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Atividade II - História da Língua Portuguesa Pergunta 1 Leia com atenção o excerto a seguir: “Fernão Lopes na sua Crônica de D. João I. Assim, esta unidade familiar confere à morte santa do fundador da dinastia um carácter fundacional: se atrás de D. João I se encontra a sua família, se a sua memória é também memória da dinastia, o rei santo santifica a dinastia, e o rei exemplar a dinastia, isto é, a morte do rei transforma-se em ponto de referência da morte de todos os membros da família real. A este respeito, a inscrição que se pode ler na legenda da moldura do retrato deste rei que se encontra no Museu de Arte Antiga é altamente significativa. O monarca é representado em atitude de oração, com as mãos postas, numa atitude pouco natural”. FONSECA, L. A. Política e cultura nas relações luso-castelhanas no século XV. Península: revista de estudos ibéricos, 2003. Disponível em: https://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/artigo12581.pdf. Acesso em: 8 jan. 2020. De acordo com o contexto e sobre as necessidades de inovação cultural em Portugal, analise as afirmativas a seguir: I. Fernão Lopes foi nomeado cronista-mor, responsável também pela historiografia portuguesa. II. A nobreza passou a ter interesse por novelas de cavalaria e traduções de histórias britânicas. III. A residência real foi transferida para Lisboa, uma região que, antes, era de domínio moçárabe. IV. A cidade de Lisboa tornou-se a referência da língua portuguesa. Está correto o que se afirma em: · I e III, apenas. · I, II e III, apenas. · I e II, apenas. · II, III e IV, apenas. · I, II, III e IV. Sua resposta está incorreta. Para a reestruturação da cultura portuguesa, houve a necessidade de uma nova dinastia; as mudanças culturais e sociais deram um novo destino para a história portuguesa. Houve contratação de professores e escrivães para os burgueses que, com esse privilégio, ocupavam o tempo com a leitura de novelas e textos de tradução. A mudança de cidade foi tanto para a Universidade quanto para a realeza, que foram transferidas para a cidade de Lisboa. Com tantas alterações sociais, houve a necessidade de nomear Fernão Lopes para o cargo de cronista-mor: atenderia à realeza e também organizaria as documentações reais. Pergunta 2 Leia o excerto a seguir: “[...] a Península Ibérica surge, grosso modo, no decorrer do primeiro quartel do século XV, como horizonte privilegiado do confronto político europeu, com implicações diretas no posicionamento português. Com efeito, se o relacionamento ibérico de Portugal - mercê das exigências da geografia - sempre fora um problema fundamental da própria existência do reino, agora, quando esse palco se apresenta como espaço de confronto continental, tal relacionamento apresenta-se como exigência decisiva, quase dramática, da estratégia nacional”. FONSECA, L. A. Política e cultura nas relações luso-castelhanas no século XV. Península: revista de estudos ibéricos, 2003. Disponível em: https://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/artigo12581.pdf. Acesso em: 8 jan. 2020. A partir do apresentado, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. No século 15, houve uma grande crise na dinastia portuguesa. Pois: O crescimento da população na cidade trouxe a crise no campo. A grande população urbana fez aumentar a peste e a fome, e a guerra devastou toda a Europa. A seguir, assinale a alternativa correta: · A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. · As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. · A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. · As asserções I e II são proposições falsas. · As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. Resposta correta. A alternativa está correta, pois a asserção I é uma proposição verdadeira, visto que a crise começou com o crescimento populacional urbano. A asserção II também é verdadeira e justifica a I, pois a grande população na cidade aumentou as doenças e, com o campo com pouca produção e pessoas para trabalhar, incentivou ainda mais a crise na dinastia portuguesa. Pergunta 3 Leia o trecho a seguir: “Como hoje são faladas somente cerca de 180 línguas indígenas neste país, conclui-se que houve uma perda de 1000 línguas, ou seja, 85% como consequência do encontro entre povos indígenas e os europeus e seus descendentes”. RODRIGUES, A. D. Línguas indígenas: 500 anos de descobertas e perdas. DELTA: documentação e estudos em linguística teórica e aplicada, v. 9, n. 1, p. 92, 1993. Considerando o contexto, indique a alternativa que apresenta os nomes de cidades que receberam o nome por influência da língua indígena: · Curitiba (PR) e Erechim (RS). · Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). · Erechim (RS) e Porto Alegre (RS). · São Paulo (SP) e Curitiba (PR). · Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP). Resposta correta. A alternativa está correta, pois o nome da capital do estado do Paraná, a cidade de Curitiba, vem do Tupi-Guarani: Curi = pinhão, pois possui clima temperado e, nas origens da colonização, possuía muitas árvores araucárias, das quais produz o pinhão; e Tiba = lugar. A cidade de Erechim, fica no estado do Rio Grande do Sul – do Kaingáng (Jê) erê-xim – campo pequeno e recebeu esse nome por ficar cercada de floresta na época de sua colonização. Pergunta 4 Analise o texto a seguir: “Ainda que eu falasse a língua do homens E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria É só o amor, é só o amor Que conhece o que é verdade O amor é bom, não quer o mal Não sente inveja ou se envaidece Legião Urbana - Monte Castelo”. MONTE Castelo: Legião Urbana. Letras. Disponível em:https://www.lyricfind.com/https://www.letras.mus.br/legiao-urbana/22490/. Acesso em: 15 dez. 2019. A partir do apresentado, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. O homem busca inspirações divinas para explicar sentimentos, mesmo em épocas diferentes. Pois: II. Artistas medievais e contemporâneos abordam temas em comuns para escrever seus poemas. A seguir, assinale a alternativa correta: · As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. · As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. · As asserções I e II são proposições falsas. · A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. · A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. Sua resposta está incorreta. A alternativa está incorreta, pois as duas proposições apresentadas são verdadeiras e a asserção II justifica a I, pois o tema abordado nos dois textos é o amor, explicado pelos versículos bíblicos e por sentimentos humanos com uso de figura de linguagem. Pergunta 5 Para que o Brasil fosse colonizado, era necessário haver o entendimento da fala. Por volta de 1530, houve o empreendedorismo no Governo-Geral e, assim, a disseminação de língua para a negociação e para o evangelismo. As línguas eram a mistura de português de Portugal com a fala dos índios das regiões alcançadas por jesuítas ou por bandeirantes. Nesse sentido, assinale a alternativa que indica as línguas usadas para a comunicação nesse período em terras brasileiras: · Língua afro-brasileira e língua tupi. · Língua portuguesa e língua indígena. · Língua indígena e língua tupi. · Língua africana e língua paulista. · Língua geral paulista e língua geral amazônica. Resposta correta. A alternativa está correta, pois duas línguas gerais desenvolveram-se no Brasil no período de colonização: a língua geral paulista e a língua geral amazônica, também chamada nheengatu. Os bandeirantes paulistas usavam a língua geral para a colonização de terras do interior da região do estado de São Paulo. Na região da Amazônia, eram usados os dialetos indígenas com a língua portuguesa, criando a língua geral amazônica. Pergunta 6 Leia o excerto a seguir: “[...] o trovadorismo constituiu-se em um movimento amploe que uma das suas principais características, a itinerância, contribuiu para a sua expansão para diferentes regiões, transmitindo através de suas composições informações sobre diversas sociedades no que se refere aos acontecimentos políticos, sociais e também aos referentes aos sentimentos [...]”. MENDES, A. L. Trovadores e jograis: mester de identidade sociocultural. Revista Vernáculo, n. 35, 2015. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/vernaculo/article/view/37357/24408. Acesso em: 8 jan. 2020. Nesse sentido, sobre o contexto apresentado e a respeito da composição do Trovadorismo, assinale a alternativa correta: · Cantigas lírico-amorosas: cantiga de amigo e cantiga de amor. Cantigas satíricas: cantigas de maldizer e cantiga de escárnio. · As apresentações eram realizadas para pequenos grupos de elite, pois os textos apresentavam filosofias medievais. · As cantigas lírico-amorosas eram cantadas apenas em amor, para os amantes, em cerimônias matrimoniais da realeza. · A poesia medieval era escrita por grandes trovadores, e tudo foi registrado para estudo dos monarcas e reis da época. · As cantigas de escárnio eram a representação amorosa de um marido que foi traído e não poderia ter o amor de sua amada. Resposta correta. A alternativa está correta, pois as cantigas classificadas como lírico-amorosas recebiam a denominação de cantiga de amigo e cantiga de amor, em que o amado expressava, com melancolia, seus sentimentos mais sinceros. Poderiam expressar também um amor proibido, por razões de classes sociais. Já as cantigas satíricas são classificadas em cantigas de maldizer e cantigas de escárnio. Pergunta 7 Observe o texto abaixo: “A poesia é o melhor que oferece a Literatura portuguesa, dividida entre o apelo metafísico, que significa a vivência e a expressão de problemas fundamentais e perenes (a existência ou não de Deus, o ser e o não ser, a condição humana, os valores do espírito etc. [...]”. MOISÉS, M. A literatura portuguesa. 12. ed. São Paulo: Cultrix, 1974. p. 18. De acordo com contexto, indique a alternativa que apresenta correta sobre o tema abordado pelo autor: · Na Idade Média ainda não havia poesias portuguesas. · Não é válido afirmar que a poesia surgiu de questões filosóficas. · As poesias medievais não foram significativas para os estudos literários. · Os versos não tinham ritmos e eram de difícil entendimento. · A tese sobre a formação da poesia portuguesa na Idade Média. Resposta correta. A alternativa está correta, pois o tema abordado pelo autor é sobre as teses que foram levantadas na formação da poesia na Idade que estão nas descrições cotidianas dos artistas e nos temas que a época tentou explicar: a busca incessante da existência de um Deus e a época em que tudo era proveniente de um ser superior. A Idade Média estava cheia de conflitos e inovações, e os autores colocavam suas inquietudes no papel, na tela, no teatro.Resposta correta. A alternativa está correta, pois o tema abordado pelo autor é sobre as teses que foram levantadas na formação Pergunta 8 Leia o excerto a seguir: “A poesia é o melhor que oferece a Literatura portuguesa, dividida entre o apelo metafísico, que significa a vivência e a expressão de problemas fundamentais e perenes (a existência ou não de Deus, o ser e o não ser, a condição humana, os valores do espírito etc. [...]”