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TLV, hibridização e forças itermoleculares

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Segundo a teoria da ligação de valência, as ligações se 
formam quando os elétrons dos orbitais atômicos da 
camada de valência formam pares; os orbitais atômicos 
se sobrepõem para formar ligações σ ou lateralmente 
para formar ligações π. A sobreposição de orbitais 
semipreenchidos explica a formação das moléculas 
diatômicas. Para isso, vamos analisar a distribuição 
eletrônica do H e F. 
 
O H apresenta um orbital s, com apenas um elétron, 
semipreenchido. O mesmo ocorre com o F, o orbital p 
é triplamente degenerado. A distribuição eletrônica do 
2p5 (2p2x, 2p2y, 2p1z) pode ser representada da 
seguinte forma: 
 
A formação da molécula de H2 é explicada como a 
sobreposição de dois orbitais 1s1 de átomos de 
hidrogênio diferentes, a molécula de F2 como a 
sobreposição de dois orbitais p semipreenchidos dos 
dois átomos de flúor. A única geometria para moléculas 
diatômicas é a linear. 
A TLV explica a formação de moléculas com mais de 
dois átomos, considerando que acontece um rearranjo 
da estrutura dos orbitais do átomo central quando 
ocorre a formação das ligações covalentes, resultando 
em orientações e energias mais adequadas do que no 
átomo isolado. Esse processo é denominado 
hibridização e os novos orbitais são chamados orbitais 
híbridos. 
A hibridização resulta da combinação da função de 
onda do átomo central e são utilizados os orbitais dos 
elétrons de valência. 
Como exemplo na hibridização da molécula de CH4 
O metano estabelece quatro ligações covalentes 
simples, pela TLV são necessários 4 orbitais 
semipreenchidos no carbono para originar as 
sobreposições com os orbitais 1s1 do hidrogênio. O 
carbono possui 4 elétrons de valência (2s2, 2p2), 
portanto sua hibridização vai envolver os orbitais 2s e 
2p e as possíveis hibridizações sp, sp2, sp3. Porém 
somente a sp3 resulta em 4 orbitais híbridos. Sendo 
assim supondo a hibridização sp3 para o carbono já 
temos 4 orbitais semipreenchidos para formar as 
ligações com os hidrogênios pela sobreposição de 
orbitais. Sabemos também que a hibridização sp3 resulta 
em uma disposição dos orbitais híbridos que conduz a 
geometria tetraédrica. 
 
 
sp3: um orbital s e 3 orbitais p, formando 4 orbitais 
híbridos; 4 ligações sigma; normalmente forma 
geometria tetraédrica. 
sp2: um orbital s e 2 orbitais p, 3 ligações sigma e 1 
ligação pi, normalmente forma geometria trigonal plana. 
sp: um orbital s e um orbital p; 2 ligações sigma e 2 
ligações pi; geometria linear 
 
 
Medida quantitativa da polaridade de uma molécula. É 
dependente da diferença de eletronegatividade dos 
átomos e da distância da ligação. 
Se o momento dipolo for diferente de zero, há dipolo 
permanente. A partir disso pode-se dizer que a 
molécula é polar. 
 
 
São interações que ocorrem entre moléculas 
diferentes, são mais fracas do que ligações iônicas e 
covalentes. 
íon - dipolo: atração de um íon por um dipolo de carga 
oposta. 
 
Ligação de Hidrogênio: interação do H com átomos 
eletronegativos de outra molécula (N, O, F) 
 
Dipolo - Dipolo: força atrativa entre moléculas polares 
fortes. 
 
Dipolo induzido – Dipolo induzido: Ocorre entre 
moléculas apolares 
 
Forças de dispersão: Interação entre duas moléculas 
apolares que têm dipolos momentâneos induzidos pela 
presença da outra 
 
A força de dispersão aumenta com o aumento da 
massa molecular. 
 
 
As forças intermoleculares têm influência direta nas 
propriedades físicas dos compostos (ponto de fusão e 
ebulição, solubilidade etc.). 
Para determinar estimar qual o ponto de ebulição de 
uma determinada molécula, alguns critérios devem ser 
analisados: 
• Dependerá do tipo de interação, massa molecular 
e tamanho da molécula. 
• Massas moleculares próximas, a interação mais 
forte terá o maior P.E 
• Mesmo tipo de interação, a maior massa 
molecular terá o maior P.E 
• Mesmo tipo de interação e massa molecular 
próxima, a maior cadeia principal terá maior P.E 
A solubilidade também é influenciada pelas forças 
intermoleculares. 
O tamanho da cadeia carbônica afeta a solubilidade, 
quanto maior a cadeia carbônica maior a solubilidade em 
solventes apolares e quanto menor a cadeia, maior a 
solubilidade em solventes polares. 
 
Autoria: Beatriz Oliveira 
Referências: 
ATKINS, P.W.; JONES, Loretta. Princípios de 
química: questionando a vida moderna e o meio 
ambiente. 7.ed. Porto Alegre: Bookman, 2018. 
Marson, G.A. Teoria da Ligação de Valência. 
Licenciatura em Ciências. USP/Univesp.

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