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Marcadores Biológicos INTRODUÇÃO → Característica objetivamente medida e avaliada como indicador de processos biológicos normais, patogênicos ou resposta farmacológica a intervenção terapêutica → Substância presente/produzida pelo próprio tumor OU produzida pelo hospedeiro em resposta ao tumor. → Aplicação: pode ser usado para diagnóstico, prognóstico, preditivo e monitoramento → Onde buscar: baseado em mensuração no sangue, tecidos ou secreções EXEMPLOS → AST e ALT: lesões hepáticas → Hemoglobina Glicada: diabetes → HCG: gravidez ou câncer de Próstata → Gene MGMT: neoplasias do SNC (ex: glioblastoma) - além de IDH e translocações 1p19q Proteínas → De superfície (receptores, de adesão) • HER2 (Câncer de mama), EGFR (Câncer de pulmão), CDs (leucemias/ linfomas) → Enzimas de rotas metabólicas • IDH (Isocitrato desidrogenase) no glioblastoma, LDH (Leucemia) → De cascata de sinalização (vários tumores) • p53, RAS, BRAF Células → Células de Reed-Sternberg são células gigantes, multinucleadas, encontradas no linfoma de Hodgkin PRINCIPAIS MARCADORES III BIOLÓGICOS (TUMORAIS) → Proteína do soro fetal, sintetizada no fígado, saco vitelino e intestino do feto → Na vida adulta, seus níveis séricos encontram-se entre 5ng/mL e 15ng/mL → Níveis acima de 500ng/mL são altamente sugestivos de malignidade, e valores acima 1000ng/mL são indicativos de presença de neoplasia → Pode indicar: tumores gastrintestinais, hepatite, cirrose, hepatocarcinoma e gestantes → É uma glicoproteína → Utilizado para monitorizar o carcinoma mamário. Seu valor de referência é 11U/mL → Outros fatores: doenças benignas de mama (15%), tumores de ovário, de colo uterino, endométrio e próstata → Constitui-se num grupo de proteínas presentes em vários tecidos neuroendócrinos. → Utilizado para neoplasias endócrinas, tipo feocromocitoma, síndrome carcinóide, carcinoma medular da tireóide, adenoma hipofisário, carcinoma de células ilhotas do pâncreas e na neoplasia endócrina múltipla. → É uma proteína envolvida no mecanismo de regulação do ciclo celular. → Pacientes com recidiva tumoral e com doença invasiva terão níveis elevados → É um antígeno formado por um fragmento da citoqueratina 19 encontrado no soro. → Tem alta sensibilidade para carcinoma de células escamosas, é fator de prognóstico ruim no carcinoma de células escamosas do pulmão. → É uma glicoproteína composta por duas subunidades: alfa e beta → A fração beta é utilizada para diagnóstico, monitorização e prognóstico de pacientes com tumores de células germinativas (testículo e ovário) → O antígeno do câncer 125 é formado por uma glicoproteína → Sua principal aplicação é permitir o seguimento da resposta bioquímica ao tratamento e predizer a recaída em casos de câncer epitelial de ovário. → No carcinoma gástrico, o CA 125, juntamente com antígeno carcinoembrionário (CEA), pode predizer mal prognóstico e maior potencial de agressividade tumoral → Kutluk T et al.22 estudaram o uso do CA 125 em crianças portadoras de linfoma não- Hodgkin, tendo sido observada elevação significativa deste marcador. → O CEA é produzido pelas células da mucosa gastrintestinal e faz parte da família das imunoglobulinas. → Na presença de neoplasia maligna, níveis elevados de CEA são detectados em aproximadamente 85% dos casos de carcinoma colorretal metastático. → Os níveis séricos do CEA também são úteis para monitorizar o tratamento de câncer de mama metastático → O oncogene pertence a uma família de receptores de membrana cujo domínio extracelular pode ser identificado, dosado em cultura ou liberado na circulação. → É amplificado e hiperexpresso em 20% a 40% dos carcinomas primários de mama → Aumento da atividade metastática das células tumorais que o expressam. → Genes mutados da família ras são os oncogenes mais comumente encontrados nas neoplasias malignas humanas. → Rodenhuis e Slebos demonstraram que os tumores de pulmão contendo