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Apostila Agravo de Instrumento_vf (1)

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CURSO - OAB XXXIII 
2ª Fase
Prática Civil
Agravo de Instrumento
www.icjuris.com
contato@icjuris.com
((11) 983633383
I.C.JURIS
INSTITUTO CANTAL
JURIS
Profº Sérgio Cantal
Profª Ana Maria Cantal
Copyright ©2021 I.C.Juris – Instituto Cantal Juris 
Todos os direitos reservados
 
 
1 
 
Curso OAB 2ª fase 
PRÁTICA CIVIL 
 
A G R A V O D E I N S T R U M E N T O 
 
- Conceito: É o recurso ordinário cabível contra as decisões interlocutórias (PREVISTAS 
DE MODO TAXATIVO - art. 1.015, I a XIII) ou sentenças com conteúdo de decisão 
interlocutória. 
- Prazo: 15 dias (CPC, art. 1.003, §5º). 
*OBS: prazo em dobro se houver litisconsórcio passivo com advogados de escritórios 
diferentes (NCPC, art. 229), desde que o processo não seja eletrônico (§2º, art. 229). 
- Hipóteses de cabimento: decisões interlocutórias que versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua 
revogação; 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
 
 
2 
 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à 
execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, §1º; 
XII - outros casos expressamente referidos em lei. 
*Parágrafo único, art. 1.015 CPC: Também caberá agravo de instrumento contra 
decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de 
cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. 
- A interposição é feita direto no TJ ou TRF (art. 1.016) 
- Requisito da petição: nome das partes; exposição dos fatos e direito; razões de 
reforma da decisão; nome endereço dos advogados. 
- A petição de agravo deve ser instruída com as peças do art. 1.017. (salvo se o 
processo for eletrônico - art. 1.017, §5º). 
- art. 932, parágrafo único, CPC: antes de julgar inadmissível, o relator deve dar ao 
recorrente a chance de sanar o vício ou complementar as peças. 
- ART. 1.018, CPC: prazo de 3 dias, a contar da interposição, para informar ao juízo "a 
quo" a interposição do Agravo de Instrumento. 
*OBS: a leitura do caput dá a entender ser uma faculdade quando se trata de uma 
obrigatoriedade, conforme o §3º, que gera inclusive a inadmissibilidade do recurso se 
a outra parte requerer. 
- Efeitos: 
Regra - só o devolutivo; 
*Exceção: - poderá ser atribuído efeito suspensivo pelo relator (art. 1.019, I) 
- Intimação do agravado para contrarrazões em 15 dias. 
- Julgamento no prazo de 1 mês. 
 
 
3 
 
- Não tem sustentação oral (art. 937, CPC) 
- Possibilidade de retratação com prejuízo do recurso 
- Preparo recursal: tem custas e porte de retorno (art. 1017, §1º) 
 
 
 
4 
 
Situação Problema - 7 
(OAB XXII) 
 
A editora Cruzeiro lançou uma biografia da cantora Jaqueline, que fez grande sucesso 
nas décadas de 1980 e 1990, e, por conta do consumo exagerado de drogas, dentre 
outros excessos, acabou por se afastar da vida artística, vivendo reclusa em uma 
chácara no interior de Minas Gerais, há quase vinte anos. 
 
Poucos dias após o início da venda dos livros, e alguns dias antes de um evento 
nacional organizado para sua divulgação, por meio de oficial de justiça, a editora foi 
citada para responder a uma ação de indenização por danos morais cumulada com 
obrigação de fazer, ajuizada por Jaqueline. No mesmo mandado, a editora foi intimada 
a cumprir decisão do Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca da Capital do Estado de São 
Paulo, que deferiu a antecipação de tutela para condenar a ré a não mais vender 
exemplares da biografia, bem a recolher todos aqueles que já tivessem sido remetidos 
a pontos de venda e ainda não tivessem sido comprados, no prazo de setenta e duas 
horas, sob pena de multa diária de cinquenta mil reais. 
 
A decisão acolheu os fundamentos da petição inicial, no sentido de que a obra revela 
fatos da imagem e da vida privada da cantora sem que tenha havido sua autorização 
prévia, o que gera lesão à sua personalidade e dano moral, nos termos dos artigos 20 e 
21 do Código Civil, e que, sem a imediata interrupção da divulgação da biografia, essa 
lesão se ampliaria e se consumaria de forma definitiva, revelando o perigo de dano 
irreparável e o risco ao resultado útil do processo. 
 
A editora procura você como advogado(a), informando que foi intimada da decisão há 
três dias (mas o mandado somente foi juntado aos autos no dia de hoje) e que 
pretende dela recorrer, pois entende que não se justifica a censura à sua atividade, por 
tratar-se de informações verdadeiras sobre a vida de uma celebridade, e afirma que o 
recolhimento dos livros lhe causará significativos prejuízos, especialmente com o 
cancelamento do evento de divulgação programado para ser realizado em trinta dias. 
 
Na qualidade de advogado(a) da editora Cruzeiro, elabore o recurso cabível voltado a 
impugnar a decisão que deferiu a antecipação da tutela descrita no enunciado, 
afastados embargos de declaração. 
 
 
 
5 
 
Questões 
 
1) Poucos anos antes de morrer, Silas vendeu, no ano de 2012, por dois milhões 
de reais, a cobertura luxuosa onde residia. Com o dinheiro da venda, comprou, no 
mesmo ano, dois apartamentos em um mesmo prédio, cada um avaliado em trezentos 
mil reais, e mudou-se para um deles. Doou o outro imóvel para sua filha Laura e seu 
genro Hélio, local onde o casal passou a morar. Mesmo sem o consentimento dos 
demais herdeiros, Silas fez questão de registrar, na escritura de doação, que a 
liberalidade era feita em favor do casal, não mencionando, todavia, se seria ou não 
adiantamento de legítima. 
Silas morreu no dia 20 de março de 2016 e deixou, além de Laura, dois outros 
herdeiros: Mauro e Noel, netos oriundos do casamento de um filho pré-morto, 
Wagner. O processo de inventário foi iniciado poucos dias depois de sua morte. Laura 
foi nomeada inventariante e apresentou as primeiras declarações em setembro de 
2016, sem mencionar o imóvel em que residia. 
 
Diante desses fatos, responda aos itens a seguir. 
 
A)A doação realizada é válida? 
 
B) Há fundamento no direito processual que obrigue Laura a declarar o imóvel? 
 
2) Em 10 de maio de 2016, Pedro, comprador, celebrou contrato de compra e venda 
com Bruno, vendedor, cujo objeto era uma motocicleta seminova (ano 2013), modelo 
X, pelo preço de R$ 10.000,00, pagos à vista. 
Em setembro de 2016, Pedro foi citado para responder a ação na qual Anderson 
alegava ser proprietário da referida moto. Sem entender a situação e com receio de 
perder o bem, Pedro ligou imediatamente para Bruno, que lhe respondeu não 
conhecer Anderson e não ter nenhuma relação com o problema, pois se trata de fato 
posterior à venda da moto, ainda afirmando que “Pedro resolva diretamente com 
Anderson e procure seus direitos na justiça”. 
 
Com base nos fatos narrados, responda aos itens a seguir. 
 
A) Qual a responsabilidade de Bruno caso Pedro venha a perder o bem por sentença 
judicial? Fundamente com o instituto de Direito Civil adequado, indicando as verbas do 
ressarcimento devido. 
 
 
6 
 
 
B) Como Pedro deverá proceder caso queira discutir a responsabilidade de Bruno na 
própria ação reivindicatória ajuizada por Anderson? Fundamente com o instituto de 
direito processual adequado. 
 
3) Jorge, menor com doze anos de idade, está sem receber a pensão alimentícia de seu 
pai, Carlos, há cinco anos, apesar de decisão judicial transitada em julgado. Jorge, 
representado por sua mãe, Fátima, promove ação de execução de alimentos, no valor 
de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), pelos alimentos pretéritos, devidamente 
corrigidos. 
Para pagamento da dívida,fora determinada penhora do imóvel em que Carlos e 
Carmem, sua atual companheira, residem. O imóvel, avaliado em R$300.000,00 
(trezentos mil reais), é o único do casal e foi adquirido onerosamente por ambos após 
a constituição de união estável. 
 
Considerando que a penhora recaiu apenas sobre a parte que cabe a Carlos, responda 
aos itens a seguir. 
 
A)Há fundamento para penhora do bem descrito? 
 
B) Como fica a situação de Carmem na hipótese de alienação judicial do bem 
descrito? 
 
 
4) Danilo ajuizou ação cominatória com pedido de reparação por danos morais contra 
a financeira Boa Vida S/A, alegando ter sofrido dano extrapatrimonial em virtude da 
negativação equivocada de seu nome nos bancos de dados de proteção ao crédito. 
 
Danilo sustenta e comprova que nunca atrasou uma parcela sequer do financiamento 
do seu veículo, motivo pelo qual a negativação de seu nome causou-lhe dano moral 
indenizável, requerendo, liminarmente, a retirada de seu nome dos bancos de dados e 
a condenação da ré à indenização por danos morais no valor de R$5.000,00. 
 
O juiz concedeu tutela provisória com relação à obrigação de fazer, apesar de 
reconhecer que não foi vislumbrado perigo de dano ou risco ao resultado útil do 
processo; contudo, verificou que a petição inicial foi instruída com prova documental 
suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, não havendo oposição do réu 
capaz de gerar dúvida razoável. 
 
