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Conceitos Fundamentais sobre Ética e 
Cidadania
Ética e Cidadania
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
ANA LUCIA GUIMARÃES
AUTORIA
Ana Lucia Guimarães
Olá! Sou doutora em Ciências Humanas e tenho mais de 20 anos 
de atuação como professora na Educação Superior. Além disso, tenho 12 
anos de militância como dirigente sindical da causa dos professores, o que 
me agrega conhecimentos e experiências para ser autora desta disciplina. 
Portanto, atuar e defender a causa da educação laica, democrática e de 
qualidade é mais do que um princípio em minha formação e trajetória 
profissional, é um compromisso de ofício. Por isso, fui convidada pela 
Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou 
muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. 
Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Fundamentos de Ética e Cidadania ..................................................... 10
Conceitos, Objetivos e Princípios da Ética e da Moral ......................................... 10
Conceito de Cidadania .............................................................................. 18
Ética Social e Política ................................................................................26
A Ética e a Moral na Contemporaneidade ........................................ 32
7
UNIDADE
01
Ética e Cidadania
8
INTRODUÇÃO
Você sabia que estudar ética e cidadania tem uma importância 
significativa nos tempos atuais? Isto porque os indivíduos estão cada vez 
mais confusos em relação à construção de suas atitudes e pensamentos 
quanto às rápidas e volumosas transformações de nossa sociedade. Trata-
se de entender como e de que forma devemos interagir com os diferentes 
sujeitos sociais e seus diferentes pertencimentos culturais e políticos. 
Enquanto a ética imprime uma ideia de valores e normas sociais 
construídos historicamente de acordo com as diferentes demandas 
sociais dos grupos que integram a sociedade, a ideia de cidadania nos 
remete ao pertencimento a uma localidade e ao compartilhamento de 
valores e normas sociais dela. Portanto, tanto a questão da cidadania 
quanto a ideia da ética fornecem mapas referenciais para nossas ações e 
interações, com o objetivo de identificar a qual conceito de moral estamos 
submetidos. Entendeu? Vamos explorar mais este debate ao longo desta 
unidade. 
Ética e Cidadania
9
OBJETIVOS
Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso objetivo é auxiliar você no 
desenvolvimento dos seguintes objetivos de aprendizagem até o término 
desta etapa de estudos:
1. Diferenciar os conceitos de ética e moral.
2. Identificar o conceito de cidadania.
3. Demonstrar o conceito de ética social e sua relação com a ética 
política.
4. Ponderar a relação entre ética e moral em tempos contemporâneos.
Então, preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho!
Ética e Cidadania
10
Fundamentos de Ética e Cidadania
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você deverá dominar os 
conceitos de ética e moral, sabendo diferenciá-los e 
identificar sua importância para a vida em sociedade. Na 
atualidade, quando os indivíduos não sabem identificar 
situações de caráter moral, podem emitir julgamentos e 
agir de forma a serem julgados negativamente pela ordem 
social constituída. Vamos lá?.
Conceitos, Objetivos e Princípios da Ética 
e da Moral
Iniciamos nossos estudos sobre ética e moral procurando entender 
a definição desses conceitos e a diferença entre eles. 
Para Cortella (2009), a ética é o princípio orientador de nossa 
conduta em sociedade, ela nos permite distinguir e definir nossas ações 
e pensamentos em relação a diferentes experiências no mundo social. A 
ética está em nosso dia a dia. Em qualquer situação ou acontecimento, 
vemos várias inferências dos moralistas a solicitar necessidade de 
afirmação ética. Realmente, há um desgaste em falar de ética em tempos 
atuais, mas ainda é muito necessário entender o conceito e valorizar sua 
aplicação.
Pode-se ousar dizer que é impossível avançar no conceito de ética 
sem abordar o conceito de valores. O que são valores, então? Desde 
que nascemos, somos ensinados sobre o que é certo e errado, a partir 
daí, vamos direcionando nosso olhar, bem como disseminamos valores 
impostos pela sociedade. Se considerarmos que o valor moral é uma 
necessidade para a sobrevivência em sociedade, estaremos começando 
a entender mais sobre ética, moral e vida social, no sentido relacional — 
ou seja, de interação de uns com os outros. 
Ética e Cidadania
11
Figura 1 - Ética e vida coletiva
Fonte: Pixabay 
Por isso, Cortella (2009) afirma que a ética é compreendida no bojo 
dos estudos da filosofia e tem relação com a construção da moralidade, 
pois, a partir dessa relação, nasce a ideia de um “exercício de condutas”. 
Isso significa para o autor que, a partir da concepção ética, espera-se de 
um indivíduo que ele aja de uma forma previsível em uma determinada 
situação, pois entende-se que incorporou as regras morais para compor 
seu comportamento social.
Com essa definição pode-se inferir que a ética é a vida pensada, 
isto é, uma proposta de ação a partir do que a moral estabelece. Nesse 
sentido, precisamos compreender que a ética está no centro da construção 
de relações sociais harmônicas e benéficas para a preservação do todo 
social, isso porque ela aponta a ideia de uma ação que leva em conta o 
outro e que se fundamenta na forte presença dos valores morais.
DEFINIÇÃO:
Ética: define-se como um modo de agir a partir de uma 
norma moral incorporada, refere-se à uma orientação de 
vida que deve, supostamente, levar em consideração a 
preservação positiva da vida em sociedade.
Ética e Cidadania
12
Ainda explorando o conceito de ética como parte da Filosofia, a 
qual fundamentalmente implica em entendimento do comportamento 
moral, vejamos de forma ágil como os clássicos filósofos consideravam 
esse conceito.
Nos estudos de Chauí (2010), encontramos que, para os sofistas, a 
ética era relativista, pois, em suas concepções, não havia normas universais 
de definição para a vida social. Sócrates, tanto quanto Kant, buscava o 
entendimento da ética a partir da compreensão da alma humana, pois 
acreditava que nela residiriam fundamentos da moral. Já nos ideais de 
Platão, vemos a separação entre corpo e alma, para ele, o corpo sujeito 
a paixões poderia desviar-se do bem, por isso, o Homem só conseguiria 
desenvolver a ética para o bem comum na Pólis. 
Ainda em Chauí (2010), vemos que, para os estoicos, a ética constituía 
uma ideia de autocontrole que levava a uma aceitação da realidade, uma 
clara noção de destino traçado sob a égide de uma razãouniversal, o que 
levava à imperturbabilidade da alma. Em contrapartida, os epicuristas ao 
falarem de ética e imperturbabilidade da alma mostravam que esta era 
uma finalidade dela. 
Entretanto, os epicuristas adotavam quatro princípios para o 
entendimento da ética: o primeiro era que o homem não devia temer aos 
deuses; o segundo indicava que o homem não devia temer a morte; o 
terceiro apontava que a felicidade era possível de ser alcançada; e, por 
fim, o quarto princípio dizia que qualquer dor pode ser suportada. Com 
essas ideias, esses filósofos pretendiam afirmar que a ética, enquanto 
bem fundamental, é a defesa do prazer, não o prazer sexual, mas o prazer 
relacionado ao sentimento de amizade. Em Aristóteles veremos, mais 
adiante, que a ética está relacionada à busca pela felicidade, que deve 
ser encontrada no bem comum e na ação do homem na Pólis. 
Ética e Cidadania
13
Figura 2 - Reflexão sobre ética
Fonte: Freepik 
Falamos muito sobre o conceito de ética, e não podemos deixar 
de nos aprofundar sobre o conceito de moral. Portanto, o que é a moral? 
Podemos inferir que a moral é um conjunto de regras, normas de uma 
sociedade ou localidade, tornando-se relevante pela proporção do 
desrespeito das pessoas às leis. A moral funciona como um conjunto 
de condutas que devem direcionar as diferentes formas de agir dos 
indivíduos. 
DEFINIÇÃO:
Moral: o conjunto de condutas e normas que os indivíduos 
costumam aceitar como válidas. Essas regras são adquiridas 
na educação, por meio da cultura e das tradições dos 
diferentes grupos sociais. Cada grupo tem suas regras e 
concepções morais. 
Para Chauí Kant (1921), que foi quem mais discutiu a ética formal, 
a moral do comportamento reside na vontade e nos motivos do agente 
considerado. 
Ética e Cidadania
14
IMPORTANTE:
É importante entender que aquilo que não é moral, pode 
ser: 
IMORAL: com conotação de tudo aquilo a que se opõe 
a moral, por exemplo, o questionamento da atuação dos 
políticos no Brasil. 
AMORAL: um homem que se comporta de forma 
independente dos juízos sobre o bem e o mal, ele não 
considera qualquer parâmetro de moral para sua conduta.
Figura 3 - Perspectivas da ética
Ética e Cidadania
15
Fonte: Pixabay 
Figura 4 - Regras morais para o erro ou acerto social
Fonte: Freepik 
EXPLICANDO MELHOR:
A ética e a moral andam de mãos dadas, mas são 
essencialmente conceitos diferentes. É preciso saber que 
a ética é importante porque revela o respeito aos outros 
e à dignidade humana. Todos nós temos ética, só temos 
que desenvolver e acreditar no bem. A ética orienta-nos e 
ajuda-nos para que tenhamos uma vida boa.
Observe o quadro abaixo sobre as diferenças entre esses conceitos: 
Quadro 1 - Ética e moral: apontamentos diferenciais
ÉTICA MORAL
Princípio teórico-reflexivo Regras de condutas específicas 
Ética é temporal Moral é temporária
Ética é universal Moral é cultural
Fonte: Elaborado pela autora (2021).
Ética e Cidadania
16
Assim, a ética pode ser entendida como um parâmetro, a lei do 
que seja ato moral, o controle de aplicação da moral. Dessa forma, são os 
códigos de ética que devem ser exercidos para os diferentes conjuntos de 
grupos dentro do sistema social mais abrangente. Já a moral, por sua vez, 
de acordo com Kant em Chauí (2010), “é tudo aquilo que precisa ser feito, 
independentemente das vantagens ou prejuízos que possa trazer”. Se 
praticarmos um ato moral, podemos até sofrer consequências negativas, 
já que o que é moral para uns pode ser amoral ou imoral para outros.
Quadro 2 - Diferenças entre ética e moral
ÉTICA MORAL
Lida com o CERTO e o 
ERRADO.
Lida com o CERTO e o ERRADO.
Modo social de agir: implica 
no consenso e na adesão da 
sociedade.
Modo pessoal de agir: é adquirida 
e formada ao longo da vida por 
experiências.
Normas e regras sociais: 
é guiada pela cultura da 
sociedade.
Normas e regras pessoais: é guiada 
pela consciência.
Coletivo: se constrói a partir do 
consenso de várias morais.
Individual: é o que fundamentada 
a ética.
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
ao vídeo “Moral e ética: conceitos e diferenças”, o qual traz 
uma boa discussão sobre a diferença entre ética e moral. 
Disponível aqui.
Ética e Cidadania
https://www.youtube.com/watch?v=dzX88EsmHr0
17
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu um 
pouco mais? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que ética e moral são conceitos complementares, porém, 
diferentes em sua essência. Procuramos marcar que 
ética é a reflexão e a teoria da internalização dos valores 
morais, que são específicos para cada grupo ou sociedade. 
Cada grupo social possui suas normas e orientações de 
conduta. Ao escolhermos orientar nossa ação pensando na 
preservação positiva da interação social e no bem do outro, 
estamos atuando de forma ética. Nem sempre, durante a 
história, a ideia de ética foi pensada como o conceito que 
hoje devemos adotar. A ética nos faz discernir entre certo 
e errado, mas com foco na organização e preservação do 
social e da manutenção do bem-estar alheio.
Ética e Cidadania
18
Conceito de Cidadania
Pensar em um conceito de cidadania nos remete a um sentimento 
de pertencimento a um Estado, uma nação ou um Estado-nação. Devemos 
entender que esse conceito vem a ser um grande ponto de referência 
para extrairmos a compreensão de direitos, obrigações e deveres de 
cada indivíduo mediante o todo social que, a partir de uma representação 
política, pode direcionar ou não os interesses de um grupo de indivíduos 
em um sistema político. Esses indivíduos podem, ou não, constituírem-se 
como cidadãos. O que é ser cidadão? O que podemos entender sobre 
cidadania?
Para Carvalho (2002), o conceito de cidadania foi relacionado a um 
costume de desdobrar esta em direitos civis, políticos e sociais. Nesse 
olhar, segundo o autor, o cidadão pleno seria aquele que tivesse os três 
direitos, mas ainda teríamos os cidadãos incompletos, cujos direitos se 
resumiriam em alguns poucos; já aqueles que não tivessem direitos 
seriam considerados não cidadãos.
Para ele, ao se resumir o conceito de cidadania a posse e gozo de 
direitos civis, políticos e sociais, também é preciso compreender o que 
significa cada um desses direitos. Nesse sentido, de acordo com o autor, 
vemos que: 
 • Direito civil – aquele que garante o ir e vir, bem como o 
agrupamento em movimentos, como sindicatos, a realização de 
greve etc.; possuir seus próprios bens (propriedade privada); livre 
organização religiosa ou mesmo ideológica. 
 • Direito político – realiza-se no ato de votar e ser votado, na 
participação da vida política do país. O indivíduo pode ser 
candidato à representação e também pode escolher quem quer 
que o represente. 
 • Direito social – refere-se a ações governamentais e da sociedade 
civil organizada em prover serviços ao cidadão, como saúde, 
educação e políticas sociais.
Ética e Cidadania
19
Figura 5 – Cidadania e relação com os direitos e deveres
Fonte: Elaborada pela autora. (2021).
Marshall (2002), ao desenvolver a discussão sobre o conceito de 
cidadania, mostra que essa foi construída na Inglaterra antes da Revolução 
Industrial, em contexto de necessidade de afirmação de direitos, uma 
vez que o reconhecimento de direitos aos nobres, e posteriormente aos 
burgueses e até à classe trabalhadora, mostrou-se uma tarefa primordial 
à organização das relações de produção, que se consolidariam mais tarde 
na sociedade moderna. 
Para o autor, a evolução da cidadania só se concretiza com a 
conquista de direitos ao longo da história. A cidadania é pensada por ele 
considerando aspectos civis, políticos e sociais.
Então, se buscarmos a origem histórica do conceito, com-
preenderemos que sua origem como palavra vem do latim “civitas”,que significa cidade. Essa palavra, “cidadania”, era comumente utilizada 
no contexto da Roma Antiga para identificar a situação política de uma 
pessoa e os direitos que essa pessoa poderia usufruir. 
Com esse histórico de debates e conceitos, vemos que a ideia de 
cidadania não é algo estável, definido ou adquirido sem um entendimento 
de ação. Com isso, destaca-se que não é a conquista de um direito que 
significa que ele vá de fato ser efetivado. A cidadania é um exercício de 
saber e agir que é preciso ser incluído e desejar participar da construção 
de novas relações e consciências de efetivação de direitos. 
Ética e Cidadania
20
VOCÊ SABIA?
É muito comum acharmos que a ideia de cidadania pode 
ser resolvida apenas com a efetivação de direitos para cada 
indivíduo ou grupo social? Pois é, seria necessário destacar 
que a cidadania envolve uma compreensão dos deveres 
de cada um para com a sua cidade, estado ou localidade 
onde habita. Ter deveres é assumir que há uma relação de 
troca recíproca entre receber, obter ou conquistar direitos e 
praticar a realização de deveres. Exercitar o cumprimento 
de um papel social que possui tarefas para continuamente 
fortalecer e ressignificar a vida social. 
Figura 6 – Direitos e deveres do cidadão brasileiro
DIREITOS CIVIS DIREITOSSOCIAIS
DIREITOS
POLÍTICOS DEVERES
Direito à vida Educação
Garantia de voto 
direto e secreto, 
com igual valor 
para todos.
Participar 
das eleições, 
escolhendo e 
votando nos seus 
candidatos.
Direito à liberdade 
de expressão
Saúde
Direito a ser 
candidato a 
um cargo nas 
eleições.
Estar atento ao 
cumprimento das 
leis do país.
Liberdade de ir e vir. Alimentação __________
Pagar os impostos 
devidos.
Igualdade entre 
homens e mulheres
Trabalho __________
Participar da 
escolha das 
políticas públicas.
Proteção da 
intimidade e da vida 
privada
Moradia __________
Respeitar os 
direitos dos outros 
cidadãos.
Liberdade para 
exercer sua 
profissão.
Transporte __________
Proteger o 
patrimônio público.
Direito à propriedade Lazer __________
Proteger o meio 
ambiente.
Fonte: Elaborada pela autora. com base em Lenzi ([s. d.]).
Ética e Cidadania
21
Figura 7 – Cidade e cidadania
Fonte: Freepik 
IMPORTANTE:
Com toda a discussão apresentada, é possível lembrar de 
uma obra de Dimenstein (1994), O cidadão de papel, que 
aborda o fato de que, no Brasil, a cidadania está no papel, 
mas não existe de verdade. Isso é perceptível, uma vez que 
o autor destaca a violência social e a juventude dos anos 
1990, a ausência de projetos de educação, informação e 
a pobreza. De lá para cá, muitas situações se atualizaram, 
mas, de todo modo, essa obra nos faz refletir o quanto 
ainda temos por conquistar com atitudes verdadeiramente 
de participação e reclamação de nossos direitos. Vale a 
pena conhecer mais esse debate. 
Ética e Cidadania
22
Figura 8 – Obra O cidadão de papel
Fonte: Reprodução de Oliveira (2014).
DEFINIÇÃO:
Cidadania: refere-se a um conjunto de ações com caráter 
de reivindicação que se volta para o interesse coletivo. É 
em seu exercício que se aprimoram práticas de convivência 
melhores e tratam a qualidade de vida dos habitantes da 
cidade.  É um conceito diretamente ligado a uma ideia 
de aprendizagem social, que busca a culminância do 
atendimento de direitos e a compreensão de compromisso 
e deveres a cumprir. 
SAIBA MAIS:
Saber que as possibilidades de debate para a compreensão 
do conceito de cidadania e como podemos alcançá-lo é 
um privilégio, vamos ler mais um pouco? Então, clique aqui.
Ética e Cidadania
https://www.cafecomsociologia.com/o-que-e-cidadania/
23
É muito importante entender também a relação entre o conceito de 
cidadania e a educação, pois, com o processo educativo, desenvolvem-
se valores e consciência da preocupação com o outro, além da questão 
da responsabilidade para com a vida social. Nesse sentido, no Brasil 
e na América Latina, a partir das décadas de 1980 e 1990, a discussão 
sobre cidadania, direitos humanos e democracia ganha muito destaque, 
sobretudo nos exercícios da educação formal e informal. Dessa forma, 
foram criados documentos formais para orientar a educação para a 
formação da cidadania. Exemplos claros dessas iniciativas encontram-se 
nos documentos listados a seguir:
 • Constituição de 1988. 
 • Lei de Diretrizes e Bases (LDB) - 1996. 
 • Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - 1990. 
 • Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) - 1996.
 • Propostas de Políticas Educacionais. 
É notável que existem sentimentos e valores educacionais que 
podem ser desenvolvidos e aprendidos na família ou na escola, na 
educação formal ou informal, e que podem colaborar para o despertar da 
cidadania. São eles: cooperação, perdão, respeito, sinceridade, diálogo, 
solidariedade, combate à violência e bondade. A princípio podem parecer 
valores presentes em nossa humanidade, mas de fato o são, e, quando 
bem trabalhados, podem otimizar responsabilidades e aptidões para o 
fortalecimento de relações sociais pautadas na garantia recíproca de 
efetivação de direitos e deveres. 
SAIBA MAIS:
Veja como a LDB nº 9394/96 direciona suas diretrizes para 
uma educação voltada à formação de um sujeito cidadão 
acessando-a aqui. Em seguida, assista ao vídeo sobre 
educação e formação do cidadão clicando aqui. 
Ética e Cidadania
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70320/65.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=P8FW5KKZnWI
24
Sacristan (2000) infere que a distância entre os direitos no papel e 
a efetiva cidadania só é possível quando os envolvidos tomam para si a 
atitude de fomentar ideias práticas. 
Almeida e Soares (2010) apontam que a ligação entre vida individual 
e comunitária só ocorre quando há um reconhecimento mútuo da 
relevância recíproca entre os dois. Este, para os autores, é o verdadeiro 
sentido da cidadania, sem exclusões sociais.
Sobre a relação cidadania e educação, Freire (2011) orienta que o 
homem deve ser o sujeito da sua ação, criando e transformando o mundo. 
Em seu olhar, a escola deve funcionar como um espaço que tende a 
oferecer ao indivíduo exercício da cidadania e possibilidade de redefinição 
da realidade. 
Figura 9 – Escola e cidadania
 
Fonte: Freepik
Ética e Cidadania
25
RESUMINDO:
E então, como foi a experiência de aprendizagem com 
o conceito de cidadania? Vamos resumir um pouquinho 
sobre o que vimos para que você realmente possa fixar 
mais o estudo deste capítulo. Você deve ter aprendido 
que é muito importante compreender que cidadania é um 
conceito que articula nossos direitos e deveres, bem como 
que o exercício dela torna a coletividade ativa e integrada 
para uma harmonia social. A cidadania destaca a liberdade 
e a convivência comunitária muito mais do que qualquer 
questão de relações de poder ou governo constituído. Ser 
cidadão é participar de forma ativa da realidade social em 
que se está inserido, protagonizando a busca de qualidade 
de vida para seus membros pela via da efetivação de 
direitos. No entanto, não devemos esquecer de que 
também possuímos deveres com a nossa comunidade. 
Por fim, vimos o importante papel que a educação ocupa 
na formação do cidadão. Por meio da educação formal 
e a informal, é possível transmitir os valores da formação 
à cidadania, oferecendo liberdade e autonomia para os 
indivíduos atuarem na sociedade de forma digna.
Ética e Cidadania
26
Ética Social e Política
Iniciamos nossos estudos sobre a ética e a política considerando 
o pensamento de Arendt (2003), que nos mostra que política é ação e, 
portanto, nenhuma questão política pode, segundo ela, estar submetida 
a subjetividade. Na visão dessa autora, o entendimento da ideia de práxis 
é a mola mestra para a compreensão de seu conceito de ética, que muito 
está relacionado com o que já vimos aqui. Para ela, ética envolve-se com 
o cuidado com o mundo, com o espaço das relações humanas e também 
com o local que permite avida e a singularidade humanas.
Arendt (2003) preocupa-se não com a subjetividade do homem, mas 
sim com os homens em pluralidade. Assim, percebemos que o conceito 
de ética social está direcionado para este olhar. Arendt (2003) nos aponta 
que as atividades humanas são o resultado da produção desenvolvida 
no mundo da vida ativa, é no mundo (na práxis) que o homem transita e 
desenvolve atividades que ele condiciona sua existência. O cuidado com 
o mundo é, por conseguinte, o cuidado com a singularidade humana, 
para a autora. 
Permanecendo nesse raciocínio, colabora para nosso conhe-
cimento sobre a questão política, pois ela define que a política não deve 
se submeter às questões morais. Ela se contrapõe ao pensamento de 
Maquiavel, ao afirmar que a política não deve ser guiada para atingir meios 
e fins. Como sabemos, Maquiavel, clássico da política, aponta que os fins 
justificam os meios. Já Arendt (2003) acredita que se a praticidade é o agir, 
então a forma instrumentalizada que o autor traz de calcular formas para 
atingir objetivos em política acabam por se configurarem em pré-ação 
e teoria para controlar a ação. Segundo ela, a política não deve seguir 
qualquer natureza ou espírito, mas sim ter o compromisso com o “espírito 
correto”, algo que se define em si mesmo, sem qualquer teleologia 
ou previsibilidade. A ação política informa a distinção articular de cada 
homem.
Ainda seguindo seu pensamento, a ética é a pluralidade humana 
constitutiva do mundo, o que faz a ideia de uma ética social ser mais 
forte e presente para que as relações humanas se processem de forma 
operativa. Visto dessa forma, Arendt (2003) mostra que a ética varia de 
acordo com o espaço político. O agir é livre de qualquer determinação. 
Ética e Cidadania
27
A discussão que trouxemos até aqui serve para evidenciar que a 
experiência coletiva das pessoas e sua respectiva construção cultural têm 
em si mesmas um valor significativo para a compreensão do conceito de 
ética social. Isso pois, ao abordarmos tal conceito, estamos, na verdade, 
no campo de pensar, o que pode ou não ser aceitável socialmente, 
isso se deve ao próprio princípio que o conceito traz consigo: a ideia de 
que os membros de uma comunidade precisam de cuidados de forma 
homogênea. 
DEFINIÇÃO:
Ética social: conjunto de regras e diretrizes que balizam 
escolhas e comportamentos de uma sociedade que 
resolveu adotar aqueles padrões de conduta. Ela 
funciona como um roteiro, um código de conduta. Não há 
necessidade de dizer o que se deve ou não seguir, apenas 
fundamentalmente seguir. 
A ética social apresenta princípios que precisamos conhecer: a 
dignidade da pessoa, o direito de propriedade, a primazia do trabalho, a 
primazia do bem comum, a solidariedade e subsidiariedade.
Sá (2010) desenvolve a ideia de que existem hábitos dignos de 
louvor, isto é, existe uma conduta virtuosa padrão que serve de referência 
quando pensamos no respeito a todos os seres humanos. O autor busca 
em Aristóteles a lógica da virtude. Para ele, se um homem adota uma 
conduta virtuosa em um local onde não há a prática comum dessa 
conduta, então este seria um homem virtuoso. 
Em Aristóteles (1997), vemos também uma iniciativa em considerar 
que o verdadeiro sentido da ética é voltar-se para a comunidade na 
amplitude desta e no exercício da cidadania, objetivando a formação e 
organização da consciência política humana. Para ele, “o homem é um 
animal político”.
Ética e Cidadania
28
Figura 10 – Obra de Aristóteles
Fonte: Reprodução de Livraria da Travessa.
Dessa forma, é possível traçar imediatamente uma relação entre a 
ética social e a política. A política é o campo da busca do bem comum, 
conforme Aristóteles demarca em seus estudos. Nesse sentido vale a 
ideia de que ética e política devem caminhar lado a lado, uma vez que 
ambos os conceitos apresentam um viés corporativo, aquele que conduz 
ao bem-estar da comunidade, do coletivo, do social. 
Dissecando sobre a palavra política, observamos que ela é originária 
do grego pólis (politikós) e seu significado diz respeito ao urbano, ao civil, 
ao que é da cidade (da pólis). 
Weffort (1987) mostra que os clássicos da política podem nos guiar 
muito mais sobre o conceito de política que consideramos fundamental 
para sustentar a relação ética e a política, já iniciada anteriormente. 
Segundo o autor, para Thomas Hobbes a humanidade vivia em estado 
Ética e Cidadania
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de anarquia e, ao criar a sociedade, por meio do pacto social, criou 
conjuntamente a chamada sociedade política. Segundo ele, os homens, 
mediante seu estado de guerra, abriram mão de suas decisões e escolhas 
mais individuais para constituírem o estado soberano, que não permitiria a 
volta ao estado de natureza. Tal movimento fez com que a representação 
política desses homens fosse delegada ao soberano, que deveria garantir 
o grupo ao exercer seu poder em favor do bem comum. 
O autor também revela que, em John Locke, vemos que o estado 
de natureza não teria significado de caos, mas ordem e razão. Segundo 
ele, o Estado surgiu para assegurar a lei natural, bem como para manter 
a harmonia entre os homens. Locke não destaca que houve uma cessão 
dos direitos naturais ao Estado, pelo contrário, acredita que a soberania é 
um valor e que deve ser exercido pela maioria, assim como o respeito aos 
direitos à vida, à liberdade, à propriedade.
Weffort (1987) apresenta, ainda, a teoria de Jean Jacques Rousseau, 
que parte do princípio de que houve um estado de natureza que não se 
constituía no caos de Hobbes e nem no mundo ordeiro e racional, como 
assegurava John Locke. Os homens viviam em caráter de desigualdades, 
mas eram livres e felizes. A sociedade política surge, então, como um mal 
necessário para manter a ordem e evitar o retorno das desigualdades. 
Assim, na criação do Estado a partir do contrato social, o indivíduo cedeu 
parte de seus direitos naturais para a criação de uma entidade detentora 
de uma vontade geral, portanto, a soberania do Estado é a incorporação 
da vontade geral de todos. 
NOTA:
Os clássicos da política, John Locke, Thomas Hobbes e 
Jean Jacques Rousseau integram os teóricos que discutem 
a criação do Estado a partir de um pacto social fomentado 
pelos homens. Para saber mais sobre tais teorias, leia: 
WEFFORT, Francisco. Os clássicos da política. São Paulo: 
Editora Ática, 1989.
Ética e Cidadania
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Figura 11 – Clássicos da política
Fonte: Sabedoria Política. 
A questão é que todos esses pensadores falam de política como 
um lugar de representação de todos, e essa possibilidade de ação está 
diretamente vinculada à concepção de ética social. Isso porque quando se 
analisa a criação do contrato social, a organização da sociedade política e 
a soberania da vontade geral, deve-se considerar o princípio de comando 
político com referência da orientação ética, do governar para o outro. 
Semelhante a como pensamos, a questão da ética social nas 
empresas na atualidade, vemos que na sociedade empresarial existem 
comportamentos de valorização e dimensionamento da preservação 
ambiental. Ideias e projetos ecológicos que, inclusive, fundem-se com 
perspectivas de responsabilidade social, muitos líderes corporativos 
precisam, por normas éticas, doar uma porcentagem dos lucros 
anuais para instituições de caridade. Essa pode ser uma ação que está 
diretamente vinculada com a real necessidade de ajuste para condutas 
que são aceitas, valorizadas e instituídas socialmente. Temos muitos 
padrões que fortalecem a ética social e que se incluem nos valores 
familiares, nas crenças religiosas, na moralidade e na integridade. 
Ética e Cidadania
31
Figura 12 – Problemas para a ética social
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Os desafios para a ética social, aliada a representação política, 
são desafios do mundo atual. Com base neles, é preciso rever práticas e 
condutas de gestão de comunidades, recursos e da própriaconcepção 
de coletividade e bem comum.
SAIBA MAIS:
Para saber mais, assista ao vídeo: “Aristóteles: Ética e 
política” clicando aqui.
RESUMINDO:
Entendeu um pouco da relação entre ética social e política? 