mutação em K-ras eram mais agressivos → É secretado no lúmen dos ductos prostáticos, estando presente em grandes concentrações no líquido seminal. → É útil para o diagnóstico do câncer de próstata → A utilização do PSA é otimizada quando combinada ao exame de toque retal. → PAP (fosfatase ácida prostática) marcador inicial COMO ACONTECE OS EXAMES? → Normalmente, o médico solicita a dosagem dos marcadores quando está suspeitando de câncer a fim de ajudar no diagnóstico e saber de qual tipo é → Material retirado de linfonodo cervical: pediu PSA (antígeno prostático específico) pois por conta da drenagem dos linfonodos, que acontece em uma direção ascendente → Caso a metástase esteja evoluída de um câncer de próstata, pode aparecer em um material de linfonodo cervical → “Os achados morfológicos e imunofenotípicos favorecem o diagnóstico de adenocarcinoma metastático e sugerem o trato colorretal como o sítio primário mais provável para esta neoplasia”: então, mesmo que tenha positivo ou negativo, não é um diagnóstico fechado → Citoqueratinas são específicas de células epiteliais. Se forem detectadas, indica metástase → Vimetinas são células de origem mesenquimal BIOMARCADORES → Além disso, anormalidades em processos teciduais também podem atuar como biomarcadores • Neovascularização: observado o aumento tecidual e angiogênese • Consumo excessivo de glicose Uso dos Biomarcadores → DIAGNOSTICO DIFERENCIAL: sintomatologia muito inespecíficas, podem auxiliar no diagnóstico exato. → PROGNÓSTICOS: definido como qualquer situação, condição ou mesmo característica de um pacienteque possa ser utilizada para distinguir subgrupos de evolução distinta em relação a um desfecho de eficácia (intervalo livre de progressão, sobrevida livre de doença, sobrevida global, etc.) • Fatores: - Grau de extensão da doença no organismo (Sistema de estadiamento) - Comprometimento da funcionalidade - Diagnóstico histológico e seus subtipos - Invasão angio-linfática, invasão perineural, comprometimento das margens cirúrgicas - Características imuno-histoquímicas - Raça, situação econômica → PREDITIVO: é uma condição ou achado que pode ser utilizado para ajudar a predizer se um determinado indivíduo responderá a um tratamento específico ou se apresentará toxicidade decorrente dele. Também pode descrever uma condição em que há aumento no risco de uma pessoa desenvolver uma condição ou doença → SOBRE O USO DE BIOMARCADORES NO RASTREAMENTO: biomarcadores podem estar relacionados ao rastreamento, mas não obrigatoriamente • Supressor tumoral BRCA1 e/ou BRCA2: câncer de mama, ovário, pâncreas • Geralmente ligados a histórico familiar • COMO É DETECTADO? Sequenciamento genético e identificação de polimorfismo CÂNCER DE MAMA RECEPTORES HORMONAIS (ER, PGR) → Se suprime o estímulo hormonal, proliferação celular → Está mais a frente, no meio da cadeia → Intracelulares PROTO-ONCOGENE HER-2 → Está no início da cadeia: estrago mais comprometedor → Receptor de membrana, tirosina-quinase → Importante na biologia do câncer de mama CANCER DE PULMÃO PROTO-ONCOGENE EGFR → Tem implicação preditiva de resposta ao tratamento com terapia anti-EGFR → Receptor tirosina-quinase, relacionado a várias ativações → Prognóstico desfavorável PROTO-ONCOGENE PD-L1 → Tem implicação preditiva de resposta ao tratamento com terapia anti-PDL → Apresentação da célula antitumoral ao linfócito → Resposta imunológica → Prognóstico favorável GLIOBLASTOMA → O-6-Methylguanine-dna methyltransferase (MGMT) promove a correção de lesões no DNA → Quando silenciada por metilação a proteína de reparo não é produzida logo acumula-se dano ao DNA → Fator prognóstico (favorável) e preditivo de tratamento MELANOMA PROTO-ONCOGENE BRAF → O BRAF está no meio da cadeia de marcadores e das vias bioquímicas → Tem preditiva de resposta ao tratamento com terapia anti-BRAF → Não existe evidências que indique papel como fator prognóstico SOBRE O USO DE BIOMARCADORES NO MONITORAMENTO: