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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos Departamento de Engenharia de Alimentos Cerveja Ana Carla Lembrance Areli Gamiele Beatriz Yamada Isabella Villela Prof. Eliana Setsuko Kamimura Prof. Renata Barbosa Bodini Pirassununga – SP Dezembro /2020 1. INGREDIENTES E COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL Selecionou-se a cerveja Brahma Chopp Pilsen. Desse modo, esse produto apresenta água, malte de cevada, cereais não maltados, carboidratos e lúpulo como ingredientes. A composição nutricional expressa-se de acordo com a tabela 1 (CERVEJARIA BRAHMA, 2020) Tabela 1. Composição nutricional cerveja Brahma Chopp Pilsen Quantidade (mL) Valor energético (Kcal) Carboidratos (g) 100 4 3 300 127 9 350 149 11 355 151 11 600 255 18 Fonte: CERVEJARIA BRAHMA, 2020 2. FATORES INTRÍNSECOS E EXTRÍNSECOS A indústria alimentícia encontra-se em uma fase de constantes transformações e desafios, já que os consumidores se tornam cada vez mais exigentes diante de tantas opções fornecidas pelo mercado. A escolha de um produto passa por várias etapas e diferentes tipos de experiências são evocadas, desde a hora da compra até seu consumo (SPENCE, 2012). A embalagem afeta a percepção do alimento e a experiência durante a compra. No momento do consumo acontecem interações psicológicas/emocionais entre a embalagem e o conteúdo. Estudos anteriores apresentaram a importância de se pesquisar essas interações (SCHIFFERSTEIN, 2009). Referindo-se à cerveja, a bebida alcoólica mais consumida no mundo, a qual proporciona aos seus consumidores sensações agradáveis e satisfatórias, torna-se fundamental investigar todas as influências que podem ser causadas pelas mudanças na inclusão/exclusão de ingredientes, bem como influências que podem ser causadas por mudanças no processo (SINDCERV., 2017). O processo de fabricação da cerveja contém poucas etapas, porém com elevado detalhamento dentre elas, o que caracteriza sua complexidade quanto à gama de produtos. A brassagem da cerveja se inicia com a moagem do malte e posterior adição à água de cozimento. Segundo Narziß (2009), esta etapa consiste na adição do malte já moído para formar uma solução, na qual não ocorrem somente processos mecânicos, como também bioquímicos a fim de obter uma composição com maior qualidade e rendimento. Assim, quanto mais fino o malte é moído, a solução alcança mais rapidamente uma composição mais abundante de açúcares de menor peso molecular por meio de reações químicas e enzimáticas (NARZIß e BECK, 2009). Contudo, quanto mais fina é a moagem do malte, mais prejudicada é a filtração do mosto, já que para a filtração deste utiliza-se a própria casca proveniente do cereal maltado. O mosto é então constituído principalmente por açúcares provindos majoritariamente do amido do malte e proteínas, os quais devem estar basicamente em solução com a finalidade de serem metabolizados pelas leveduras, promovendo as características intrínsecas do produto (NARZIß e BECK, 2009). A qualidade emocional dos produtos tem sido cada vez mais utilizada como uma peça chave pelas indústrias alimentícias, poucos dados estão disponíveis para entender como a resposta cognitiva pode influenciar a preferência do consumidor e a tomada de decisão na área sensorial, porém sabe-se que alguns alimentos podem ter sabor e preços parecidos, entretanto, evocar emoções completamente diferentes, acarretando a recusa do produto (NG et al., 2012). De acordo com o Curso Técnico em Nutrição e Dietética, oferecido pela Escola Estadual de Educação Profissional – EEEP (2012), alguns fatores inerentes ao alimento podem ser também chamados de parâmetros intrínsecos, como por exemplo, o pH e a atividade de água (Aa) e aqueles inerentes ao ambiente de parâmetros extrínsecos, como a temperatura, a umidade relativa (UR ) e a presença de gases. Tais fatores podem ser ótimos ou limitantes, interferindo sobremaneira na multiplicação de microrganismos, inclusive os patogênicos transmitidos por alimentos, causadores principalmente de infecções e intoxicações de origem alimentar. 