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Lara Mendonça FITS
→ O SNC é formado por estruturas especializadas que exigem para seu metabolismo, um
suprimento permanente e elevado de glicose e oxigênio, A atividade funcional do encéfalo
depende de um processo de oxidação de carboidratos e não pode ser temporariamente
sustentada por metabolismo anaeróbico. Então, o consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo é
muito elevado, o que requer um fluxo sanguíneo contínuo e intenso.
→ No SNC não há circulação linfática
→ Os vasos do SNC apresentam características anatômicas e fisiológicas especiais que
protegem o encéfalo.
Fluxo sanguíneo cerebral
→ Muito elevado, sendo superado apenas pelo do rim e do coração.
→Calcula-se que, em um minuto, circula pelo encéfalo uma quantidade de sangue
aproximadamente igual ao seu próprio peso.
→ O fluxo sanguíneo é maior nas áreas mais ricas em sinapses; na substância cinzenta ele é
maior que na branca, o que está relacionado com a maior atividade metabólica da substância
cinzenta.
Vascularização arterial do encéfalo
→ O encéfalo é irrigado pelas artérias carótidas internas vertebrais, originadas no pescoço, não
dão nenhum ramo importante → são especializadas para irrigação do encéfalo.
● Na base do crânio, estas artérias formam o polígono de Willis, de onde saem as
principais artérias para vascularização cerebral.
→ As artérias cerebrais possuem uma parede mais fina, o que as tornam mais propensas a
hemorragias.
→ A túnica média das artérias cerebrais têm menos fibras musculares, e a tûnica elástica interna
é mais espessa e tortuosa que as artérias de outras áreas.
Lara Mendonça FITS
Esse espessamento elástico da tûnica elástica interna constitui um dos dispositivos anatômicos
que protegem o tecido nervoso, amortecendo o choque da onda sistólica, responsável pela
pulsação das artérias.
Artéria Carótida Interna
→ Se bifurca a partir da C4 (artéria carótida comum);
→ Depois de passar pelo pescoço→ penetra na cavidade craniana pelo canal do osso temporal
→ atravessa o seio cavernoso → se curva em formato de S, chamado de sifão carotídeo →
passa pela dura-máter e aracnóide → início do sulco lateral, onde se divide em dois ramos
terminais que são as artérias média e anterior, dão ramos que são os corticais e os centrais.
→ Processo espinhoso do estilóide anterior medial, passa o canal carótideo → porção petrosa
(dentro)
→ A artéria é dividida em dois:
● Artéria cerebral média: ramo principal da carótida interna, distribui ramos que
vascularizam a maior parte da face dorsolateral de cada hemisfério. Este território
compreende áreas corticais importantes, como a área motora, área somestésica, o centro
da palavra falada e outros.
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● Ramos terminais ou corticais (frontais, temporais e parietais): maior parte da face súpero
– lateral.
● Ramos centrais ou perfurantes: partes principais do caudado, putâmen, globo pálido,
cápsula interna e tálamo.
● Artéria cerebral anterior: A. estriada distal medial (recorrente de Heubner) - cápsula
interna e núcleos da base.
● A. frontobasal medial - giros orbitais e área septal.
● A. polar frontal - polo frontal.
● A. calosomarginal.
● A. pericalosa.
→ Dentro desses, também existe uma divisão dos ramos mais importantes:
● Artéria oftálmica - emerge da carótida quando esta atravessa a dura-máter, logo abaixo
do processo clinoide anterior. Irriga o bulbo ocular e formações anexas.
● Artéria comunicante posterior: anastomosa-se da artéria cerebral posterior, ramo basilar,
contribuindo para formação do polígono de Willis.
● Artéria carótida anterior: se dirige para trás, ao longo do trato óptico, penetra no corno
inferior do ventrículo lateral, irrigando os plexos coróides e parte da cápsula interna, os
núcleos da base e o diencéfalo.
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Artéria Vertebral e Basilar
→ Artérias subclávias direita e esquerda → artérias vertebrais direita e esquerda → sobem
pelo pescoço dentro dos forames transversos das vértebras cervicais → perfuram a membrana
atlantoccipital, dura-máter e aracnóide → penetram no crânio pelo forame magno→ percorrem
a face ventral do bulbo, ao nível do sulco bulbo-pontíno e se fundem formando um único tronco→
da artéria basilar
→ As artérias vertebrais dão origem às duas artérias espinhais posteriores e à artéria espinhal
anterior que vascularizam a medula.
