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S5P2 PÓLIPOS INTESTINAIS E CA DE CÓLON

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S5P2 HERANÇA DE FAMÍLIA 
 Estudar a etiologia, fisiopatologia, epidemiologia, fatores de risco, manifestações clínicas, 
 diagnóstico e tratamento dos pólipos intestinais e das neoplasias originadas de pólipos (CA 
 de cólon); 
 Analisar os fatores de risco e os mecanismos carcinogênicos do CA de cólon. 
 Um pólipo é qualquer crescimento da mucosa para o interior da luz intestinal. E o pólipo benigno, 
 chamado adenoma, pode vir a se tornar maligno, se tornando um adenocarcinoma. 
 Rastreamento - geralmente feito em pessoas, que mesmo assintomáticas, tenham histórico natural 
 de CA de intestino. Feito por meio de colonoscopia para detecção precoce. Um pólipo adenomatoso 
 leva cerca de 10 a 15 anos (longo período detectável) para evoluir para uma lesão maligna. 
 Polipose Adenomatosa Familiar (FAP) e síndrome de Câncer Colorretal Hereditário Não Poliposo 
 (HNPCC). 
 Pesquisa de sangue oculto nas fezes 
 Baixo a moderado risco; 
 Há divergências; 
 ● Remoção completa durante a colonoscopia (polipectomia); 
 ● Às vezes, segue-se a ressecção cirúrgica; 
 ● Colonoscopia de seguimento. 
 COLONOSCOPIA 
 Método adequado de investigação das doenças colorretais, principalmente quando se trata de 
 pólipos e neoplasias; 
 Método diagnóstico e terapêutico; 
 Deve-se remover os pólipos completamente com pinça ou biópsia com pinça durante a colonoscopia 
 total. Se a remoção colonoscópica não for bem sucedida, deve-se fazer laparotomia. 
 Os tratamentos subsequentes dependem da histologia do pólipo. Se o epitélio displásico não invadir 
 a muscular da mucosa, se as margens de ressecção estiverem livres e a lesão for bem diferenciada, 
 a retirada endoscópica e o acompanhamento são suficientes. 
 Os pacientes com invasão mais profunda, sem margens livres ou lesão pouco diferenciada devem 
 ser submetidos à ressecção segmentar do cólon. Como a invasão muscular da mucosa causa 
 acesso a linfonodos e aumenta o risco de metástases linfonodais, esses pacientes devem 
 submeter-se a uma avaliação posterior. 
 É preciso repetir colonoscopia a cada 3 - 5 anos, dependendo dos achados colonoscópicos 
 anteriores. Em pacientes que o pólipo não foi completamente ressecado, repetir a colonoscopia 
 em 2 - 6 meses, dependendo dos achados iniciais e pacientes que foram submetidos à cirurgia 
 curativa de câncer colorretal devem fazer colonoscopia 1 ano após a cirurgia ou após 3 - 6 meses 
 quando a colonoscopia pré operatória tiver sido incompleta. Em casos específicos como em 
 pacientes com história pessoal de doença inflamatória intestinal devem iniciar o rastreamento 
 com colonoscopia após 8 - 10 anos do início dos sintomas da doença inflamatória e devem fazer o 
 exame a intervalos de 1 - 2 anos. 
 Em relação ao tipo de pólipo encontrado a Sociedade Brasileira de Coloproctologia 
 recomenda a realização de colonoscopia da seguinte forma: 
 ● Pólipo hiperplásicos menores de 1cm - colonoscopia em 10 anos; 
 ● 1 ou 2 adenomas tubulares menores de 1cm - colonoscopia em 5 a 10 anos; 
 ● 3 a 10 adenomas tubulares - colonoscopia em 3 anos; 
 ● Mais de 10 adenomas - colonoscopia em 1 ano; 
 ● 1 ou mais adenomas tubulares maiores de 1cm - colonoscopia em 3 anos; 
 ● 1 ou mais adenomas viloso ou túbulo vilosos - colonoscopia em 3 anos; 
 ● 1 adenoma com sinais de displasia de alto grau - colonoscopia em 1 ano. 