 
 
7 
 
Em sentença, o juiz julgou parcialmente procedentes os pedidos, condenando a ré à 
obrigação de retirar o nome do autor dos bancos de dados de proteção ao crédito, 
confirmando a tutela provisória, mas julgando improcedente o pedido de indenização, 
pois se constatou que o autor já estava com o nome negativado em virtude de 
anotações legítimas de dívidas preexistentes com instituições diversas, sendo um 
devedor contumaz. 
 
Em face do exposto, responda aos itens a seguir. 
 
A) À luz da jurisprudência dos tribunais superiores, é correta a decisão do juiz que 
julgou improcedente o pedido de indenização por danos morais? 
 
B) Poderia o advogado requerer a tutela provisória mesmo constatando-se a 
inexistência de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo? 
 
 
 
 
8 
 
Modelo de Agravo de Instrumento 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE ... 
 
 
 
 
 
Processo de origem nº ... 
 
GIOVANA BORGES, já devidamente qualificada nos autos do Cumprimento de 
Sentença em epígrafe, promovido por BEATRIZ GOMES, por seu advogado que esta 
subscreve, em atenção à r. decisão de fls. ... proferida pelo MM. Juiz da ...ª Vara Cível do 
Foro da Comarca de ..., vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., para interpor 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO 
 
com fundamento no art. 1.015 e seguintes do Código de Processo Civil, 
pelas razões que seguem anexas. 
 
Destarte, a teor no art. 1.019, I, da Lei Adjetiva, requer-se que o 
presente Agravo de Instrumento seja recebido no efeito suspensivo, a fim de se evitar 
graves prejuízos à Agravante, conforme fundamentação que segue anexa. 
Para os fins do artigo 1.016, IV do Código de Processo Civil, informa que 
o advogado da Agravante é: XX, OAB/... ..., com escritório profissional à Rua ..., Cidade 
..., Estado ..., com endereço eletrônico ...; e da Agravada: YY, OAB/.. ..., com escritório 
profissional à Rua ..., Cidade ..., Estado ..., com endereço eletrônico .... 
 
Ademais, em observância ao artigo 1.017, I, do Código de Processo Civil, 
indica-se para a formação do instrumento o traslado das seguintes peças: 
- Cópia de petição inicial 
- Cópia da contestação 
 
 
9 
 
- Cópia da petição que ensejou a decisão agravada 
- Cópia da decisão agravada e da certidão de intimação 
- Cópia das procurações outorgadas à Agravante e à Agravada 
 
Declara ainda a inexistência de outros documentos, além dos supra 
referidos. 
 
Nestes termos 
Pede Deferimento. 
(Local)..., (data) … de ... de ... 
 
Nome do advogado 
OAB/... 
 
 
 
10 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE ... 
 
AGRAVANTE: Giovana Borges 
AGRAVADA: Beatriz Gomes 
JUÍZO “A QUO”: ...ª Vara Cível do Foro da Comarca ... 
PROCESSO nº: 0022875-76.2008.8.26.0068 
 
 
Colenda Câmara, 
Eminentes Julgadores, 
 
RAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
I – DO HISTÓRICO 
 
1.1. Trata-se de ação de despejo cumulada com cobrança de aluguéis e 
encargos e indenização por danos materiais e morais em face da Agravante, sob a 
alegação de que, em razão do não pagamento de aluguéis e encargos e do atraso na 
entrega da documentação do fiador que culminou com sentença de procedência e 
condenação dos Agravantes ao pagamento de alugueres e acessórios. 
1.2. A Agravada requereu a aberturada da fase de cumprimento de sentença 
que tramita atualmente perante a ...ª Vara Cível do Foro da Comarca de ... sob o n. 
xxxxxxx, tendo sido pedido a adjudicação de imóvel da Agravante. 
1.3. Ocorre que, no curso do cumprimento de sentença, lamentavelmente, o 
patrono da executada, Dr. XX, veio a óbito em .../.../..., conforme certidão de óbito (fls. 
... - Doc. I), cabendo ressaltar que, o Dr. XX, à época, era o único advogado constituído 
nos autos atuando em favor da executada, ora Agravante, e destinatário das 
intimações realizadas no curso do processo. 
1.4. Destarte, cumpre registrar que a executada somente teve 
conhecimento do falecimento do seu patrono no final de janeiro de 2021, ocasião em 
que imediatamente contratou novo advogado e levou tal fato ao conhecimento do 
MM. Juízo “a quo”, ocasião em que foi pedida suspensão do processo pelo prazo de 20 
 
 
11 
 
dias a teor do artigo 313, I, do Código de Processo Civil, a fim de que o advogado da 
Agravante possa dar o correto andamento ao feito. 
1.5. O MM. Juízo “a quo” rejeitou o pedido de suspensão do processo nos 
seguintes termos: 
“.....” 
 