. MOISÉS, M. A literatura portuguesa. 12. ed. São Paulo: Cultrix, 1974. p. 18. A partir do contexto, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. O período que compreende a Idade Média é marcado pela doutrina do Teocentrismo. Pois Nessa doutrina, Deus é o centro de tudo e é a explicação para todas coisas. A seguir, assinale a alternativa correta: · A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. · As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. · A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. · As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. · As asserções I e II são proposições falsas. Resposta correta. A alternativa está correta, pois a asserção I é uma proposição verdadeira, pois a THEO vem do grego e significa Deus, e o sufixo ismo é de doutrina. A asserção II também é verdadeira e justifica a I, pois é a explicação do que a doutrina acredita. Havia o domínio da igreja que influenciava a arte e as manifestações artísticas para que fossem voltadas apenas para o único Criador. Pergunta 9 Leia o excerto a seguir: “Este espanto perante a novidade das criaturas com as quais os portugueses entram em contacto é reforçado no relato da ida dos indígenas à presença de Pedro Álvares Cabral, à qual já se fez referência. O quadro é claramente teatral. Cabral está sentado, em pose, rodeado da gente da sua nau e de alguns capitães. Quando os índios entram em silêncio, um deles, apontando para o colar de ouro que o capitão tem ao pescoço e para um castiçal de prata, faz vários gestos, que os portugueses interpretam como indicativos de que em terra há ouro e prata”. FONSECA, L. A. O sentido da novidade na Carta de Pero Vaz de Caminha. Revista USP, n. 45, 2000. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/30107/31992. Acesso em: 8 jan. 2020. A partir do apresentado, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. O texto é sobre a Carta de Pero Vaz de Caminha, primeiro documento produzido no Brasil. Pois: II. Foi uma carta para descrever as terras tupis-guaranis e os povos que aqui habitavam. A seguir, assinale a alternativa correta: R · A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. · As asserções I e II são proposições falsas. · As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. · A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. · As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. Resposta correta. A alternativa está correta, pois a asserção I é uma proposição verdadeira. A asserção II também é verdadeira e não justifica a I, pois são assuntos separados. O rei de Portugal necessitava saber sobre as novas terras que existiam além do oceano e pediu para que fosse registrado tudo por meio do escrivão real.. Havia o domínio da igreja que influenciava a arte e as manifestações artísticas para que fossem Pergunta 10voltadas apenas para o único Criador. Leia o trecho a seguir: “A defesa do português, definido como a ‘língua do príncipe’ no Diretório, se opunha à longa trajetória do conceito de língua ‘vernácula’ (ou ‘vulgar’) da Igreja tridentina. Esse conceito havia direcionado a política linguística portuguesa em suas colônias desde o século XVI. A opção pela língua vernácula na evangelização havia sido a responsável pela produção de catecismos em diferentes línguas, tanto na Europa como nas colônias. Nas colônias portuguesas, os jesuítas foram os principais missionários a levar a cabo esta política por meio da produção de catecismos, gramáticas e dicionários nessas línguas”. BARROS, M. C. D. M.; LESSA, A. L. S. Um dicionário tupi de 1771 como crônica da situação linguística na Amazônia pombalina. Soletras, n. 8, 2004. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras/article/view/4501/3300. Acesso em: 8 jan. 2020. Considerando o excerto apresentado, sobre a constituição da língua no Brasil, analise as afirmativas a seguir: I. O Brasil, sendo uma colônia de Portugal, deveria ser catequizado apenas pela língua falada. II. Língua do príncipe foi o decreto de língua espanhola oficial para todos os países colonizados. III. Os registros dos jesuítas para a evangelização foram cruciais para a história da língua portuguesa. IV. Marquês de Pombal instituiu a extinção da língua geral. Está correto o que se afirma em: c a asserção I é uma proposição · II e III, apenas. · I, III e IV, apenas. · II, III e IV, apenas. · I, II e III, apenas. · I, apenas. Respostacorreta. A alternativa está correta, pois, para garantir o domínio da língua portuguesa, o Diretório solicitou que os jesuítas pregassem apenas com a oralidade, pois os registros com contribuição de outras línguas nativas poderiam miscigenar a língua. Graças aos registros dos religiosos, foi possível estudar as mudanças e alterações da língua durante o período de colonização. Marquês de Pombal foi ministro da coroa portuguesa no século 20 e, nesse período, pediu que a língua geral não fosse mais utilizada.
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