 PREVENÇÃO DE PÓLIPOS 
 Aspirina e inibidores da COX-2 podem ajudar a prevenir a formação de novos pólipos em pacientes 
 com pólipos ou câncer de cólon anteriores. Os potenciais benefícios da terapia a longo prazo com 
 esses agentes devem ser ponderados em relação aos potenciais efeitos adversos (p. ex., 
 sangramento, disfunção renal). 
 TRATAMENTO PARA CA DE CÓLON 
 Síndromes Polipoides: 
 v Rastreamento precoce (Método populacional) 
 ü Pesquisa de sangue oculto nas fezes; 
 ü Se o resultado for positivo (+), é indicado fazer uma COLONOSCOPIA ; 
 ü Indivíduo com risco moderado , sendo esse acima de 50 anos , sem antecedente 
 familiar: 
 o COLONOSCOPIA a cada 10 anos . 
 v Proctocolectomia total 
 1. Retirada do intestino grosso e o reto; 
 2. Com o intestino delgado faz uma bolsa (reservatório) – Denominado bolsa ileal ; 
 3. Faz uma anastomose entre a bolsa ileal com o canal anal. 
 CA 
 Marcadores tumorais - alfafetoproteína (AFP) 
 Estágio 0 
 Polipectomia e colectomia parcial se o tumor for muito grande 
 Estágio 1 
 O tumor se desenvolveu através de várias camadas do cólon, mas não se espalhou para além da 
 parede do órgão ou para os linfonodos adjacentes. 
 Geralmente é um tumor anexado ao pólipo. Se o pólipo for removido completamente não são 
 necessários tratamentos adjacentes. Mas aqui pode haver colectomia parcial se as margens forem 
 ruins. TRATAMENTO PADRÃO SEM QUALQUER TERAPIA ADICIONAL. 
 Estágio 2 
 Tumores que se desenvolveram através da parede do cólon e podem ter invadido o tecido 
 adjacente, porém eles ainda não se disseminaram para os gânglios linfáticos. 
 A colectomia parcial pode ser o único tratamento necessário. Mas a quimioterapia adjuvante pode 
 ser recomendada se existir um risco grande de recidiva em função de alguns fatores, como: 
 ● Tumor em estágio avançado. 
 ● A doença se espalhou para os órgãos adjacentes. 
 ● Não foi possível a retirada de pelo menos 12 gânglios linfáticos. 
 ● Foi encontrada doença além das margens cirúrgicas. 
 ● O tumor estava obstruindo o cólon. 
 ● O tumor causou uma perfuração na parede do cólon. 
 Nem todos os médicos concordam sobre o momento da administração da quimioterapia para os 
 tumores de câncer de cólon neste estágio. É importante discutir os prós e contras da quimioterapia 
 com seu médico, inclusive o quanto isso pode reduzir o risco da recidiva e os possíveis efeitos 
 colaterais. 
 As principais opções para a quimioterapia neste estágio incluem o 5-FU e leucovorina ou a 
 capecitabina, mas também podem ser administradas outras combinações. 
 Estágio 3 
 Tumor se disseminou para os linfonodos próximos, mas ainda não se espalhou para outros órgãos. 
 A cirurgia (colectomia parcial) e quimioterapia adjuvante é o tratamento padrão nestes casos. 
 Para a quimioterapia, os esquemas quimioterápicos FOLFOX (5-FU, leucovorina e oxaliplatina) ou 
 CapeOx (capecitabina e oxaliplatina) são usados com mais frequência, mas alguns pacientes podem, 
 em função da idade e estado geral de saúde, receber o 5-FU com leucovorina ou capecitabina. 
 Para pacientes com câncer de cólon avançado que não pode ser removido por cirurgia, é indicada a 
 quimioterapia neoadjuvante junto com a radioterapia (quimiorradiação) para reduzir o tamanho do 
 tumor e posterior retirada cirúrgica. Para cânceres avançados já removidos cirurgicamente, mas que 
 foram encontrados aderências a órgãos próximos ou margens positivas é indicada a radioterapia 
 adjuvante. Para os pacientes sem condições físicas para realizar uma cirurgia, a radioterapia ou 
 quimioterapia podem ser boas opções de tratamento. 
 tratamento adjuvante é feito com o objetivo de destruir as células cancerígenas que possam ainda 
 estar presentes no organismo após essa intervenção. Já o tratamento neoajuvante é realizado 
 antes da cirurgia, com o objetivo de reduzir o tamanho ou a extensão do tumor antes da intervenção 
 principal. 
 Estágio 4 
 Tumor já se disseminou para outros órgãose tecidos. Na maioria das vezes, o câncer de cólon se 
 espalha para o fígado, mas também pode se disseminar para outros órgãos como pulmões, cérebro, 
 peritônio ou gânglios linfáticos distantes. 
 Na maioria dos casos, é improvável curar a doença com a cirurgia. No entanto, se existirem apenas 
 pequenas áreas de disseminação da doença no fígado ou pulmões, essas podem ser completamente 
 removidas junto com o tumor do cólon. Nestes casos, a químio é administrada após a cirurgia. Em 
 alguns casos, se a doença se disseminou para o fígado é realizada a infusão através da artéria 
 hepática. 
 Se as metástases não podem ser removidas cirurgicamente, por causa do tamanho ou da 
 quantidade, a quimioterapia pode ser realizada com o objetivo de reduzir os tumores antes da 
 cirurgia (quimioterapia neoadjuvante). Outra opção pode ser a destruição dos tumores com ablação 
 ou embolização. 
 Se a doença estiver muito disseminada, a quimioterapia é o tratamento principal. A cirurgia pode ser 
 necessária se o tumor estiver bloqueando o cólon ou para evitar a obstrução do mesmo. Às vezes, a 
 cirurgia pode ser evitada colocando-se um stent no cólon durante uma colonoscopia para mantê-lo 
 aberto. Caso contrário, podem ser realizados outros procedimentos, como uma colectomia ou 
 colostomia. 
 A maioria dos pacientes com câncer de cólon estágio IV receberá tratamento quimioterápico ou 
 terapia-alvo para controlar a doença. Alguns dos esquemas mais comumente utilizados incluem: 
 ● FOLFOX: leucovorina, 5-FU e oxaliplatina. 
 ● Folfiri: leucovorina, 5 - FU e irinotecano. 
 ● CapeOX ou CAPOX: capecitabina e oxaliplatina. 
 ● FOLFOXIRI: leucovorina, 5-FU, oxaliplatina e irinotecano. 
 ● Qualquer uma das combinações acima, mais um medicamento que tenha como alvo o VEGF 
 (bevacizumabe, ziv-aflibercept ou ramucirumabe), ou um medicamento que tenha como 
 alvo o EGFR (cetuximabe ou panitumumabe). 
 ● 5-FU e leucovorina, com ou sem terapia-alvo. 
 ● Capecitabina, com ou sem terapia-alvo. 
 ● Irinotecano, com ou sem terapia-alvo. 
 ● Cetuximabe. 
 ● Panitumumabe. 
 ● Regorafenibe. 
 ● Trifluridina e tipiracil. 
 A escolha do esquema de tratamento pode depender de vários fatores, como tratamentos anteriores 
 realizados e estado de saúde geral do paciente. Se um destes esquemas já não é eficaz, outro pode 
 ser administrado. 
 Para pacientes com determinadas alterações genéticas nos genes MMR, outra opção após a 
 quimioterapia inicial é o tratamento com imunoterapia, como o pembrolizumab ou nivolumabe. 
 Para canceres avançados, a radioterapia também pode ser administrada para prevenir ou aliviar 
 sintomas, como a dor. Embora possa reduzir o tamanho do tumor durante um tempo, é muito pouco 
 provável que resulte na cura. Se a radioterapia for indicada, é importante se entender o objetivo do 
 tratamento.

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