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Fontes do direito

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ALINE BATISTA GOMES
ALINE DUARTE DOS SANTOS 
 JOSÉ HIGOR LIMA BELARMINO
Visão geral a respeito de Fontes do Direito
Podemos dizer que fontes do direito são os processos ou meios em que as regras jurídicas se positivam com a força de obrigação, ou seja, com vigência e eficácia no contexto de uma estrutura normativa. As fontes do direito ainda se dividem em dois tópicos, fontes formais e fontes materiais, apesar dessa divisão ter contradições e gerar discussões na ciência jurídica e até mesmo equívocos segundo Miguel Reale, devemos levar a definição dessas vertentes como algo importante para o trabalho , já que o objetivo principal do trabalho são as fontes formais do direito tributário. Com isso podemos dizer que as fontes materiais seriam os estudos filosóficos e sociológicos dos motivos éticos morais e econômicos que condicionam ao aparecimento do direto, e as fontes formais seriam a consolidação vigente em lei, um direito já devidamente formalizado, documentos ou formas não escritas que revelam um direito vigente e aplicável.
Continuando com o aspecto geral a respeito do que são fontes no direito, trago então o que considera Miguel Reale como exemplo das fontes do direito, “quatro são as fontes de direito, porque quatro são as formas de poder: o processo legislativo, expressão do poder legislativo, a jurisdição, que corresponde ao poder judiciário, os usos e costumes jurídicos, que exprimem o poder social, ou seja, o poder decisório anônimo do povo, e finalmente, a fonte negocial, expressão do poder negocial ou da autonomia da vontade.”
Com isso estabelecemos uma visão geral a respeito do que são fontes, e o que são dentro direito para que possamos especificar dentro do direito tributário.
Fontes do Direito
Especificando as Fontes do direto (com foco nas fontes formais) na compreensão do ramo tributário. Ademais, consoante Alexandre Mazza “Uma lei ordinária, por exemplo, é um instrumento normativo
introdutor de diversas regras jurídicas. Regra jurídica é o conteúdo veiculado
pelo instrumento normativo. A regra é o conteúdo, a lei é o continente (forma).
 Com conhecimento da visão geral estabelecemos especificamente que fontes no direito tributário, nada mais é do que a origem do direito tributário, como se emana e como vigora na sociedade, a partir do que e pelo que o ramo tributário entra no direito. Assim vemos que a divisão “formal e material” se faz presente no direito tributário, onde podemos definir a fonte material, que também é chamada de fonte real, do direito tributário na seguinte forma:
As fontes materiais no direito tributário são os aspectos da realidade ao qual se atribui uma consequência jurídica, os aspectos sociais e éticos que revelam capacidade econômica, como auferir renda por exemplo, essas fontes materiais se consolidam no âmbito jurídico se transformando em fontes formais onde passam a consolidar deveres e obrigações onde simples fatos da realidade social se tornam também fatos da realidade jurídica.
Entramos então na questão principal, as fontes formais do direito tributário, observamos que no direito tributário as fontes formais baseiam-se nos atos normativos que introduzem regras tributárias ao sistema, logo apenas a lei é a geradora e entendida como fonte formal no direito tributário como por exemplo: normas constitucionais, emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, medidas provisórias, leis delegadas, decretos legislativos e resoluções (art 59 da CF).Com isso compreende-se a seguinte divisão: fontes formais primárias e fontes formais secundárias.
Entende-se por fontes formais primárias as fontes que modificam o ordenamento jurídico, inauguram normas no ordenamento jurídico. Norma essa inédita, ou seja aquela que não existia, que não era vigente, por exemplo, a União tem competência para criar o imposto sobre grandes fortunas, caso resolva instituir o referido tributo, terá que criar uma norma que torne obrigatório o seu pagamento, respeitando o princípio que não há tributo que não tenha antes previsão legal. 
Essa norma será introduzida no sistema jurídico tributário, por meio de uma fonte formal primária, no caso uma lei ordinária federal. São consideradas fontes formais primárias no direito tributário as seguintes: lei constitucional, lei complementar, lei ordinária, lei delegada, medida provisória, decretos legislativos e resoluções. 
