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── PROPEDÊUTICA ── __________ SOPRO E BULHAS CARDÍACA __________ REVISÃO ANATÔMICA ________ LOCALIZAÇÃO DO ICTUS CORDIS AUSCULTA CARDÍACA _________ - facilitadora do diagnóstico das Síndromes Cardíaca - estetoscópio - diafragma: sons agudos (de alta frequência), maioria dos sons cardíacos (B1, B2 e alguns sopros) - campânula: sons mais graves (baixa frequência), B3 e B4 e ruflar diastólico mitral AS BULHAS CARDÍACAS NORMAIS B1: principal elemento na formação é o fechamento das valvas mitral e tricúspide → “TUM” (som mais grave e longo) B2: vibrações de fechamento das valvas aórtica e pulmonar são audíveis → “TA” (som mais agudo e curto) DESDOBRAMENTOS FISIOLÓGICOS DAS BULHAS CARDÍACAS A. bulhas cardíacas sem desdobramentos: os componentes mitral (M) e tricúspide (T) de B1 e os componentes aórtico (A) e pulmonar (P) de B2 estão unidos, ouvindo-se 2 ruídos B. os componentes mitral e tricúspide da 1ª bulhas (setas) ficam separados, passando-se a ouvir um som desdobrado (TLUM). Isso ocorre com frequência em pessoas normais, e não têm relação com a respiração C. Desdobramento fisiológico (setas) da 2ª bulha (TLA) que aparece na inspiração ── PROPEDÊUTICA ── Causas de Desdobramentos da 2ª bulha cardíaca BULHAS ACESSÓRIAS - terceira bulha (B3) - vibrações da parede ventricular subitamente distendida (em resposta ao enchimento do ventrículo) - protodiastólico (início da diástole) de baixa frequência - melhor auscultador no foco mitral com paciente em decúbito lateral esquerdo - fisiológico em crianças e adultos jovens - quarta bulha (B4) - desaceleração do fluxo sanguíneo atrial de encontro com o ventrículo - telediastólico (final da diástole) - fisiológico em crianças e adultos jovens VARIAÇÕES DA INTENSIDADE DAS BULHAS - normofonéticas: intensidade normal à ausculta - hipofonéticas: intensidade diminuída à ausculta - hiperfonéticas: intensidade aumentada à ausculta - alterações da intensidade de B1 mecanismo hiperfonese hipofonese Anatomia Torácica Espessura diminuída do tórax obesidade, enfisema pulmonar, tamponamento cardíaco Velocidade de elevação da pressão ventricular estados hiperdinâmicos (febre, anemia, tireotoxicose, exercício) estado de baixo débito cardíaco (choque, miocardiopatia), bloqueio do ramo esquerdo Amplitude da excursão dos folhetos estenose mitral, mixoma atrial, PR curto PR longo (200-500 ms), insuficiência aórtica grave - alterações da intensidade de B2 mecanismo hiperfonese hipofonese Anatomia Torácica Espessura diminuída do tórax Obesidade, enfisema, pulmonar, tamponamento cardíaco Velocidade de redução da pressão ventricular Estados hiperdinâmicos (febre, anemia, tireotoxicose, exercício) estados de baixo débito cardíaco (choque, miocardiopatia) Pressão arterial sistêmica/pul monar Hipertensão arterial sistêmica (A2); hipertensão pulmonar hipofluxo pulmonar (P2) ── PROPEDÊUTICA ── Relação espacial grandes vasos/parede torácica Dilatação da aorta (A2) ou pulmonar (P2), transposição grandes artérias (A2), Tetralogia de Fallot (A2) Rigidez dos folhetos Estenose valvar, aórtica ou pulmonar SOPROS ___________________ - são um conjunto de vibrações de duração bem mais prolongada, que surgem quando o sangue modifica seu padrão laminar de fluxo para turbulento - podem ocorrer por - aumento da velocidade do fluxo sanguíneo: estados hiperdinâmicos (febre, hipertireoidismo, esforço físico, etc) - redução da viscosidade sanguínea (anemia) - passagem por área estreita (estenoses valvares, insuficiências valvares, CIA) - passagem por área dilatada (aneurismas - devem ser avaliados quanto a: - localização - posição no ciclo cardíaco - irradiação - intensidade - timbre e tonalidade - modificação com respiração, posição do paciente e exercício CURVAS - sopros sistólicos - sopros diastólicos - sopros contínuos ou sisto-diastólicos ── PROPEDÊUTICA ── INTENSIDADE DO SOPRO - graduação em 6 cruzes GRAU DESCRIÇÃO Grau 1 Muito suave, auscultado a pena após o ouvinte ter ser “sintonizado”; não é auscultado em todas as posições Grau 2 Baixo, mau auscultado imediatamente após se posicionar o estetoscópio sobre o tórax Grau 3 Moderadamente forte Grau 4 Forte, com frêmito palpável Grau 5 Muito alto, com frêmito. Pode ser auscultado com o estetoscópio sem encostar totalmente no tórax Grau 6 Muito alto, com frêmito. Pode ser auscultado com o estetoscópio sem encostar no tórax - graduação em 4 cruzes (não leva em consideração o frêmito) GRAU DESCRIÇÃO Grau 1 corresponde aos sopros débeis, audíveis somente quando se ausculta com atenção e em ambiente silencioso Grau 2 indica sopros de intensidade moderada Grau 