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viabilidade economica financeira

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AULA 1 
VIABILIDADE 
ECONÔMICO-FINANCEIRA 
Prof. Edson Miguel Zedebski 
 
 
2 
TEMA 1 – FUNÇÕES FINANCEIRAS NA GESTÃO DE PROJETOS 
Em um cenário com significativos avanços científicos e tecnológicos e que 
gera um ambiente de grande competitividade, profundas transformações 
econômicas e sociais vêm causando severos impactos e impondo a necessidade 
de grandes mudanças e adaptações no já complexo mundo empresarial. 
Seguindo os padrões da ordem econômica mundial, os processos de 
gestão passaram a ser modelados de maneira a buscar, de forma até agressiva, 
por inovações e diferenciais competitivos atrativos, que devem estar alinhados às 
exigências da clientela e que demandam aplicações de recursos financeiros. 
Uma das áreas de grande destaque e de fundamental importância para se 
desenvolver vantagens competitivas estruturadas ao implementar e gerenciar 
projetos é uma criteriosa e competente análise de gestão financeira. 
Dominar técnicas financeiras para elaborar, analisar e gerir projetos, os 
quais requerem financiamentos e investimentos, é requisito crucial para viabilizar 
a obtenção de bons e satisfatórios resultados. 
Uma correta condução de cada uma das diversas etapas de um projeto 
deve, necessariamente, proporcionar mensuráveis ganhos para as empresas em 
termos de eficiência e produtividade. 
Os gestores das organizações prescindem de muitos conhecimentos e 
devem dispor de adequadas ferramentas para a aplicação de técnicas que 
permitam a análise de viabilidade econômico-financeira. 
Há que se compreender que, além dos aspectos financeiros, existe também 
necessidade de conhecimentos técnicos, mercadológicos e econômicos para a 
elaboração de projetos, visando a disponibilização de elementos confiáveis para 
que se possa buscar decisões com maior eficiência e segurança. 
Resta evidente que uma gestão financeira estratégica é um significativo 
elemento para impulsionar o desenvolvimento e contribuir fortemente para a 
competitividade em um cenário no qual os gestores passaram a contar com 
menores volumes de recursos e também a dispor de prazos mais curtos para a 
idealização e implementação de projetos, os quais passaram a apresentar 
características muito específicas, porém com um período de vida econômica cada 
vez mais curto. 
TEMA 2 – ENGENHARIA ECONÔMICA E O PLANEJAMENTO FINANCEIRO 
 
 
3 
O ambiente corporativo é extremamente dinâmico e competitivo e exige 
conhecimentos sólidos e embasados dos profissionais que atuam nesse ambiente 
e que vivenciam a permanente busca pela compreensão desse dinamismo, 
visando tomar as melhores decisões possíveis quanto às finanças dos negócios, 
potencializando a rentabilidade. 
Para lograr êxito e, consequentemente, obter sucesso, é essencial que haja 
a definição de estratégias eficazes para a correta mensuração e controle de 
inúmeras variáveis, por exemplo, identificar o tipo de investimento e o momento 
oportuno para sua consolidação. Em outras palavras, para tomar qualquer decisão 
a respeito de possíveis investimentos, as variáveis devem estar alicerçadas em 
eficientes análises e planejamento financeiro. 
A Engenharia Econômica visa proporcionar modelos matemáticos, 
fundamentados em conhecimentos específicos aplicáveis na evidenciação do 
ferramental adequado aos decisores para que estes efetuem os cálculos, a 
projeção e a análise de resultados financeiros, destacando o fato de que obtenção 
de lucro não é garantia de retorno do capital. 
O estudo das finanças corporativas e dos respectivos impactos nos 
resultados empresariais envolve os dados e os parâmetros necessários à 
verificação da viabilidade, ou mesmo da inviabilidade, quanto ao processo 
decisório, gerenciando ambas as possibilidades, perseguindo a geração do 
melhor resultado possível, tudo isso associado às possibilidades e oportunidades 
de investimentos e considerando, entre outras, as variáveis risco e retorno. 
Empresas são criadas para gerar lucro e, consequentemente, maximizar a 
riqueza de investidores por meio de retornos atualizados monetariamente e 
compatíveis com os riscos assumidos, porém isso só poderá ocorrer após as 
decisões de se realizar investimentos, inclusive aqueles para a própria 
constituição de empresas. 
Somente se pode reconhecer que ocorre a maximização do retorno dos 
investidores quando a rentabilidade dos investimentos feitos é maior do que as 
remunerações requeridas pelos provedores de capital, sejam os recursos próprios 
ou de terceiros, decidindo por projetos viáveis e que efetivamente contribuam para 
aumentar o valor da empresa. 
Cabe aos gestores de cada empresa a interpretação e a definição de um 
modelo idealizado para o planejamento financeiro dos negócios e, conforme 
determinado pela alta administração, quando algum projeto ou etapas de um 
 