3. FLUXOGRAMA DO PROCESSO O conceito geral da fabricação de cerveja é a conversão da fonte de amido em mosto, um líquido açucarado, que será submetido à fermentação para formar finalmente a bebida alcoólica. As etapas principais são: secagem, moagem, brasagem, mashout pode ou não entrar, esterilização, clarificação, resfriamento, fermentação, condicionamento e envase. Antes de ser realizada a secagem dos grãos, é feito a germinação deles. Os grãos utilizados podem ser cevada, trigo, milho, deve ser qualquer um rico em amido. A germinação deles é feito deixando-os de molho por 40 horas, depois eles são espalhados em uma superfície e ficam lá por 5 dias. Somente depois desse procedimento é feita a secagem, onde os grãos são submetidos a altas temperaturas em um forno e assim forma-se o malte (P&Q ENGENHARIA JR, 2016). O malte é moído expondo a parte interna do grão, as cascas devem estar inteiras e o grão trincado. Se as cascas estiverem muito moídas, elas arrastarão substancias indesejáveis como por exemplo os taninos, que causam sabor adstringente na cerveja. Se estiverem pouco moídas, as enzimas terão dificuldades para acessarem o amido. Nessa etapa, os grãos serão quebrados para expor o amido ( dividido entre glicose e maltose), que depois serão consumidos pelas leveduras e transformados em álcool e gás carbônico (P&Q ENGENHARIA JR, 2016; REVISTA EXAME, 2014) A etapa de brasagem ou mosturação consiste no cozimento dos grãos e assim, há a conversão do amido do malte em açúcares para que sejam fermentados posteriormente. Para que isso ocorra, o malte é adicionado à agua e submetidos à temperaturas que variam de acordo com o grão utilizado. Por exemplo, se a produção for de cerveja de trigo, o cozimento deve ser a 45°C para que ocorra a hidrolise de algumas substancias. Nessa etapa o mosto é formado (P&Q ENGENHARIA JR, 2016). A etapa de mashout pode ou não ser feita, que é para desativar as enzimas. O mashout consiste em aumentar a temperatura até 75°C (P&Q ENGENHARIA JR, 2016). Posteriormente o mosto vai para uma espécie de filtro gigante com uma peneira no fundo onde ele terá separado e descartado as cascas dos grãos usados no processo (REVISTA EXAME, 2014). Na sequencia é feita a esterilização do mosto, onde ocorre a fervura dele e a adição de lúpulo. O calor da fervura coagula as proteínas do mosto e diminui seu pH, e os vapores eliminam sabores indesejados. A fervura dura entre 15 e 120 minutos, dependendo de fatores como intensidade e volume de água. Quanto maior o tempo da ebulição, mais amarga a cerveja será. Ao final da fervura é feito um resfriamento para a temperatura de fermentação (entre 20 e 26°C) e a clarificação do mosto, que consiste em separar substancias sólidas, os líquidas e voláteis, aumentando o rendimento (P&Q ENGENHARIA JR, 2016) A etapa de fermentação deve ser feita em ambientes sem oxigênio. Os açúcares e carboidratos do malte, na presença de leveduras e/ou bactérias, irão produzir tanto álcool quanto dióxido de carbono. O tempo da fermentação deve ser controlado de acordo com o teor alcoólico desejado (P&Q ENGENHARIA JR, 2016). A penúltima etapa é a de maturação/condicionamento, que é o envelhecimento da cerveja. Durante esse período, que pode durar meses dependendo da receita, ocorrem mudanças positivas no sabor, no aroma e clarificação da cerveja, é o período de “arredondamento” da bebida. O envelhecimento pode ser feito através de uma fermentação secundaria, onde grande parte da levedura restante é depositada no fundo do fermentador, tendo como resultado uma cerveja mais clara ou através da fermentação natural, que ocorre no fundo da garrafa, a carbonatação natural, proveniente do gás carbônico. O envase da cervejaé um processo que conta com uma série de equipamentos, responsáveis pelo acondicionamento do produto em determinada embalagem, com incorporação mínima de oxigênio e perda mínima de gás carbônico durante o processo. É importante que haja mínima incorporação de oxigênio durante o invase pois pode oxidar gerando alterações no paladar, turvações, modificação na coloração e favorece o crescimento de contaminantes. O gás carbônico deve ser mantido durante o processo uma vez que garante a conservação da espuma e do paladar. Quanto menor for a temperatura de