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análise de demonstrativo financeiro e indicadores de desempenho Aula 4

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DISCIPLINA: 
ANÁLISE DE DEMONSTRATIVO 
FINANCEIRO E INDICATIVO 
DE DESEMPENHO 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Edicreia Andrade dos Santos 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
A análise das demonstrações contábeis tem por objetivo observar e 
confrontar os elementos patrimoniais e os resultados das operações, visando ao 
conhecimento minucioso de sua composição qualitativa e de sua expressão 
quantitativa, de modo a revelar os fatores antecedentes e determinantes da 
situação atual, e a servir de ponto de partida para delinear o comportamento 
futuro da empresa. Tanto mais eficiente será a análise, quanto melhor for o 
conhecimento do analista a respeito das operações da empresa analisada, 
conhecimento este no qual se entende a política administrativa em todos seus 
aspectos, internos e externos. A interpretação dos elementos obtidos nas 
análises, a partir das demonstrações contábeis, faz com os valores ali contidos 
deixem de ser apenas um conjunto de dados e passem a ter valor como 
informação. 
A análise das demonstrações contábeis por índices consiste na 
confrontação entre os diversos grupos ou contas patrimoniais e de resultado, de 
forma que se estabeleça uma relação lógica que possibilite a mensuração da 
situação econômica e financeira da empresa. Para a obtenção de índices 
confiáveis, são necessárias algumas precauções que levem em conta a 
qualidade, e a padronização dos métodos utilizados para a elaboração das 
demonstrações contábeis, que podem envolver até a necessidade de 
reclassificação de alguns itens. Ressalta-se que o índice obtido não é a análise 
em si. Esta se dará a partir da obtenção de um conjunto de índices suficientes 
para se fazer juízo da demonstração analisada. 
 
CONTEXTUALIZANDO 
Nesta aula aprenderemos sobre os Índices de Rentabilidade de Estrutura 
de Capital. Os índices de rentabilidade ou retorno, conhecido também como 
índices de lucratividade, servem para medir a capacidade econômica da 
empresa, isto é, evidenciam o grau de êxito econômico obtido pelo capital 
investido na entidade em determinado período. São calculados com base em 
valores extraídos da DRE e do Balanço Patrimonial. A rentabilidade do capital 
investido na empresa é conhecida por meio do confronto entre contas ou grupos 
de contas da DRE ou as conjugando com grupos de contas do Balanço 
Patrimonial 
 
 
3 
A rentabilidade mostra, em números absolutos e relativos, o grau de 
lucratividade do capital investido. Os índices de rentabilidade interessam a todos 
os usuários da empresa (internos e externos), mas principalmente aos 
proprietários e investidores potenciais, que identificam, por meio deles, a 
remuneração de seus capitais investidos; como também a bancos e 
fornecedores, que, podem avaliar a solidez da empresa e sua capacidade de 
cumprir os compromissos correntes utilizando observando tais índices 
(IUDICIBUS, 1995). 
Quando se trabalha com análise de rentabilidade, é imprescindível que a 
verificação dos lucros esteja relacionada a valores que possam expressar a 
"dimensão" destes lucros dentro das atividades da firma. Nas palavras de 
Iudicibus (1995, p. 90) “esta ‘dimensão’ poderá ser ora volume de vendas, ora 
valor do ativo total, ora valor do ativo operacional, ora valor do patrimônio líquido, 
ora valor do capital social etc.”. 
No caso dos índices de rentabilidade, assim como dos demais, dizer que 
um indicador encontrado é alto ou baixo vai depender de características do 
empreendimento, tais como segmento de mercado, porte, tempo de existência 
etc. Neste sentido, ressalta-se que o relacionamento das variáveis para a 
construção de um índice dependerá da decisão a ser tomada ou do elemento a 
ser analisado. De posse das demonstrações contábeis, a empresa pode 
construir dezenas de índices, relacionando, a cada um, variáveis diferentes. No 
entanto, é o fim pretendido que irá determinar o que analisar ou qual índice 
utilizar. 
Por sua vez, os índices de Estrutura de Capital demonstram a situação 
financeira da entidade, isto é, procuram apontar os grandes caminhos das 
decisões financeiras em termos de obtenção e aplicação de recursos e também 
como se encontra o nível de endividamento. Os índices desse grupo são aqueles 
que relacionam a composição de capitais (próprios e de terceiros), que medem 
os níveis de imobilização de recursos e que buscam diversas relações na 
estrutura da dívida da empresa. 
Neste contexto, vale ressaltar um aspecto importante: o de que o sucesso 
de muitas empresas depende do bom desempenho de sua administração 
financeira, especialmente de um bom gerenciamento, a fim de se obter um 
equilíbrio, na estrutura de capitais, entre os recursos de terceiros e os recursos 
próprios. 
 
 
4 
Com base no exposto acima, nesta aula apresentaremos por meio dos 
Índices de Rentabilidade e Estrutura de Capital as informações econômico-
financeiras das demonstrações contábeis. 
 
