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Seja qual for a sua área, a qualidade e a segurança de todos os processos envolvidos na sua ocupação estão diretamente ligadas ao sucesso – ou não – de suas intervenções com seu cliente ou serviço prestado. Então, para prepará-lo para a prática, nesta webaula, apresentaremos os principais conceitos e de�nições que permeiam a gestão da qualidade e a segurança do paciente. Taxonomia em segurança do paciente – Organização Mundial de Saúde (OMS) Em 2005, a OMS lançou a Classi�cação Internacional de Segurança do Paciente (ICPS). Essa classi�cação permite a uniformidade de conceitos, a qual assegura que os pro�ssionais tenham uma comunicação mais assertiva sobre cada terminologia e consigam aplicá-la em seu cotidiano. Classi�cação Internacional de Segurança do Paciente (ICPS) Fonte: Brasil (2014, p. 7). Segurança do paciente Reduzir os riscos de danos desnecessários ao paciente/cliente. Dano Comprometimento da estrutura ou função do corpo humano, seja de ordem física, social ou psicológica. Risco Probabilidade de um incidente acontecer. Incidente Evento ou situação que poderia ou resultou em dano desnecessário ao paciente. Circunstância noti�cável Incidente com potencial para causar dano ao paciente/cliente. Near miss É um “quase erro”, incidente que foi observado, mas atingiu o paciente/cliente. Incidente sem dano Incidente que atingiu o paciente/cliente, mas não foi capaz de causar dano. Evento adverso Incidente que resultou em dano ao paciente/cliente. Pode ser um dano temporário, permanente ou até mesmo o óbito. Gestão, Qualidade e Segurança do Paciente Contexto histórico da segurança do paciente e principais de�inições Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! Gradação dos incidentes relacionados à assistência à saúde Fonte: elaborada pelo autor. Hierarquia dos incidentes Existe uma gradação nos incidentes, e isso possibilita a criação de processos que minimizem os riscos e melhorem continuamente a qualidade do seu trabalho e atendimento ao paciente/cliente. Observe, a seguir, a hierarquia dos incidentes. Exemplo É fundamental que você compreenda a gradação dos incidentes, pois um evento adverso acontece, geralmente, devido a uma série de fatores que foram negligenciados ao longo do tempo. Imagine a seguinte situação: Paciente está em uma cama, e as grades dela estão quebradas (circunstância noti�cável), mas ninguém percebeu ou deu a devida importância. Pro�ssional chega ao leito do paciente quando ele ia cair e consegue ajudá-lo, e a queda não ocorre (near miss) Paciente escorrega e vai ao chão, mas não apresenta nenhum dano (incidente sem dano). Por �m, em nova ocasião, o paciente cai e bate a cabeça, tem perda da consciência e hemorragia (evento adverso). Se no primeiro incidente houvesse a noti�cação, a troca de cama do paciente e o encaminhamento da cama dani�cada para a manutenção, o evento adverso não aconteceria. Políticas públicas de segurança do paciente Em 1999, o Institute of Medicine (IOM) lançou o primeiro estudo sobre a temática “segurança do paciente”. Na ocasião, o estudo, denominado Errar é humano: construindo um sistema de saúde mais seguro, foi impactante no mundo todo, pois evidenciou que morriam, aproximadamente, 98 mil pessoas por ano devido a erros médicos. (Como você percebeu, não usamos mais o termo “erro médico”, e sim incidentes.) Este estudo pioneiro inspirou iniciativas globais. Em 2004, a OMS lançou a campanha Aliança mundial pela segurança do paciente e, a partir deste ponto, a noção de que a necessidade de uma assistência segura era universal. E no Brasil? A iniciativa mais importante foi a Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013, a qual estabeleceu o Programa Nacional de Segurança do Paciente, um marco para o país, pois regulamentou e tornou compulsório que as instituições de saúde tenham uma política de segurança interna para melhoria da qualidade e segurança do paciente/cliente. Vale ressaltar que as políticas públicas são essenciais, mas é necessário que haja uma cultura de segurança em toda a instituição de saúde e que todos os colaboradores sejam capacitados para evitar incidentes. Para �xar A segurança do paciente/cliente signi�ca a redução dos riscos de danos desnecessários. É muito importante salientar que, apesar de todos os sentimentos e ideias que se tem sobre o pro�ssional de saúde, por exemplo, são pessoas que gostam de cuidar de outras pessoas, que salvam vidas, são anjos, entre outros adjetivos, ele não é isento de riscos. Lembrar disso é importante no cuidado para reduzir, especialmente, os danos desnecessários. Por exemplo: ao realizar um determinado procedimento ou ação de acordo com a sua pro�ssão, existe um risco inerente, o qual, muitas vezes, se con�gura como um dano necessário para que aquela ação aconteça. Sendo assim, você, um futuro pro�ssional de saúde, deverá sempre se lembrar desse conceito e pensar em melhorias para evitar os danos desnecessários. Com os conteúdos apresentados, espera-se que você tenha compreendido a importância de reduzir os incidentes e assegurar a qualidade do seu trabalho. Continue seus estudos para se aprimorar nessa temática.
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