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A IMPORTÂNCIA DO FUTEBOL NA ESCOLA

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Universidade Pitágoras Unopar
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
Educação Física - Licenciatura
Gabriel Ribeiro Póvoa
PROJETO DE ENSINO
A IMPORTÂNCIA DO FUTEBOL NA ESCOLA
Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade
Campos dos Goytacazes - RJ
2022
Gabriel Ribeiro Póvoa
PROJETO DE ENSINO
A IMPORTÂNCIA DO FUTEBOL NA ESCOLA
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Pitágoras UNOPAR, como requisito parcial à conclusão do Curso de Educação Física - Licenciatura.
Docente supervisor: Prof. Ms. Bruno José Frederico Pimenta.
Campos dos Goytacazes - RJ
2022
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA	4
2	JUSTIFICATIVA	6
3	PARTICIPANTES	7
4	OBJETIVOS	8
5	PROBLEMATIZAÇÃO	9
6	REFERENCIAL TEÓRICO	11
7	METODOLOGIA	17
8	CRONOGRAMA	19
9	RECURSOS	20
10	AVALIAÇÃO	21
CONSIDERAÇÕES FINAIS	22
REFERÊNCIAS	23
INTRODUÇÃO
Este projeto tem o intuito de mostrar o Futebol nas aulas de Educação Física, mostrar as concepções que são geradas no decorrer de cada etapa da Educação Física. 
O futebol tem um papel importantíssimo nas aulas de Educação Física, pois é através deste esporte que o aluno apreende a trabalhar em equipe e individualmente. Outro papel importante, é nos valores sociais, a união e o respeito, através dessa prática vem traçando laços de suma importância para a sociedade. Dessa forma, traz pontos positivos para a capacidade motora, articulação de movimentos, pensamento e sentimentos que vão sendo desenvolvido. Levar essa prática para as aulas e para o dia a dia da escola é uma forma de explorar os valores de cada aluno e futuros atletas que poderá ser gerado através dessa prática do futebol nas aulas de Educação física dentro das escolas.
O futebol na prática escolar vem cada dia sendo explorado, trazendo alicerce para o desenvolvimento do ensino, explorando a cultura corporal e alienando a forma prática.
7
TEMA 
O tema do projeto foi escolhido através de pesquisas bibliográficas, onde mostra a realidade e importância da Educação Física na escola. Trazendo o futebol como uma prática educacional e inclusiva dentro das aulas. Tendo em vista o desenvolvimento curricular da escola e o alcance de objetivos traçados pelos professores diante a realidade no ambiente escolar.
Por base nos conhecimentos ao longo do curso, o esporte tem um papel importantíssimo na sociedade, pode-se destacar que a criança desde pequena já cresce com aquele pensamento de ser um jogador de futebol em algum momento da vida, e isto muitas vezes é influência da mídia, que tanto fala sobre o esporte.
O futebol tem uma perspectiva extremamente importante para o trabalho pedagógico nas aulas de Educação Física, dessa forma deve se integrar o esporte ao convívio comum nas atividades geradas dentro das aulas de Educação Física. A partir desse pensamento, apresenta-se o trabalho como forma de mostrar cada panorama feito dentro das aulas de Educação Física, a inclusão do futebol com o intuito social e cultural no mundo. 
O futebol tem papel importantíssimo nas aulas de Educação Física, pois é através dele que o aluno apreende a trabalhar em equipe e individualmente. Outro papel importante é nos valores sociais, a união e respeito, através dessa prática vem traçando laços de suma importância para a sociedade.
Os objetivos deste estudo são: favorecer a aprendizagem; estimular a corresponsabilidade do aluno pelo aprendizado eficiente e eficaz; promover o estudo dirigido a distância; desenvolver os estudos independentes, sistemáticos e o auto aprendizado; oferecer diferentes ambientes de aprendizagem do futebol; promover a aplicação da teoria e conceitos para a solução de problemas práticos relativos à profissão; direcionar o estudante para a busca do raciocínio crítico e a emancipação intelectual.