TEMA 01: ÍNDICES DE RENTABILIDADE: GIRO DO ATIVO (GA) 
 Os índices de Rentabilidade medem o quanto estão rendendo os capitais 
investidos. São indicadores muito importantes, pois evidenciam o sucesso (ou 
insucesso) empresarial. São calculados, geralmente, sobre as receitas líquidas, 
porém, em alguns casos, pode ser interessante calcular sobre as receitas brutas 
deduzidas somente das vendas canceladas (devoluções) e abatimentos. Este 
grupo de índices é composto por: Giro do Ativo (GA); Margem Bruta (MB); 
Margem Líquida (ML); Margem Operacional (MO); Rentabilidade sobre o Ativo 
(ROA); e Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido (RPL): 
Os índices de Rotação ou de Giro são aqueles que informam a rapidez 
com que os recursos disponíveis são aplicados. O índice de Giro do Ativo Total 
busca confrontar as vendas líquidas com o ativo total. Isso indica a eficiência de 
utilização dos recursos totais aplicados para se obter as vendas; o Giro do Ativo 
Total representa quanto foi vendido para cada unidade monetária de 
investimento total. 
Complementarmente, tem-se o índice de Giro do Ativo Médio, que 
confronta as vendas líquidas com o ativo total médio (logo o ativo total médio 
pode ser obtido pela soma do total do ativo do ano “x” + total do ativo do ano “x-
1” dividido por 2) obtido pela soma do ativo no início do período com o ativo do 
final do período. Esse índice indica a eficiência de utilização dos recursos totais 
médios aplicados para se obter as vendas e representa quanto foi vendido para 
cada unidade monetária de investimento total médio. 
O Giro do Ativo mede o volume de vendas da empresa em relação ao seu 
ativo total. A variação neste índice pode ter diferentes causas, como a retração 
do mercado como um todo, a perda de participação de mercado e ainda ser 
decorrente da estratégia da empresa. 
O índice do Giro do Ativo pode ser obtido a partir da seguinte fórmula: 
 
 
 
5 
 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
Giro do 
Ativo 
Receita Operacional 
Líquida/Ativo Total 
Quanto a empresa vendeu 
para cada $ 1 de 
investimento total. 
Quanto maior, 
melhor. 
Obs.: Receita Operacional Líquida é igual a Vendas Líquidas. 
 
Exemplificando o Giro do Ativo: 
 Período x1 Período x2 
Receita Operacional Líquida 4.793.123 4.425.866 
Ativos 2.726.178 3.984.050 
 
Giro do Ativo: Receita Operacional Líquida / Ativo Total 
 
 
O coeficiente resultante deste indicador mostra a velocidade com que o 
investimento total se transforma em volume de vendas. Sabemos que as vendas 
representam o coração de uma empresa. Quanto mais vender, quanto mais 
rápido for o ciclo operacional, mais possibilidades de incrementar a rentabilidade 
a empresa terá. Deste modo, com base nos resultados do exemplo, pode-se 
inferir que a empresa vendeu, no período x1, $ 1,76 para cada $ 1,00 de ativo 
investido, assim o volume de vendas atingiu 1,76 vezes o volume de 
investimento. No período x2, houve queda acentuada do volume relativo devendas: para cada $ 1,00 investido, a empresa vendeu $ 1,11, ou seja, o volume 
de vendas gerado pelo total empatado no ativo foi de 76% no período 1 e 11% 
no período 2, ambos superiores a 1. 
Podemos visualizar esses índices em forma de gráfico, conforme 
representado na Figura 1: 
 
 
 
6 
Figura 1: Representação gráfica do Giro do Ativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Matarazzo (2003) 
 
TEMA 02: ÍNDICES DE RENTABILIDADE: ÍNDICE DE MARGEM BRUTA (MB), 
ÍNDICE DE MARGEM LÍQUIDA (ML) E MARGEM OPERACIONAL (MO) 
Os usuários dos resultados da análise das demonstrações contábeis –
investidores e fornecedores, por exemplo, esperam que o capital investido seja 
remunerado, e desejam ter certeza de que a empresa possa gerar recursos 
suficientes para honrar seus ativos, assim como quitar obrigações. A obtenção 
dessas informações é possível com a extração desses índices, que buscam a 
identificação do retorno sobre investimento total, sobre vendas e sobre capital 
próprio, ou seja, espera-se uma avaliação não apenas da produtividade, mas, 
sobretudo da lucratividade do negócio. 
O termo rentabilidade, que deriva da palavra “renda”, é uma relação do 
valor bruto obtido com o valor do investimento realizado, e busca mensurar o 
retorno obtido após investir valores em um negócio ou aplicação. Esse segmento 
da Análise Econômica Financeira é caracterizado como fundamental, pois se 
trata do critério universal de avaliação do desempenho global da empresa, e 
inquestionavelmente aceito em todo o mundo para avaliação de projetos e 
investimentos. 
 A margem bruta relaciona o lucro bruto com as vendas líquidas, e 
evidencia basicamente o percentual das vendas que não foi consumido pelos 
custos de produção ou de aquisição das mercadorias e serviços. É uma 
ferramenta utilizada para o controle dos custos e avaliação da capacidade dos 
setores produtivos das empresas. Para o cálculo da margem bruta, pode-se 
aplicar a seguinte fórmula: Margem bruta = (Lucro bruto/receita total) x 100 
Ativo 
1,00 
 
