câmara dos Comuns adotou o princípio de só aprovar propostas de despesas oriundas da Coroa. Essa regra tornava o Executivo como o responsável pelas finanças do Estado. Ao legislativo competia aprovar ou rejeitar a proposta 
1ª Lei orçamentária – Inglaterra 1822
Orçamento no Brasil – Constituição 1824, com 1º orçamento em 1830.
O direito financeiro se relaciona com: Economia, Administração Pública e ciências afins.
Direito Administrativo financeiro e tributário.
Finanças Públicas na Constituição de 1988
Na CF/88 o tema é dividido em duas partes: 
Normas gerais – artigos 163 e 164
Orçamento – Artigos 165 a 169
ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO
Conceito:
Atividade financeira do Estado é a atuação estatal que visa obter, aplicar e gerir os recursos financeiros em dinheiro necessários à consecução do bem comum consubstanciada em atos administrativos vinculados à lei, e controlados pelo poder judiciário. (Ana Flávia Messa)
Atividade financeira consiste na criação, obtenção, gestão e dispêndio do dinheiro público para a execução dos serviços afetos ao Estado. (José Souto Maior Borges)
ORÇAMENTO
Conceito:
O orçamento é uma prévia autorização do legislativo para que se realizem receitas e despesas de um ente público, obedecendo a um determinado período de tempo (João Fortes, 9ª edição).
É uma lei, de iniciativa do Poder Executivo, criada para vigorar por um ano, que registra as receitas e despesas necessárias para a execução das metas do governo. (Ana Flávia Messa)
Lei periódica que contém previsão de receitas e despesas, programando a vida econômica e financeira do Estado, de cumprimento obrigatório, vinculativa do comportamento do agente público. (R. F. de Oliveira).
Vertentes do Orçamento público:
Político, porque revela desígnios sociais e regionais, na destinação das verbas; 
Econômico, porque manifesta a atual situação econômica do espaço em que é formulado; 
Técnico, porque apresenta cálculo de receitas e despesas; 
Jurídico, por atender às normas constitucionais e legais. 
Natureza Jurídica do orçamento
É lei formal, já que contém previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas pelo Estado na busca do bem comum, sem criar direitos subjetivos e sem modificar as leis tributárias e financeiras. (Ana Flávia Messa)
ORÇAMENTO IMPOSITIVO
O Congresso aprovou a Emenda Constitucional 86, que criou a curiosa figura do Orçamento impositivo à brasileira, pois ao invés de aprovar uma norma que realmente obrigasse o Poder Executivo a cumprir as leis orçamentárias, foi aprovada uma emenda constitucional que obriga o Poder executivo a cumprir as emendas parlamentares, que se caracterizam como uma pequena parte do orçamento, e vinculada a interesses eleitorais dos próprios parlamentares.
ART 166 (CF) 
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015). 
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015). 
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015). 
§ 12. As programações orçamentárias previstas no § 9º deste artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015). 
§ 13. Quando a transferência obrigatória da União, para a execução da programação prevista no §11 deste artigo, for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência do ente federativo destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015). 
§ 14. No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que integre a programação, na forma do § 11 deste artigo, serão adotadas as seguintes medidas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015). 
I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Executivo, o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública enviarão ao Poder Legislativas as justificativas do impedimento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015). 
II - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo indicará ao Poder Executivo o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015). 
III - até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder Executivo encaminhará projeto de lei sobre o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015). 
IV - se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso III, o Congresso Nacional não deliberar sobre o projeto, o remanejamento será implementado por ato do Poder Executivo, nos termos previstos na lei orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015). 
Tipos de orçamento público
Art. 165 § 5º CF/88 A lei orçamentária anual compreenderá:
Orçamento Fiscal
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
Orçamento de Investimento
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
Orçamento da Seguridade Social 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
Princípios orçamentários
O orçamento público funciona como instrumento de controle do governo, subordinando-se a regras e princípios estabelecidos.
Critérios para diferenciação (Canotilho): 
(A) grau de abstração 
(b) grau de determinabilidade 
(c) caráter de fundamentabilidade 
(d) proximidade da ideia de direito (os princípios estariam mais próximos, enquanto que as regras possuem conteúdo meramente formal). 
(E) natureza normogenética (princípios são fundamentos de regras) 
Os doutrinadores divergem na fixação dos princípios orçamentários, surgindo várias definições.
Anualidade ou Periodicidade
De acordo com esse princípio, que é também chamado de periodicidade, as previsões da receita e despesa devem referir-se, sempre, a um período limitado de tempo que se denomina de exercício financeiro. No Brasil,atualmente, o exercício financeiro coincide com o ano civil (1º janeiro a 31 dezembro), que é definido pelo art. 34 da lei 4.320/64. A CF/88 manteve a anualidade do orçamento quando, no art. 165, se refere a: “orçamento anual” inciso III e “a lei orçamentária anual” (§5º).
Unidade
Defende a ideia de que o orçamento seve ser uno, isto é, deve existir um único orçamento para o exercício financeiro. A finalidade é evitar orçamentos paralelos.
Universalidade – Art. 165, §5º, CF/88
Estabelece que o orçamento deve conter todas as receitas e as despesas referentes aos poderes da União, seus fundos, órgãos e Entidades da Administração Direta e Indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. 
Exceção: SÚMULA STF Nº 66: 
É legítima a cobrança do tributo que houver sido aumentado após o orçamento, mas antes do início do respectivo exercício financeiro.
Exclusividade – Art. 165, §8º CF/88
Preceitua que o orçamento deve conter apenas matéria orçamentária e não cuidar de assuntos estranhos. O Objetivo desse princípio é o de evitar que se adicione à lei orçamentária, matéria não relacionada com o orçamento, evitando que sejam aprovadas pelo legislativo sem uma análise criteriosa da matéria.
Especificação ou Discriminação
Seu objetivo principal é o de vedar as autorizações globais, devendo a despesa ser classificada com um nível de detalhamento que facilite a análise por parte das pessoas.
Publicidade
Determina que o conteúdo orçamentário seja divulgado pelos veículos oficiais de comunicação para conhecimento público e eficácia de sua validade, visto que este princípio é exigido para todos os atos oficiais do governo. A LC 101/2000, determina que seja dada ampla divulgação dos orçamentos, inclusive em meio eletrônico e por meio de audiência pública. Os municípios que não tem jornal de circulação local fazem a divulgação em quadros de aviso que são previamente definidos por ato do Prefeito Municipal.
Equilíbrio
Prevê a igualdade entre a previsão da receita e a fixação da despesa em cada exercício financeiro. Esse princípio defende que a proposta orçamentária deve ser encaminhada ao Legislativo, equilibrada (previsão=Fixação), mesmo que essa igualdade considere as operações de crédito.
Clareza 
O Orçamento Público deve ser apresentado em linguagem clara, simples e compreensível para facilitar o manuseio das pessoas que precisam tomar conhecimento.
Exatidão
Este princípio visa obtenção de uma proposta orçamentária mais perto possível da realidade. 
Não Afetação de Receitas – art. 167 CF/88
Esse princípio defende que nenhuma receita poderá ficar reservada, coprometida ou vinculada à determinada despesa. A aplicabilidade desse princípio sempre teve uma dificuldade na Administração Pública, pois determinadas receitas já vinculam sua aplicação a determinadas despesas por determinação legal ou constitucional.
Orçamento Bruto – Art. 6º da Lei 4.320/64
Esse princípio defende que todas as receitas e despesas devem constar no orçamento pelos seus valores brutos, sem qualquer dedução.
Leis Orçamentárias
O art. 2º da Lei 4.320/64 menciona que a lei orçamentária conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo de governo, obedecidos aos princípios de unidade, universalidade e anualidade.
ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
A Promulgação da CF/88 e o retorno ao processo democrático provocaram uma reforma geral no processo orçamentário brasileiro quais sejam:
Devolução ao legislativo da prerrogativa de fazer emendas
Unificação do orçamento (fiscal, da seguridade e de investimento).
Implantação do Plano Plurianual (PPA)
Implantação das Diretrizes Orçamentárias (LDO)
Definições das atribuições do controle interno e externo. 
A Constituição Federal, em seu Art. 165, estabeleceu que as leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
Plano Plurianual – PPA
Lei de Diretrizes Orçamentária – LDO
Lei Orçamentária Anual – LOA
O Orçamento na Lei 4.320/64
A lei 4.320/64 de 17 de março de 1964 é uma lei basicamente voltada para o orçamento, embora trate de alguns aspectos da contabilidade, principalmente da elaboração de balanços, ela tem a maioria de seus artigos destinados à normatização dos aspectos orçamentários. A lei 4320/64 estatui normas gerais de Direito Financeiro para a elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, Estados e Municípios e DF.
O art.2º da lei 4.320/64 menciona que a lei orçamentária conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho de Governo, obedecidos aos princípios de Unidade, universalidade e anualidade.
PPA – Plano Prurianual
A elaboração do orçamento começa com o Plano Plurianual – PPA que representa o planejamento da administração a curto e médio prazo, norteando a elaboração das propostas orçamentárias para os próximos 4 exercícios. O PPA foi incorporado ao processo orçamentário brasileiro pela CF/88, em substituição ao Orçamento Plurianual de Investimentos – OPI. 
O PPA será encaminhado pelo Poder Executivo ao Legislativo até 31 de agosto do primeiro ano de mandato do governante e deverá ser aprovado até 31 de dezembro do mesmo exercício, vigorando até o final do primeiro ano de mandato do próximo governante, ou seja, sua vigência será de 4 anos.
O PPA e o orçamento do primeiro mandato são elaborados pelo governante anterior, visando aplicar o princípio da continuidade administrativa. Deve ser elaborado por lei.
Os investimentos cuja execução seja levada a efeito por períodos superiores a um exercício financeiro só poderão ser iniciados se estiver previamente incluídos no PPA ou se nele for incluído por autorização legal. (§1º do art. 167 CF/88 e §5º do art.5º da LRF)
Diretrizes e metas em longo prazo da administração pública, sendo um instrumento de programação ou planejamento. 
Objetivo dos PPA´s: “reduzir desigualdades inter-regionais, segundo o critério populacional”. (Art. 165, §7º C.F.). 
Limita os investimentos do Estado ao que for por ela programado. Art. 165, §4º (C.F.):“Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional”. 
Ex: construção de grandes obras; programas de erradicação de pobreza; de combate a doenças endêmicas ou epidêmicas. 
Investimentos com duração maior de 1 ano: inclusão obrigatória nos PPA´s. (Art. 165, § 1º).
LDO – LEI DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
A LDO permite que a Administração defina, no ano anterior, os objetivos, metas e prioridade que constarão da sua proposta orçamentária do ano seguinte, possibilitando ao legislativo, antes da aprovação da lei orçamentária, uma discussão prévia sobre a definição das metas e objetivos que se pretende alcançar.
Estabeleceria também metas e objetivos da administração pública, com a diferença de fazê-lo para um prazo curto, visto que vige pelo período de um ano e meio.
Anexo de Metas Fiscais, com projeção dos próximos três anos. Deve conter uma avaliação do cumprimento das metas do ano anterior. 
Anexo de Riscos Fiscais, prevendo os riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providencias a serem tomadas.
Dispõe sobre alterações na legislação tributária. 
Trata do equilíbrio entre receitas e despesas. (Art. 4º, I, a, L.R.F.). 
Dispõe sobre limitação de empenho (operação de reserva de numerário para o pagamento de despesas). 