O futebol dessa forma traz pontos positivos para a capacidade motora, articulação de movimentos, pensamento e sentimentos que vão sendo desenvolvidos durante a aula. Levar essa prática para as aulas e para o dia a dia da escola é uma forma de explorar os valores de cada aluno e futuros atletas que poderá ser gerado através dessa prática dentro das escolas. 
O futebol na prática escolar vem cada dia sendo explorado, trazendo alicerce para o desenvolvimento do ensino, explorando a cultura corporal e alienando a forma prática. Depois do texto falando da importância do futebol, será feito um pequeno projeto sobre as aulas de futebol na escola e ao final uma conclusão sobre a realização do projeto.
JUSTIFICATIVA
Sabe-se que o esporte dentro das escolas é de suma importância para o desenvolvimento das crianças, e o futebol também. Charles Bucher (2002) propunha que:
A Educação Física, uma parte integral do processo de educação total é um campo de atividade que tem como objetivo o desenvolvimento de cidadãos ajustados física, mental, emocional e socialmente através de atividades físicas selecionadas, visando a realização destes resultados (p. 39).
Dessa forma é claro compreender que a prática do futebol não é somente trazer habilidades ou incluir o aluno para disputas, mas sim, uma socialização e desenvolvimentos para todas as áreas educacionais
O futebol é um esporte praticado em todo o mundo, ou seja, por vários tipos de pessoas diferentes, de diversas idades. Está presente na vida das crianças desde pequena, nas experiências do dia a dia.
A prática do Futebol na infância é uma realidade social e cultural. As crianças aprendem a jogar Futebol e acabam gostando e o praticam na escola, no clube, em casa e em vários outros lugares e isso acaba fazendo parte integrante do contexto cultural e das relações sociais (FREIRE, 2016, p. 13).
Pode-se ver diante da fala do autor o quão é importante o futebol, e desde cedo as crianças ganham uma bola como presente e assim tomam gosto pelo futebol, sem contar a mídia que mostra muito sobre o futebol. No nosso país e no mundo em geral, o futebol é um esporte popular e é considerado também uma cultura brasileira, sendo assim a influência faz com que as crianças imaginem muitas coisas.
Pode-se ver algumas crianças que desde cedo, já tem aquele pensamento quando crescer em ser jogador de futebol, a importância do futebol nas aulas de educação física é para mostrar que através do mesmo a criança e o adolescente pode adquirir diversas habilidades e, claro que se ele não for ser um jogador, irá entender o verdadeiro sentido do futebol, pois a cada dia que passa, muitas vezes as mídias e as pessoas estão entendendo completamente errado o que o mesmo significa nas aulas e no contexto mundial.
PARTICIPANTES
Serão os professores e os alunos do 3º ano do Ensino Médio.
OBJETIVOS
· Objetivo geral:
Analisar a importância do Futebol na escola e sua importância para as aulas de educação física.
· Objetivos específicos:
Falar sobre o esporte na escola;
Compreensão sobre a importância do futebol;
Verificar sobre como trabalhar o futebol nas aulas de educação física nas escolas.
PROBLEMATIZAÇÃO
	
Muitas vezes o ensino do futebol na escola é entendido de forma errada, muitos pensam que é simplesmente jogar uma bola na quadra e os alunos jogarem, claro que isto é um pensamento equivocado, pois o futebol abre vários caminhos para as crianças e adolescentes e o mesmo não surgiu do nada. Surge uma necessidade muito ampla de questionar e avaliar diante deste projeto a importância do futebol na escola, vindo sempre com a pergunta central: é importante o professor de educação física trabalhar o futebol na escola? Será que os alunos entendem que o futebol é uma cultura do nosso país?
