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AULA 1 VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA Prof. Edson Miguel Zedebski 2 TEMA 1 – FUNÇÕES FINANCEIRAS NA GESTÃO DE PROJETOS Em um cenário com significativos avanços científicos e tecnológicos e que gera um ambiente de grande competitividade, profundas transformações econômicas e sociais vêm causando severos impactos e impondo a necessidade de grandes mudanças e adaptações no já complexo mundo empresarial. Seguindo os padrões da ordem econômica mundial, os processos de gestão passaram a ser modelados de maneira a buscar, de forma até agressiva, por inovações e diferenciais competitivos atrativos, que devem estar alinhados às exigências da clientela e que demandam aplicações de recursos financeiros. Uma das áreas de grande destaque e de fundamental importância para se desenvolver vantagens competitivas estruturadas ao implementar e gerenciar projetos é uma criteriosa e competente análise de gestão financeira. Dominar técnicas financeiras para elaborar, analisar e gerir projetos, os quais requerem financiamentos e investimentos, é requisito crucial para viabilizar a obtenção de bons e satisfatórios resultados. Uma correta condução de cada uma das diversas etapas de um projeto deve, necessariamente, proporcionar mensuráveis ganhos para as empresas em termos de eficiência e produtividade. Os gestores das organizações prescindem de muitos conhecimentos e devem dispor de adequadas ferramentas para a aplicação de técnicas que permitam a análise de viabilidade econômico-financeira. Há que se compreender que, além dos aspectos financeiros, existe também necessidade de conhecimentos técnicos, mercadológicos e econômicos para a elaboração de projetos, visando a disponibilização de elementos confiáveis para que se possa buscar decisões com maior eficiência e segurança. Resta evidente que uma gestão financeira estratégica é um significativo elemento para impulsionar o desenvolvimento e contribuir fortemente para a competitividade em um cenário no qual os gestores passaram a contar com menores volumes de recursos e também a dispor de prazos mais curtos para a idealização e implementação de projetos, os quais passaram a apresentar características muito específicas, porém com um período de vida econômica cada vez mais curto. TEMA 2 – ENGENHARIA ECONÔMICA E O PLANEJAMENTO FINANCEIRO 3 O ambiente corporativo é extremamente dinâmico e competitivo e exige conhecimentos sólidos e embasados dos profissionais que atuam nesse ambiente e que vivenciam a permanente busca pela compreensão desse dinamismo, visando tomar as melhores decisões possíveis quanto às finanças dos negócios, potencializando a rentabilidade. Para lograr êxito e, consequentemente, obter sucesso, é essencial que haja a definição de estratégias eficazes para a correta mensuração e controle de inúmeras variáveis, por exemplo, identificar o tipo de investimento e o momento oportuno para sua consolidação. Em outras palavras, para tomar qualquer decisão a respeito de possíveis investimentos, as variáveis devem estar alicerçadas em eficientes análises e planejamento financeiro. A Engenharia Econômica visa proporcionar modelos matemáticos, fundamentados em conhecimentos específicos aplicáveis na evidenciação do ferramental adequado aos decisores para que estes efetuem os cálculos, a projeção e a análise de resultados financeiros, destacando o fato de que obtenção de lucro não é garantia de retorno do capital. O estudo das finanças corporativas e dos respectivos impactos nos resultados empresariais envolve os dados e os parâmetros necessários à verificação da viabilidade, ou mesmo da inviabilidade, quanto ao processo decisório, gerenciando ambas as possibilidades, perseguindo a geração do melhor resultado possível, tudo isso associado às possibilidades e oportunidades de investimentos e considerando, entre outras, as variáveis risco e retorno. Empresas são criadas para gerar lucro e, consequentemente, maximizar a riqueza de investidores por meio de retornos atualizados monetariamente e compatíveis com os riscos assumidos, porém isso só poderá ocorrer após as decisões de se realizar investimentos, inclusive aqueles para a própria constituição