Neste capítulo, procuramos demonstrar como os conceitos 
de ética social e política devem estar associados para a prática 
do bem comum. Pois reforçamos que a ética consiste em 
uma regra usada para focar na construção do relacionamento 
com os outros. O sentido e o conceito de ética social foram 
desenvolvidos como verdadeiros códigos de conduta que são 
aceitos e praticado pelos membros de um grupo social. Falamos 
dos clássicos da política, Hobbes, Locke, Rousseau, com o 
intuito de mostrar que, em meio ao caos social, os homens 
criam a ordem, delegam sua concepção de representação 
ao estado, acreditando que este pode gerir suas vontades 
comuns. Cada uma com sua teoria, mas no bojo conceitual, o 
principal é entender que a política deveria conduzir a sociedade 
pela lente da ética, já que em sua originalidade conceitual, elas 
podem voltar-se para o bem comum.
Ética e Cidadania
https://www.youtube.com/watch?v=eRPhNiqbsgk
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A Ética e a Moral na Contemporaneidade
Chegamos até uma reflexão que será muito importante para o olhar 
sobre diferentes situações nos tempos atuais que vivemos. Devemos 
abordar a relação ética e moral na sociedade contemporânea para que 
possamos entender mais sobre diferentes posicionamentos em diferentes 
culturas e grupos sociais. 
Vimos no tópico anterior que existem desafios impostos à nossa 
análise da ética social, vinculada à política, mas, a partir de agora, 
precisamos pensar na generalidade da concepção de ética e moral já 
aprendidas para o entendimento de tais desafios. 
Vamos iniciar escolhendo um dos grandes desafios da humanidade, 
cuja dimensão nos entristece: a fome mundial. A fome é uma questão 
social. Mas observe que podemos eleger a relação que os países de 
primeiro mundo têm em relação ao trato da questão. Você poderá 
entender melhor acionando os conceitos de ética e moral para pensar 
sobre as reportagens a seguir.
PRIMEIRA REPORTAGEM
Fome extrema atinge mais de 113 milhões no mundo
África é o continente mais afetado
Influenciado por conflitos armados
Mais de 113 milhões de pessoas em 53 países sofreram “insegurança alimentar 
aguda” em 2018, afirma um relatório global da ONU sobre a crise alimentar 
divulgado nesta terça-feira (02/04).
O relatório apresentado pela União Europeia (UE), Organização das Nações 
Unidas  para  Alimentação  e  Agricultura  (FAO)  e  o  Programa  Alimentar 
Mundial  (PAM),  entre  outras  organizações,  destaca  que  o  problema  afeta 
principalmente o continente africano.
Os  países  que  atravessaram  as mais  graves  crises  alimentares  são:  Iêmen, 
República Democrática do Congo, Afeganistão, Etiópia, Síria, Sudão, Sudão 
do Sul e o norte da Nigéria.
Dominique Burgeon, chefe de emergências da FAO, afirmou que os países 
Ética e Cidadania
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africanos são atingidos de  forma “desproporcional” pela  fome aguda, com 
quase 72 milhões de pessoas afetadas. Segundo o documento, nos últimos três 
anos, cerca de 50 países vivem dificuldades cada vez maiores para alimentar 
a suas populações.
A  principal  causa  da  insegurança  alimentar  em  todo  o  mundo  foram  as 
guerras. Cerca de 74 milhões de pessoas, ou seja, dois terços da população 
que enfrenta a fome aguda, estavam em 21 países ou territórios localizados 
em zonas de conflito, assim como já havia ocorrido em 2017.
“Nesses países, até 80% das populações afetadas dependem da agricultura”, 
afirmou Burgeon.  “Estas  pessoas precisam  receber  assistência humanitária 
de  emergência  para  poder  se  alimentar  e  condições  para  impulsionar  a 
agricultura.”
Em 2018, o número  total de pessoas que sofreram fome aguda apresentou 
leve redução em comparação a 2017 (124 milhões). Isso pode ter ocorrido em 
razão de alguns países estarem menos expostos a riscos climáticos violentos, 
como secas, inundações ou chuvas.
“Este  recuo  no  valor  absoluto  é  um  epifenômeno”,  minimizou  Burgeon. 
A  redução  ocorreu  “devido  à  ausência  do  fenômeno  climático  ‘El  Nino’, 
que  afetou muito  as  culturas  na África Austral  e  no  Sudeste Asiático  em 
2017”. “Por causa dos violentos ciclones e tempestades em Moçambique e 
no Malawi este ano, já sabemos que esses países estarão no relatório do ano 
que vem”, observou.
José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO, avalia que, apesar da ligeira 
queda em 2018 no número de pessoas com insegurança alimentar aguda, a 
forma mais extrema de fome, “o número ainda é alto demais”.
Ele  diz  que  é  preciso  investimentos  de  grande  porte  no  desenvolvimento, 
ajuda humanitária  e na construção da paz “para construir  a  resiliência das 
populações afetadas e pessoas vulneráveis”, acrescentando que “para salvar 
vidas, também temos que salvar os meios de subsistência”.
O diretor-executivo do PAM, David Beasley, observou que para erradicar a 
fome é necessário atacar suas causas fundamentais. “Conflitos, instabilidade, 
impacto dos choques climáticos. Rapazes e moças precisam ser bem nutridos 
e  educados,  as  mulheres  precisam  ser  verdadeiramente  fortalecidas,  a 
infraestrutura rural deve ser fortalecida para conseguirmos esse objetivo de 
fome zero”, destacou.
Ética e Cidadania
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O relatório pede o fortalecimento da cooperação entre a prevenção, preparação 
e reação no atendimento às necessidades humanitárias urgentes e às causas 
profundas,  que  incluem  as  mudanças  climáticas,  choques  econômicos, 
conflitos e deslocamentos.
Fonte: WELLE, D. Fome extrema atinge mais de 113 milhões no mundo. Poder 360. 2019. 
Disponível aqui. Acesso em: 10 ago. 2021.
SEGUNDA REPORTAGEM
Saiba quem é a brasileira que doou R$ 88 milhões a Notre-
Dame
Viúva de banqueiro, ela tem sala em sua homenagem no Louvre
Uma brasileira está  entre os bilionários que doaram grandes  somas para a 
reconstrução da Catedral de Notre-Dame, de Paris, atingida por um grande 
incêndio  na  segunda-feira  (15).  Lily  Safra,  81  anos,  viúva  do  banqueiro 
Edmond Safra, enviou para a campanha de reconstrução um cheque de 20 
milhões de euros - cerca de R$ 88 milhões. Segundo o Glamurama, ela tem 
fortuna estimada em 1,3 bilhão de dólares (R$ 5,1 bilhões). 