Deve estabelecer normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos orçamentários. (Art. 4º, I, e, L.R.F.). 
Condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. (Art. 4º, I, f, L.R.F.). 
A LDO deverá se apresentada até o dia 15 de abril e aprovada até o dia 17 de julho no Congresso Nacional.
LOA – LEI ORÇAMENTÀRIA ANUAL
A LOA é um instrumento de planejamento utilizado pelo governo paragerenciar as receitas e despesas públicas em cada exercício financeiro. A LOA também conhecida de Lei de Meios representa o principal instrumento orçamentário, haja vista que sem ela, o administrador não recebe autorização para execução do orçamento.
Art. 165 § 5º CF/88 A lei orçamentária anual compreenderá:
Orçamento Fiscal
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
Orçamento de Investimento
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
Orçamento da Seguridade Social 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
LOA - Estabelece as receitas e as despesas (exclusivimente) 
Obs.: Os créditos adicionais são incorporados ao orçamento para corrigirem erros e/ou omissões cometidos na elaboração da proposta orçamentária ou imprevisões ocasionadas por meio de calamidade pública ou guerra.
Créditos adicionais: (art.40 da lei 4.320/64) são as autorizações de despesas não computadas (omissão) ou insuficientemente (erro de cálculo) dotadas na lei orçamentária. (art.40 da lei 4.320/64).
A lei 4.320/64 no art. 41 classifica os créditos adicionais em:
Suplementares: São os créditos abertos para reforçar as dotações orçamentárias que foram insuficientemente prevista na lei orçamentária, ou seja, são créditos que corrigem as distorções ou erros cometidos na elaboração da proposta orçamentária.
Especiais: São os créditos destinados às despesas para as quais não houve dotação orçamentária específica aprovada na lei orçamentária, ou seja, são créditos que corrigem as omissões cometidas na elaboração da lei orçamentária.
Extraordinários: São os créditos destinados a atender as despesas urgentes e imprevistas em caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
Tramitação das Leis Orçamentárias
Quem possui a iniciativa das três leis orçamentárias? (Art. 165 C.F.) 
Poder Executivo
Medida provisória em matéria orçamentária 
-Em regra, não é possível. Exceção: Créditos extraordinários 
Comissão mista: Senadores e deputados em conjunto analisam as leis orçamentárias. 
Quem possui a iniciativa das três leis orçamentárias? (Art. 165 C.F.) 
Medida provisória em matéria orçamentária 
-Em regra, não é possível. Exceção: Créditos extraordinários 
Comissão mista: Senadores e deputados em conjunto analisam as leis orçamentárias.
Emendas: São apresentadas na comissão mista e devem indicar os recursos necessários. (Art. 166 C.F.) 
Qual o limite do Legislativo na apreciação das leis orçamentárias? 
Tramitação Legislativa das Leis Orçamentárias
•Não devolução do projeto no prazo ou rejeição 
Constituição de 1969 
Silêncio da Constituição de 1988 
ORÇAMENTO PARTICIPATIVO
Art. 29, XII, CF/88 ; Estatuto das Cidades
Em que consiste? 
Orçamento Participativo (OP) é um mecanismo governamental de democracia participativa que permite aos cidadãos influenciar ou decidir sobre os orçamentos públicos, geralmente o orçamento de investimentos de prefeituras municipais, através de processos da participação da comunidade. A fundamentação Constitucional para a obrigatoriedade do OP nos municípios esta no art. 29,XII da CF/88
Estatuto da Cidade – Fundamentação art.43 e 44 da lei 10.257/01
O Estatuto da Cidade estabelece a gestão democrática, garantindo a participação da população em todas as decisões de interesse público. Por meio dela, as associações representativas dos vários segmentos da sociedade, as entidades técnicas, grupos sociais e ambientais, se envolvem em todas as etapas de construção do plano diretor e na formulação, execução e acompanhamento dos demais programas de desenvolvimento urbano municipal. A população pode coletar assinaturas e propor planos, projetos ou alteração nas leis da cidade.