envase, maior a facilidade do gás se manter solúvel (P&Q ENGENHARIA JR, 2016; RODRIGUES, 2015 ) Por fim, a pasteurização, cujo objetivo não é a eliminação completa de micro- organismos, mas apenas os patógenos. Sendo assim, deve-se realizar a pasteurização de maneira que o processo seja o menos prejudicial possível para a cerveja, levando-se em consideração a população inicial de micro-organismos a destruir, o pH, a velocidade de transferência de calor da parte externa até o interior do vasilhame e a temperatura inicial do produto. Porém, é inevitável que ocorram variações de sabor, aroma, cor e estabilidade coloidal na cerveja, sendo a temperatura de 60°C por 20 minutos suficiente para eliminação de patógenos e sem efeito negativo excessivo sobre as características físico-químicas da cerveja (RODRIGUES, 2015) Figura 1. Fluxograma do processamento da cerveja Fonte: própria autoria 4. ALTERAÇÕES SENSORIAIS E NUTRICIONAIS No processo cervejeiro, o principal fornecedor dos açúcares é o malte. Ingrediente fundamental para o processo fermentativo. É a concentração destes açúcares que possibilita a ação das leveduras, proporcionando características sensoriais e físico-químicas específicas da cerveja durante a fermentação e maturação (ARAUJO et al., 2003). Desta maneira, durante o processo de fabricação da cerveja, maior ou menor quantidade de açúcares disponíveis para o processo fermentativo derivam da quantidade de malte de cevada utilizado. Ou seja, quanto maior a quantidade de malte mais açúcares disponíveis e, consequentemente, maior o teor alcoólico da cerveja. Sendo assim, a variação no uso da quantidade de malte, bem como suas variedades, caracteriza não somente a graduação alcoólica, mas também características sensoriais da cerveja. (VENTURINI,2000) A cerveja é uma das bebidas mais delicadas e, apesar da complexidade de suas características, deve apresentar sabor e aroma moderados e equilibrados. Esse equilíbrio está relacionado aos compostos voláteis e não voláteis presentes que são os principais responsáveis pela aceitação ou rejeição e, consequentemente, pela qualidade da bebida (ARAUJO et al., 2003). Durante a fase de fermentação da cerveja, a assimilação de compostos nitrogenados pelas leveduras promove o aparecimento de álcoois superiores que participam, quando em baixas concentrações, da qualidade aromática da cerveja. Contudo, quando ocorrem em altas concentrações podem afetar a qualidade da espuma, defeitos sensoriais e, em casos extremos, dores de cabeça. A produção de ácidos superiores está relacionada, principalmente, a problemas no controle da temperatura de fermentação, sendo que temperaturas mais elevadas durante esse período podem levar à produção mais intensa desses álcoois. (Rebello,2009; Hardwick,1995; Garcia,Garcia e Díaz, 1994) Quanto ao atributo “cor”, o estudo de Araújo et al. (2003), mostrou que as cervejas comerciais apresentam coloração muito mais clara e pode estar relacionada ao fato do uso de menores variedades de malte (principalmente maltes base, que não agregam cores mais intensas) e o maior uso de adjuntos, como os xaropes de açúcares que, normalmente, não possuem cor. O dulçor, detectado mais intensamente nas cervejas artesanais também está relacionado ao fato do maior uso de malte na formulação, sendo que, durante o processo de sacarificação (preparo do mosto para a fermentação) ocorre a conversão do amido presente nos grãos de malte de cevada em açúcares fermentáveis e não fermentáveis. Esses açúcares não fermentáveis, como não são metabolizados pelas leveduras, permanecem após o processo de fermentação, gerando o dulçor mais elevado. Atualmente, tem ocorrido o aumento do interesse de compostos fenólicos em alimentos e bebidas (Scalbert,2000). Na cerveja, cerca de 70-80% dos compostos fenólicos derivam do malte e 20-30% do lúpulo, contudo, os compostos fenólicos provenientes do malte sofrem transformações durante o processamento e, por esse motivo, não são tão bem caracterizados como os derivados do lúpulo (Gerhauser,2005). Deste modo, a cerveja apresenta algumas possíveis alterações sensoriais, sendo elas: Visual, onde podem-se observar a presença de cores menos vibrantes ou mais escuras do que o esperado; aroma e sabor, apresentando uma doçura a mais do que era antes, apresentando sabores específicos de mel, caramelo ou frutas secas. Outra alteração é a da sensação que cerveja causa na boca, ocorrendo a leveza na língua, ocasionado pela degradação das proteínas. 