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Microbiota Natural e Bactérias da Pele e Olhos

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Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Microbiologia 
 
Microbiota Natural e Bactérias da Pele e Olhos 
As bactérias têm estrutura celular definida 
e são geralmente reconhecidas através de 
sua morfologia e coloração de Gram. 
Presença de microrganismos que 
estabelecem residência permanente ou 
não, sem causar infecção ou dado ao 
hospedeiro em situações normais. 
Essa microbiota pode ser transitória ou 
alóctone, assim como residente ou 
autotócne. A colonização destas regiões 
não ocorre de maneira homogênea, 
sendo que cada sitio anatômico possui 
uma microbiota com características 
próprias. 
Disbiose: desequilíbrio na microbiota 
associado à doenças. 
A microbiota natural tem origem ainda no 
parto vaginal, uma vez que ao nascer, a 
criança tem contato com a microbiota da 
mãe e inicia-se a colonização. Já durante 
o parto cirúrgico, essa microbiota tem 
início com o contato com a microbiota de 
manipuladores. Esses padrões não são 
muito diferentes, no entanto, a criança 
nascida de parto natural tem uma 
microbiota maior. 
Além da diferença entre o parto, a 
diversidade da microbiota natural se dá 
entre os indivíduos, uma vez que podem se 
estabelecer de acordo com hábitos de 
vida. 
A maior parte da microbiota natural é 
encontrada na superfície externa, como 
em axilas, virilha, pele, etc. Além disso, 
alguns fungos também fazem parte da 
microbiota, como Candida albicans na 
região vaginal. 
A simbiose evita a colonização de 
microrganismos potencialmente 
patogênicos (competição por nutrientes, 
sítios de adesão, produção de substancias 
nocivas, etc.) formando um biofilme 
protetor. 
Além disso, exerce função no metabolismo 
do hospedeiro, auxiliando na digestão e 
absorção de alimentos. Por fim, a 
microbiota também está associada a 
regulação imune e homeostase. 
Situações em que pode ocorrer infecção: 
a microbiota de um determinado sitio do 
hospedeiro pode causar infecções 
quando, em situações anormais, atingem 
outros sítios (translocação), originalmente 
estéreis ou compostos por uma microbiota 
diversa. 
Alguns fatores que exercem influenciam na 
microbiota natural são: 
 Genética; 
 Fatores hormonais; 
 Medicações; 
 Condições sanitárias; 
 Hábitos de higiene; 
 Dieta; 
 Idade. 
A microbiota está presente nos seguintes 
locais: 
 Pele; 
 Cavidade oral; 
 Trato gastrointestinal; 
 Trato respiratório (superior); 
 Trato genitourinário. 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Microbiologia 
 
O corpo possui alguns sítios estéreis, como 
os órgãos, o sangue, os tecidos internos e o 
sistema linfático. 
 Staphylococcus epidermidis; 
 Staphylococcus aureus; 
 Difteroides; 
 Propionibacterium acnes; 
 Estreptococcus; 
 Micrococcus. 
A pele possui propriedades 
antimicrobianas e a queratina é uma 
barreira resistente. Além disso, o baixo pH 
da pele inibe muitos microrganismos. 
 Staphylococcus epidermidis; 
 Staphylococcus aureus; 
 Corynebacterium 
A conjuntiva é uma continuação da pele 
ou membrana mucosa (contem 
basicamente a mesma microbiota 
encontrada na pele). 
As lagrimas e o ato de piscar também 
eliminam alguns microrganismos ou 
impedem que outros colonizem, uma vez 
que possui peptídeos antibióticos. 
 Staphylococcus epidermidis; 
 Staphylococcus aureus; 
 Streptococcus pneumoniae (presente 
na garganta); 
Também é considerada uma continuação 
da pele e possuem basicamente a mesma 
microbiota. As secreções nasais matam ou 
inibem muitos organismos, assim como o 
muco e os movimentos ciliares. 
 Staphylococcus epidermidis; 
 Staphylococcus aureus; 
 Lactobacillus; 
 Actinomyces; 
 Neisseria; 
 Haemophillus; 
 Candida. 
A umidade, o calor e a presença 
constante de alimentos, auxilia na 
proliferação desses microrganismos. No 
entanto, as mordidas, a mastigação, os 
movimentos da língua e o fluxo de saliva 
desalojam diversos microrganismos. Além 
disso, a saliva contém várias substancias 
antimicrobianas. 
 Staphylococcus epidermidis; 
 Staphylococcus aureus; 
 Enterococcus faecalis; 
 Klebsiella; 
 Pseudomonas; 
 Lactobacillus; 
 Clostridium; 
 Candida albicans; 
 Trichomonas vaginalis (protozoário). 
O muco e descamação periódica 
previnem a colonização do epitélio. O 
fluxo urinário remove microrganismos 
mecanicamente. Além disso, o pH da urina 
e a ureia são antimicrobianos. Por fim, a 
acidez vaginal inibe/elimina muitos 
microrganismos e os cílios/muco os 
expelem da cérvice do útero para a vigina. 
 Escherichia coli; 
 Lactobacillus; 
 Enterococcus; 
 Enterobacter; 
 Clostridium; 
 Klebsiella; 
 Candida. 
O muco e a descamação periódica 
previnem a colonização do revestimento 
epitelial, provocando um efeito barreira. 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Microbiologia 
 
Além disso, a regulação imunológica 
também está envolvida com a eliminação 
de microrganismos. 
A alteração da microbiota normal do trato 
digestivo está envolvida com diversas 
doenças, como obesidade, depressão, 
ansiedade, etc. 
São cocos Gram positivos organizados e 
agrupados em cachos e são resistentes a 
variações ambientais. Além disso, são 
bactérias facultativas, vivendo na 
presença ou ausência de oxigênio. 
As principais espécies são: 
 Staphylococcus aureus; 
 Staphylococcus epidermidis; 
 Staphylococcus saprophyticus; 
Uma característica desse gênero é a 
presença da enzima catalase, que 
converte peróxido de hidrogênio (água 
oxigenada) em agua e oxigênio, evitando 
sua degradação e neutralizando os 
grânulos dos neutrófilos, que são 
recrutados durante uma infecção 
bacteriana. 
O teste da catalase positiva é usado em 
laboratórios para diferenciar doenças 
causadas por estreptococos, nos quais a 
enzima está ausente. 
Aureus vem do latim e significa dourado e 
ele é encontrado na microbiota normal da 
pele e da via respiratória. No entanto, tem 
potencial para causar uma gama de 
infecções, sendo extremamente 
adaptável a outros sítios. 
Fatores de virulência: são todos os 
mecanismos que permitem a invasão no 
hospedeiro, ou a evasão da bactéria ao 
sistema imune (devido a componentes da 
superfície celular e/ou toxinas produzidas 
pela bactéria. 
De todas as espécies, o gênero aureus é o 
mais importante e é responsável pelo 
segundo maior número de infecções em 
seres humanos. 
Os fatores de virulência dessa espécie são: 
 Enzima catalase: atua inativando 
peróxido de hidrogênio e radicais livres 
tóxicos; 
 Enzima coagulase: também chamada 
de fator de agregação, recobre as 
células bacterianas com fibrina, 
impedindo fagocitose; 
 Produção de hemolisina (toxinas): tem 
ação letal sobre leucócitos 
polimorfonucleares e eritrócitos (forma 
poros na membrana do leucócito) 
levando a morte devido ao 
extravasamento de material 
citoplasmático. 
A maioria são beta-hemolíticos, ou seja, no 
ágar sangue, as cepas produzem colônias 
beta-hemolíticas, que degradam 
totalmente as células sanguíneas. 
Alfa-hemolíticas: produzem hemolisina, 
porém em menores quantidades, ou seja, 
ocorre uma pequena degradação das 
células; 
Gama-hemolítica: não produzem 
hemolisina e não prejudicam as células 
sanguíneas. 
INFECÇÕES CUTÂNEAS: 
Impetigo: infecção da epiderme (face e 
membros); 
Foliculite: infecção do folículo piloso (pus 
abaixo da epiderme). Nos cílios, causa 
terçol; 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Microbiologia 
 