de empresas. Somente se pode reconhecer que ocorre a maximização do retorno dos investidores quando a rentabilidade dos investimentos feitos é maior do que as remunerações requeridas pelos provedores de capital, sejam os recursos próprios ou de terceiros, decidindo por projetos viáveis e que efetivamente contribuam para aumentar o valor da empresa. Cabe aos gestores de cada empresa a interpretação e a definição de um modelo idealizado para o planejamento financeiro dos negócios e, conforme determinado pela alta administração, quando algum projeto ou etapas de um 4 planejamento não ocorre conforme o tecnicamente projetado, os controles gerenciais deverão estar delineados para detectar o evento, analisar as causas e reflexos bem como o envolvimento e as responsabilidades dos envolvidos em um determinado horizonte temporal. A geração e a agregação de valor resultam de investimentos que apresentem retornos superiores ao custo do capital investido, e um dos fundamentos da engenharia econômica esclarece que resultados verificados em períodos passados não oferecem qualquer garantia de que haverá um desempenho semelhante em períodos subsequentes, uma vez que se ocorrerá decisões de forma antecipada. Ao contextualizar o desempenho financeiro em períodos distintos, fica muito evidente que os números e os resultados não serão iguais, logo, não é possível avaliar e mensurar fatores como eficiência e desempenho ou mesmo viabilidade de projetos, e os gestores devem contar com as ferramentas da engenharia econômica como instrumentos de projeção de cenários e de desempenhos esperados. A Engenharia Econômica é um meio pelo qual os decisores podem estabelecer quantitativamente objetivos e metas e monitorar as variáveis envolvidas na sua consecução, delimitando um período de tempo, porém não esquecendo que sempre se estará na dependência de fatores internos e externos que poderão influenciar e impactar no planejamento. Diante do exposto, é natural a constatação de que mesmo que todos os envolvidos em um projeto de investimento ajam conforme tudo que foi previsto e esperado, os cenários estão sujeitos a alterações e, nesse contexto, não se pode vislumbrar todas as probabilidades de ocorrência. Investidores compreendem que todo o processo de avaliação de riscos e de viabilidade de projetos de investimentos apresenta grande e contínua complexidade, sendo atribuição de profissionais muito bem preparados e estruturados para essa tarefa, que dominem fundamentos econômicos e financeiros de um negócio e sejam capazes de efetuar sólidas análises, possibilitando aos interessados a interpretação e a compreensão dos resultados de potenciais oportunidades de investimentos. As peculiares e inevitáveis incertezas quanto à estimação das variáveis, converge para a constatação de que nunca se obtém pleno êxito no campo dos investimentos, pois não seria possível acertar precisamente em todas as 5 iniciativas, porém é fundamental errar cada vez menos no andamento dos períodos. TEMA 3 – ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DE PROJETOS A elaboração dos fluxos de caixa para avaliação e análise de viabilidade econômico-financeira de projetos de investimentos, ainda que ocorra por meio de estimativas, é de extrema relevância para a evidenciação da amplitude dos recursos necessários e da capacidade de geração de caixa que o projeto em análise tenha condições de oferecer nos períodos subsequentes. Projeções financeiras envolvem incertezas em relação aos valores que irão se confirmar apenas no futuro e, ainda que sejam elaboradas análises rigorosas, executadas segundo técnicas pertinentes, haverá, invariavelmente,o fator risco. O fluxo de caixa, em última análise, deverá permitir a projeção dos valores que estarão disponíveis para que se possa vislumbrar novos investimentos e também para avaliar a capacidade de remuneração dos investidores de capital. Com base nos fluxos de caixa projetados é que se torna possível uma correta e confiável aplicação de metodologias e técnicas de análise de viabilidade. Para isso, devem ser consideradas todas as características conhecidas de um projeto, bem como os fatores de riscos a ele associáveis. Para atingir o objetivo da maximização