5. ALTERAÇÕES MICROBIOLÓGICAS Os principais contaminantes microbiológicos da cerveja estão relacionados a deterioração dela e são as bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e também bolores e leveduras selvagens. ● · Gram-Positivas A deterioração da bebida por bactérias Gram-positivas ocorre principalmente por bactérias produtoras de ácido láctico pertencente aos gêneros Lactobacillus spp e Pediococcus spp e elas se reproduzem em condições de anaerobiose e são classificadas em homofermentativas, cujo produto final é o ácido lático e heterofermentativas, cujo principais produtos finais da fermentação são ácido lático, dióxido de carbono, ácido acético e etanol. (SILVA, 2017) O gênero Lactobacillus spp é o maior gênero de bactérias produtoras de ácido lático, heterofermentativa, crescem melhor à temperatura de 30°C. Elas podem produzir mudanças de sabor e odores desagradáveis. Uma das espécies de Lactobacillus spp é a Lactobacillus casei, que confere à cerveja um sabor indesejável de manteiga devido à produção de diacetil. O gênero Pediococcus spp é homofermentativa, presente em todas as etapas de produção da cerveja, necessita de carboidratos fermentativos para sua multiplicação e cresce em ambientes com pouco CO2. e sua temperatura ótima de crescimento é entre 25 e 40°C. (SILVA, 2017) ● · Gram-negativas Os gênero mais temidos pela indústria de cervejas são de bactérias gram- negativas e são eles o Pectinatus spp e Megasphaera spp pois seus crescimentos ocorrem em A temperaturas entre 15 e 40°C e causam um odor fecal e de ovo podre devido à formação de ácido acético. Durante o envase da cerveja podem se reproduzir bactérias do gênero Gluconobacter spp pois o aumento de recipientes plásticos no envase de bebidas e os conservantes utilizados como o ácido sórbico, ácido benzóico e os altos níveis de oxigênio, contribuem para o crescimento da bactéria visto que a mesma é resistente a sanitizantes e conservantes utilizados durante o envase de bebidas. São indesejáveis pois conferem sabor de vinagre à cerveja devido à formação de ácido acético a partir da oxidação do álcool e sua temperatura de crescimento varia entre 25 e 30°C e pH de 5,5. A presença de família de enterobactérias está associada como indicador para possível contaminação fecal decorrente de condições higiênicas precárias durante ou pós o processamento. (SILVA, 2017) ● · Bolores e Leveduras As cervejas podem ser contaminadas com bolores dos gêneros Fusarium spp, Aspergillus spp, Penicillium spp, Rhizopus spp, e leveduras selvagens que crescem em pH baixo, como a Brettanomyces spp. As principais leveduras utilizadas no processo de fabricação da cerveja são as do gêneroSaccharomyces e não-Saccharomyces, as quais fornecem características primordiais para a caracterização da bebida, como aroma, textura e sabor. Saccharomyces cerevisiae e Saccharomyces pastorianus são as principais leveduras responsáveis pela fermentação do mosto da cerveja. As Brettanomyces spp são encontradas no ambiente e iniciam seu crescimento em produtos em armazenagem. Para que ocorra seu crescimento, depende de carbonos específicos como glicose, frutose, galactose, sacarose, maltose e trealose. Produzem grandes quantidades de ácido acético a partir da glicose e também podem formar compostos fenólicos indesejáveis produzidos por enzimas específicas. (SILVA, 2017) Ademais, existem diversos fatores que influenciam na termo-resistencia, crescimento e morte dos microrganismos, fatores intrínsecos e extrínsecos. Como por exemplo, o número de esporos, pH, composição da bebida e entre outros. Em geral, pH abaixo de 4,5 e acima de 8,5 as bactérias não crescem, o pH neutro é o que melhor favorece o crescimento delas. Em leveduras, a faixa de pH que melhor favorece o crecimento delas é entre 4,0 e 5,0, porém na faixa de Ph entre 2,0 e 8,5 também ocorre o crescimento. (FONTANA, 2009) Para analisar a