→ Originam ainda as artérias cerebelares inferiores posteriores, que irrigam a porção inferior e
posterior do cerebelo.
→ Artéria basilar percorre geralmente o sulco basilar da ponte e termina anteriormente,
bifurcando-se para formar as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda
→ Da artéria basilar, saem os seguintes ramos:
● Artéria cerebelar superior - nasce da basilar, logo atrás das cerebrais posteriores,
distribuindo-se ao mesencéfalo e à parte superior do cerebelo;
● Artéria cerebelar inferior anterior - distribui-se à parte anterior da face inferior do
cerebelo;
● Artéria do labirinto - penetra no meato acústico interno junto com os nervos facial e
vestibulococlear, vascularizando estruturas do ouvido interno;
● Ramos pontinos.
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Polígono de Willis
→ É uma anastomose arterial de forma poligonal e está situado na base do cérebro, onde
circunda o quiasma óptico e o túber cinéreo, relacionando-se ainda com a fossa
interpeduncular;
→ É formado pelas porções proximais das artérias cerebrais anterior, média e posterior, pela
artéria comunicante anterior e pelas artérias comunicantes posteriores, direita e esquerda.
→ A artéria comunicante anterior é pequena e anastomosa nas duas artérias cerebrais
anteriores adiante do quiasma óptico;
→ As artérias comunicantes posteriores unem, de cada lado, as carótidas internas com as
cerebrais posteriores correspondentes;
→ Esta anastomose é apenas potencial pois, em condições normais, não há passagem
significativa de sangue do sistema vertebral para o carotídeo interno ou vice-versa. Do mesmo
modo, praticamente não existe troca de sangue entre as metades esquerda e direita do círculo
arterial. O círculo arterial do cérebro, em casos favoráveis, permite a manutenção de fluxo
sanguíneo adequado em todo o cérebro, em casos de obstrução de uma (ou mais) das quatro
artérias que o irrigam.
Vascularização Venosa do Encéfalo
→ As veias do encéfalo não acompanham as artérias, sendo maiores e mais calibrosas do que
elas.
→ Drenam para os seios da dura-máter, de onde o sangue converge para as veias jugulares
internas, as quais recebem praticamente todo o sangue venoso encefálico.
→ Os seios da dura-máter ligam-se também às veias extracranianas por meio de pequenas
veias emissárias que passam através de pequenos forames no crânio.
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→ As paredes das veias encefálicas são muito finas e praticamente desprovidas de
musculatura. Faltam elementos necessários à regulação ativa da circulação venosa. Para isso,
são necessárias 3 forças:
● Aspiração da cavidade torácica, determinada pelas pressões sub atmosféricas da
cavidade torácica, mais evidente no início da inspiração;
● Força da gravidade, notando-se que o retorno sanguíneo do encéfalo se faz a favor da
gravidade, o que torna desnecessária a existência de válvulas nas veias cerebrais;
● Pulsação das artérias, cuja eficácia é aumentada pelo fato de que se faz em uma
cavidade fechada. Este fator é mais eficiente no seio cavernoso, cujo sangue recebe
diretamente a força expansiva da carótida interna, que o atravessa.
→ O leito venoso do encéfalo é muito maior que o arterial; consequentemente, a circulação
venosa é muito mais lenta. A pressão venosa no encéfalo é muito baixa e varia muito pouco em
razão da grande capacidade de distensão das veias e seios.
→ A principais veias do encéfalo que se dispõem em dois sistemas: o sistema venoso superficial
e o sistema venoso profundo. Embora anatomicamente distintos, estes dois sistemas são unidos
por numerosas anastomoses.
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Sistema Venoso Superficial
→ É constituído por veias que drenam o córtex e a substância branca subjacente,
anastomosam-se amplamente na superfíciedo cérebro, onde formam grandes troncos venosos,
as veias cerebrais superficiais. que desembocam nos seios da dura-máter. Distinguem-se veias
cerebrais superficiais superiores e inferiores.