 
4 
planejamento não ocorre conforme o tecnicamente projetado, os controles 
gerenciais deverão estar delineados para detectar o evento, analisar as causas e 
reflexos bem como o envolvimento e as responsabilidades dos envolvidos em um 
determinado horizonte temporal. 
A geração e a agregação de valor resultam de investimentos que 
apresentem retornos superiores ao custo do capital investido, e um dos 
fundamentos da engenharia econômica esclarece que resultados verificados em 
períodos passados não oferecem qualquer garantia de que haverá um 
desempenho semelhante em períodos subsequentes, uma vez que se ocorrerá 
decisões de forma antecipada. 
Ao contextualizar o desempenho financeiro em períodos distintos, fica 
muito evidente que os números e os resultados não serão iguais, logo, não é 
possível avaliar e mensurar fatores como eficiência e desempenho ou mesmo 
viabilidade de projetos, e os gestores devem contar com as ferramentas da 
engenharia econômica como instrumentos de projeção de cenários e de 
desempenhos esperados. 
A Engenharia Econômica é um meio pelo qual os decisores podem 
estabelecer quantitativamente objetivos e metas e monitorar as variáveis 
envolvidas na sua consecução, delimitando um período de tempo, porém não 
esquecendo que sempre se estará na dependência de fatores internos e externos 
que poderão influenciar e impactar no planejamento. 
Diante do exposto, é natural a constatação de que mesmo que todos os 
envolvidos em um projeto de investimento ajam conforme tudo que foi previsto e 
esperado, os cenários estão sujeitos a alterações e, nesse contexto, não se pode 
vislumbrar todas as probabilidades de ocorrência. 
Investidores compreendem que todo o processo de avaliação de riscos e 
de viabilidade de projetos de investimentos apresenta grande e contínua 
complexidade, sendo atribuição de profissionais muito bem preparados e 
estruturados para essa tarefa, que dominem fundamentos econômicos e 
financeiros de um negócio e sejam capazes de efetuar sólidas análises, 
possibilitando aos interessados a interpretação e a compreensão dos resultados 
de potenciais oportunidades de investimentos. 
As peculiares e inevitáveis incertezas quanto à estimação das variáveis, 
converge para a constatação de que nunca se obtém pleno êxito no campo dos 
investimentos, pois não seria possível acertar precisamente em todas as 
 
 
5 
iniciativas, porém é fundamental errar cada vez menos no andamento dos 
períodos. 
TEMA 3 – ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DE PROJETOS 
A elaboração dos fluxos de caixa para avaliação e análise de viabilidade 
econômico-financeira de projetos de investimentos, ainda que ocorra por meio de 
estimativas, é de extrema relevância para a evidenciação da amplitude dos 
recursos necessários e da capacidade de geração de caixa que o projeto em 
análise tenha condições de oferecer nos períodos subsequentes. 
Projeções financeiras envolvem incertezas em relação aos valores que irão 
se confirmar apenas no futuro e, ainda que sejam elaboradas análises rigorosas, 
executadas segundo técnicas pertinentes, haverá, invariavelmente,o fator risco. 
O fluxo de caixa, em última análise, deverá permitir a projeção dos valores 
que estarão disponíveis para que se possa vislumbrar novos investimentos e 
também para avaliar a capacidade de remuneração dos investidores de capital. 
Com base nos fluxos de caixa projetados é que se torna possível uma 
correta e confiável aplicação de metodologias e técnicas de análise de viabilidade. 
Para isso, devem ser consideradas todas as características conhecidas de um 
projeto, bem como os fatores de riscos a ele associáveis. 
Para atingir o objetivo da maximização do retorno, quando se opta por 
algum projeto de investimento, deve-se considerar toda sua vida útil e não apenas 
momentos específicos dos fluxos de caixa, pois um aspecto extremamente 
importante a observar é a capacidade de alcançar resultados que possam ser 
traduzidos em retornos satisfatórios para os investidores. 
Ao ser projetado, o fluxo de caixa apresentará, geralmente, imprecisões e 
sua confiabilidade estará na direta dependência da procedência e no nível de 
qualidade dos valores empregados, sendo uma tarefa bastante complexa para os 
gestores que buscam uma compensação quanto aos riscos para proporcionar 
uma remuneração atrativa aos investidores. 
Também não se pode admitir que haja certeza absoluta de que qualquer 
projeção será totalmente inútil ou não terá validade aceitável por conta das 
incertezas que impactam os dados utilizados, entendendo que se deve levar em 
consideração a possibilidade de os resultados obtidos ocorrerem de forma 
diferente do esperado. 
 
 
6 
As origens dos valores projetados para a consolidação dos fluxos de caixa 
são, entre outras, o departamento de marketing, o ambiente macroeconômico 
(consumidores e concorrentes), contadores, o departamento de desenvolvimento 
de produtos e engenheiros de produção. 
Regra geral: contadores tomam por base o lucro da empresa como 
parâmetro de análise de desempenho, sendo ele (o lucro) apurado pela 
confrontação entre receitas e despesas com a aplicação do regime de 
competência. 
Tanto as receitas quanto as despesas que transitarão pelo caixa em 
períodos futuros são levadas em consideração para o cálculo do lucro contábil, 
sendo que o valor da depreciação de alguns ativos também é utilizado para a 
apuração do lucro. 
Para a análise de viabilidade econômica de projetos de investimentos, essa 
forma de apuração de resultados não apresenta utilidade, pois o que efetivamente 
importa para a aplicação de métodos para avaliação de projetos é a projeção do 
fluxo de caixa estimado, ou seja, a diferença entre o que efetivamente deverá 
ingressar e o que efetivamente será desembolsado do caixa em cada período do 
projeto em análise. 
Muito importante se faz reforçar o fato de que há uma grande diferença 
entre projetar um fluxo de caixa e projetar lucro contábil quando da análise da 
viabilidade ou da inviabilidade de um projeto de investimento. 
Diante de todo o exposto, fica bastante notório que, durante a análise de 
viabilidade econômico-financeira de um projeto, a montagem do fluxo de caixa 
estimado para sua vida útil é uma das tarefas mais complexas, uma vez que esse 
fluxo é abordado a partir do momento definido como t=0 (zero) e estará na 
dependência direta de eventos e de cenários verificáveis somente no futuro que, 
obviamente, é incerto. 
São apresentadas, a seguir, por meio de exemplos, algumas técnicas a 
considerar para a elaboração do fluxo de caixa. 
 
 
 
7 
3.1 Exemplo nº 1 
Admitir que está se analisando a viabilidade econômico-financeira de um 
projeto cuja vida útil é de quatro anos para o qual será necessário, inicialmente 
(t=0), um investimento no valor de R$44.000. 
As receitas geradas pelo projeto serão de R$49.500 por ano, e as despesas 
geradas por esse mesmo projeto serão de R$16.500. A depreciação será no valor 
de R$11.000 anuais. Pede-se a elaboração do fluxo de caixa estimado do projeto. 
Lembrar que a depreciação só faz sentido como uma despesa que somente 
causa o efeito de redução da base de cálculo da tributação, uma vez que não 
ocorre efetivo desembolso de recursos, logo, o valor referente à depreciação 
deverá ser somado novamente ao resultado líquido, pois é considerada somente 
para fins de cálculo de imposto. 
Note-se que para a montagem do fluxo de caixa projetado (ou estimado), 
sem considerar qualquer custo de capital ou taxa de atratividade, os eventos a 
considerar para os períodos de 1 a 4 serão: 
R$49.500 – R$16.500 – R$11.000 + R$11.000 = R$33.000 
Em que: 
R$49.500 corresponde às receitas anuais geradas pelo projeto; 
(–) R$16.500 diz respeito às despesas anuais geradas pelo projeto; 
(–) R$11.000 corresponde à depreciação anual; 
(+) R$11.000 que são acrescentados novamente ao resultado líquido dizem 
respeito ao valor da depreciação anual; 
(=) R$33.000 corresponde ao valor líquido dos efetivos ingressos de caixa 
anuais. 
A seguir é apresentado o fluxo de caixa do projeto: 
Ano 0 1 2 3 4 
Fluxo -44.000 33.000 33.000 33.000 33.000 
Acumulado -44.000 -11.000 22.000 55.000 88.000 
 