Furúnculo: extensão da foliculite, 
provocando nódulos dolorosos e pus; 
Carbúnculo: interação de furúnculos nos 
tecidos mais profundos. 
OUTRAS INFECÇÕES: 
Endocardite: desenvolvido por cateter 
intravenoso colonizado, infecção local ou 
injeção intravenosa em usuários de drogas; 
Osteomilelite: a bactéria alcança os ossos 
por vias hematogênicas em 
consequências de traumas; 
Intoxicação alimentar: ingestão de 
entorotoximas pré-formadasno alimento 
contaminado. Normalmente, o S. aureus é 
proveniente de indivíduos que manuseiam 
os alimentos (diferente de gastroenterites); 
Síndrome do choque tóxico: causada pela 
colonização de S. aureus na vagina, que 
produzem toxinas; 
Síndrome da pele escaldada: ocorre o 
deslocamento da epiderme pela 
destruição da desmogleína pela 
exfoliatina (toxina), afeta recém-nascidos 
e crianças menores de 4 anos; 
Bacteremias. 
1. Exame bacterioscópico de esfregaços 
corados pelo método de Gram; 
 Cocos Gram positivos organizados em 
cachos. 
2. Isolamento; 
 Meios seletivos e não seletivos (diversas 
formas de ágar); 
 Ágar manitol, produção de pigmento 
dourado. 
3. Identificação do microrganismo. 
 Teste da catalase positiva; 
 Teste da coagulase. 
Plasma: sangue é coletado na presença 
de um anticoagulante, ou seja, estão 
presentes todos os fatores de agregação 
plaquetária, tanto da via intrínseca 
quando extrínseca. 
Soro: sangue é coletado sem a presença 
de um anticoagulante. 
Teste da coagulase: a coagulase é uma 
proteína que possui ação enzimática e que 
reage com a protrombina, formando um 
complexo denominado estafilo-trombina 
que converte o fibrinogênio em fibrina que 
culmina na coagulação do plasma. Esta 
enzima extracelular é produzida por 
Staphylococcus aureus. 
Dentro dos Staphylococcus, é a segunda 
espécie mais importante, e é o principal 
membro da microbiota normal do corpo 
humano, não apresentando a produção 
de coagulase (coagulase negativa). 
Está espécie tem muitos fatores de adesão, 
sendo perigosa para pacientes que fazem 
uso de material invasivo de plástico 
(cateter, próteses, válvulas artificiais, 
levando a bacteremia). 
Principal fator de virulência: a formação de 
biofilmes, um reservatório de bactérias, 
dificultando a penetração e difusão de 
antimicrobianos e dos elementos de 
defesa do organismo. Além disso, causam 
abcessos em pontos cirúrgicos. 
Está espécie não apresenta produção de 
coagulase, e frequentemente causa 
infecções do trato urinário, especialmente 
em mulheres, podendo chegar a causar 
cistite e uretrite, e em casos extremos, 
bacteremia (segundo maior causador 
após E. coli). 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Microbiologia 
 
A infecção é sintomática e pode envolver 
o trato urinário superior também, devido a 
sua capacidade de aderência ao epitélio 
urinário. Os homens estão infectados com 
muito menos frequência. 
É um dos poucos CNS (coagulase-negative 
Staphylococci) frequentemente isolados 
que é resistente a novobiocina. O teste de 
suscetibilidade a novobiocina é usado 
para diferenciação entre Staphylococcus 
epidermidis e saprophyticus (resistente). 
São cocos Gram positivos, organizados em 
cadeias e catalase-negativo. São 
nutricionalmente exigentes (ágar sangue e 
caldo nutriente com glicose). Além disso, 
são anaeróbios facultativos e ocorrem em 
pares ou cadeias. 
Esse gênero também faz parte da 
microbiota normal (vias áreas superiores, 
boca e trato intestinal). 
As principais espécies são: 
 Streptococcus pyogenes; 
 Streptococcus pneumonie; 
 Streptococcus agalactiae; 
 Streptococcus mutans; 
 Streptococcus viridans. 
É o principal representante dos 
streptococcus beta-hemolíticos do grupo 
A. Possui alto poder de adaptação ao 
hospedeiro humano. 
 Enzima estreptoquinase: evitam a 
retenção da bactéria pela fibrina; 
 Enzima hialuronidase: destrói o ácido 
hialurônico para invadir o organismo. 
 Faringoamigdalites: infecção na 
faringe e nas amígdalas; 
 Erisipela: pele (piodermites). 
Fascite necrosante: infecção profunda do 
tecido conjuntivo subcutâneo, se 
caracteriza pela destruição do tecido 
muscular e gorduroso pela disseminação 
da bactéria. 
Febre reumática: ocasionada pela 
exposição prolongada de estreptococcus 
pyogenes (sequelas) caracteriza-se por 
lesões inflamatórias envolvendo o 
coração, as articulações, os tecidos 
celulares subcutâneos e sistema nervoso 
central (formação de imunocomplexos). 
Glonerulonefrite: também é uma sequela 
da formação de imunocomplexos, assim 
como a febre reumática. Caracteriza-se 
por uma reação inflamatória, com 
infiltração leucocitária e proliferação 
celular dos glomérulos, ou que aparentam 
ser o resultado de uma lesão glomerular 
imune. 
São residentes do trato respiratório superior 
e podem causar: 
 Pneumonia; 
 Sinusite; 
 Otite; 
 Bronquite; 
 Meningite; 
 Bacteremia. 
Maioria da microbiota do trato respiratório, 
trato genital e boca. Além disso, pode 
causar endocardites (S. mitis, S. sanguis e S. 
salivaris) por problemas naturais nas 
vávulas e/ou devido a próteses valvares 
(placas dentárias e cáries). 
 