 
Vendas 
1,76 
 
Ativo 
1,00 
 
 
Vendas 
1,11 
 
Período 1 Período 2 
 
 
7 
 A margem operacional confere o lucro operacional com as vendas 
líquidas; essa margem é voltada para o controle do volume das despesas 
operacionais e para medida do desempenho dos setores de administração e de 
vendas. Para o cálculo da margem bruta pode-se aplicar a seguinte fórmula: 
Margem operacional = (Lucro Operacional / Receitas Operacionais Líquidas) x 
100. 
 A margem líquida confere o lucro líquido do período com as vendas 
líquidas. Na margem líquida, além do resultado financeiro, também são incluídos 
os resultados não operacionais. Isso indica o quanto restou da receita gerada 
pela empresa após a dedução de todos os custos, gastos e despesas incorridos, 
que será a margem de lucro sobre as vendas, e constitui o percentual de lucro 
líquido para cada unidade monetária vendida. Por isso que a análise por meio 
da margem líquida verifica o lado do acionista, enquanto que a análise da 
margem operacional observa o comportamento do lucro sob a perspectiva da 
empresa. 
A margem líquida é um dos principais indicadores de retorno dos 
investimentos. Também conhecida como taxa de lucratividade, oferece a 
informação de quanto de cada unidade monetária vendida a empresa conseguiu 
transformar em lucro. É o quociente que mede o grau de sucesso da empresa 
em termos de lucro sobre as vendas. É obtido pelo confronto do Lucro Líquido 
com as Vendas Líquidas (receitas operacionais líquidas). Caso haja interesse 
em obter o percentual, multiplica-se por 100. 
Assim sendo, representa quanto a empresa obtém de lucro para cada real 
em receita, obtido depois de pagar todos os seus impostos e despesas. Quanto 
maior for à margem que a empresa tem, certamente melhor seja a contribuição 
para a análise em questão. Obtêm-se este indicador com a seguinte fórmula: 
Exemplo: 
 Período 1 Período 2 
Lucro Líquido 223.741 167.116 
Receita Operacional Líquida 4.793.123 4.425.866 
 
Margem Líquida: (Lucro Líquido / receitas operacionais líquidas) *100 
 
 
 
8 
 
Como pode ser observado, houve uma queda considerável na margem de 
lucro da empresa, isto significa que a empresa auferiu menor lucro e ganhou 
muito menos por unidade vendida. Para cada 100 unidades vendidas a empresa 
obteve no período 1 $ 4,66 de lucro, e no período 2 houve uma queda para $ 
3,77. 
Como parâmetro de comparação para este indicador, argumenta-se que 
ele é comparável com qualquer outra empresa, independente do porte. O 
coeficiente da margem líquida deve ser analisado com os índices de giro do ativo 
e de rentabilidade do ativo, pois de nada adianta a empresa ter um alto giro do 
ativo e não possuir uma margem de lucro; e também é interessante que este 
lucro seja o suficiente para remunerar seus ativos. 
 Para melhor visualização, a Figura 2 (a seguir) apresenta os valores dos 
setores farmacêutico e de vestuário dos anos de 2012, 2013 e 2014. Esses 
indicadores podem ser utilizados como referências para outras empresas do 
mesmo setor avaliarem se os seus indicadores estão dentro ou fora do padrão 
quando comparadas: 
 
Figura 2 – Margem líquida: setor farmacêutico e vestuário 
 
Fonte: Portal do Trader (2015). 
 
 
 
9 
TEMA 03: ÍNDICES DE RENTABILIDADE: ÍNDICE DE RENTABILIDADE SOBRE 
O ATIVO (ROA) E ÍNDICE DE RENTABILIDADE SOBRE O PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO (RPL) 
A Rentabilidade do Ativo (ROA) – do inglês Return on Assets – mostra o 
quanto a empresa obteve de lucro líquido em relação ao ativo, representando 
uma medida do potencial de geração de lucro da parte da empresa. Este 
indicador não é exatamente uma medida de rentabilidade de capital, mas sim 
uma medida da capacidade da empresa em gerar lucro líquido e assim poder 
capitalizar-se. 
Deste modo, o ROA é calculado quando se deseja ter uma ideia da 
lucratividade, como um todo, de um empreendimento, venham de onde vierem 
os recursos, admitindo-se as aplicações realizadas. É uma medida do 
desempenho comparativo da empresa ano a ano e resulta da seguinte fórmula: 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
Rentabilidade do 
Ativo 
(Lucro líquido/ 
Ativo Total) x 100 
Quanto a empresa obtém 
de lucro para cada $ 100 de 
investimento total. 
Quanto maior, 
melhor. 
 
Exemplificando este indicador na prática temos: 
 Período 1 Período 2 
Lucro Líquido 223.741 167.116 
Ativo 2.726.178 3.984.050 
 
Rentabilidade do Ativo: (Lucro líquido / Ativo Total) x 100 
 
 Rentabilidade do Ativo (*100) 
 
 
 Para cada R$ 100,00 de ativo a empresa no período x1 obtém de lucro 
R$8,20 e no período x2 R$4,19 denotando uma perda de rentabilidade de um 
período para o outro. Esta queda, por exemplo, pode ter sido influenciada por 
fatores como diminuição nas vendas, aumento com despesas operacionais, 
financeiras e administrativas ou outros. Estes resultados demonstram o potencial 
de geração de lucro por parte da empresa. 
 223.741 167.116 
2.726.178 3.984.050 
= 8,20% = 4,19% 
 
 
10 
 O próximo índice é o de Rentabilidade do Patrimônio Líquido (IPL) ou 
Return on Equity (ROE), e demonstra o quanto de ganho os acionistas ou 
proprietários tiveram em virtude do capital investido na empresa. 
É o indicador definitivo da rentabilidade do investimento próprio e seu 
cálculo permite saber o quanto a administração, fazendo uso dos recursos 
entregues pelos sócios, obterão de rendimento com a estrutura de despesas 
financeiras e da relação existente entre recursos próprios e de terceiros. Além 
disso, possibilita a comparação com outras oportunidades de investimento 
disponíveis no mercado, identificando se a decisão de investir na empresa em 
análise foi correta. 
A obtenção desse índice se dá pela divisão do Lucro Líquido pelo 
Patrimônio Líquido. 
É obtido por meio da seguinte fórmula: 
Índice Fórmula Indica InterpretaçãoRentabilidade do 
Patrimônio 
Líquido 
(Lucro líquido / 
Patrimônio Líquido) x 
100 
Quanto a empresa obtém de 
lucro para cada $ 100 de 
capital próprio investido. 
Quanto maior, 
melhor. 
 
