Buscar

Direito do Consumidor - Práticas Comerciais - Oferta e Publicidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

DIREITO DO CONSUMIDOR 
 1 
PRÁTICAS COMERCIAIS - OFERTA E PUBLICIDADE 
Conceito: de acordo com o artigo 29 do Código de Defesa do Consumidor, se equipara a consumidor 
todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas comerciais. 
Observação: não precisa adquirir ou contratar, basta a exposição. O Código prevê que são 5 práticas 
comerciais, estudaremos duas delas: oferta e publicidade. 
1. da Oferta é qualquer método, técnica ou instrumento que o fornecedor usa para aproximar os 
consumidores dos produtos ou serviços; 
Exemplo: vitrine; cardápio; gôndola; dentre outros. A oferta gera efeitos que estão previstos no artigo 30 
do Código de Defesa do Consumidor, a saber: 
1. princípio da vinculação à oferta: ao momento da exposição, o consumidor entende que os termos da 
oferta devem ser cumpridos, motivos pelos quais a oferta vincula o produto ou serviço; Caso não haja o 
cumprimento, o artigo 35 do Código de Defesa do Consumidor traz soluções alternativas e de livre 
escolha do consumidor, a saber: 
A. - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade; 
B - Aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente; 
C - Rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente 
atualizada, e a perdas e danos. 
2. a oferta integra o contrato que vier a ser celebrado, mesmo que as informações dela não tenham sido 
inseridas em qualquer cláusula. Isto posto, é cabível a transcrição do artigo 31 do Código de Defesa do 
Consumidor, quanto as informações da oferta, vejamos: 
Art. 31: A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, 
precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, 
composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos 
que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. 
Art. 33: Em caso de oferta ou venda por telefone ou reembolso postal, deve constar o nome do fabricante 
e endereço na embalagem, publicidade e em todos os impressos utilizados na transação comercial. 
Parágrafo único. É proibida a publicidade de bens e serviços por telefone, quando a chamada for onerosa 
ao consumidor que a origina. O artigo 32 do Código de Defesa de Consumidor, trata do direito que nós 
consumidores temos de manter em funcionamento os produtos duráveis, razão pela qual, o presente artigo 
estabelece que os fornecedores devem manter em oferta os componentes essenciais para reposição. Essa 
obrigação é dada a apenas dois fornecedores, são eles: fabricantes e importadores, sendo que esse dever 
deve durar enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto. 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
 2 
Observação: o parágrafo único do artigo 32 do Código de Defesa de Consumidor, prevê que mesmo 
depois de cessar a fabricação ou importação eles devem manter essa oferta por tempo razoável, o qual a 
lei não estabelece. Quanto à responsabilidade frente à oferta (e demais direitos dos consumidores), o 
artigo 34 do Código de Defesa do Consumidor, estabelece que o fornecedor (geral) é solidariamente 
responsável pelos atos dos seus prepostos ou seus representantes autônomos. 
 
PUBLICIDADE 
Conceito: a publicidade é qualquer meio de comunicação social de caráter persuasivo, ou seja, que tem 
por objetivo convencer o consumidor a adquirir produtos ou contratar serviços. 
 
PRINCÍPIOS DA PUBLICIDADE NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
1. Identificação 
Conceito: a publicidade deve ser veiculada de modo que o consumidor possa facilmente reconhecer que 
se trata de um anúncio publicitário; São proibidos as publicidades disfarçadas, clandestinas, dissimuladas 
(artigo 36 do Código de Defesa de Consumidor); 
2. Transparência da fundamentação publicitária 
Conceito: sob pena de crime, o fornecedor é obrigado a manter em seu poder, para o conhecimento dos 
legítimos interessados os dados fáticos, técnicos ou científicos que tenham servido de base para o anúncio 
(parágrafo único do artigo 36 do Código de Defesa de Consumidor); 
3. Princípio da veracidade ou da não enganosidade 
Conceito: a publicidade não pode conter informações falas, capazes de induzir o consumidor em erro, sob 
pena de crime (parágrafos primeiro e terceiro do artigo 37 do Código de Defesa de Consumidor). 
ATENÇÃO: para este princípio é necessário que seja capaz de induzir em erro, se a publicidade for tão 
fantasiosa, a ponto de não induzir o consumidor em erro, esta publicidade enganosa não está configurada. 
Observação: é publicidade enganosa ainda que por omissão. 
Exemplo: um aparelho que gasta 3x menos energia, desde que usado na voltagem 220. 
Observação: na publicidade enganosa, o ônus da prova será do fornecedor artigo 38 do Código de Defesa 
de Consumidor). 
4. Princípio da não abusividade 
Conceito: é ilícita a publicidade que de alguma forma ofende os valores protegidos pela ordem 
constitucional (parágrafo segundo do artigo 37 do Código de Defesa de Consumidor). 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
 3 
ATENÇÃO: segundo o STJ toda publicidade dirigida ao público infantil é abusiva por natureza. 
Observação: contrapropaganda é a sanção administrativa que pode ser imposta para desfazer os prejuízos 
causados pela publicidade ilícita. 
Observação²: a Constituição determina restrições à publicidade de: cigarros; bebidas alcoólicas; 
medicamentos ou terapias e agrotóxicos.

Continue navegando