Diante das perguntas destacadas acima, é possível analisar que o futebol é parte importante no meio escolar e através do ensinamento correto, a cada dia a criança pode enxergar e compreender o principal objetivo de se entender e aprender sobre o futebol.
Nessa perspectiva o Futebol vem sendo ensinado apenas como simples jogo, onde o que prevalece é o jogar futebol, o chamado “jogo pelo jogo”, desvalorizando a importância do conhecimento histórico-social do esporte,restando apenas o interesse pelo conhecimento técnico. Esta maneira de ensinar, em que o educador não se interessa pela transformação dos seus educandos, mas pela reprodução das verdades prontas, é de certa forma criticada por Paulo Freire quando afirma que “transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter formador. Se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando. Educar é substantivamente formar. (FREIRE, 2000, p. 36).
É possível analisar diante da fala do autor que há professores e escolas que tratam o futebol como uma mera brincadeira e que não tem sentido nenhum para os alunos, mas sabe-se que com um professor consciente e que preze pela aprendizagem do aluno, isto pode mudar, garantindo ao mesmo compreensão e análise sobre o futebol, podendo tanto menina quanto menino participarem das aulas de educação física e assim ter resultados satisfatórios no ensino-aprendizagem.
Dessa maneira, a riqueza contida no ensino do Futebol não se baseia apenas no desenvolvimento dos elementos técnicos-táticos e das habilidades motoras do indivíduo, como a coordenação motora, lateralidade, agilidade, velocidade de reação, etc., mas também no conhecimento dos códigos e significados que a sociedade lhe imprimiu, caracterizando-o como fenômeno social, em que se deve “questionar suas normas, suas condições de adaptação à realidade social e cultural da comunidade que o pratica, cria e recria, além do resgate de valores que privilegiam o coletivo sobre o individual, a solidariedade, o respeito humano, construindo continuadamente a criticidade e autonomia nos alunos (COLETIVO DE AUTORES, 2012, p. 71). 
O futebol é fonte de renda para a TV, pois o espetáculo esportivo opera com mecanismos de linguagens que facilita comercializar o mesmo, e assim fica mundialmente conhecido. Os meios de comunicação compreendem essas questões, pois o futebol atrai as pessoas, hoje em dia, homens, mulheres e crianças, e assim é um grande mercado. 
REFERENCIAL TEÓRICO
Bastam quatro tijolos, quatro camisetas, quatro sapatos ou qualquer objeto que forme o gol. A bola pode ser moderna, passando pela bola de meia, chegando às bolas de papel e chapinhas de garrafa. Ele, o garoto, quer é movimento. Liberar as energias é uma necessidade e o gol uma tentação irresistível (KUNZ, 2001).
É indiscutível o valor que o futebol tem no país em que vivemos. No Brasil, a bola não é apenas um objeto, e o futebol não se restringe a um esporte. Ambos são tesouros que, desde 1895, são repassados de geração a geração, transformando uma nação em milhões de jogadores, treinadores e torcedores. O vínculo com tal esporte é tão grande, que já não existe apenas um lugar destinado ao futebol, mas sim, um “futebol” destinado a cada lugar. Já não se modifica o futebol ao espaço, mas se altera o espaço para que nele possa haver futebol. Já não se cria uma bola para poder jogar, se escolhe uma dentre as 10 que aparecem em meio a um grupo de 8 crianças.
Como vemos, são inúmeros os cenários em que encontramos garotos correndo em busca do gol, mas escolhi apenas um espaço para analisar o futebol e suas influências. Esse espaço se chama: ESCOLA. Dentro da escola, o futebol é uma das principais práticas corporais realizadas pelos alunos, sendo um retrato da sociedade em que estamos inseridos. Se avaliarmos bem, poderemos encontrar diversas formas de expressão do futebol dentro do cenário escolar, sendo o futsal a mais frequente delas. Cabe salientar também, que o futebol não se restringe apenas às aulas de Educação Física, mas também aos momentos livres do horário letivo, como o recreio, a chegada e a saída da escola. 