 
 
8 
No formato de diagrama o fluxo de caixa projetado, é assim representado: 
 
 
 
 
 
 
 
3.2 Exemplo nº 2 
Admitir que um projeto será executado em duas etapas, com uma vida útil 
de oito anos para o qual será necessário, inicialmente (t=0), um investimento no 
valor de R$55.000 e ainda outro investimento no valor de R$88.000 no quarto ano. 
A depreciação estimada será de R$5.500 anuais, aumentando para 
R$11.000 a partir do ano 5. A receita incremental líquida a ser gerada por esse 
projeto é de R$27.500 por ano, antes de considerar a depreciação, aumentando 
para R$44.000 a partir do ano 5. Pede-se a elaboração do fluxo de caixa estimado 
do projeto. 
Para a montagem do fluxo de caixa projetado (ou estimado), sem 
considerar qualquer custo de capital ou taxa de atratividade, os eventos a 
considerar para os períodos de 1 a 8 serão: 
1: 27.500 – 5.500 + 5.500 = 27.500 
2: 27.500 – 5.500 + 5.500 = 27.500 
3: 27.500 – 5.500 + 5.500 = 27.500 
4: 27.500 – 5.500 + 5.500 – 88.000 = -60.500 
5: 44.000 – 11.000 + 11.000 = 44.000 
6: 44.000 – 11.000 + 11.000 = 44.000 
7: 44.000 – 11.000 + 11.000 = 44.000 
8: 44.000 – 11.000 + 11.000 = 44.000 
Em que: 
R$27.500 e depois R$44.000 correspondem às receitas líquidas anuais 
geradas pelo projeto; 
(–) R$5.500 e depois R$11.000 correspondem à depreciação anual; 
(+) R$5.500 e depois R$11.000 que são acrescentados novamente ao 
resultado líquido dizem respeito ao valor da depreciação anual; 
33.000 33.000 33.000 33.000 
-44.000 
1 2 3 4 
0 
 
 
9 
(=) R$27.500, depois -R$60.500 e depois R$44.000 correspondem ao valor 
líquido dos efetivos ingressos de caixa anuais. 
Ano 0 1 2 3 4 
Fluxo -55.000 27.500 27.500 27.500 -60.500 
Acumulado -55.000 -27.500 0 27.500 -33.000 
 
Ano 5 6 7 8 
Fluxo 44.000 44.000 44.000 44.000 
Acumulado 11.000 55.000 99.000 143.000 
No formato de diagrama, o fluxo de caixa projetado é assim representado: 
 
 
 
 
 
 
 
3.3 Exemplo nº 3 
Admitir que uma empresa está analisando um investimento de R$26.400 
para lançar novos produtos, fato este que geraria uma receita operacional de 
R$11.000 no primeiro ano de operação, de R$17.600 no segundo e de R$22.000 
no terceiro e, do quarto ano em diante, estima-se que as vendas aumentariam 
10% ao ano. 
A vida útil efetiva desses equipamentos (e também para efeito de 
depreciação) é de seis anos, sendo que, após esse período, ele poderá ser 
vendido como sucata por R$8.800 embora sujeito à tributação. Os custos 
operacionais são de R$8.800 no ano 1 e R$11.000 no ano 2, crescendo 10% ao 
ano daí em diante. Considerando que a empresa pague 34% de imposto de renda 
sobre o seu lucro, deve-se calcular o fluxo de caixa desse projeto. Para a 
montagem do fluxo de caixa projetado (ou estimado), desconsiderar qualquer 
custo de capital ou taxa de atratividade. 
27.50027.500 44.000 44.000 
-55.000 
1 2 3 
0 
5 6 7 8 
27.500 
-60.500 
4 44.000 44.000 
 
 
10 
Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 
Investimento -26.400 8.800 
Receita 11.000 17.600 22.000 24.200 26.620 29.282 
- Despesa -8.800 -11.000 -12.100 -13.310 -14.641 -16.105 
- Depreciação -4.400 -4.400 -4.400 -4.400 -4.400 -4.400 
= LAIR -2.200 2.200 5.500 6.490 7.579 17.577 
- IR (34%) 748 -748 -1.870 -2.207 -2.577 -5.976 
= Lucro líquido -1.452 1.452 3.630 4.283 5.002 11.601 
+ Depreciação 4.400 4.400 4.400 4.400 4.400 4.400 
= Fluxo -26.400 2.948 5.852 8.030 8.683 9.402 16.001 
No formato de diagrama, o fluxo de caixa projetado é assim representado: 
 
