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1 Universidade Nove de Julho – Ana Carolina Amorim Costa (T6B) Gastrite Aguda A gastrite é uma inflamação da mucosa. Com presença de neutrófilos é conhecida como gastrite aguda. Podem ser assintomáticas ou apresentar-se com uma dor epigástrica, náuseas e vômitos. Em casos mais graves pode haver erosão da mucosa, ulcerações, hemorragia, hematêmese e melena. Patogênese: O ph gástrico ácido pode danificar a mucosa gástrica. A mucina forma uma camada de muco e fosfolipídios que protegem a mucosa. Conforme as células parietais secretam HCL na região gástrica ocorre a secreção de muco e de bicarbonato nos vasos sanguíneos para alcalinizar. A gastrite pode ocorrer por uma perda de um desses mecanismos de proteção, mais frequente em infecções por H. pylori, tabagistas, etilistas, AINEs, refluxo duodenal-gástrico e hiperacidez gástrica. Pode ocorrer diminuição da secreção de mucina e bicarbonato. Além disso, a infecção por H. pylori secretor de urease (fator de virulência) que cria um ambiente de ph mais elevado que possibilita a sobrevivência do patógeno no meio gástrico, podendo inibir os transportadores gástricos de bicarbonato pelos íons amônio. Os anti-inflamatórios podem causar a inibição das enzimas COX1 e COX2, que diminui a síntese de prostaglandinas que é responsável por estimular a proteção do estomago. Dessa forma, facilita erosões e úlceras devido a desproteção. Gastrite Crônica Causa mais comum é por H. Pylori, mas também pode ser de caráter autoimune. Os sintomas são menos graves, porém persistentes. Sintomas mais comuns: Náuseas, dores abdominais superiores. Gastrite por H. pylori Predominantemente é uma gastrite antral, com produção de ácido normal ou elevada. Placas de atrofia da mucosa, redução da massa de células parietais e da secreção do ácido, metaplasia intestinal e risco aumentado de adenocarcinoma gástrico. Patogênese: Os fatores de virulência da H. Pylori está relacionada a produção da urease que altera o ph gerando amônia, basificando o ph para que a bactéria consiga sobreviver; os flagelos que auxiliam na mobilidade no muco; as adesinas que facilitam a adesão a superfície das células. Com a infecção instalada, a bactéria se infiltra diminuindo a quantidade de muco deixando a mucosa mais desprotegida, infectam as células parietais prejudicando a produção de HCL, causando uma hipocloridria, o que aumenta o ph do estomago. Com isso, as células G irão atuar como mecanismo de feedback aumentando a produção de gastrina, que estimulam as células parietais a produzirem mais HCL, acidificando o ph e como a mucosa já esta prejudicada ocorre a destruição da mucosa gástrica. Se instala um processo inflamatório com ativação de neutrófilos e linfócitos B. Gastrite auto-imune Poupa o antro e está associada a hipergastrinemia. É caracterizada por anticorpos para células parietais e fatores intrínsecos e acloridria. Ou seja, as células começam a destruir as células parietais 2 Universidade Nove de Julho – Ana Carolina Amorim Costa (T6B) e com isso diminui a quantidade de HCL. Linfócitos T e B. Pólipos Os pólipos podem se desenvolver como resultado de uma hiperplasia das células epiteliais ou estromais, inflamação, ectópica ou neoplasia. Pólipos hiperplásicos Geralmente se desenvolve devido processo inflamatório, mais comum associado a gastrite crônica, na qual inicia a lesão e causa hiperplasia reativa e crescimento do pólipo. Os pólipos causados por H. pylori podem regredir após o tratamento. O risco de displasia se associa com o tamanho, por isso pólipos maiores devem ser removidos. Pólipos de glândula fúndica Comum em pacientes com polipose adenomatosa familiar (PAF). Resultado de uso de terapias inibidoras de bombo de prótons. Esses fármacos inibem a produção de ácido, que aumenta a secreção de gastrina e aumentam o crescimento da glândula oxíntica. Podem ser assintomáticos ou associados a náuseas, vômitos e dores epigástricas. Adenocarcinomas gástricos Dividido em tipo intestinal (massas volumosas) e tipo difuso (que se infiltra na parede difusamente, espessando-se e geralmente é composto por células em anel de sinete). Sintomas semelhantes ao da gastrite. Patogênese: Possui associação de histórico familiar. Associado a mutação de perda de função germinativa no gene supressor de tumor CDH1 e da Caderina-E, o que faz com que tenha menos adesão e consequentemente o tumor se dissemine de forma mais rápida (difuso). Mutações na BRCA2 e TP53.
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