A inserção do futebol dentro do currículo da Educação Física escolar é muito difundida, porém, nem tão discutida quando comparada ao seu uso. Nos últimos anos a Educação Física brasileira procurou investir num desenvolvimento cada vez mais voltado para a prática educacional, elaborando uma mudança e novas propostas de currículo.
Segundo coloca Pires (2002) o avanço nas propostas metodológicas para o ensino do futebol nesse início de século foi significativo, considerando o número de trabalhos apresentados em revistas cientificas, periódicos e livros publicados. O problema é que ainda existe uma distância exorbitante entre o que se propõe e o que realmente se realiza na prática. As discussões tem se concentrado no como ensinar. Entretanto, existem outros elementos que compõem a prática educativa e que necessitam ser provocadas. 
6.1 O Futebol
Segundo Neuenfeldt (2008), são diversas as histórias sobre as origens do futebol, pois, todas as atividades físicas que envolviam um objeto (redondo ou não) e as pernas, foram consideradas originárias do futebol. Além disso, existe uma grande discussão sobre o surgimento do futebol no nosso país, mas a principal tese é de que a modalidade chegou às terras brasileiras por meio de Charles Willian Miller, um paulista, filho de ingleses, nascido no bairro do Brás, e que aos nove anos de idade viajou para a Inglaterra para estudar.
Miller permaneceu por dez anos na nação europeia e lá se envolveu com o futebol na escola, onde era comum a prática nos momentos de lazer. Ao retornar ao Brasil em 1894, trouxe na bagagem a primeira bola de futebol, alguns uniformes e um conjunto de regras.
O primeiro jogo de futebol no Brasil foi realizado em 15 de abril de 1895 entre funcionários de empresas inglesas que atuavam em São Paulo. Este jogo foi entre funcionários da Companhia de Gás X Cia. Ferroviária São Paulo Railway. O primeiro time a se formar no Brasil foi o São Paulo Athletic, fundado em 13 de maio de 1888 (NEUENFELDT, 2008).
6.2 O Futebol no espaço escolar
Segundo Oliveira (2007), o esporte é um fenômeno sociocultural, cuja prática é considerada direito de todos, e que tem no jogo o seu vínculo cultural e na competição o seu elemento essencial, o que deve contribuir para a formação e aproximação dos seres humanos ao reforçar o desenvolvimento de valores como a moral, a ética, a solidariedade, a fraternidade e a cooperação, o que pode torná-lo num dos meios mais eficazes para a comunidade humana.
Vimos então, que o esporte está totalmente inserido na Educação Física escolar e que ele, junto com outros componentes, faz parte de uma cultura corporal de movimento.
Portanto, já que o esporte é parte inerente da disciplina, o que se dizer da mais conhecida prática esportiva do mundo? O que se dizer do futebol na Educação Física
Escolar? Como prática de ‘fácil’ assimilação e pouca exigência material e espacial, o futebol entrou para a escola. Acontece, entretanto, que não se trata de uma modalidade esportiva naturalmente mais fácil que outras, mas de uma prática complexa, culturalmente facilitada (PAES, 2006).
Hoje, praticamente todas as escolas de quaisquer ensinos, sejam particulares ou públicas, utilizam-se do futebol ou futsal como ferramenta da Educação Física (OLIVEIRA, 2007).
Para Kunz (2001) o futebol na escola pode estimular no aluno o prazer pela atividade física, que, hoje e num futuro próximo, pode lhe garantir uma melhor qualidade de vida, também pode ser utilizado como projeto educacional, apropriando do poder disciplinador que possui o esporte, para contribuir na formação de cidadãos autônomos e participativos. Segundo o autor ainda, é na forma coletiva que o futebol pode atingir uma socialização.