sobrevivência desses microrganismos a determinadas condições, é feito o gráfico de curva de sobrevivência térmica e assim, a literatura mostra que a morte térmica dos microrganismos possui comportamento similar a um decaimento exponencial. (FONTANA, 2009) Figura 1: Curva de Sobrevivência Térmica Fonte: FONTANA, 2009 A inclinação da curva é igual a KD/2,3. Este valor é chamado de tempo de redução decimal D, que representa o tempo necessário para que a população de microorganismos se reduza a 10% da população inicial. Onde KD é a constante da morte térmica de um dado organismo (ou conjunto de organismos) à uma dada temperatura e é invariante com o tempo. É importante ressaltar que a constante de morte térmica KD depende dos fatores citados anteriormente, como pH, tipo de organismo, composição da bebida, entre outros. Porém, para um mesmo produto e conjunto de microorganismos, o fator KD possui forte dependência com a temperatura e é medido em laboratório. Assim, quando se varia a temperatura de processo, também varia a curva de sobrevivência térmica, visto que em temperaturas maiores a velocidade de destruição tende a ser maior, assim como a intensidade do processo As bactérias que crescem na bebida não são patogênicas ¹, do contrário não sobreviveriam na cerveja devido ao baixo pH, presença de álcool e lúpulo, As bactérias que podem se desenvolver na cerveja trazem somente influências negativas no sentido sensorial (os chamados off-flavors) e portanto não há limites microbiológicos estabelecidos pela legislação, já que a Instrução Normativa não estabelece padrão para todos os indicadores higiênico-sanitários (por exemplo, mesófilos, bolores e leveduras, Enterobacteriaceae, psicrófilos, etc.), porque o foco da ANVISA é a saúde pública. Entretanto, os fabricantes de alimentos são responsáveis por promover estudos e garantir a qualidade de seus produtos até o último dia do prazo de validade estipulado. Também são responsáveis por determinar as condições para conservação do produto no ponto de venda e na residência. Alimentos com sinais visíveis de deterioração não são próprios para o consumo, sua qualidade é inaceitável, independente de atender ou não ao padrão microbiológico estabelecido, pois o padrão é estabelecido para indicar a qualidade do que está aparentemente conforme (ANVISA). Para garantir a qualidade da cerveja produzida, é necessário obter uma análise microbiológica. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA é o órgão responsável por registrar e fiscalizar bebidas alcoólicas e não alcoólicas desde a qualidade até a industrialização desses produtos; as matérias-primas inadequadas para consumo devem ser isoladas durante os processos produtivos para evitar contaminação química, física ou microbiológica. O regulamento e legislação específicos seguem em conformidade com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, com a consolidação da CP nº 69, 13 junho de 2010, que estabelece os parâmetros microbiológicos para cervejas, descritas na tabela 1 (TÓFOLI, 2014). Os níveis de coliformes devem ser indetectáveis na água, no malte, adjuntos, barris e filtrantes, em 100 mL de água Tabela 2. Parâmetros microbiológicos para cervejas Parâmetros Limites Contagem padrão de aeróbicos < 3000 UFC/mL bolores < 100 UFC/mL leveduras < 100 UFC/mL Fonte: TÓFOLI, 2014 Organizações internacionais cervejeiras como a European Brewery Convention (EBC), recomendam a utilização dos meios de cultura presentes figura 2 para análises de contaminantes. A suplementação dos meios são realizadas de acordo com as características das bactérias que se deseja cultivar, porém os meios não são específicos para cada espécie. Os períodos de incubação são extensos e isso dificulta o controle de qualidade das cervejarias. Assim, alguns trabalhos tem sugerido o uso de métodos rápidos métodos rápidos como o PCR, para a detecção mais rápida de contaminantes. Porém, esses métodos apresentam custos mais altos, além de pessoal qualificado para a aplicação. Bactérias como Megasphaera e Pectinatus possuem dificuldade de cultivo devido as condições anaeróbias estritas próprias (SILVA, 2017). Para a detecção de leveduras selvagens é sugerida a utilização de vários meios seletivos, sendo que a combinação desses dependerá do tipo de levedura. São indicados os meios MYGP (extrato de malte e levedura, glicose e peptona) com 200 ppm de CuSO4, XMACS (meio contendo xilose, manitol, adonitol, celobiose e sorbitol), meio lisina ou meio CLEN (contendo cadaverina, lisina, etilamina e nitrato) (SILVA, 2017). Figura 2: Meios seletivos de cultivo NBB suplementados com nutrientes para detecção de microrganismos contaminantes da cerveja Fonte: SILVA, 2017. 