 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Microbiologia 
 
Colonizam o trato respiratório superior, 
trato intestinal baixo e vagina. Podem levar 
a sepse puerperal e infecções neonatais 
ou perinatais (pneumonias, meningites e 
bacteremias). 
O Enterococcus faecalis causa 
bacteremias, endocardites, infecções do 
trato urinário e biliar, infecções de feridas, 
infecções pélvicas e intra-abdominais. 
Além disso, é um dos agentes mais 
importantes da infecção hospitalar, com o 
agravante de ter adquirido resistência à 
maioria dos antibióticos. 
É responsável pela acne, dando origem ao 
processo inflamatório na pele e recrutando 
leucócitos, levando a formação de pus. 
Essa bactéria pertence a microbiota 
normal da pele e é conhecido como 
difteroides. São bastonetes Gram positivos 
e se proliferam mais facilmente em pele 
oleosa, que ajuda na obstrução de poros. 
São bacilos Gram negativos com cerca de 
40 generos e 170 espécies. A maioria 
habita os intestinos do homem e dos 
animais. 
Constituem a principal causa de infecção 
intestinal. Os principais gêneros são: 
Escherichia; Hafnia; 
Shigella; Serratia; 
Edwardsiella; Proteus; 
Salmonela; Morganella; 
Citrobacter; Providencia; 
Klebsiella; Yersinia; 
Enterobacter; Erwinia. 
 
As pseudômonas, acinetocter e burkoderia 
também são bacilos Gram negativos que 
não realizam fermentação de açucares. 
Lipopolissacarídeo (LPS): responsável pela 
produção de febre (resposta pirogênica), 
alterações vasculares e ação direta sobre 
os mecanismos das reações de 
hipersensibilidade não específica. 
Liberação de endotoxinas que induzem a 
produção e secreção de IL-1 e TNF alfa. 
Estão presentes no solo, água e raramente 
isolada em pacientes imonocompetentes. 
São bastonetes Gram negativos móveis, 
que causam infecções pulmonares 
(podem variar a traqueobronquite 
benigna a broncopneumonia necrosante 
grave). 
Estão envolvidas em infecções primárias 
da pele (queimaduras), que podem gerar 
pus de coloração azul-esverdeada, pela 
produção do pigmento piocianina. Além 
disso, causam infecções do trato urinário, 
infecção de ouvido e infecções oculares 
(após traumatismo inicial da córnea). 
Essa família são exceções da coloração de 
Gram, por possuir o ácido micólico em sua 
parede. Para identificação, usa-se a 
técnica de coloração de Ziehl-Neelsen ou 
de BAAR (bacilos álcool ácido resistentes). 
 Fixação com fucsina; 
 Descoloração com álcool-ácido-
cetona; 
 Coloração com azul de metileno; 
 BAAR: rosa; 
 Não BAAR: azuis. 
 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Microbiologia 
 