6.3 O Futebol na aula de Educação Física
É comumente um dos conteúdos mais aceitos e vivenciados pelos estudantes durante as aulas de Educação Física nas escolas. Esporte, que está fortemente carregado de sentido e significados culturalmente construídos, bem como de tendência de reprodução dentro da escola, originando o esporte na escola, ao invés do esporte da escola. A partir da técnica metodológica do jogo os alunos aprendem as normas e regras para desenvolver um bom futebol e partindo desse pressuposto é nítida a importância da temática nas aulasde Ed. Física, mostrando toda trajetória do mundo do futebol criando momentos de aprendizagem da cultura do desenvolvimento do futebol no meio social e a superação dos desafios encontrado no esporte, como relata Darido et al (2009, p. 97).
[...] quando for tratar de futebol, ir além do fazer (técnicas e táticas), mas abordar a sua presença na cultura, as suas transformações ao longo da história, a dificuldade da expansão do futebol (causas e efeitos), a mitificação dos atletas de futebol, os grandes nomes do passado, a violência nos campos
de futebol, entre outras possibilidades. Ou seja, é preciso ir além do costumeiro jogar.
A tematização do Futebol nas aulas de Ed. Física do Ensino fundamental tem sido de forma escassa em sua maioria das vezes, ficando os alunos apenas com a aula prática sem conhecimento teórico e/ou técnico do esporte, a mercê com aula de jogar bola com práticas e conteúdos pedagógicos rebatidos de suas experiências. (Darido et al 2009) deixa claro essas práticas em suas citações sobre a metodologia adotada por alguns professores de Ed. Física.
[...] alguns professores de Educação Física têm sistematizado os conteúdos na prática pedagógica a partir de suas próprias experiências em função, entre outros fatores, da carência de referenciais teóricos da área que forneçam subsídios para esta finalidade (DARIDO et al 2009, p. 59). 
Visto também ainda em Darido (2009) que a carência de referencias teóricas contribui para a forma própria que os docentes vêm realizando as aulas de Ed. Física, buscando de alguma maneira desenvolver suas aulas independentes de subsídios teóricos. Devemos salientar que nesses momentos é necessário atenção para as aulas não serem desenvolvidas apenas com o brincar de bola, brincar de boleado ou brincar de algo com a bola. A Ed. Física possui diversos meios para se tornar aulas atrativas com desenvolvimento construtivo para toda a vida do aluno, cabe ao professor desenvolver práticas metodológicas para despertarem no discente o interesse e envolvimento nas aulas.
Entende que a elaboração de um programa mínimo poderia resolver a “bagunça” interna da disciplina, um programa de conteúdo baseados na complexidade e com objetivos definidos para cada série de ensino (KUNZ, 2001, p.66)
Aparentemente o futebol é algo simples de se trabalhar em sala de aula, mas é visto de maneira não tão importante onde em contrapartida é um esporte onde se tem muito a aprender não apenas pela prática física, mas para o desenvolvimento intelecto social no meio escolar.
Darido et al (2009) relatam que o futebol é o conteúdo que está mais presente nas aulas de Educação Física em nosso país, contudo, o futebol “ensinado” nestas aulas raramente ultrapassa os aspectos técnicos e o jogar livremente. Nesse sentido é visto que o futebol é ensinado nas escolas de forma descompromissadas pelos profissionais que leciona a disciplina. Ficando a desejar os objetivos que podem levar as aulas de Ed. Física a um processo gradativo de conhecimento e interação no ensino e aprendizagem.
6.4 Princípios e orientações no ensino do futebol escola
Para Freire (2003), dentro do ambiente escolar, uma aula de futebol deve incluir cinco etapas. A primeira parte se inicia com uma conversa sobre o que vai ser a aula. Na segunda parte o professor deve orientar jogos adaptados de futebol ou brincadeiras, referentes ao tema da aula anterior, observando erros e corrigindo alguns gestos. A terceira parte se dá com os exercícios específicos pra determinada habilidade do futebol. A quarta parte é novamente um jogo adaptado ou alguma brincadeira tendo como tema a habilidade aprendida na aula atual. E por fim a quinta parte será uma roda de conversa em que os alunos deverão falar sobre a experiência na aula. 
Já segundo Voser e Giusti (2002), para o planejamento de uma aula de Educação Física com o tema futebol, o autor:
Classifica a aula com três momentos, o aquecimento, antecedido de uma breve conversa sobre a aula, e atividades com o objetivo de preparar o corpo do aluno para as atividades. O desenvolvimento ou parte principal, com atividades e exercícios voltados para desenvolvimento das propriedades motoras específicas. E a volta à calma ou parte final, fazendo os alunos retornarem às suas atividades com a mesma frequência cardíaca inicial. 
Segundo Scaglia (2003), a aula deve ter o seu momento de conversa entre o professor e alunos, sempre no começo e no fim da aula, onde estimula o aluno a recordar o tema e as atividades da aula anterior, para depois explicar o tema da atual, com o intuito dele perceber e ter consciência da sequência de seu aprendizado. A conversa final tem como tema os acontecimentos da aula, o desenvolvimento das brincadeiras e possíveis problemas que surgiram. Sendo muito importante que durante a aula, o professor reúna os alunos para uma melhor explicação em caso de dúvidas ou outrassituações necessárias. 
Voser e Giusti (2002) ainda defendem que a divisão em séries possibilita uma sequência interessante para o desenvolvimento do aprendizado. Ele divide em: Educação infantil até o 5º ano do ensino fundamental, tempo de muita vivência motora, com espaços e bolas diferentes. 6º a 9º ano do ensino fundamental, com o objetivo de mesclar atividades técnicas como formas recreativas. E o Ensino Médio, continuidade nos processos anteriores, elevando o grau de dificuldade tática e técnica.
Sadi (2010) assim como Freire (2003), Scaglia (2003), Voser e Giusti (2002), defende que os anos escolares iniciais devem estar voltados para a iniciação, para o período preparatório buscando a aprendizagem e diversas experiências motoras, e não especificamente as habilidades do futebol. A partir dos 10 e 11 anos, os alunos devem estar mais próximos aos movimentos e às habilidades do futebol introduzindo a prática de pequenos e grandes jogos, possibilitando a criação e o desenvolvimento de suas vivências. Com isso, a partir dos 14 e 15 anos, com o ingresso no ensino médio, o aluno poderá desenvolver sua capacidade cognitiva quanto às situações de jogo, pois a complexidade de movimentos possibilitará uma maior necessidade de exploração de habilidades motoras e intelectuais. Fatos históricos, sociais e políticos podem ser pedagogizados neste momento. 
O aluno deve ser capaz de criar possibilidades de execução dos objetivos que necessitam o futebol. Não adianta o aluno saber chutar muito bem se não sabe o momento ideal de executar o chute. Um bom driblador nem sempre executa seu drible no momento ideal de ataque, assim como um bom atacante às vezes não consegue jogar sem a posse de bola sendo presa fácil da marcação adversária. 
O ensinamento de gestos motores é essencial para a aprendizagem do futebol na escola, mas só a execução do gesto em si não possibilita com que o aluno aprenda a jogar. Talvez o erro de muitos professores é fazer seus alunos repetirem fundamentos de forma impecável, ao invés de proporcionar a execução eficiente do movimento de acordocom a necessidade em que o jogo propõe. Se a escola não é o lugar para desempenho e resultados, a aprendizagem dos movimentos não deve ser capaz de serem eficientes e corretos, mas eficazes perante as situações de ataque e defesa encontradas pelo aluno durante o jogo. 
Scaglia e Freire veem o jogo como uma oportunidade de o aluno desenvolver e criar suas habilidades. Os jogos populares, aqueles praticados na rua e em outros contextos, além do jogo transformado e adaptado fazem parte do futebol e são essenciais no processo de ensino. 