A bilionária atualmente se divide entre casas que tem na Europa - vive entre 
Mônaco, Londres, Nova York e a própria Paris. Ela já recebeu uma Légion 
d’Honneur, uma medalha de honra dada para pessoas que contribuíram com 
a França. Uma sala no Museu do Louvre, a Galeria Edmond et Lily Safre, 
é batizada  em homenagem a  ela  e  ao  falecido marido. O ambiente  é  todo 
decorado com mobiliário do século 18 doado pelo casal. 
Um livro da jornalista canadense Isabel Vincent chama a bilionária de “Lily 
Dourada”, nome da biografia. A escritora, que era na ocasião repórter do New 
York Post,  passou  cerca  de  um  ano  no Brasil  entrevistando pessoas  sobre 
o casal. A publicação  traz detalhes sobre o suicídio do segundo marido de 
Lily, o empresário Alfredo Monteverde. No almoço antes da morte, Lily e o 
marido discutiram detalhes do divórcio. Quando ela saiu, ele tirou a própria 
vida.
O pai de Lily era um inglês do ramo de ferrovias que chegou ao Brasil no 
início  do  século XX.  Ela  nasceu  em Canoas,  no Rio Grande  do  Sul.  Seu 
primeiro marido, o argentino Mario Cohen, era um milionário fabricante de 
meias de náilon. O casal viveu no Brasil, Argentina  e Uruguai  e  teve  três 
filhos - o mais novo, Claudio, morreu em 1986 em um acidente de carro. A 
relação com Monteverde veio depois - ela se divorciou para ir morar no Rio 
Ética e Cidadania
https://www.poder360.com.br/internacional/fome-extrema-atinge-mais-de-113-milhoes-no-mundo/
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com a nova paixão, que era empresário e foi fundador da rede Ponto Frio. 
Monteverde tirou a própria vida em 1969. Eles tiveram dois filhos.
Depois, Lily se mudou para o ReinoUnido, onde morou por 10 anos. Ela 
chegou a casar em 1972 com um inglês, mas o casamento foi posteriormente 
anulado. Então conheceu Safra, na época o brasileiro mais rico do mundo. Os 
dois se aproximaram durante uma disputa em um leilão, segundo a revista 
Joyce Pascowitch. Edmond, já quarentão, ganhou e comprou a escultura, mas 
presenteou Lily com a obra. Libanês naturalizado brasileiro, era um homem 
muito  discreto.  Viveram  muitos  anos  em  Nova  York,  em  uma  cobertura 
repleta de pinturas e esculturas - arte era uma paixão de ambos.
O casamento durou 23 anos, até que em 1999 Safra morreu. Em Mônaco, 
onde  passavam  temporadas,  Edmond  Safra  foi  vítima  de  um  incêndio. 
Seu corpo foi achado na banheira de uma suíte, próximo ao de sua enfermeira. 
O  julgamento  sobre  o  caso  considerou  culpado  pelo  incêndio  um  de  seus 
enfermeiros, Ted Mahrer, que teria ateado fogo a uma lixeira para salvar o 
patrão, como herói, depois. Trancado no banheiro por seis horas, o empresário 
morreu asfixiado pela fumaça. Safra lutou nos últimos anos de vida contra o 
Mal de Parkinson e tinha acompanhamento especializado em casa. Em 1998, 
ao revelar que sofria a doença, ele fez doação de 50 milhões de dólares a uma 
instituição de pesquisa sobre o tema. 
Desde a morte do marido, Lily passou a se desfazer de parte dos bens e se 
envolver mais  com ações filantrópicas,  com a Fundação Edmond J. Safra. 
Em 2004, ela doou 10 milhões de dólares à Universidade Harvard e o mesmo 
valor  para  uma  entidade  criada  pelo  ator Michael  J.  Fox  para  pesquisar  a 
origem do Mal de Parkinson. Em 2005, colocou à venda 800 peças de sua 
coleção particular de arte pela casa de leilão Sotheby’s. “Minha vida e meus 
interesses mudaram, e já não tenho tempo nem escala nas casas para apreciar 
a coleção como fazíamos antes. Tive então que tomar uma decisão difícil: é 
hora de transferir aos outros o prazer de possuir estes tesouros”.
Arrecadação. A  campanha  para  reformar Notre-Dame  arrecadou  até  agora 
quase  1  bilhão  de  euros.  Entre  os  doadores  famosos  está  François-Henri 
Pinault, marido da atriz Salma Hayek, do grupo Kering, que afirmou que vai 
contribuir com 100 milhões de euros. O grupo LVMH, da bilionária família 
Arnault, também doou € 200 milhões (R$860 milhões).
A empresa francesa de cosméticos, L’Oréal, dará 200 milhões de euros, um 
valor agregado aos 200 milhões doados pelo grupo LVMH e aos 100 milhões 
prometidos respectivamente pela família Pinault e pela petrolífera Total.
Ética e Cidadania
36
O presidente francês Emmanuel Macron disse que a França iria contar com 
ajuda de “talentos” para reconstruir a torre mais alta da construção, que ficou 
destruída. Ela afirmou que em 5 anos o local estará  totalmente renovado e 
“ainda mais bonito” [...]
Fonte: SAIBA quem é a brasileira que doou R$ 88 milhões a Notre-Dame. Correio 24 horas. 
2019. Disponível aqui. Acesso em 10 ago. 2021. 
Vejamos possíveis análises para a questão da fome. 
Sob a ética do bem comum, quando comparamos as duas 
reportagens, logo nos vêm uma ideia de que a bilionária que doou 
milhões para a reconstrução da Catedral de Notre-Dame, na França, não 
está apresentando uma preocupação ética em relação aos números da 
fome africana, apresentada na segunda reportagem. 
Esse tipo de reflexão, na verdade, é importantíssimo para nossa 
compreensão sobre ética e moral. Pois vemos que, devido à bilionária 
ter tanto dinheiro e pensar na reconstrução de um patrimônio histórico 
da humanidade, a Catedral de Notre-Dame, poderíamos compreender 
que para sua moral (a moral que a formou e a cultura que pertence) há 
um sentido de nobreza em tal atitude. No entanto, podemos conceber 
como imoral a atitude dela em relação a não se disponibilizar para doar 
qualquer dinheiro para o combate à fome na África. Esta é só uma forma 
de debatermos questões contemporâneas com o olhar da ética e da 
moral.
