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Atividade os Miseráveis

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_______________________________________________________________
	
CURSO DE DIREITO
	2 ªUnidade - 2015.1
	Semestre: 1º
	Turma: 1 – Vespertino
	Data: 17/06/2015
	Disciplina: História do Direito
	Valor: 
	Docente: Uberdan Cardoso
	Nota:
	Discente: Marbiane Nascimento
 QUESTÃO ÚNICA
“ Sempre que se fala em Justiça surge no nosso imaginário a figura de uma mulher com os olhos vendados, carregando em uma de suas mãos a balança e em outra a espada. A venda tem como função básica evitar privilégios na aplicação da justiça, sendo a balança o instrumento que pesa o direito que cabe a cada uma das partes e a espada item indispensável para defender os valores daquilo que é justo, já que a norma sem a possibilidade de coação dependeria apenas das regras de decência e convivência de cada comunidade. O que seria ineficaz para garantir o mínimo ético indispensável para a harmonia social. Podemos dizer que a espada sem a balança é força brutal, assim como a balança sem a espada tornaria o Direito impotente perante os desvalores que insistem em ser perenes na história da humanidade.”
MACIEL. José Fábio Rodrigues, Por que a Justiça é “Cega”.
Baseado neste texto e no filme Os Miseráveis, responda:
Justiça é apenas aplicar a Lei?
O que acontece se esta estiver eivada de injustiças?
Qual a relação que se pode estabelecer entre a DOGMÁTICA POSITIVISTA e a ZETÉTICA?
Cite exemplos presentes no Filme.
Resposta:
Nem sempre aplicar a lei estará sendo feita justiça. As leis ou normas jurídicas são feitas para melhor organizar e atender as necessidades da sociedade, porém nem sempre elas atendem todas as possibilidades. A lei é aplicada pelo juiz, no entanto essa aplicação é feita através de entendimentos, cabe ao excelentíssimo interpretar adequadamente para que seja feita a justiça em verdade. O que nem sempre acontece, e em algumas ocasiões, elas protegem quem na verdade deveria ser julgado e condena quem deveria ser protegido pela mesma. Um exemplo é no filme “Os miseráveis” de Victor Hugo, ocorreu uma cena na qual um homem estava sendo julgado por um crime que não cometeu, havia falsas testemunhas que o acusava, mas para a sua felicidade o verdadeiro réu Jean Valjean foi ao julgamento dizendo: "Senhores jurados, mandem soltar o acusado. Senhor presidente, mande-me prender: o homem que procuram não é ele, sou eu. Sou Jean Valjean” e contou na frente de todos que ele era o fugitivo que a justiça tanto queria prender, salvando-o e inocentando o rapaz. Então estava ali acontecendo uma injustiça na vida daquele homem que não era culpado, por está sendo julgado sem mesmo ser o réu. Se o verdadeiro culpado não confessasse, seria o camponês que iria preso e condenado por um crime que não cometeu, ou melhor, de assumir uma identidade que não era sua. Por tanto podemos observar que justiça não é apenas aplicar a lei e sim aplica-la de forma justa e correta.
 Se a Lei está contaminada de injustiças como podemos perceber no exemplo já citado acima, cabe a nós como cidadãos e futuros operadores do Direito cobrarmos e colaborarmos se possível, ainda mais, nas investigações em nosso país, para que de fato aconteçam, e com mais eficiência, dessa forma pessoas não venham à ser condenados injustamente, e os culpados não fiquem impune. Quando MACIEL. José Fábio Rodrigues em seu texto Por que a Justiça é “Cega”, diz: “ Sempre que se fala em Justiça surge no nosso imaginário a figura de uma mulher com os olhos vendados, A venda tem como função básica evitar privilégios na aplicação da justiça”, ele está dizendo que a justiça tem por finalidade ser igualitária e justa independente de quem quer que seja, mas infelizmente não é sempre que isso acontece, se pararmos para observar na cena do filme “Os miseráveis” onde a mulher de nome Fantine que trabalhava como costureira, no entanto foi demitida por ser descoberta, de ter uma filha ilegítima e por isso teve que se submeter a prostituição para continuar mantendo sua filha, estava ela em um local a noite quando homens abordaram-na jogando flocos de neve em seu peito o chefe de policia chegou no local e mandou que todos parassem e fossem embora, menos ela, que foi agredida pelo mesmo e ainda conduziu-a à delegacia, onde ele mesmo fez julgamento dando-lhe seis meses de prisão, ou seja, por ela ser mulher, pobre, prostituta e ainda ter uma filha ilegítima, a mesma não possuía direitos nenhum para ele, o mesmo por ser uma autoridade fazia juízo de valor e o que achasse melhor em sua concepção. Será que ele (policial) teria sido justo quando mandou que todos fossem embora e ela não? E muito pior, ela foi agredida e presa pela própria autoridade que deveria defendê-la, para que de fato a “justiça” fosse feita, ela teria sido a vítima e os demais deveriam ir presos por agressão, portanto temos aí em exemplo de “injustiça”, a qual nos faz pensar na frase que “A justiça é cega.” Ou ela enxerga o que quer ou deseja enxergar, dependendo de quem aplique-a.
Quando pensamos em Dogmática positivista, logo estamos falando das Leis que são escritas, ou seja tudo que está legislado. A zetética, pensamos nas jurisprudências (Interpretações dos tribunais), que viram súmulas, sendo interpretadas para só depois virar algo concreto (escrito). Partindo desse pressuposto podemos associar a cena do filme “os miseráveis”, na parte em que o chefe de polícia Javert se suicida para não infringir a lei, ou seja, ele naquele momento sege tão a risca os dogmas de sua legislação que comete tal ato, por se considerar tão correto, ele não poderia viver com aquele sentimento de culpa ou de infrator para com seu Estado. Percebam que ao agredir a prostituta e prendê-la, ele não teve sentimento de culpa, muito pelo contrário, pois para ele era o correto a ser feito, mas já nessa outra ocasião ele preferiu pagar com a própria vida ao ter que se submeter a infringir a lei, já que ele devia favores ao fugitivo Jean Valjean, por ele ter poupado à vida dele, quando teve a chance de mata-lo, mas não fez. Podemos associar ainda ao texto de MACIEL. José Fábio Rodrigues, Por que a Justiça é “Cega”, na parte em que ele diz: “A espada sem a balança é força brutal, assim como a balança sem a espada tornaria o Direito impotente perante os desvalores que insistem em ser perenes na história da humanidade.” Assim também como dogmática positivista (leis) sem a zetética (intepretações) não podem andar separadas, pois uma depende da outra, para que a justiça seja feita sempre com eficiência. 
Referências
Os miseráveis (O Filme)Épico romance francês de 1862, ano de 2013, de Victor Hugo.
MACIEL. José Fábio Rodrigues, Por que a Justiça é “Cega”.

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