Inalação de partículas de aerossol 
contaminadas com bacilos provenientes 
da fala, do espirro e principalmente da 
tosse de indivíduos bacilíferos. A 
tuberculose é uma doença 
infectocontagiosa do trato respiratório 
inferior. 
Os fatores determinantes da infecção são: 
 Estado imunológico; 
 Carga bacilífera do inóculo; 
 Ambiente. 
Esse microrganismo destrói os nervos 
periféricos, influenciando na sensibilidade 
e na dor. Existem tem 3 teorias dessa 
destruição: 
 Isquemia do neurônio; 
 Apoptose do neurônio; 
 Desmienilização do neurônio. 
Esquemade Ridley-Jopling: manifestação 
da lepra, onde TL (lepra tuberculoide) e LL 
(lepra lepromatosa) ficam nas 
extremidades e BT, BB e BL são variantes 
chamadas de boderline. 
 Imunidade celular (Th1); 
 Imunidade humoral (Th2). 
É uma doença negligenciada áreas 
trópicas, conhecidas de Buruli. Também é 
um bacilo álcool-ácido-resistente e sua 
transmissão para humanos ainda é 
desconhecida (água contaminada). 
Produz uma toxina destrutiva, micolactona, 
levando a uma lesão tecidual e inibição da 
resposta imune. 
Patogênese: a doença tem progressão 
lenta, com poucos sinais e sintomas 
precoces. Forma uma ulcera profunda 
que, com frequência, se torna massiva e 
seriamente danosa. Se não tratada, essa 
infecção pode se tornar extensa a ponte 
de causar amputações. 
São cocosbacilos ou bacilos curtos, Gram 
negativos que colonizam o trato 
respiratório inferior, apresentando uma 
cápsula proteica. Essa bactéria possui 6 
diferentes sorotipos (A-F). 
Cerca de 95% dos casos de doença 
invasiva são do tipo B (meningites). São 
encontrados, normalmente, as vias áreas 
respiratórias superiores de crianças e 
adultos e raramente causam doença. 
Quando em imunossupressão, pode 
disseminar pela corrente sanguínea. 
Transmissão da conjuntivite por H. 
influenzae: contato direto de pessoa para 
pessoa, toalhas, objetos contaminados 
(fômites), água de piscina, etc. O 
tratamento consiste em colírios contendo 
antimicrobianos. 
OBS: Haemophylos Aegyptius também 
podem estar associado a conjuntivite. 
São diplococos Gram negativos mais 
achatados nas laterais, sendo oxidades 
positivas e catalase positiva (exceto N. 
elongata). 
O gênero Neisseria contém dois 
importantes patógenos humanos: Neisseria 
meningitidis e gonorrhoeae. 
Neisseria miningitides (meningococo) 
causa principalmente meningite e 
meningococemia. 
Neisseria gonorrhoeae (gonococo) causa 
gonorreia e causa também conjuntivite 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Microbiologia 
 
neonatal (oftalmia neonatal) e doença 
inflamatória pélvica (DIP). 
Características da infecção: colonização 
do trato urogenital, nasofaringe e reto. 
Raramente invade a corrente sanguínea. 
Manifestações clínicas em mulheres: 
estudo no trato reprodutor feminino. 
Manifestações clínicas em homens: estudo 
no trato reprodutor masculino. 
Manifestações clínicas em RN de parto 
normal de mães com gonorreia: oftalmia 
neonatal (1 gota de nitrato de prata a 1%). 
Epidemiologia: é uma IST, causando 
infecção na cérvice uterina, por ter 
afinidade por células do epitélio colunar. 
É um parasita celular obrigatório, cocos 
minúsculos Gram negativos que 
apresentam mais de 15 sorotipos, levando 
a diversas patologias (conjuntivite de 
inclusão e o tracoma). 
No RN pode levar a prematuridade, baixo 
peso, natimorto e abortos. Além da 
transmissão vertical, causando conjuntivite 
(oftalmia) adquirida durante a passagem 
no canal vaginal durante o parto normal. 
Conjuntivite granulomatosa: as cicatrizes 
produzem deformidades que evoluem 
para a retração da pálpebra (entrópio) e 
dos cílios (triquíase, onde os cílios se curvam 
para baixo e para dentro dos olhos) 
causando lesões na córnea e cegueira.

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