 É o resumo dos autos. 
 
II – DOS PRESSUPOSTOS DEADMISSIBILIDADE RECURSAL 
 
2.1. A decisão ora recorrida foi publicada na imprensa oficial na data de 
.../.../..., restando comprovada a tempestividade do presente recurso, nos termos do 
artigo1.003, § 5º do Código de Processo Civil. 
2.2. Outrossim, a Agravante recolheu devidamente as custas de preparo 
recursal e porte de retorno dos autos, conforme comprovante anexo (Doc...). 
 
III - DAS RAZÕES DE REFORMA DA R. DECISÃO 
 
3.1. Como adiante restará demonstrado, no caso dos autos existiu flagrante 
violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa. 
 
3.2. Com efeito, após o falecimento do seu patrono e considerando os 
importantes andamentos processuais que se verificaram, é certo que a Agravante teve 
prejuízo processual inaceitável. 
 
3.3. De fato, como se verifica dos autos do cumprimento de sentença, após 
impugnação da Agravante aos cálculos com a apuração do valor da execução, o 
processo foi encaminhado para a contadoria visando a manifestação acerca dos 
argumentos apresentados. 
 
3.4. Entretanto, em razão do falecimento do patrono da executada, não 
houve a apresentação de qualquer manifestação sobre as conclusões do ilustre 
contador. 
 
3.5. Não bastasse isso (...) 
 
3.6 . Como visto no caso em tela, a morte do procurador da parte é causa de 
suspensão do processo, nos termos do atual art. 313, inc. I, do Código de Processo 
 
 
12 
 
Civil, desde a data do registro do óbito, considerando-se nulos os atos praticados a 
partir de então sem a nomeação de outro advogado, porque em nosso ordenamento 
dele depende a prática dos atos processuais e, consequentemente, a realização do 
contraditório e da ampla defesa. 
 
IV - DA CONCESSÃO DO EFEITO SUSPENSIVO AO RECURSO 
 
4.1. Como restou demonstrado, a decisão proferida de continuidade do 
processo, desconsiderando todos os atos praticados após o falecimento do único 
patrono da Agravante constituído nosautos, violam os princípios da ampla defesa e do 
contraditório, razão pela qual faz-se necessária a atribuição de efeito suspensivo ao 
feito para que esta Corte decida sobre a anulação dos atos ou a devolução de prazos, 
sendo assim uma decisão justa e legal, já que os executados foram impedidos de se 
manifestar. 
 
4.2. É de se notar que caso não seja atribuído efeitos suspensivo ativo ao 
presente recurso, ocorrerá fatalmente o indevido registro no Cartório de Registro de 
Imóveis, inclusive sendo possível daí a venda do imóvel, o que imporá um prejuízo 
irreparável aos Agravantes. 
 
4.3. Nesse sentido, flagrante é a presença dos requisitos do fumus boni iures 
e periculum in mora, para a concessão do efeito suspensivo deste Recurso de Agravo, a 
fim de se evitar prejuízo irreparável como acima se expôs. 
 
4.4. Do acima exposto, com fundamento no artigo 1.019, do Código de 
Processo Civil, requer-se a concessão do efeito suspensivo ao presente recurso, com a 
imediata expedição de ofício ao xxx Cartório de Registro de Imóveis de ... a fim de que 
seja determinada a paralização do ato registral de adjudicação, com o fito de se evitar 
prejuízo irreparável à Agravante. 
 
V - PEDIDOS 
 
5.1. Das relevantes razões acima explanadas, serve o presente para, 
invocado os doutos suprimentos de Vossas Excelências, requerer seja conhecido e 
processado este recurso, a fim de que: 
 
a) seja concedido efeito suspensivo, considerando a gravidade do caso e a 
comprovação dos requisitos necessários a sua atribuição ( artigo 1.019, do Código de 
 
 
13 
 
Processo Civil); 
b) a intimação da Agravada para, querendo, apresentar contrarrazões ao presente 
recurso, no prazo legal; 
c) a juntada do comprovante de recolhimento do preparo recursal e custas de retorno 
dos autos; 
d) seja dado provimento ao presente recurso com a integral reforma da r. decisão de 
fls. ... dos autos do cumprimento de sentença com a consequente decretação da 
nulidade dos atos processuais praticados a partir da petição que informou o 
falecimento do advogado ou a devolução de todos os prazos processuais a partir de 
então como medida da mais lídima e escorreita JUSTIÇA! 
 
Termos em que 
Pede Deferimento. 
(local)..., (data) ... de ... de ... 
 
Nome do advogado 
OAB...

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