 Exemplo 
 Período 1 Período 2 
Lucro Líquido 223.741 167.116 
Patrimônio Líquido 1.070.861 1.407.185 
 
Rentabilidade do Patrimônio Líquido: (Lucro líquido / Patrimônio Líquido) x 100 
 
 Rentabilidade do 
 Patrimônio Líquido (*100) 
 
 
Conforme exemplo, infere-se que para cada $ 100,00 de capital próprio 
investido, a empresa conseguiu $ 20,89 de Lucro no período 1. No período 2, 
entretanto, ocorreu uma queda acentuada na rentabilidade da empresa de 
aproximadamente 10%. Vale ressaltar que uma das grandes utilidades deste 
quociente está na sua comparação com taxas de rendimento com outras 
empresas do mercado, sendo possível, por esta comparação, avaliar se a 
empresa oferece rentabilidade superior ou inferior a essas opções. 
 223.741 167.116 
1.070.861 1.407.185 
= 20,89% = 11,88% 
 
 
11 
Enfatiza-se que há outros indicadores de rentabilidade relacionados às 
vendas que possibilitam a avaliação dos resultados operacionais da empresa, 
refletindo o quanto esta gerou de recursos por meio de suas atividades. 
 
Sintetizando 
Índices de rentabilidade: 
 ROA: avalia quanto a empresa obteve de retorno (lucro líquido) em relação ao 
total das aplicações realizadas em seu ativo. 
 ROE: apresenta a comparação do lucro gerado em decorrência do 
investimento realizado pelos sócios da empresa. 
 
TEMA 04: ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL: ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO 
GERAL (EG), ÍNDICE DE COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO (CE) E ÍNDICE DE 
PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS (PCT) 
Os Índices de Estrutura de Capital, também chamados de índices de 
endividamento, são utilizados para mensurar a composição das fontes de 
recursos de uma empresa, permitindo visualizar de que forma os recursos de 
terceiros estão sendo usados em comparação com o capital próprio. Além disso, 
fornecem elementos para analisar o grau de comprometimento da empresa 
perante seus credores, como também a sua capacidade de cumprir os 
compromissos financeiros assumidos a longo prazo. 
Os principais indicadores classificados neste grupo são denominados de 
(i) Endividamento Geral, (ii) Participação de Capital de Terceiros, (iii) 
Composição do Endividamento, (iv) Imobilização do Patrimônio Líquido e (v) 
Imobilização de Recursos Não Correntes. 
O indicador de Endividamento Geral (EG) apresenta o volume de 
aplicações de recursos financiadas por capital de terceiros, representadas no 
Balanço Patrimonial pelas contas de passivo circulante e passivo não circulante. 
Este indicador mostra o comprometimento do ativo da empresa para com capital 
de terceiros que serão exigidos dela, no curto ou no longo prazo. 
 
 
 
12 
Este índice é obtido pela seguinte fórmula: 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
(Endividamento 
Geral) 
[(PC+PNC) / Ativo Total] x 
100 
Quanto a empresa tem 
de capitais de terceiros 
para cada R$ 100,00 
de ativo total. 
Quanto menor, 
melhor. 
Obs.: PC: Passivo Circulante; PNC: Passivo Não Circulante. 
 
A interpretação do Endividamento Geral permite assim verificar, por 
exemplo, quanto a empresa tem de capitais de terceiros para cada 100 reais de 
ativo total. Ressalta-se aqui que, por exemplo, que a fórmula necessariamente 
não precisa ser multiplicada por 100, pois este artifício só é usado por permitir 
uma melhor interpretação do índice em percentuais. 
O próximo indicador é o de Participação de Capital de Terceiros e indica 
a relação entre capitais próprios e de terceiros, e demonstra a parte de terceiros 
(passivo circulante e passivo não circulante) em relação ao capital próprio 
investido na empresa. Esse indicador relaciona, portanto, as duas grandes 
fontes de recursos: capital próprio e capital de terceiros, e indica risco ou 
dependência de terceiros por parte da empresa. Quando se aborda esse 
indicador, se faz referência apenas ao risco de insolvência e não à relação deste 
com o resultado obtido pela entidade. É calculado pela divisão do Capital de 
Terceiros pelo Capital Próprio. 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
Participação de 
Capitais de Terceiros 
(Endividamento) 
((PC + PNC) / Patrimônio 
Líquido) x 100 
Quanto a empresa 
tomou de capitais de 
terceiros para cada 
R$ 100,00 de capital 
próprio 
Quanto menor, 
melhor 
Obs.: PC: Passivo Circulante; PNC: Passivo Não Circulante. 
 