Agora vamos esmiuçar cada uma delas:
Lei Constitucional: instrumento soberano da ordem normativa, todo o sistema infraconstitucional deve observar os dispositivos constitucionais. No caso do direito tributário, abriga normas de competência conferindo aos entes políticos o poder de criar tributos, bem como normas limitativas do poder de tributar.
Lei Complementar: tem matéria expressamente prevista na Constituição Federal e um quorum de aprovação de maioria absoluta. Em matéria tributária, a Constituição Federal determinou que essa espécie de fonte formal fosse o veículo introdutor de variadas normas no sistema, tais como normas gerais, limites, criação de tributos, dentre outras.
Lei Ordinária: pode tratar de qualquer matéria, exceto aquelas que devem ser veiculadas por lei complementar. Seu quorum de aprovação é de maioria simples. É o veículo mais apto a introduzir no sistema jurídico tributário as normas que criam os tributos, determinando quem deve pagar, porque deve pagar, onde deve pagar, quando deve pagar e quanto deve pagar, é neste diploma legal que o tributo deve ser descrito em sua plenitude. Também veiculam, em matéria tributária, deveres instrumentais ou formais.
Lei Delegada: nesta espécie normativa o Congresso Nacional transferia competência legislativa para o Presidente da República (de ofício ou a pedido), e este dentro da delegação legislava.
Medida Provisória: prevista no art. 62 da Constituição Federal, é espécie normativa de natureza infraconstitucional que possui força e eficácia de lei. O Presidente da República, em caso de relevância e urgência pode editá-la. Após sua criação pelo Chefe do Poder Executivo, deve passar pelo crivo do Poder Legislativo, que vai decidir se a medida provisória permanecerá no sistema (sendo convertida em lei) ou será dele excluída. Em matéria tributária, pode instituir e aumentar tributos.
Decretos Legislativos: espécie normativa de competência privativa do Congresso Nacional. Importante para o direito tributário por ser o veículo introdutor de normas de tratados e convenções internacionais.
Quando o Presidente da República, assina um tratado internacional, suas regras só terão eficácia quando introduzidas no ordenamento jurídico nacional, essa introdução é realizada pelo decreto legislativo.
Resoluções: são atos legislativos pelos quais os órgãos do Poder Legislativo (Congresso Nacional, Senado Federal e Câmara de Deputados) exercem suas competências privativas. Em matéria tributária é um exemplo a resolução do Senado Federal que fixa as alíquotas mínimas nas operações internas do ICMS (art. 155, § 2º, V, a da CF).
Por fim temos as fontes formais secundárias do direito tributário, que diferentemente das fontes primárias, elas não inauguram normas tributárias no sistema jurídico. Sua função traz como causa o acréscimo de normas ao ordenamento jurídico com embasamento em normas jurídicas já vigentes. São essas especificamente: decreto regulamentar, instrução ministerial, circular, portaria, ordem de serviço, ato normativo, decisão administrativa. Mais uma vez esmiuçando cada uma delas para o melhor entendimento:
Decreto Regulamentar ou Regulamento: é de competência privativa do chefe do Poder Executivo. Visa possibilitar a fiel execução da lei, não podendo ampliar ou reduzir a disposição da lei a que se refere.
Instrução ministerial: de competência dos Ministros de Estado, visa a execução de leis, decretos e regulamentos relativos a respectiva pasta. Tem vigência apenas no âmbito do Ministério.
Circular: é norma secundária que tem como objetivo a ordenação uniforme do serviço administrativo.
Portaria: regra geral ou individual que o superior editapara serem observadas por seus subalternos.
Ordem de Serviço: autorização concreta para que funcionários determinados, realizem um tipo de serviço específico.
Ato Normativo: ato expedido pela autoridade administrativa.
Decisão Administrativa: decisão de órgão singular ou coletivo de jurisdição administrativa, ao qual a lei atribua eficácia normativa.
Bibliografia
1. REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 27ª ed. São Paulo: Saraiva: 2002
2. Manual de direito tributário / Alexandre Mazza. – 5. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019.
3. http://www.aprendatributario.com.br/?p=20

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