Semelhante a essa reflexão, vemos também a situação da violência 
que invade as escolas no mundo inteiro. Há diversos casos de jovens 
e adultos que cometeram atentados sem qualquer melindre, fazendo 
alunos e alunas inocentes vítimas fatais de suas ações, de forma que nos 
colocamos perplexos, sem palavras, transtornados e tristes diante dessas 
notícias.
Ética e Cidadania
https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/saiba-quem-e-a-brasileira-que-doou-r-88-milhoes-a-notre-dame/
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Figura 13 - Bullying
Fonte: Pixabay 
Tal fenômeno suscita nossas reflexões sobre a moralidade do 
contexto em que ocorre, sobre nossas próprias crenças éticas e sobre se 
é possível explicar tais atitudes assassinas por uma suposta situação de 
violência que o assassino tenha sofrido na infância ou uma situação de 
bullying, por exemplo. Isso serviria para explicar que as escolas precisam 
estar atentas na formação de seus alunos, fortalecendo valores morais de 
bem comum, de promoção pessoal de cada aluno.
Ética e Cidadania
38
IMPORTANTE:
O importante em todas essas ideias e reflexões é 
compreender a relatividade das situações, além da 
profundidade e contextualização dos conceitos de ética e 
moral. Com isso, não estamos aqui a defender assassinos, 
indivíduos negligentes com a questão social, estamos 
mostrando que matar não é ético, mas a qual moral pertence 
àquele que o pratica. Dessa forma, consideramos que, na 
atualidade, com as situações desafiadoras trazidas pela 
era da globalização, a crise das representações políticas, 
a recessão econômica, a individualização, a tendência 
ao xenofobismo, o avanço das tecnologias digitais e os 
estudos das possibilidades de mutações genéticas, vemos 
a grande importância da educação para a formação da 
moralidade nos indivíduos. 
Bencostta (2007) afirma que as instituições educacionais são 
fundamentais para a aprendizagem de conhecimentos específicos 
na formação de indivíduos autônomos capazes de interagir com as 
diferentes situações que podem vivenciar no mundo contemporâneo. 
Vázquez (2003) nos lembra bem que a função social da moral deve ser 
a de regulamentação das relações entre os homens para contribuir na 
manutenção e garantia da sociedade. Além disso, a ética é uma prática 
diretamente relacionada à ação humana.
Bencostta (2017) fala do trabalho de Svitras (2017), que reforça 
que a atividade em sala deve ser capaz de desenvolver habilidades e 
competências que colaborem e definam soluções para dilemas sociais. É 
na escola que se pode criar um ambiente ideal para prática e aprendizagem 
da ética e a formação do caráter; é possível falar de respeito, justiça, 
solidariedade e moral. 
Ética e Cidadania
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O autor relaciona propostas de trabalho para que isso aconteça na 
escola: 
 • Trabalhar conceitualmente – definir o conceito de ética e promover 
o debate criativo. Aceitar e mediar as opiniões das turmas.
 • Construir uma atividade relacional – fornecer desafios para que os 
alunos e alunas convivam com a diferença. 
 • Incentivar a tomada de decisões – Levar alunos e alunas a pensar 
nas situações concretas e como seria decidir pelo certo ou errado 
naquela situação. Como exemplo, desde contar uma mentira para 
sair mais cedo da escola a até mesmo pensar a corrupção na 
política.
 • Jogar com situações limítrofes – apresentar situações em que o 
aluno é levado a pensar como se um familiar ou amigo estivesse 
em situação de risco, por exemplo.
 • Criação de regras com a turma – essa situação leva a debates 
quanto ao que os alunos querem para suas rotinas em termos de 
normas de conduta e o que realmente fazem, uma reflexão de 
pensamento e ação. 
Figura 14 - Discussão sobre ética na sala de aula
Fonte: Freepik. 
Ética e Cidadania
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SAIBA MAIS:
Para você se aprofundar ainda mais neste tema, leia o 
artigo Moral e ética no mundo contemporâneo, de Yves de 
La Taille. Disponível aqui.
RESUMINDO:
Neste tópico, fomos capazes de revisar nossos conceitos 
de ética e moral, você percebeu? Pensando sobresituações 
do contexto contemporâneo, vimos que a ética está sempre 
ligada à nossa formação moral. Ética e moral são conceitos 
que devem ser trabalhados na educação formal, na escola. 
Não se pode prescindir de considerar que na crise de 
valores, os indivíduos deixem de agir desconsiderando a 
moral e a ética vigentes. 
Ética e Cidadania
https://www.revistas.usp.br/revusp/article/download/125319/122350/237788 
41
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Claudia C. MariaM.; SOARES, Keila K. Cristina C. Dambinski. 
Pedagogo Escolar: as funções supervisora e orientadora. Curitiba: Ibpex, 
2010.
ARANHA, Maria M. Lúcia. de Arruda.; & MARTINS, Maria M. Helena . 
P.. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2009.
ARENDT, HannahH. A condição humana. Editora Forense. Rio de 
Janeiro, 2003.
ARISTÓTELES. Política. 3. ed. Brasília: UnB, 1997.
BENCOSTTA, M. L. (org.) Culturas escolares, saberes e práticas 
educativas: itinerários históricos. São Paulo: Cortez, 2007.
CARVALHO, José J. Murilo M. de. Cidadania no Brasil: o longo 
caminho. 11.ª ed. - Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2010.
CORTELLA, M. S. Qual é a tua obra? Inquietações, propositivas 
sobre gestão, liderança e ética. Petrópolis: Vozes, 2009.
DIMENSTEIN, G. O cidadão de papel: a infância, a adolescência e 
os direitos humanos no Brasil. São Paulo: Ática, 1994.
FREIRE. Paulo. Educação e mudança. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 
2011.
LENZI, T. Quais os direitos e deveres do cidadão? Toda Política. 
([s. d.]). Disponível em: https://www.todapolitica.com/direitos-deveres-
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LIVRARIA DA TRAVESSA. A Política. Aristóteles. Disopnível em: 
https://www.travessa.com.br/a-politica-2-ed-2009/artigo/7aa2381e-
5e88-46b4-8fab-316e9a3b657a. Acesso em: 10 ago. 2021.
Ética e Cidadania
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