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Novação 
1. Conceito
Novação é a criação de obrigação nova, para extinguir uma anterior.
2. Requisitos da novação
Obligatio novanda: A existência de obrigação anterior. É necessário que exista e seja válida a obrigação a ser novada.
“Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas.” (CC, art. 367).
 Aliquid novi: A constituição de nova obrigação.
A novação pode recair sobre o objeto e sobre os sujeitos da obrigação, gerando em cada caso uma espécie diversa de novação.
Animus novandi: Intenção de novar, “Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira.” (CC, art. 361). 
Sem que as partes tenham a intenção inequívoca de novar, extinguindo o vínculo obrigacional anterior, não há novação, pois ela não se presume.
3. Espécies de novação
Novação objetiva : “Quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior” (CC, art. 360, I).
A novação objetiva pode decorrer de mudança no objeto principal da obrigação, em sua natureza, ou na causa jurídica.
Novação subjetiva : Ocorre alteração dos sujeitos da obrigação. Diferencia-se da cessão de credito, de debito e de contrato pois na novação subjetiva a divida não subsiste e e substituída por uma nova, desta forma, todos os acessórios, garantias e privilégios da obrigação primitiva são extintos. 
“A novação extingue os acessórios e garantias da divida, sempre que não houver estipulação em contrário. Não aproveitará contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação.” (CC, art. 364). 
	
	
 
Novação subjetiva passiva: “Quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor” (CC, art. 360, II). Pode se dar por:
A) Expromissão: “A novação por substituição do devedor pode ser efetuada independentemente de consentimento deste. (CC, art. 362).”
B) Delegação: Acontece quando há o consentimento do devedor originário.
Novação subjetiva ativa : “Quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.” (CC, art. 360, III). 
Novação mista : Decorre da fusão das duas primeiras espécies e se configura quando ocorre, ao mesmo tempo, mudança do objeto da prestação e dos sujeitos da relação jurídica obrigacional.
 
4. Efeitos da novação
A novação possui um efeito extintivo e gerador:
Paralisação dos juros inerentes ao débito extinto.
Extinção de todas as garantias e acessórios: “A novação extingue os acessórios e garantias da divida, sempre que não houver estipulação em contrário. Não aproveitará contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação.” (CC, art. 364). 
Desaparecimento do estado de mora do devedor.
Subsistência de preferências e garantias do crédito novado. “Operada a novação entre o credor e um dos devedores solidários, somente sobre os bens do que contrair a nova obrigação subsistem as preferências e garantias do crédito novado. Os outros devedores solidários ficam por esse fato exonerados.” (CC, art. 365). 
Perda, por parte do novo devedor, do benefício de todas as exceções resultantes da antiga obrigação.
Extinção das ações ligadas à obrigação anterior.
Desaparecimento de fiança, que garantia a obrigação extinta: “Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor.”(CC, art. 366).
Insolvência do novo devedor correrá por conta e risco do credor : “Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição.” (CC, art. 363).

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