Do ponto de vista rigorosamente financeiro, quanto maior essa relação 
(CT/PL) menor a liberdade de decisões financeiras da empresa ou maior a 
dependência a esses terceiros. Assim, sob essa perspectiva é que se interpreta 
o índice de participação de capitais de terceiros. Já sob o interesse de obtenção 
de lucro, pode ser vantajoso para a empresa trabalhar com capitais de terceiros 
 
 
13 
se a remuneração paga a esses capitais for menor do que o lucro obtido com a 
sua aplicação nos negócios. 
Vamos acompanhar um exemplo exposto por Matarazzo (2003): 
 Período 1 Período 2 
Capitais de Terceiros (PC + PNC) 1.655.317 2.576.865 
Patrimônio Líquido 1.070.861 1.407.185 
 
Endividamento: [(PC + PNC) / Patrimônio Líquido] x 100 
 
Endividamento (*100) 
 
 
Esses dois coeficientes evidenciam que, no período 1, para cada $ 100,00 
de Capital Próprio (Patrimônio Líquido), a empresa tomou $ 154,57 de Capitais 
de Terceiros, e que, no período 2, para cada $ 100,00 de Capitais Próprios, 
recorreu a $ 183,12 emprestados. 
Graficamente, esses índices podem ser visualizados da seguinte forma 
(Figura 3): 
Figura 3 – Representação gráfica do índice de participação do capital de terceiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Matarazzo (2003) 
 
O próximo indicador, o de Composição do Endividamento (CE), possibilita 
evidenciar as dívidas de curto prazo em relação ao total das obrigações para 
com terceiros. Para calculá-lo é necessário contrapor as obrigações de curto 
1.655.317 2.576.865 
1.070.861 1.407.185 
= 154,57% =183,12% 
 
Ativo 
Circulante 
 
 
 
 
Ativo 
Não 
Circulante 
 
154,57 
 
Capitais de 
Terceiros 
 
100 
 
Capital 
Próprio 
100 
Capital 
Próprio 
183,12 
 
 
Capitais de 
Terceiros 
 
Ativo 
Circulante 
 
 
 
 
Ativo 
Não 
Circulante 
 
Período 1 
 
Período 2 
 
 
14 
prazo (passivo circulante) pelo total de capitais de terceiros, como apresentado 
na fórmula a seguir: 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
Composição do 
Endividamento 
[PC / (PC +PNC)] x 100 
Qual o % de obrigações a 
curto prazo em relação às 
obrigações totais. 
Quanto menor, 
melhor. 
Obs.: PC = Passivo Circulante; PNC = Passivo Não Circulante. 
 
A interpretação indica que quanto menor melhor, pois a empresa terá mais 
tempo para gerar recursos para honrar seus compromissos. Desta forma, 
acompanhe o exemplo baseado em Matarazzo (2003) para melhor 
entendimento: 
 Período 1 Período 2 
Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077 
Capitais de Terceiros (PC +PNC) 1.655.317 2.576.865 
 
Composição do Endividamento: [PC / (PC +PNC)] x 100 
 
 Composição do 
 Endividamento (*100) 
 
 
Os coeficientes obtidos indicam que no período 1 a empresa tinha 81,01% 
(mais de ¾) de suas dívidas vencíveis a curto prazo e que no período 2 este 
percentual apresentou uma diminuição para 54% (quase metade), melhorando 
aquilo que se pode chamar de perfil da dívida. Todavia, enfatiza-se que a maior 
parte das dívidas da entidade exemplo são a curto prazo, o que de certa forma 
pode comprometer a liquidez da empresa, como representado na Figura 4: 
Figura 4 – Representação gráfica do índice de composição do endividamento 
 
Fonte: Matarazzo (2003) 
1.340.957 1.406.077 
1.655.318 2.756.865 
= 81,01% = 54% 
 
 
15 
 
 A Figura4 apresenta a composição do endividamento de curto prazo (em 
percentual) da empresa em comparação com o total de endividamento com 
terceiros (passivo circulante e passivo não circulante) multiplicado por 100 para 
se obter em percentual. 
 
TEMA 05: ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL: ÍNDICE DO GRAU DE 
IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (GIPL) E ÍNDICE DE 
IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO CORRENTES (IRNC) 
O indicador denominado de Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL) ou 
Capital Próprio representa quanto do Patrimônio Líquido está aplicado nos 
grupos de contas: Imobilizado, Investimentos e Intangível, que representam as 
aplicações permanentes de recursos da empresa, ou seja, qual a parcela do 
Patrimônio Líquido foi imobilizada e quanto restou para financiar o capital de giro. 
A parcela do Patrimônio Líquido que fica destinada ao Ativo Circulante é 
chamada de Capital Circulante Próprio. O índice de Imobilização do PL é 
calculado pela divisão dos ativos de natureza permanente (investimento, 
imobilizado e intangível) pelo Patrimônio Líquido (PL). 
Quanto mais a empresa investir no ativo imobilizado, menos recursos 
próprios sobrarão para o ativo circulante e, em consequência, maior será a 
dependência de capitais de terceiros para o financiamento do ativo circulante. 
Sua fórmula é representada pela seguinte equação: 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
Imobilização do 
Patrimônio Líquido 
[(Ativo Não Circulante – 
RLP) / Patrimônio Líquido] 
x 100 
Quanto a empresa 
aplicou no Ativo 
Imobilizado para 
cada $ 100,00 de 
Patrimônio Líquido. 
Quanto menor, 
melhor. 
Obs.: RLP = realizável a longo prazo. 
 
 Pelo exposto, conclui-se que quanto menor esse índice, melhor será a 
situação financeira da empresa. Isso porque as aplicações de recursos do 
Patrimônio Líquido são mutuamente exclusivas do Ativo Circulante e demais 
ativos. Quanto mais a empresa investir no ativo imobilizado (Imobilizado, 
Investimentos e Intangível) menos recursos próprios sobrarão para o ativo 
circulante, e em consequência, maior será a dependência de capitais de terceiros 
para o financiamento do ativo circulante. 
 
 
16 
 O ideal em termos financeiros é a empresa dispor de patrimônio líquido 
suficiente para cobrir o ativo imobilizado e ainda lhe restar uma parcela (Capital 
Circulante Próprio) suficiente para financiar o ativo circulante. Por suficiente 
entende-se que a empresa deve dispor de necessária liberdade de comprar e 
vender sem precisar sair o tempo todo recorrendo a instituições financeiras. 
 Para assimilar na prática, acompanhe o exemplo baseado em Matarazzo 
(2003): 
 Período 1 Período 2 
Ativo Não Circulante – RLP * 765.698 1.714.879 
Patrimônio Líquido 1.070.861 1.407.125 
* Ou a soma das contas de Imobilizado, Investimentos e Intangível 
 
Imobilização do PL: [(Ativo Não Circulante – RLP) / Patrimônio Líquido] x 100 
 
 Imobilização do PL (*100) 
 
 
Os coeficientes obtidos no cálculo deste índice mostram que no período 
1, a empresa investiu em “permanente” (não existe mais a expressão na 
legislação contábil brasileira, mas a mantemos aqui para aglutinar os Ativos 
Imobilizados, Investimentos e Intangíveis, que são os três grupos de ativos mais 
imóveis), a importância equivalente a 71,50% do patrimônio líquido e que, no 
período 2 esse percentual subiu para 121,87%. Isso permite inferir que no 
período 2 todo o valor do patrimônio líquido estava investido nas contas de 
Imobilizados, Investimentos e Intangíveis, precisando ainda que a empresa 
recorresse a capitais de terceiros para o valor restante. Esta situação não é muito 
confortável tendo em vista que a empresa está com o seu capital completamente 
paralisado, precisando assim de terceiros para auxiliar em seu capital de giro. 
O próximo é o Indicador de Imobilização de Recursos Não Correntes, que 
indica quanto dos recursos não correntes foram convertidos em ativos de 
natureza permanente (investimentos, imobilizado e intangível). Pode-se 
considerar como recursos não correntes a soma do Patrimônio Líquido com o 
Passivo não Circulante. Como os ativos de natureza permanente têm vida útil 
longa, a empresa pode utilizar recurso com prazo de vencimento longo para 
financiá-los, sem comprometer o capital de giro da empresa. A parcela de 
recursos não correntes destinado aos ativos de natureza circulante também é 
 765.698 1.714.879 
1.070.861 1.407.125 
= 71,50% = 121,87% 
 
 
17 
chamada de Capital Circulante Líquido (CCL). Esse quociente é obtido pela 
divisão dos ativos de natureza permanente (investimento, imobilizado e 
intangível), ou seja, o Ativo Não Circulante menos os Ativos Realizáveis a Longo 
Prazo; e pela soma dos recursos não correntes (Patrimônio Líquido +Passivo 
Não Circulante). 
Sua fórmula é apresentada a seguir: 
Índice Fórmula Indica Interpretação 
Imobilização 
dos recursos 
não correntes 
[(Ativo Não Circulante – RLP) / 
(PNC + Patrimônio Líquido)] * 
100 
Que percentual dos 
recursos não 
correntes foi 
destinado ao ativo 
imobilizado. 
Quanto menor, 
melhor. 
Obs.: RLP = realizável a longo prazo; PNC = Passivo Não Circulante. 
 
Uma consideração importante é que esse índice não deve em regra ser 
superior a 100%. Ainda que a empresa tenha necessidade de ativo circulante 
(como é o caso das transportadoras, por exemplo) deve sempre existir um 
pequeno excesso de recursos não correntes, em relação às imobilizações, 
destinado ao ativo circulante. 
 Vamos acompanhar o exemplo de Matarazzo (2003): 
 Período 1 Período 2 
Ativo Não Circulante – RLP * 765.698 1.714.879 
Passivo Não Circulante 314.360 1.170.788 
Patrimônio Líquido 1.070.861 1.407.125 
* Ou a soma das contas de Imobilizado, Investimentos e Intangível. 
 
Imobilização dos Recursos Não Correntes: 
[(Ativo Não Circulante – RLP) / (PNC + Patrimônio Líquido)] * 100 
 
 Imobilização dos 
 recursos não 
 correntes (*100) 
 
 
 Estes índices mostram que a empresa destinou ao ativo permanente em 
x1 e em x2, respectivamente, 55,28% e 66,52% dos recursos não correntes. 
 
 765.698 1.714.879 
1.385.224 2.577.973 
= 55,28% = 66,52% 
18 
Saiba mais: 
Para compreender os Indicadores de Endividamento, assista ao vídeo: 
<https://www.youtube.com/watch?v=by5GOSBeQnI>. 
Para realizar os cálculos e interpretar os Índices de Rentabilidade, assista: 
<https://www.youtube.com/watch?v=KQgolfiv-M8>. 
Leitura Obrigatória 
Leia mais sobre os índices de endividamento no capítulo 5 (páginas 157 a 161) 
do livro Análise e estrutura das demonstrações contábeis. Disponível na 
Biblioteca Virtual.
TROCANDO IDEIAS 
Os índices de endividamento ou estrutura de capital revelam o grau de 
endividamento da empresa. Este grupo de indicadores evidencia, para os 
períodos (exercícios) analisados, a política de obtenção de recursos da empresa, 
ou seja, se a empresa comumente financia o seu Ativo com Recursos Próprios 
(Patrimônio Líquido) ou de Terceiros (Passivo Circulante + Passivo Não 
Circulante) e em que proporção. 
Deste modo, faz-se necessário sempre observar a quantidade e a 
qualidade do tipo de endividamento das organizações, para assim poder ter um 
melhor conhecimento a respeito de suas dívidas. A respeito do exposto 
pesquise, identifique e discuta com seus colegas acerca dos índices de 
endividamento quanto à quantidade e à qualidade destes. 
NA PRÁTICA 
Calcule os indicadores solicitados para as demonstrações contábeis a 
seguir e efetue uma breve análise. 
 
 
19 
Lista de indicadores 
Indicador Fórmula 31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3 
Giro do Ativo – GA 
VL 
 
AT 
Rentabilidade sobre o Ativo – ROA 
LL x 100 
 
AT 
Rentabilidade sobre o PL – ROE 
LL x 100 
 
PL 
Margem Líquida 
LL x 100 
 RL 
VL 
 
Balanço Patrimonial (Ativo) 
BALANÇO PATRIMONIAL DA CIA. YCZ. 
Exercício encerradoem: 31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3 
 R$ R$ R$ 
ATIVO CIRCULANTE 254.691 367.485 353.169 
Caixa e Bancos 9.892 29.175 40.200 
Aplicações de liquidez imediata 32.508 22.995 38.286 
Contas a receber de clientes 128.124 187.236 162.658 
(-) Provisão p/ devedores duvidosos -1.405 -4.781 -2.160 
Impostos a recuperar: IPI e ICMS 5.182 15.006 12.002 
Estoques 78.450 115.748 99.890 
Prêmios de seguros a apropriar 1.940 2.106 2.293 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 115.984 138.770 137.199 
Empréstimo compulsório: Eletrobrás 4.617 12.552 15.025 
Investimentos 8.381 8.381 9.714 
Imobilizado 99.004 115.005 110.734 
Intangível 3.982 2.832 1.726 
TOTAL DO ATIVO 370.675 506.255 490.368 
 
 31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3 
 PASSIVO CIRCULANTE 178.981 255.750 201.186 
 Empréstimos e financiamentos 100.850 127.605 50.277 
 Fornecedores 36.186 54.560 55.607 
 Salários e encargos sociais 2.065 2.430 2.665 
 Obrigações fiscais: IPI, ICMS e outros 13.002 18.919 21.005 
 Provisão para Imposto de Renda 23.864 26.419 
 Adiantamentos de clientes 22.885 24.145 28.837 
(continua) 
 
 
20 
(continuação) 
Dividendos propostos 12.500 
 Provisão p/ férias e 13º salário 3.993 4.227 3.876 
 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 40.861 60.297 55.882 
 Financiamentos bancários 40.861 60.297 55.882 
 PATRIMÔNIO LIQUIDO 150.833 190.208 233.300 
 Capital social 156.000 156.000 184.824 
 Reservas de capital 18.824 18.824 
 Reservas de lucros 8.204 10.173 12.453 
 Lucros (prejuízos) acumulados -32.195 5.211 36.023 
 TOTAL DO PASSIVO 370.675 506.255 490.368 
 
Demonstração do Resultado do Exercício 
DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO 
EXERCÍCIO DA CIA. YCZ 
31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3 
R$ R$ R$ 
 RECEITA OPERAClONAL BRUTA 
 Vendas de produtos 450.286 541.654 482.485 
 Vendas de serviços 66.022 88.005 95.453 
 TOTAL 516.308 629.659 577.938 
 ( - ) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 
 Devoluções e abatimentos -9.006 -10.833 -7.237 
 Impostos incidentes sobre vendas -76.549 -97.498 -86.847 
 Impostos incidentes sobre serviços -1.981 -2.640 -4.773 
 (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 428.772 518.688 479.081 
 ( - ) CUSTO DOS PRODUTOS E SERVÍÇOS 
 Custo dos produtos vendidos -184.617 -203.120 -164.045 
 Custo dos serviços prestados -49.517 -58.083 -45.817 
 (=) LUCRO BRUTO 194.638 257.485 269.219 
 ( - ) DESPESAS OPERACIONAIS 
 Despesas com vendas -79.634 -85.810 -92.167 
 Despesas gerais e administrativas -52.345 -55.006 -58.916 
 Despesas financeiras líquidas -55.902 -46.718 -38.565 
 OUTRAS RECEITAS E DESP. OPERACIONAIS 
 Outras receitas operacionais 1.185 1.882 1.902 
 (-) Outras despesas operacionais -884 -764 -882 
 (=) LUCRO OPERACIONAL 7.058 71.069 80.591 
 RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS -349 -882 -534 
 (=) LUCRO ANTES DO IR E CONTRIB. SOCIAL 6.709 70.187 80.057 
(continua) 
 
 
21 
(continuação) 
( - ) PROVISÃO P/ IMPOSTO DE RENDA -17.547 -20.014 
 ( - ) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -6.317 -6.405 
 (=) LUCRO APÓS IR E CONTRIB. SOCIAL 6.709 46.323 53.638 
 (-) PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUÍÇÕES 
 Empregados -2.316 -2.682 
 Administradores -4.632 -5.364 
 (=) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 6.709 39.375 45.592 
 
Resolução 
Indicador Fórmula 31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3 
Giro do Ativo – GA 
VL 
1,16 1,02 0,98 
AT 
Rentabilidade sobre o Ativo – ROA 
LL x 100 
1,81 7,78 9,3 
AT 
Rentabilidade sobre o PL – ROE 
LL x 100 
4,45 20,7 19,54 
PL 
Margem Líquida 
LL x 100 
1,56 7,59 9,52 RL 
VL 
 
Análise (exemplo sintético): 
Giro do Ativo: reproduz a eficiência da empresa em utilizar seus ativos para gerar vendas, 
medido pelo quociente das receitas anuais e o ativo total. Expressa a relação das vendas 
líquidas com o ativo total da empresa, exprimindo assim o grau de eficiência em que são 
utilizados os recursos da empresa. Assim, com exceção do período X3, a Cia. YCZ conseguiu 
ser completamente eficiente na utilização de seus ativos para geração de vendas. 
ROA: O índice de Rentabilidade do Ativo (ROA) expressa o quanto a empresa obteve de lucro 
em relação ao seu investimento total, revelando assim a eficiência com que os recursos foram 
utilizados. Assaf Neto (2003) salienta que este indicador evidencia a parcela de lucros líquidos 
que a empresa auferiu em um determinado período em relação ao total do ativo. Portanto, por 
meio do índice de Rentabilidade do Ativo é possível identificar a potencialidade de geração de 
lucro pela entidade. No ano X1 a Cia. YCZ gerou para cada R$ 100 de ativo total aplicado na 
empresa R$ 1,81 de lucro líquido. 
ROE: Mede o “retorno dos recursos aplicados na empresa por seus proprietários. Em outras 
palavras, para cada unidade monetária de recursos próprios (patrimônio líquido) investido na 
empresa, mensura-se quanto os proprietários auferiram de lucro”. Assim, no ano X1 para cada 
R$ 100,00 no PL rendeu R$ 4,45 de lucro líquido. 
MARGEM LIQUIDA: O resultado do índice de Margem Líquida demonstra a relação de lucros 
líquidos em comparação com o total de vendas (receita operacional líquida) de um 
 
 
22 
determinado período. Assim sendo, indica em percentuais qual foi a parcela do faturamento 
da empresa que se transformou em lucro líquido no período analisado. Assim, por exemplo, 
no período X1 para cada R$ 100,00 de receita líquida (vendas líquidas) a Cia. YCZ apresentou 
R$1,56 de Lucro líquido. 
 
SÍNTESE 
Caro aluno, chegamos ao final de mais uma aula que abordou dois grupos 
de índices econômico-financeiros que têm como objetivo avaliar a real situação 
da empresa em seus mais diversos aspectos. Indicadores de rentabilidade e de 
endividamento. 
Os indicadores de rentabilidade selecionados nesse trabalho evidenciam, 
por exemplo, o retorno que a empresa está proporcionando sobre o capital 
próprio. Por capital próprio entende-se o valor investido no negócio pelos 
proprietários, o lucro e as respectivas reservas. Além do retorno sobre o capital 
próprio, é possível verificar o giro do ativo total, a margem líquida, e a 
rentabilidade proporcionada pela comercialização das mercadorias compradas 
pela empresa para revenda ou na prestação de serviços, ou fabricação de 
produtos. 
Por sua vez, os Índices de Endividamento têm como principal escopo 
mostrar o grau de comprometimento do capital próprio de uma empresa, com o 
capital de terceiros. Esses índices mostram, por exemplo, o percentual do capital 
de terceiros que vencem a curto prazo. Ademais, é possível verificar o quanto do 
capital próprio e dos recursos não correntes foram aplicados no Ativo 
Permanente (Imobilizado, Investimentos e Intangível). 
Por fim, vale ressaltar que não existem regras definidas sobre estrutura 
de capitais, a empresa pode trabalhar com o capital próprio, sendo superior ao 
de terceiros, ou com capital de terceiros sendo superior ao próprio. Na realidade, 
o que importa é a comparação dos juros pagos referente ao financiamento, com 
os proporcionados pelo mercado onde foi aplicado o valor do capital. 
 
 
 
 
23 
REFERÊNCIAS 
ANÁLISE fundamentalista: margem líquida. TRADERBOLSA, 2015. Disponível 
em: <http://www.investimentonabolsa.com/2015/04/analise-fundamentalista-
margem-liquida.html>. Acesso em: 24 jan. 2017. 
ASSAF NETO, A. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-
financeiro. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
ASSAF NETO, A.; LIMA, F. G. Curso de administração financeira. 2 ed. São 
Paulo: Atlas, 2011. 
CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento técnico CPC 
00 (R1): Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório 
Contábil-Financeiro (2011). Disponível em: 
<http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/149_CPC00_R1_Rel_AudPu
blica.pdf>. Acesso em: 23 jan. 2017. 
IUDICIBUS, S. Análise de balanço. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1998. 
MARION, J. C. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade 
empresarial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2006. 
MATARAZZO, D. C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e 
gerencial.6. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 
SAPORITO, A. Análise e estrutura das demonstrações contábeis. Curitiba: 
InterSaberes, 2015 
SILVA. J. P. Análise financeira de empresas. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

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