do retorno, quando se opta por algum projeto de investimento, deve-se considerar toda sua vida útil e não apenas momentos específicos dos fluxos de caixa, pois um aspecto extremamente importante a observar é a capacidade de alcançar resultados que possam ser traduzidos em retornos satisfatórios para os investidores. Ao ser projetado, o fluxo de caixa apresentará, geralmente, imprecisões e sua confiabilidade estará na direta dependência da procedência e no nível de qualidade dos valores empregados, sendo uma tarefa bastante complexa para os gestores que buscam uma compensação quanto aos riscos para proporcionar uma remuneração atrativa aos investidores. Também não se pode admitir que haja certeza absoluta de que qualquer projeção será totalmente inútil ou não terá validade aceitável por conta das incertezas que impactam os dados utilizados, entendendo que se deve levar em consideração a possibilidade de os resultados obtidos ocorrerem de forma diferente do esperado. 6 As origens dos valores projetados para a consolidação dos fluxos de caixa são, entre outras, o departamento de marketing, o ambiente macroeconômico (consumidores e concorrentes), contadores, o departamento de desenvolvimento de produtos e engenheiros de produção. Regra geral: contadores tomam por base o lucro da empresa como parâmetro de análise de desempenho, sendo ele (o lucro) apurado pela confrontação entre receitas e despesas com a aplicação do regime de competência. Tanto as receitas quanto as despesas que transitarão pelo caixa em períodos futuros são levadas em consideração para o cálculo do lucro contábil, sendo que o valor da depreciação de alguns ativos também é utilizado para a apuração do lucro. Para a análise de viabilidade econômica de projetos de investimentos, essa forma de apuração de resultados não apresenta utilidade, pois o que efetivamente importa para a aplicação de métodos para avaliação de projetos é a projeção do fluxo de caixa estimado, ou seja, a diferença entre o que efetivamente deverá ingressar e o que efetivamente será desembolsado do caixa em cada período do projeto em análise. Muito importante se faz reforçar o fato de que há uma grande diferença entre projetar um fluxo de caixa e projetar lucro contábil quando da análise da viabilidade ou da inviabilidade de um projeto de investimento. Diante de todo o exposto, fica bastante notório que, durante a análise de viabilidade econômico-financeira de um projeto, a montagem do fluxo de caixa estimado para sua vida útil é uma das tarefas mais complexas, uma vez que esse fluxo é abordado a partir do momento definido como t=0 (zero) e estará na dependência direta de eventos e de cenários verificáveis somente no futuro que, obviamente, é incerto. São apresentadas, a seguir, por meio de exemplos, algumas técnicas a considerar para a elaboração do fluxo de caixa. 7 3.1 Exemplo nº 1 Admitir que está se analisando a viabilidade econômico-financeira de um projeto cuja vida útil é de quatro anos para o qual será necessário, inicialmente (t=0), um investimento no valor de R$44.000. As receitas geradas pelo projeto serão de R$49.500 por ano, e as despesas geradas por esse mesmo projeto serão de R$16.500. A depreciação será no valor de R$11.000 anuais. Pede-se a elaboração do fluxo de caixa estimado do projeto. Lembrar que a depreciação só faz sentido como uma despesa que somente causa o efeito de redução da base de cálculo da tributação, uma vez que não ocorre efetivo desembolso de recursos, logo, o valor referente à depreciação deverá ser somado novamente ao resultado líquido, pois é considerada somente para fins de cálculo de imposto. Note-se que para a montagem do fluxo de caixa projetado (ou estimado), sem considerar qualquer custo de capital ou taxa de atratividade, os eventos a considerar para os períodos de 1 a 4 serão: R$49.500 – R$16.500 – R$11.000 + R$11.000 = R$33.000 Em que: R$49.500 corresponde às receitas anuais geradas pelo projeto; (–) R$16.500 diz respeito às despesas anuais geradas pelo projeto; (–) R$11.000 corresponde à depreciação anual; (+) R$11.000 que são acrescentados novamente ao resultado líquido dizem respeito ao valor da depreciação anual; (=) R$33.000 corresponde ao valor líquido dos efetivos ingressos de caixa anuais. A seguir é apresentado o fluxo de caixa do projeto: Ano 0 1 2 3 4 Fluxo -44.000 33.000 33.000 33.000 33.000 Acumulado -44.000 -11.000 22.000 55.000 88.000 8 No formato de diagrama o fluxo de caixa projetado, é assim representado: 3.2 Exemplo nº 2 Admitir que um projeto será executado em duas etapas, com uma vida útil de oito anos para o qual será necessário, inicialmente (t=0), um investimento no valor de R$55.000 e ainda outro investimento no valor de R$88.000 no quarto ano. A depreciação estimada será de R$5.500 anuais, aumentando para R$11.000 a partir do ano 5. A receita incremental líquida a ser gerada por esse projeto é de R$27.500 por ano, antes de considerar a depreciação, aumentando para R$44.000 a partir do ano 5. Pede-se a elaboração do fluxo de caixa estimado do projeto. Para a montagem do fluxo de caixa projetado (ou estimado), sem considerar qualquer custo de capital ou taxa de atratividade, os eventos a considerar para os períodos de 1 a 8 serão: 1: 27.500 – 5.500 + 5.500 = 27.500 2: 27.500 – 5.500 + 5.500 = 27.500 3: 27.500 – 5.500 + 5.500 = 27.500 4: 27.500 – 5.500 + 5.500 – 88.000 = -60.500 5: 44.000 – 11.000 + 11.000 = 44.000 6: 44.000 – 11.000 + 11.000 = 44.000 7: 44.000 – 11.000 + 11.000 = 44.000 8: 44.000 – 11.000 + 11.000 = 44.000 Em que: R$27.500 e depois R$44.000 correspondem às receitas líquidas anuais geradas pelo projeto; (–) R$5.500 e depois R$11.000 correspondem à depreciação anual; (+) R$5.500 e depois R$11.000 que são acrescentados novamente ao resultado líquido dizem respeito ao valor da depreciação anual; 33.000 33.000 33.000 33.000 -44.000 1 2 3 4 0 9 (=) R$27.500, depois -R$60.500 e depois R$44.000 correspondem ao valor líquido dos efetivos ingressos de caixa anuais. Ano 0 1 2 3 4 Fluxo -55.000 27.500 27.500 27.500 -60.500 Acumulado -55.000 -27.500 0 27.500 -33.000 Ano 5 6 7 8 Fluxo 44.000 44.000 44.000 44.000 Acumulado 11.000 55.000 99.000 143.000 No formato de diagrama, o fluxo de caixa projetado é assim representado: 3.3 Exemplo nº 3 Admitir que uma empresa está analisando um investimento de R$26.400 para lançar novos produtos, fato este que geraria uma receita operacional de R$11.000 no primeiro ano de operação, de R$17.600 no segundo e de R$22.000 no terceiro e, do quarto ano em diante, estima-se que as vendas aumentariam 10% ao ano. A vida útil efetiva desses equipamentos (e também para efeito de depreciação) é de seis anos, sendo que, após esse período, ele poderá ser vendido como sucata por R$8.800 embora sujeito à tributação. Os custos operacionais são de R$8.800 no ano 1 e R$11.000 no ano 2, crescendo 10% ao ano daí em diante. Considerando que a empresa pague 34% de imposto de renda sobre o seu lucro, deve-se calcular o fluxo de caixa desse projeto. Para a montagem do fluxo de caixa projetado (ou estimado), desconsiderar qualquer custo de capital ou taxa de atratividade. 27.50027.500 44.000 44.000 -55.000 1 2 3 0 5 6 7 8 27.500 -60.500 4 44.000 44.000 10 Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Investimento -26.400 8.800 Receita 11.000 17.600 22.000 24.200 26.620 29.282 - Despesa -8.800 -11.000 -12.100 -13.310 -14.641 -16.105 - Depreciação -4.400 -4.400 -4.400 -4.400 -4.400 -4.400 = LAIR -2.200 2.200 5.500 6.490 7.579 17.577 - IR (34%) 748 -748 -1.870 -2.207 -2.577 -5.976 = Lucro líquido -1.452 1.452 3.630 4.283 5.002 11.601 + Depreciação 4.400 4.400 4.400 4.400 4.400 4.400 = Fluxo -26.400 2.948 5.852 8.030 8.683 9.402 16.001 No formato de diagrama, o fluxo de caixa projetado é assim representado: O método efetivamente apropriado a ser empregado na avaliação de viabilidade econômico-financeira de projetos é o método do Fluxo de Caixa Descontado (FCD), ou seja, aquele de evidencia o valor presente do fluxo de caixa gerado ao longo da vida útil do projeto, associado a um custo de capital e que será visto futuramente. TEMA 4 – PROJETO DE INVESTIMENTO No dinâmico ambiente corporativo, existem muitas variáveis que interferem na proposição, análise e definição de projetos de investimentos, visando incrementar as atividades empresariais e sua operacionalidade, inclusive gerando ganhos de produtividade pela definição de ações estratégicas que possam gerar diferenciais competitivos. Projetos de investimentos podem ser representados, entre outras opções e possibilidades, pela construção de uma fábrica, ou de uma linha de montagem, ou ainda a abertura de uma filial ou também uma pesquisa para definir o 2.948 5.852 8.683 16.001 -26.400 1 2 3 4 0 5 6 8.030 9.402 11 lançamento, ou não, de produtos ou serviços inovadores, ou seja, há inúmeras situações que podem demandar a elaboração de projetos. Conforme a situação, os objetivos e o horizonte temporal, para a estruturação de projetos, os gestores deverão utilizar os métodos e as técnicas mais adequados, os quais deverão dominar, para trabalhar de maneira mais eficiente, com os prováveis cenários e suas particularidades. De acordo com o Project Management Body of Knowledge (PMBOK), elaborado pela Project Management Institute (PMI) – projeto pode ser definido como um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único. A natureza temporária dos projetos indica que eles têm um início e um término definidos. O término é alcançado quando os objetivos do projeto são atingidos ou quando as metas não serão ou não podem ser alcançados, ou quando a necessidade do projeto deixa de existir (Pmbok, 2013). A concepção e a estruturação de projetos contam com diversos tópicos, ocorre de forma contínua e, uma vez definidas e consolidadas as estratégias e as análises cabíveis, chega-se ao equacionamento financeiro do projeto com a elaboração de um relatório da viabilidade para a implantação do projeto. Primeiramente, é elaborado o plano de trabalho e, então, os projetos passam a apresentar uma sequência de fases lógicas para que ocorra o seu desenvolvimento, sendo que essas fases são caracterizadas por procedimentos pontuais que devem ser muito bem analisados para viabilizar a tomada de decisões ótimas para o projeto de maneira ampla. O ciclo de vida de um projeto é entendido à medida em que ocorrem cada uma das suas fases, período no qual os gestores apresentam condições propícias para tomar decisões buscando o seu êxito. O quadro a seguir evidencia as fases e as áreas de gestão de um projeto: Gestão/ Fases Iniciação e planejamento Execução Controle Encerramento Integração Desenvolvimento do plano do projeto Execução do plano do projeto Controle geral de mudanças X Escopo Iniciação Planejamento do escopo Definição do escopo Verificação do escopo Controle de mudanças do escopo X Tempo Definição das atividades Sequenciamento das atividades Estimativa das durações das atividades X Controle do cronograma X 12 Desenvolvimento do cronograma Recursos Planejamento dos recursos Recebimento e distribuição dos recursos Controle dos recursos Desmobilização Custos Estimativa de custos Orçamento X Controle dos custos X Qualidade Planejamento da qualidade Garantida da qualidade Controle da qualidade X Ambiental Planejamento ambiental Desenvolvimento da equipe Verificação e ações corretivas X Pessoal Planejamento da organização do projeto Aquisição do pessoal Disseminação das informações X Dissolução da equipe Comunicação Planejamento da comunicação X Relatórios de desempenho Encerramento administrativo Riscos Planejamento da gestão dos riscos Identificação dos riscos Avaliação dos riscos Planejamento de respostas a risco Solicitações Controle de riscos X Suprimento Planejamento do suprimento Planejamento das solicitações Seleção de fontes Administração de contratos X Encerramento de contratos Fonte: Valeriano, 2001, p. 119. Projetos deverão ter sempre o seu início muito bem determinado, haja vista que todos quantos deles vierem a participar devem ter a oportunidade de adequar os recursos pertinentes, garantindo, assim, sua eficácia em todas as etapas, muito particularmente as etapas iniciais. O reconhecimento do momento no qual um projeto teve o seu final determinará os quesitos para que se possa avaliar eficiência e eficácia de todos os envolvidos no processo de planejamento e de execução. Há projetos delineados para períodos considerados de curto prazo (um mês a um ano) e que, normalmente, não requerem a destinação de recursos significativos. Porém, há projetos afetos a períodos de médio prazo (até dois anos) e de longo prazo (acima de dois anos), os quais irão envolver o investimento de grandes montantes de recursos financeiros, bem como de recursos materiais e tecnológicos e dependerão de estruturas bastante complexas. Entre as principais características inerentes a projetos de investimentos, pode-se destacar que são independentes e de duração limitada, apresentam objetivos específicos, contando com estrutura administrativa individual e devem, necessariamente, ter prazos para seu início e seu final. 13 Uma eficiente gestão de projetos pode ser entendida como a adoção de técnicas pontuais, conhecimentos específicos e habilidades gerenciais, visando garantir que haja sucesso – tudo isso envolvendo as etapas de planejamento, da efetiva execução e do permanente controle de todas as atividades. Em suma, o estudo e a análise de viabilidade econômico-financeira de projetos de investimento deverão considerar algumas técnicas e metodologias que conduzam os gestores a uma decisão ótima, ou seja, empregar recursos humanos, materiais, tecnológicos, financeiros e de informação na opção por alternativas que gerem a capacidade de se obter retornos compatíveis com os riscos assumidos. Saiba mais Para ampliar a compreensão do conteúdo deste tópico, sugerimos que assista aos vídeos a seguir. Disponíveis em: <https://youtu.be/W8mqrgBnlxM>; <https://youtu.be/T_dNoQTEBzY>; e <https://youtu.be/J4gWYNjIvTE>. Acesso em: 27 abr. 2022. TEMA 5 – ESTUDO DE CASO Com o objetivo de melhor estruturar o raciocínio necessário ao bom andamento dos conteúdos, disponibilizados nesta etapa, vamos elaborar as soluções para a situação a seguir apresentada. Admitir que uma empresa está analisando um investimento de R$30.000 para lançar novos produtos, fato este que geraria uma receita operacional de R$14.000 no primeiro ano de operação, de R$20.000 no segundo e de R$25.000 no terceiro e, do quarto ano em diante, estima-se que as vendas aumentariam 10% ao ano. A vida útil efetiva desses equipamentos (e também para efeito de depreciação) é de seis anos, sendo que, após esse período, ele poderá ser vendidocomo sucata por R$10.000 embora sujeito à tributação. Os custos operacionais são de R$12.000 no ano 1 e R$15.000 no ano 2, crescendo 10% ao ano daí em diante. Considerando que a empresa pague 34% de imposto de renda sobre o seu lucro, calcular o fluxo de caixa desse projeto. Para a montagem do fluxo de caixa projetado (ou estimado), desconsiderar qualquer custo de capital ou taxa de atratividade 14 REFERÊNCIAS ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2016. CALOBA, G. M. Análise de Investimentos. 1. Ed. São Paulo: Atlas, 2002. CARDOSO, R. L. Contabilidade geral: introdução à contabilidade societária e contabilidade gerencial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2015. CASAROTTO FILHO, N.; KOPITTKE, B. H. Análise de Investimentos. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010. COPELAND, T.; KOLLER, T.; MURRIN, J. Avaliação de empresas – valuation: calculando e gerenciando o valor das empresas. McKinsey & Company, Inc. São Paulo: Makron Books, 2005. COSTA, P. H. S. Análise de projetos de investimentos. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1984. DAMODARAN, A. Avaliação de investimentos: ferramentas e técnicas para a determinação do valor de qualquer ativo. Rio de Janeiro: Quality Mark, 2013. FONTES TORRES, O. F. Fundamentos da engenharia econômica e da análise econômica. São Paulo: Thomson, 2006. FREITAS DA FONSECA, J. W. Elaboração e análise de projetos: a viabilidade econômico-financeira. São Paulo: Atlas, 2012. GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Harbra, 2010. HOJI, M. Administração financeira e orçamentária. São Paulo: Atlas, 2012. OLIVO, R. L. de F. Análise de Investimentos. Campinas: Alínea, 2012. ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JORDAN B. D. Princípios de administração financeira. São Paulo: Atlas, 2002. ROSS, S.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração Financeira. São Paulo: Atlas S.A., 2015. RYBA, A.; LENZI, E. K.; LENZI, M. K. Elementos de engenharia econômica. 2 ed. Curitiba: Intersaberes, 2016. VALERIANO, D. Gerenciamento estratégico e administração de projetos. São Paulo: Makron Books, 2001.
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