Está fixada, ainda, a promoção de audiências públicas, consultas e debates. Neles, o governo local e a população interessada nos processos de implantação de empreendimentos públicos ou privados, ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, podem discutir e encontrar, conjuntamente, a melhor solução para cada questão, visando o conforto e a segurança de todos os cidadãos.
A população, por meio do orçamento participativo, ajuda a decidir como será gasto o dinheiro da cidade no ano seguinte. Essa discussão acontece em assembleias realizadas em diferentes regiões, das quais saem propostas para a utilização dos recursos. O orçamento participativo já existia, mas com o Estatuto da Cidade passou a ser obrigatório.
Democracia indireta e direta 
Fundamento constitucional: art. 29, XII 
Na visão de Fábio Chagas Orsi:
O Orçamento Participativo tem como principal objetivo ser um instrumento de democratização, que visa assegurar a participação direta da população na definição das prioridades para os investimentos públicos, procurando romper com a tradição até então existente de apenas os governantes tomarem suas decisões, deixando os interesses da população de lado.
Características: 
- Descentralização do poder decisório 
- Criação de conselhos populares 
- Enfoque nos problemas locais 
- Consciência de participação 
- Processo aberto de discussão e sujeito a controle
A deliberação da população vincula o administrador?
Em tese, não há como estabelecer uma vinculação necessária entre o deliberado nos Orçamentos Participativos e o ato do Poder Público, sendo essa uma questão importante a ser reformulada em tal instituto para que realmente haja uma integração maior entre representantes e representados. Restaria apenas uma dívida de ordem moral entre o administrador público municipal e a sociedade local, que, tem que ficar mais atenta, cobrar e fiscalizar o cumprimento pelo poder público do deliberado nos orçamentos participativos. Esse é um ponto que deve ser revisto no que tange à eficácia desse instituto.
Sobre os bons resultados do Orçamento Participativo em POA: 
Aumento da transparência e accountability, reduzindo o clientelismo e empoderando à representação democrática de excluídos. 
A experiência de maior sucesso no Brasil é a cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
FEDERALISMO
Federalismo, em um conceito simplificado, seria uma repartição de competências entre entes de níveis diversos. 
Federalismo Brasileiro X Federalismo Americano
Características do Estado Federal
(a) existência de ao menos duas esferas de governo; 
(b) autonomia das entidades descentralizadas; 
(c) organização do Estado expressa em uma Constituição; 
(d) repartição de competências entre as unidades descentralizadas; 
(e) participação das entidades descentralizadas na formação da vontade nacional; 
(f) indissolubilidade. 
Vantagens do Federalismo
(i) o federalismo limita a concentração extrema de poder, permitindo a unidade nacional pela restrição do ente central.
(II) necessidade de se distribuir tarefas de acordo com a aptidão de cada nível de governo, tendo em vista a eficiência e a economicidade das ações estatais.
iii) Objetivo de prestar serviços com qualidade semelhante nas diversas regiões
Desvantagens ou Cuidados do Federalismo
i) Torna mais dificultosa a redistribuição e gestão macroeconômica pelo orçamento 
(II) Os governos centrais deveriam reter sob sua responsabilidade despesas que possuem impacto particularmente forte na demanda, ou que são sensíveis a mudanças de ciclo. 
iii) É mais racional a cobrança de tributos pelo ente central – IVA 
iv) Concorrência e (ir) responsabilidade na prestação dos serviços
Federalismo Cooperativo
Nasceu de uma necessidade do Federalismo Fiscal 
Cooperação concorrente entre os entes federados, de modo queestes estabeleçam uma competição, garantidas condições mínimas e interdependência. 
Cooperação vertical e horizontal
Federalismo Fiscal
A forma de repartição de competências arrecadatórias e de dispêndio de recursos, tendo em vista a realização de tarefas atribuídas aos entes. 