Em se tratando de jogo transformado, Kunz (2004) defende a teoria da transformação didática do esporte dentro do ambiente escolar. No futebol isso pode ser comprovado em jogos e atividades que não seja apenas a reprodução do futebol com suas regras originais. O professor pode criar alternativas que possibilite com que os próprios alunos criem suas regras e possam a partir disso conhecer mais a respeito do futebol. Desenvolvendo a autonomia na compreensãodo futebol em seu caráter total, sejadentro ou fora da escola. 
METODOLOGIA
Será um projeto para alunos do 3º ano do Ensino Médio, ou seja, os mesmos irão aprender sobre a parte teórica e prática do futebol de campo. 
1º dia: Aula teórica e prática – Fundamentos do Futebol de Campo e debate
Atividade 1: explicação e conversação sobre os fundamentos: passe, chute e condução em sala de aula, utilizando a lousa, afim de descobrir quem já praticou ou quem nunca jogou o futebol.
Atividade 2: Fazer perguntas e um debate entre os alunos.
Atividade3: Ida ao campo de futebol. Iniciar as atividades dispondo os alunos em quatro fileiras para trabalhar o fundamento: condução, onde os primeiras alunos de cada fila terá uma bola e cada um conduzirá a bola até um cone e circulá-lo e retornar, entregando a bola para o próximo aluno da fila e assim voltando ao final da fila, até que todos tenham realizado o movimento. É só um aquecimento de observação para a parte prática na próxima aula.
2º dia: Aula teórica e prática – Regras e importância do alongamento
É bem possível que todos os alunos conheçam o futebol e assistam a alguns jogos (ao vivo ou pela TV). Por isso, antes dessa aula, solicitar aos alunos que pesquisem em livros, jornais, revistas ou na internet a história, as regras e comece uma discussão a respeito da modalidade aproveitando os conhecimentos que a turma já tem a respeito desse esporte. Fazendo perguntas sobre regras e como jogar.
Após a conversa inicial, comente sobre a importância do alongamento para a prática esportiva e, em seguida, proponha uma nova atividade, um alongamento conduzido pelo professor, com sequências de movimentos pré-determinadas e com ênfase nos membros inferiores – mais requisitados durante uma partida de futebol. Sendo assim levar aos alunos o entendimento e a compreensão de como se joga o futebol de maneira correta. Primeiramente falar com os alunos sobre a importância do futebol, separar a turma em dois grupos, o primeiro grupo vai defender sobre os benefícios do futebol e o outro falar do exagero que pode causar ou atrapalhar quando estiver jogando.
Diante de cada pergunta o professor destacar sobre o futebol e assim explicar os benefícios e malefícios para os alunos. Fazer perguntas e avaliar a compreensão e o entendimento de todos.
3º e 4º dia: Aula prática - Condução, controle do corpo, passe e chute
Atividade 1: trabalhar os fundamentos: condução e o passe, colocar uma fila de frente para a outra, orientar os alunos a conduzir a bola até o meio do campo e passar para o colega da frente, realizando esse movimento 4 (quatro) vezes, retornando de costa para o início da fila, assim até que todos tenham realizado o movimento.
Atividade 2: condução, controle do corpo e passe.
Atividade 3: trabalhar os fundamentos: condução, passe, chute e controle do corpo, organizando duas filas de frente para o gol, uma irá conduzir, passando entre os cones e passando para o outro colega da outra fila onde realizará o chute, assim até que todos tenham realizado e, depois trocando, o que conduzia passa a chutar, e o que chutava passa a conduzir.
5º e último dia: Aula prática – partida de futebol
Realizar uma partida de futebol e um alongamento final para relaxar.