3 traduz sopros intenso Grau 4 corresponde aos sopros muito intensos, audíveis mesmo quando se afasta o estetoscópio da parede torácica ou quando se interrompe entre está é o receptor a mão do examinador SOPROS SISTÓLICOS - Sopro Sistólico de Ejeção: acontece na estenose aórtica e pulmonar (aumento da “força” para empurrar o sangue) - Sopro Sistólico de Regurgitação: acontece na insuficiência mitral e tricúspide (refluxo sanguíneo durante a sístole ventricular para a cavidade atrial por insuficiência do fechamento das valvas mitral e/ou tricúspide ESTENOSE MITRAL ___________ - restrição à abertura dos folhetos valvares mitral - resistência fixa ao fluxo sanguíneo do AE para o VE na diástole - principal manifestação clínica: congestão pulmonar (piora ao esforço físico) - durante esse esforço, aumenta o débito cardíaco e FC - com o passar do tempo, pode haver hipertensão arterial pulmonar (arteríolas pulmonares hipertrofiadas) SOPRO DA ESTENOSE MITRAL - etiologia: - cardiopatia reumática (fase crônica) - >90% dos casos nos países em desenvolvimento - sintomas entre a terceira e a quarta décadas da vida - degenerativa (calcificações do aparato valvar) - mais comum em idosos - pode chegar a 60% dos casos em pacientes com mais e 80 anos de idade - sintomas: - dispneia (principal sintoma) - inicialmente com eventos que aumentam a pressão venocapilar pulmonar - dispneia em repouso e dispneia paroxística noturna - pode ser acompanhada por palpitações, hemoptise e tosse ── PROPEDÊUTICA ── - disfonia, disfagia (aumento do AE) - exemplos de sopro da estenose mitral - mesodiastólico - reforço no fim da diástole ou pré sístole (o pré sístole depende da contração atrial) - baixa frequência - tonalidade grave INSUFICIÊNCIA MITRAL ______ - refluxo de sangue do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo devido a incompetência do fechamento da valva mitral - causas - prolapso de valva mitral (cordoalha tendínea de comprimento excessivo, tornando mais difícil tensionar as cúspides mitrais na sístole) - cardiopatia reumática - doença isquêmica do miocárdio - insuficiência mitral aguda (edema agudo do pulmão) - calcificações senil do anel mitral - dilatação ventricular esquerda - sintomas: dispneia, ortopneia - ausculta cardíaca: sopro sistólico no foco mitral ESTENOSE AÓRTICA _________ - restrição à abertura dos folhetos valvares - hipertrofia ventricular concêntrica, levando à fibrose intersticial e arritmias ventriculares, podendo gerar isquemia miocárdica - causas: - degeneração calcífica nas cúspides (principalmente em idosos devido a dislipidemia, HAS, tabagismo e DM) - sintomas: - dispneia, dor torácica, síncope - ausculta: - sopro no foco aórtico (2º espaço intercostal direito na linha paraesternal) mesossistólico (em diamante), com possível frêmito (>+4/+6), irradiação para as carótida e fúrcula esternal e pulsos tardus (pico atraso e elevação lenta) e parvus (amplitude diminuída na carótida) INSUFICIÊNCIA AÓRTICA _____ - refluxo de sangue para ventrículo esquerdo durante a diástole ventricular devido a uma incompetência do fechamento valvar aórtico - causas: - dilatação da raiz da aorta por aterosclerose da aorta ascendente (calcificações por HAS e hipercolesterolemia), aortite sifilítica - lesão direta da valva aórtica por cardiopatia reumática, dissecção aórtica, síndrome de Marfan (colágenohereditário) - história clínica ── PROPEDÊUTICA ── - disfunção ventricular, fadiga, tontura, dispneia aos esforços e ortopneia - exame físico: - elevada pressão de pulso, tudo pulsa (musset: cabeça; muller: úvula; becker: íris) - pulso em martelo d’água - hipertensão sistólica, sopro diastólico aspirativo no foco aórtico ATRITO PERICÁRDICO ________ - normal: movimento do coração no saco pericárdico é silencioso - inflamação ou enrijecimento do pericárdico (ruído de fricção auscultado como sons ao longo da borda esternal esquerda) - uso do diafragma e paciente sentado (respiração presa em expiração) - características mudam frequentemente de um dia para o outro (uma “dica” de ser de origem pericárdica) - patologias envolvidas - pericardite aguda - após IAM - pós cirurgia cardíaca - trauma de tórax - o atrito pericárdico não coincide exatamente com nenhuma das fases do ciclo cardíaco, podendo ser ouvido tanto na sístole quanto na diástole, não mantendo relação fixa com as bulhas e , às vezes, dando a sensação de ser independente dos ruídos produzidos no coração https://medpri.me/upload/texto/text o-aula-701.html https://medpri.me/upload/texto/texto-aula-701.html https://medpri.me/upload/texto/texto-aula-701.html
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