Pode existir mesmo em Estados unitários 
RECEITA
O conceito de receita pode ser compreendido no sentido amplo ou restrito:
Sentido amplo (Art. 11 da Lei 4.320/64): É qualquer entrada de dinheiro nos cofres públicos, seja provisória ou definitiva.
Sentido Restrito: É a entrada definitiva de dinheiro nos cofres públicos.
“são entradas ou ingressos que, integrando-se ao patrimônio publico, sem qualquer reserva, condição ou correspondência no passivo, vem a acrescer o seu montante como elemento novo e positivo”- Aliomar Baleeiro.
Obs.:
 Não se devem confundir receitas públicas com entradas provisórias (depósitos, cauções, fianças, empréstimos), pois estas estão condicionadas a restituição posterior. 
Provisório (depósitos, cauções, fianças, empréstimos, empréstimo compulsório, indenizações, etc.). 
Definitivo (tributos, preços, multas, etc.).
Classificação das Receitas Públicas
Quanto à regularidade
Ordinária: são as receitas periódicas que fazem parte do orçamento do Estado de maneira permanente.
Extraordinária: São as receitas eventuais provenientes de fontes imprevisíveis, como no caso de empréstimos compulsórios.
Quanto à posição do Estado.
ORIGINÁRIA ou Patrimoniais ou de direito privado ou economia privada: “decorre da exploração, pelo Estado, de seus próprios bens ou quando pode exercer atividade sob o que se denomina de direito público disponível”. 
Relações de “Direito Privado” 
Bilateralidade de interesses 
Disponibilidade patrimonial do Estado 
Art. 20 (São bens da União...) (CF): § 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. 
DERIVADA ou tributárias ou de direito público ou de economia pública: “provém do constrangimento sobre o patrimônio do particular”. Prestações patrimoniais impostas ao cidadão pelo Estado, como os tributos, as multas, o confisco, as reparações de guerra e os ingressos parafiscais. O Estado age com supremacia do interesse público sobre o particular.
Multas 
Decorrente de Ato ilícito 
Tributos 
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria 
Impostos, Taxas, Contribuições, Contribuições de Melhoria e Empréstimo Compulsório.
Taxa X Preço Público
Taxa 
Espécie tributária. Vinculada à uma atividade estatal. Serviço público ou poder de polícia. Submetida ao princípio da legalidade. 
Preço 
Decorrente do patrimônio estatal. Receita originária. Não precisa ter valor definido em lei. 
TRANSFERIDAS: “são arrecadadas pela pessoa jurídica competente para a tributação, mas a ela não pertencem, devendo ser transpassadas a outras pessoas jurídicas menores (Estados e Municípios)”.
Transferências obrigatórias e voluntárias 
FPE 
Transferência dos recursos de Roaylties de Petróleo 
Transferências Obrigatórias 
Art. 160 (CF). É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, (...), neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos. 
Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos: 
I - ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias; 
II - ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III. (Recursos mínimos em saúde) 
Fomentam a autonomia local 
Aumentam a equidade inter-regional
Transferências Voluntárias 
Possibilitam políticas nacionais 
Estímulo a áreas específicas
Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: 
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; 
Art. 159. A União entregará: 
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados quarenta e oito por cento na seguinte forma: 
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal;
Diferenças entre ingressos parafiscais, fiscais e extrafiscais:
Parafiscais: arrecadar verbas para manter entidades.
Fiscais: Arrecadar verbas para custear as despesas gerais do Estado.
Extrafiscais: Arrecadar verbas para promover o desenvolvimento econômico.
Quanto ao critério econômico
Correntes: Receitas que apenas aumentam o patrimônio não duradouro do estado, ou seja, que se esgotam dentro do período anual. Decorre do poder inquisitivo do estado ou da exploração do seu patrimônio
De Capital: São receitas que alteram o patrimônio duradouro do Estado. Decorrem da constituição de dívidas, tendo o Estado como credor.

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