CRONOGRAMA
	1º dia
	Aula teórica e prática – Fundamentos do Futebol de Campo e debate
	2º dia
	Aula teórica e prática – Regras e importância do alongamento
	3º dia
	Aula prática - Condução, controle do corpo, passe e chute
	4º dia
	Aula prática - Condução, controle do corpo, passe e chute
	5º dia
	Aula prática – partida de futebol
.
RECURSOS 
O professor que vai dar as coordenadas, quadra, apito, rede e bola de campo.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser continua, pois devemos avaliar todos os aspectos, não apenas se a criança aprendeu a escrever as letras corretamente, e sim, o envolvimento de cada um no desenvolvimento das atividades realizadas no decorrer da semana, na interação com os colegas durante o tempo em que estavam trabalhando em grupo. 
O docente deve sempre estar disposto a avaliar o contexto para que saiba realmente o potencial de seu aluno.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento do futebol dentro da escola e na mídia faz com que a inclusão dos alunos seja de forma igual, respeitando as suas diversidades e limites enfrentados perante o decorrer da sua vida. Mostrar que o futebol trará grandes significados dentro do ambiente escolar e no mundo, fazendo com que a construção de outras matérias pode ser desenvolvida através do esporte, pois a construção de um ambiente saudável e bem explorado, contribui muito para cada aluno.
A escola é um ambiente onde consegue formar gerações e concepções diferentes sobre o outro, o trabalho pedagógico e suma importância, fazer um planejamento correto de cada situação, mostra que no final o trabalho foi bem feito.
Enfim, o trabalho foi de grande importância para o grupo de alunos, podendo ver que o esporte através da educação física, forma cidadãos com autonomia de si próprio, mostrando que a autonomia pode gerar frutos e grandes desenvolvimentos dentro da sociedade, levando a êxitos maiores e aspectos positivos para o mundo.
REFERÊNCIAS
BRACHT, V. Educação física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 2002.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 2012.
DARIDO, S.C et al. Educação Física no Ensino Médio: reflexões e Ações. Revista Motriz, São Paulo, v.5, Nn.2, p.138 –144, dez. 2008.
FREIRE, J. B. Esporte educacional. In: BARBIERI, C. A. S.; BITIAR, A. F. (Orgs.) Esporte Educacional: uma proposta renovada. Recife: MEE I INDESP, UPE-ESEF, 2016.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
FREIRE, J. B. Pedagogia do futebol. Campinas: Autores Associados, 2003.
MEDINA, J. P. S. O brasileiro e o seu corpo. Campinas: Papirus, 2007.
SOARES, C. L. Educação física escolar: conhecimento e especificidade. Revista Paulista de Educação física São Paulo, supl. 2, p. 6-12, 2006.
NEUENFELDT, D. J. Esporte, Educação Física e Formação Profissional. Lajeado, RS: Editora Univates, 2008.
OLIVEIRA, V. M. de (org.). Fundamentos pedagógicos da educação física. 2" edição. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 2007.
PAES, R. R. Educação física escolar: o esporte como conteúdo pedagógico do ensino fundamental. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2006.
PIRES, Giovani De Lorenzi. O trato com o conhecimento esporte na formação em Educação Física: possibilidades para sua transformação didático-metodológica. 2002.
KUNZ, Elenor (Org.). Didática da educação física 2. Ijuí: Unijuí, 2001. 160 p.
 
KUNZ, Elenor. Transformação Didática-Pedagógica do Esporte. Ijuí: Unijuí, 2004. 152 p.
SADI, Renato S. Pedagogia do Esporte: descobrindo novos caminhos. 1. Ed. São Paulo: Ícone, 2010.
SCAGLIA, A.J. O futebol e o jogo/brincadeira de bola com os pés: todos semelhantes, todos diferentes. Tese (Doutorado)- Faculdade de Educação Física, Unicamp, Campinas, 2003.
VOSER, R. C.; GIUSTI, J.G. O futsal e a escola: uma perspectiva pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2002.

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