 
 
 
 
 
 
 
O método efetivamente apropriado a ser empregado na avaliação de 
viabilidade econômico-financeira de projetos é o método do Fluxo de Caixa 
Descontado (FCD), ou seja, aquele de evidencia o valor presente do fluxo de caixa 
gerado ao longo da vida útil do projeto, associado a um custo de capital e que 
será visto futuramente. 
TEMA 4 – PROJETO DE INVESTIMENTO 
No dinâmico ambiente corporativo, existem muitas variáveis que interferem 
na proposição, análise e definição de projetos de investimentos, visando 
incrementar as atividades empresariais e sua operacionalidade, inclusive gerando 
ganhos de produtividade pela definição de ações estratégicas que possam gerar 
diferenciais competitivos. 
Projetos de investimentos podem ser representados, entre outras opções e 
possibilidades, pela construção de uma fábrica, ou de uma linha de montagem, 
ou ainda a abertura de uma filial ou também uma pesquisa para definir o 
2.948 5.852 8.683 16.001 
-26.400 
1 2 3 4 
0 
5 6 
8.030 9.402 
 
 
11 
lançamento, ou não, de produtos ou serviços inovadores, ou seja, há inúmeras 
situações que podem demandar a elaboração de projetos. 
Conforme a situação, os objetivos e o horizonte temporal, para a 
estruturação de projetos, os gestores deverão utilizar os métodos e as técnicas 
mais adequados, os quais deverão dominar, para trabalhar de maneira mais 
eficiente, com os prováveis cenários e suas particularidades. 
De acordo com o Project Management Body of Knowledge (PMBOK), 
elaborado pela Project Management Institute (PMI) – projeto pode ser definido 
como um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou 
resultado único. A natureza temporária dos projetos indica que eles têm um início 
e um término definidos. O término é alcançado quando os objetivos do projeto são 
atingidos ou quando as metas não serão ou não podem ser alcançados, ou 
quando a necessidade do projeto deixa de existir (Pmbok, 2013). 
A concepção e a estruturação de projetos contam com diversos tópicos, 
ocorre de forma contínua e, uma vez definidas e consolidadas as estratégias e as 
análises cabíveis, chega-se ao equacionamento financeiro do projeto com a 
elaboração de um relatório da viabilidade para a implantação do projeto. 
Primeiramente, é elaborado o plano de trabalho e, então, os projetos 
passam a apresentar uma sequência de fases lógicas para que ocorra o seu 
desenvolvimento, sendo que essas fases são caracterizadas por procedimentos 
pontuais que devem ser muito bem analisados para viabilizar a tomada de 
decisões ótimas para o projeto de maneira ampla. 
O ciclo de vida de um projeto é entendido à medida em que ocorrem cada 
uma das suas fases, período no qual os gestores apresentam condições propícias 
para tomar decisões buscando o seu êxito. 
O quadro a seguir evidencia as fases e as áreas de gestão de um projeto: 
Gestão/ 
Fases 
Iniciação e 
planejamento 
Execução Controle Encerramento 
Integração 
Desenvolvimento do 
plano do projeto 
Execução do plano 
do projeto 
Controle geral 
de mudanças 
X 
Escopo 
Iniciação 
Planejamento do 
escopo 
Definição do escopo 
Verificação do 
escopo 
Controle de 
mudanças do 
escopo 
X 
Tempo 
Definição das 
atividades 
Sequenciamento das 
atividades 
Estimativa das 
durações das 
atividades 
X 
Controle do 
cronograma 
X 
 
