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COMBATE À JURISPRUDÊNCIA DEFENSIVA 
 É uma conduta que os tribunais historicamente 
tiveram e que a doutrina batizou de jurisprudência 
defensiva 
 Os tribunais alegam que o volume dos recursos 
que chegam até eles, é mais do que eles 
conseguiriam aguentar. 
 
 O CNJ (conselho nacional de justiça) tinha 
estabelecido metas processuais, onde, cada tribunal 
ou cada vara tem que julgar um número X de 
processos por mês ou ano, e caso consigam alcançar 
as metas, ganharam um certificado de produtividade. 
 Só que os tribunais não estavam conseguindo 
alcançar as metas e adotaram assim a jurisprudência 
defensiva para conseguir assim acelerar o andamento 
dos recursos e alcançar as metas, elevando as 
exigências formais, para que, quanto maior fosse a 
exigência para os recursos, maior será a quantidade 
de recursos defeituosos, (não passando assim, na 
análise formal) e deste modo, a quantidade de 
recursos a serem julgados por mérito, seria menor. 
 As metas eram apenas quantitativas, não 
querendo saber se a sentença foi boa ou não e sim, 
quantos processos foram feitos, seja ele sendo 
julgado por mérito ou não. 
 Com a entrada do novo CPC, os juristas procuraram 
inserir algumas regras para que os tribunais sejam 
proibidos por lei de adquirir a jurisprudência 
defensiva, para que assim, os processos não sejam 
julgados de qualquer modo, somente para alcançar 
objetivos. 
 
PRINCÍPIOS IMPORTANTES! 
Primazia do julgamento de mérito: 
Os tribunais devem dar preferência para julgar o 
mérito das demandas, sendo assim, o julgamento 
sem mérito deve ser exceção. 
➔ Se houver uma questão formal que está 
impedindo o tribunal de chegar a um 
julgamento do mérito, ele possui o tentar 
corrigir o problema formal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instrumentalidade das formas: 
É quando a lei possui uma existência de forma, mais, 
no entanto, ainda que o ato processual seja praticado 
de modo diverso daquele predeterminado pela lei, 
ele será convalidado pelo juiz caso atinja sua 
finalidade essencial, isto é, não cause prejuízo as 
partes. 
➢ A ideia da forma não pode ser um obstáculo 
para alcançar o objetivo. 
 
➢ Se o Tribunal se deparar com um defeito 
formal, e se esse defeito for sanável o tribunal 
deve privilegiar a correção do defeito, 
conferindo um prazo para a correção do vício 
do recurso. 
Exemplo: a ATA assinada pelo assessor do juiz (ajuda 
a atingir o objetivo). 
Exemplo de vícios insanável: recorrer fora do prazo 
 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
... 
Parágrafo único.Antes de considerar inadmissível o 
recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias 
ao recorrente para que seja sanado vício ou 
complementada a documentação exigível. 
 
CRIAÇÃO DE “FILTRO” PARA LIMITAR O 
ACESSO AOS TRIBUNAIS SUPERIORES 
Competência do STF: Guardião da constituição 
➔ Recurso extraordinário: é um recuso 
excepcional, pois isso para o último 
tribunal do sistema. 
Exemplo: violação a constituição... 
Competência do STJ: Guardião da lei federal 
➔ Recuso especial (RESP) 
Exemplo: Violação ao ECA, OU CDC ... 
 
Para que seja julgado no STF ou STJ, deve ocorrer 
uma violação às normas constitucionais ou as leis 
federais. Com isso são poucos os recursos que 
passam ao último tribunal (“filtro”). 
 
 
Reformas processuais recursais Reformas processuais recursais 
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JULGAMENTO DE RECURSOS EM 
“BLOCO” OU POR “AMOSTRAGEM” 
Devido existir diversos recursos que versam sobre a 
mesma matéria (recursos repetitivos), é feito o 
julgamento em “bloco”. 
Diante uma quantidade X de recursos, será 
selecionado y recursos para se tornarem os recursos 
representativos da controvérsia (recursos piloto), 
enquanto o restante dos recursos, ficaram 
sobrestado (suspenso), e quando o tribunal julgar o 
recurso piloto, será aplicado a sentença também aos 
recursos suspensos. 
• Poupa recursos e tempo. 
• Ocorrerá somente em caso de recursos feito na 
segunda instância, no qual será analisado para 
ver se existe algum defeito formal, e caso não 
exista, o recurso será direcionado a 3° instância. 
(Art. 1.036 do CPC). 
 
➔ Somente os modelos representativos, 
serão encaminhados a 3° instância. 
 
➔ Diminuindo o fluxo de recursos em 
Brasília. 
 
➔ A tese (sentença) que é feita pela 3° 
instância, assume uma eficácia vinculante 
e futura (para recursos futuros que verse 
sobre o mesmo tema), no qual será 
aplicada aos recursos que estão 
suspensos na segunda instância. 
 
Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de 
recursos extraordinários ou especiais com 
fundamento em idêntica questão de direito, haverá 
afetação para julgamento de acordo com as 
disposições desta Subseção, observado o disposto no 
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no 
do Superior Tribunal de Justiça 
 
Como será escolhido os recursos piloto? 
Deve ser selecionar os recursos mais bem 
argumentados e com mais pontos de vista, pois assim 
ele irá representar melhor os demais recursos. 
É possível sair sobrestamento e recorrer para 
que os recursos? 
A princípio a decisão de sobrestamento é irrecorrível 
pois caso fosse possível, acabaria anulando o 
mecanismo. Entretanto, somente em um determinado 
caso poderá se recorrer da decisão de 
sobrestamento, que é quando um determinado 
recurso, é diferente dos demais, mostrando assim, 
que a seleção foi feita erroneamente (Técnica de 
distinguish). 
ORDEM DOS PROCESSOS TRIBUNAL 
Artigos 219 e seguintes do CPC 
• O recurso quando é interposto perante o tribunal, 
deverá ser dirigido a um órgão fracionário do 
tribunal. 
Órgão fracionário do tribunal: Turmas ou câmaras do 
Tribunal 
• A escolha do órgão fracionário, é feito através de 
sorteio eletrônico e deve respeitar o critério do 
sorteio de alternatividade (rodízio entre as 
câmaras e Varas). 
 
➔ A alternatividade é importante para garantir 
compensação de processos e equilíbrio, 
evitando assim sobrecargas em somente 
um órgão. 
 
• O julgamento a partir da 2° instância (recurso), 
vigora o princípio da colegialidade, para que 
possua um debate plural entre os juízes presentes 
(mais experientes). 
Colegialidade corretiva auxilia a corrigir eventuais 
desvios que pode ocorrer no tribunal (se tiver alguém 
mau intencionado ou alguém que cometeu um erro...) 
e caso tenha algum voto discrepante dos demais, não 
será levado em conta em relação aos demais. 
➔ Colegiado é montado em um número 
ímpar de integrantes e no mínimo 3, que 
tem como integrantes sempre 1 relator e o 
restante será vogal. 
 
➔ Havendo sempre uma rotatividade entre os 
participantes do colegiado, por meio de 
sorteios. 
 
AMPLIAÇÃO DOS PODERES DO RELATOR 
Relator: É quem possui mais poder no tribunal 
(liderança) em relação aos recursos, mas não possui 
um peso maior no seu voto. 
➔ Papel do relator, até o momento do julgamento: 
A secretaria do tribunal, encaminha o recurso para o 
gabinete do relator, no qual ele irá conduzir o recurso 
até dia do julgamento na sessão de colegiado de 
julgamento, em que os vogais, irão votar no recurso. 
Ordem das funções exercidas pelo relator: 
• Elabora o chamado visto, que é uma espécie de 
relatório (feito por escrito, sobre os principais 
acontecimentos daquela causa até aquele 
momento) 
• Juízo de admissibilidade do recurso, irá visualizar 
se o recurso é admissível (fiscal das formalidades, 
como a tempestividade/prazo e pagamentos de 
custas...) 
• Vai apreciar, eventuais pedidos de medidas 
urgentes 
• O Relator irá pedir a secretaria do tribunal para 
agendar a data sessão Colegiada (“pedir dia de 
julgamento”) 
 
ORDEM DOS VOTOS 
Antes da votaçãodo recurso, os advogados das 
partes, possuem o direito, desde que previamente 
informado (24hrs antes), de representar seu cliente 
durante 15 minutos, fazendo uma sustentação oral. 
• o relator irá votar primeiro e em seguinte será a 
vez dos vogais votarem (todos os votos devem 
ser fundamentados) 
É muito comum possuir um resultado unânime, pois 
como o relator está à frente ao processo, os vogais 
acabam possuindo a percepção de que o relator 
devido estar “liderando” o encaminhamento do 
recurso e ter um conhecimento maior da causa, o seu 
voto estaria correto (“sigo o relator...”). 
• Depois de todos os votos, o relator proclama 
oralmente o resultado do julgamento, alegando 
se foi por unanimidade ou maioria de votos. 
 
Mesmo após a sessão de julgamento, o relator ainda 
continua trabalhando, pois o recurso volta ao gabinete 
do relator, para que seja redigido o acórdão (decisão 
escrita) 
 
❖ Caso o voto do relator fique vencido, o acórdão 
que posteriormente a votação será feito, deverá 
ser repassado para o primeiro vogal que 
discordou do relator. 
➔ A lei não deseja que o integrante faça um 
acórdão no qual ele discorda, por isso 
caso o voto do relator seja vencido, será 
passado para outra pessoa, para que evite 
que seja escrito um acórdão mal feito.

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