→ As veias cerebrais superficiais superiores provêm da face medial e da metade superior da
face dorsolateral de cada hemisfério, desembocando no seio sagital superior.
→ As veias cerebrais superficiais inferiores provêm da metade inferior da face dorsolateral de
cada hemisfério e de sua face inferior, terminando nos seios da base (petroso superior e
cavernoso) e no seio transverso.
→ A principal veia superficial inferior é a veia cerebral média superficial que percorre o sulco
lateral e termina, em geral, no seio cavernoso.
Sistema Venoso Profundo
→ Compreende veias que drenam o sangue de regiões situadas profundamente no cérebro, tais
como: corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo e grande parte do centro branco medular do
cérebro.
→ A mais importante veia deste sistema é a veia cerebral magna ou veia de Galeno, para a qual
converge quase todo o sangue do sistema venoso profundo do cérebro. A veia cerebral magna é
um curto tronco venoso ímpar e mediano, formado pela confluência das veias cerebrais internas,
logo abaixo do esplênio do corpo caloso, desembocando no seio reto. Suas paredes muito finas
são facilmente rompidas, o que às vezes ocorre em recém-nascidos como resultado de
traumatismos da cabeça durante o parto.
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Acidente Vascular Encefálico (AVE)
→ O AVE é um diagnóstico clínico que se refere a um déficit neurológico focal de início súbito
de origem vascular presumida.É dividido em duas categorias:
● AVE isquêmico (80%);
● AVE hemorrágico (20%).
A hemorragia pode ser 1° (geralmente como resultado de uma hipertensão cerebral) ou 2° (o
resultado de uma lesão subjacente, por exemplo uma malformação vascular.
Seios da Dura-Máter
→ São canais venosos revestidos de endotélio e situados entre os dois folhetos que compõem a
dura -máter encefálica.
→ A maioria dos seios tem secção triangular e suas paredes, embora finas, são mais rígidas que
a das veias e geralmente não se colabam quando seccionadas.
→ O folheto externo adere intimamente aos ossos do crânio e comporta-se como periósteo
destes ossos. O folheto externo da dura-máter não tem capacidade osteogênica, o que dificulta a
consolidação de fraturas no crânio e torna impossível a regeneração de perdas ósseas na
abóbada craniana.
→ No encéfalo, a principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngea média, ramo da
artéria maxilar interna.
→ Toda a sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter e nos vasos sanguíneos,
responsáveis, assim, pela maioria das dores de cabeça.
→ Em algumas áreas, o folheto interno destaca-se do externo para formar pregas que dividem a
cavidade craniana em compartimentos que se comunicam amplamente.
→ As principais pregas são as seguintes:
● Foice do cérebro: é um septo vertical mediano em forma de foice, que ocupa a fissura
longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios cerebrais.
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● Tenda do cerebelo: projeta-se para diante como um septo transversal entre os lobos
occipitais e o cerebelo. A tenda do cerebelo separa a fossa posterior da fossa média do
crânio. Divide a cavidade craniana em um compartimento superior, ou supratentorial, e
outro inferior, ou infratentorial. Esta divisão é de grande importância clínica, pois a
sintomatologia das afecções supratentoriais (sobretudo os tumores) é muito diferente
das infratentoriais.
● Possui uma incisura (incisura da tenda) que se conecta ao mesencéfalo. Esta relação tem
importância clínica, pois a incisura da tenda pode, em certas circunstâncias, lesar o
mesencéfalo e os nervos troclear e oculomotor, que nele se originam.
● Foice do cerebelo: pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da tenda do
cerebelo, entre os dois hemisférios cerebelares.
● Diafragma da sela: pequena lâmina horizontal que fecha superiormente a sela túrcica,
deixando apenas um pequeno orifício para a passagem da haste hipofisária.
Cavidades da Dura-Máter
→ Em algumas áreas os dois folhetos da dura-máter se separam, delimitando cavidades. Uma
delas é o cavo trigeminal (de Mecket), ou loja do gânglio trigeminal, que contém o gânglio
trigeminal.