 
12 
Desenvolvimento do 
cronograma 
Recursos 
Planejamento dos 
recursos 
Recebimento e 
distribuição dos 
recursos 
Controle dos 
recursos 
Desmobilização 
Custos 
Estimativa de custos 
Orçamento 
X 
Controle dos 
custos 
X 
Qualidade 
Planejamento da 
qualidade 
Garantida da 
qualidade 
Controle da 
qualidade 
X 
Ambiental 
Planejamento 
ambiental 
Desenvolvimento 
da equipe 
Verificação e 
ações 
corretivas 
X 
Pessoal 
Planejamento da 
organização do 
projeto 
Aquisição do pessoal 
Disseminação das 
informações 
X 
Dissolução da 
equipe 
Comunicação 
Planejamento da 
comunicação 
X 
Relatórios de 
desempenho 
Encerramento 
administrativo 
Riscos 
Planejamento da 
gestão dos riscos 
Identificação dos 
riscos 
Avaliação dos riscos 
Planejamento de 
respostas a risco 
Solicitações 
Controle de 
riscos 
X 
Suprimento 
Planejamento do 
suprimento 
Planejamento das 
solicitações 
Seleção de fontes 
Administração de 
contratos 
X 
Encerramento 
de contratos 
Fonte: Valeriano, 2001, p. 119. 
Projetos deverão ter sempre o seu início muito bem determinado, haja vista 
que todos quantos deles vierem a participar devem ter a oportunidade de adequar 
os recursos pertinentes, garantindo, assim, sua eficácia em todas as etapas, muito 
particularmente as etapas iniciais. 
O reconhecimento do momento no qual um projeto teve o seu final 
determinará os quesitos para que se possa avaliar eficiência e eficácia de todos 
os envolvidos no processo de planejamento e de execução. 
Há projetos delineados para períodos considerados de curto prazo (um mês 
a um ano) e que, normalmente, não requerem a destinação de recursos 
significativos. Porém, há projetos afetos a períodos de médio prazo (até dois anos) 
e de longo prazo (acima de dois anos), os quais irão envolver o investimento de 
grandes montantes de recursos financeiros, bem como de recursos materiais e 
tecnológicos e dependerão de estruturas bastante complexas. 
Entre as principais características inerentes a projetos de investimentos, 
pode-se destacar que são independentes e de duração limitada, apresentam 
objetivos específicos, contando com estrutura administrativa individual e devem, 
necessariamente, ter prazos para seu início e seu final. 
 
 
13 
Uma eficiente gestão de projetos pode ser entendida como a adoção de 
técnicas pontuais, conhecimentos específicos e habilidades gerenciais, visando 
garantir que haja sucesso – tudo isso envolvendo as etapas de planejamento, da 
efetiva execução e do permanente controle de todas as atividades. 
Em suma, o estudo e a análise de viabilidade econômico-financeira de 
projetos de investimento deverão considerar algumas técnicas e metodologias 
que conduzam os gestores a uma decisão ótima, ou seja, empregar recursos 
humanos, materiais, tecnológicos, financeiros e de informação na opção por 
alternativas que gerem a capacidade de se obter retornos compatíveis com os 
riscos assumidos. 
Saiba mais 
Para ampliar a compreensão do conteúdo deste tópico, sugerimos que 
assista aos vídeos a seguir. 
Disponíveis em: <https://youtu.be/W8mqrgBnlxM>; 
<https://youtu.be/T_dNoQTEBzY>; e <https://youtu.be/J4gWYNjIvTE>. Acesso 
em: 27 abr. 2022. 
TEMA 5 – ESTUDO DE CASO 
Com o objetivo de melhor estruturar o raciocínio necessário ao bom 
andamento dos conteúdos, disponibilizados nesta etapa, vamos elaborar as 
soluções para a situação a seguir apresentada. Admitir que uma empresa está 
analisando um investimento de R$30.000 para lançar novos produtos, fato este 
que geraria uma receita operacional de R$14.000 no primeiro ano de operação, 
de R$20.000 no segundo e de R$25.000 no terceiro e, do quarto ano em diante, 
estima-se que as vendas aumentariam 10% ao ano. 
A vida útil efetiva desses equipamentos (e também para efeito de 
depreciação) é de seis anos, sendo que, após esse período, ele poderá ser 
vendidocomo sucata por R$10.000 embora sujeito à tributação. 
Os custos operacionais são de R$12.000 no ano 1 e R$15.000 no ano 2, 
crescendo 10% ao ano daí em diante. Considerando que a empresa pague 34% 
de imposto de renda sobre o seu lucro, calcular o fluxo de caixa desse projeto. 
Para a montagem do fluxo de caixa projetado (ou estimado), desconsiderar 
qualquer custo de capital ou taxa de atratividade 
 
 
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REFERÊNCIAS 
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