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Fernanda Bortolazzo É uma condição clínica multifatorial, caracterizada por uma elevação sustentada dos níveis pressóricos > ou iguais a 140 e/ou 90mmHg. Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada por fatores de risco, como: dislipidemia, obesidade, intolerância à glicose e DM (diabetes mellitus). Além disso, tem associação independente com eventos como: AVE, IAM, IC, DAP, DRC, sendo fatal ou não. Metodologias p/ Diagnóstico - medida da PA no consultório; - MRPA (monitoramento residencial da PA); - MAPA (monitoramento ambulatorial da PA-24h); - pressão aórtica central (dispositivos que estimam). CLASSIFICAÇÃO DA PA (CONSULTÓRIO >18anos) PAS PAD Ótima < 120 <80 Normal 120-129 80-84 Pré-hipertensão 130-139 85-89 HA estágio 1 140-159 90-99 HA estágio 2 160-179 100-109 HA estágio 3 > 80 > 110 - quando a PAS e a PAD situam-se em categorias ≠, deve-se considerar a > delas para classificação; - considera-se hipertensão sistólica isolada, se PAS for > ou = a 140mmHg e PAD < 90mmHg. PA CONSULTÓRIO X MRPA X MAPA 24h PAS PAD Consultório > 140 e/ou > 90 MAPA 24h > 130 e/ou > 80 MRPA > 135 e/ou > 85 Hipert. do Avental Branco - precisa de MAPA para diagnosticar; - paciente com pressão alterada no consultório. Hipertensão Mascarada - também há necessidade de MAPA; - paciente com PA normal no consultório. Exames p/ Hipertensos - análise da urina; - potássio plasmático; - glicemia de jejum e HbA1c; - ritmo de filtração glomerular estimado; - creatinina plasmática; - colesterol total, HDL e triglicérides; - ácido úrico plasmático; - ECG convencional. Estágios e Riscos - a classificação dos estágios da HA e do risco CV (baixo, moderado ou grave) é importante para determinar a meta pressórica do paciente. (olhar tabela dos riscos ao final) Hipertensao Arterial Hipertensao Arterial Fernanda Bortolazzo Fatores de Risco - sexo masculino; - LAO (lesão de órgão-alvo); - idade >55 (homem) e >65 (mulher); - DCV permanente em parentes de 1º grau; - tabagismo; - dislipidemia (colesterol total >190, LDL >115, etc.); - diabetes mellitus (DM), resistência insulínica; - obesidade (IMC >30 e CA >120 H e >88 M); - doença renal; - doença cerebrovascular; - doença da artéria coronária. Meta Pressórica CATEGORIA META Hipertensos estágio 1 e 2 com risco CV baixo e médio e hipertensos estágio 3 < 140/90mmHg Hipertensos estágio 1 e 2 com alto risco CV 130/80 mmHg OBS: existem medicamentos que podem agravar a hipertensão, como: imunossupressores (como a ciclosporina), descongestionantes nasais, e muitos outros (antidepressivos, antifúngicos, AINES e analgésicos, entre outros. (olhar tabela desses medicamentos aos final) Tratamento NÃO MEDICAMENTOSO - controle do peso; - estilo alimentar (dietas DASH, mediterrânea, etc.); - redução do consumo de sal; - diminuir ou cessar consumo de bebidas alcoólicas; - atividade física; - CPAP; - controle do estresse psicossocial; - respiração lenta; - cessação do tabagismo; - etc. MEDICAMENTOSA (olhar tabela sobre as preferências terapêuticas ao final) OBSERVAÇÕES: - os medicamentos utilizados dependem do quadro do paciente e de suas características (ou seja, de acordo com a patologia); - por exemplo: pessoas negras não respondem muito bem a IECA e ao BRA (sugere-se o uso de bloqueadores de canal de cálcio), porém se o paciente, estiver com microalbuminúria, deve- se utilizar obrigatoriamente um dos dois, pois isso indica problema renal e esses fármacos são importantes para nefroproteção; - a única associação medicamentosa que não pode ser feita é entre: BRA e IECA; - em todos os estágios de hipertensão é necessária uma MEV (fazer intervenção no estilo de vida do paciente); OBS: IECA e BRA são evitados em pacientes com idade fértil (não são indicados para mulheres nesse caso). Fernanda Bortolazzo Fernanda Bortolazzo Fernanda Bortolazzo Microsoft Word - RESUMOS CARDIO - PROVA 2.docx