→ Outras cavidades são revestidas de endotélio e contêm sangue, constituindo os seios da
dura-máter, que se dispõem ao longo da inserção das pregas da dura-máter.
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Seios da Dura-Máter
→ Os seios são canais venosos revestidos de endotélio e situados entre os dois folhetos
embrionários (externo e interno).
→ A maioria dos seios tem secção triangular e suas paredes, embora sejam finas, são mais
rígidas que as das veias e geralmente não se colabam quando seccionadas.
→ Alguns seios apresentam expansões laterais irregulares, as lacunas sanguíneas, mais
frequentes de cada lado do seio sagital superior.
→ O sangue proveniente das veias do encéfalo e do globo ocular é drenado para os seios da
dura-máter e destes para as veias jugulares internas. Os seios comunicam-se com veias da
superfície externa do crânio através de veias emissárias.
→ Os seios dispõem-se sobretudo ao longo da inserção das pregas da dura-máter,
distinguindo-se os seios em relação com a abóbada e com a base do crânio.
→ Os seios da abóbada:
● Seio sagital superior: ímpar e mediano, percorre a margem de inserção da foice do
cérebro. Termina próximo à protuberância occipital interna, na chamada confluência dos
seios, formada pela confluência dos seios sagital superior, reto e occipital e pelo início
dos seios transversos esquerdo e direito.
● Confluência dos seios: o sangue é direcionado para o seios transversos que se continua
com seio sigmóide e veia jugular interna.
● Seio sagital inferior: situa-se na margem livre da foice do cérebro, terminando no seio
reto.
● Seio reto: localiza-se ao longo da linha de união entre a foice do cérebro e a tenda do
cerebelo. Recebe, em sua extremidade anterior, o seio sagital inferior e a veia cerebral
magna, terminando na confluência dos seios.
● Seio transverso: - é par e dispõe-se de cada lado ao longo da inserção da tenda do
cerebelo no osso occipital, desde a confluência dos seios até a parte petrosa do osso
temporal, onde passa a ser denominado seio sigmóide.
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● Seio sigmóide: em forma de S, é uma continuação do seio transverso até o forame
jugular, onde continua diretamente com a veia jugular interna. O seio sigmóide drena a
quase totalidade do sangue venoso da cavidade craniana.
● Seio occipital: muito pequeno e irregular, dispõe-se ao longo da margem de inserção da
foice do cerebelo.
● ➔ Os seios venosos da base são os seguintes:
● Seio cavernoso: um dos mais importantes. O seio cavernoso é uma cavidade bastante
grande e irregular, situada de cada lado do corpo do esfenóide e da sela túrcica. Recebe
o sangue proveniente das veias oftálmica superior e central da retina, além de algumas
veias do cérebro.
● Drena através dos seios petroso superior e petroso inferior, além de comunicar-se com o
seio cavernoso do lado oposto, através do seio intercavernoso.
● O seio cavernoso é atravessado pela artéria carótida interna, pelo nervo abducente e, já
próximo à sua parede lateral, pelos nervos troclear, oculomotor e pelo ramo oftálmico do
nervo trigêmeo.
→ OBSERVAÇÃO: Assim, aneurismas da carótida interna no nível do seio cavernoso comprimem
o nervo abducente e, em certos casos, os demais nervos que atravessam o seio cavernoso,
determinando distúrbios muito típicos dos movimentos do globo ocular.
→ Seio intracavernosos: unem os dois seios cavernosos, envolvendo a hipófise.
→ Seio esfenoparietal: percorre a face interior da pequena asa do esfenóide e desemboca no
seio cavernoso.
→ Seio petroso superior: dispõe-se de cada lado, ao longo da inserção da tenda do cerebelo, na
porção petrosa do osso temporal. Drena o sangue do seio cavernoso para o seio sigmóide,
terminando próximo à continuação deste com a veia jugular interna.
→ Seio petrosoinferior: percorre o sulco petroso inferior entre o seio cavernoso e o forame
jugular, onde tennina lançando-se na veia jugular interna.
→ Plexo basilar: ímpar, ocupa a porção basilar do occipital. Comunica-se com os seios petroso
inferior e cavernoso, liga-se ao plexo do forame occipital e, através deste, ao plexo venoso
vertebral interno.
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