6. ADITIVOS ANTIMICROBIANOS A utilização de aditivos com atividade específica contra microrganismos surgiu, a partir da modificação dos modos de produção e estocagem de alimentos e que possuem prazos muito grandes entre a produção e o consumo e também, da necessidade pelo consumidor, o qual deseja alimentos de aparência fresca, sabor agradável, com ausência de defeitos visuais de deterioração e de patógenos (RODRIGUES et al, 2013) Os agentes antimicrobiais tratam-se de substâncias usadas para conservar os alimentos, evitam-se assim, o crescimento de microrganismos e deterioração posterior, incluindo fungistáticos contra mofo e os inibidores da corda leveduriforme e bacteriana. O diferencial dos antimicrobiais dentro da classe dos aditivos preservativos é a ausência total ou parcial de características presentes nos outros aditivos desta classe, como atividade antioxidante previne autoxidação de pigmentos, sabores, lipídeos e vitaminas, atividade antiescurecimento previne escurecimento enzimático e não enzimático, atividade antiendurecimento previne mudanças de textura. Para se escolher um antimicrobial específico para um alimento devem-se levar em conta diversos fatores, como o pH do alimento, sua forma de preparo e armazenagem e até mesmo a cinética de degradação do composto antimicrobial no alimento(RODRIGUES et al, 2013) Os principais aditivos antimicrobiano que podem estar contidos na cerveja são os sulfitos, sulfito de sódio, de potássio. Seus principais modos de ação nos alimentos incluem a ação preservativa, em virtude da manutenção de pH baixo ,de 1.7 a 5.2, seleção de leveduras e cepas bacterianas acidófilas, durante produção de alimentos e bebidas fermentadas, como o vinho, efeito estético no alimento de anti-escurecimento, em cervejas e bebidas a base de malte apresenta limite máximo de 50mg/Kg (RODRIGUES et al, 2013)Além disso, apresentam-se os antioxidantes sendo o mais utilizado o EDTA, com limite máximo de 25mg/Kg. A principal função dos antioxidantes cerveja é, portanto, a conservação das características dessa bebida, mantendo suas características físicas e químicas preservadas. Esses aditivos contribuem também para a conservação da cerveja durante as etapas de sua produção quanto para os períodos de armazenamento, comércio e consumo da bebida. Assim, os antioxidantes cerveja promovem benefícios a todos os que participam do ciclo de produção e aquisição da bebida, desde fabricantes até o consumidor final (RODRIGUES et al, 2013). Outros aditivo utilizados são os alginatos, por serem os únicos quanto às suas propriedades espessantes, estabilizantes, gelificantes e formadoras de películas, resultando em uma gama de aplicações como produção de sorvetes, de queijos, de sucos, molhos, cremes, cerveja, gelatinas, entre outras (RODRIGUES et al, 2013) 7.CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTOS As condições de armazenamento da cerveja é um processo importantíssimo para manter a cerveja com uma boa qualidade. Há um jeito correto para o armazenamento da sua cerveja, deixe-a em pé ao invés de colocá-la de lado, segundo a revista Beer Advocate (2017) isso irá assegurar que seus sedimentos se instalem na lateral, impedindo que que a mesma se dissolva ou misture. É recomendável também que se armazene longe da luz, já que a luz ultravioleta afeta o sabor da cerveja, alguns vasilhames previnem essa alteração, com as verdes e marrons. A temperatura correta é essência também na garantia de uma boa cerveja, pois, o calor deteriora a cerveja ao longo do tempo, porém o congelamento também não é o recomendável, pois as células nunca voltam a ser com antes após o descongele. Contudo é aconselhável que, a cerveja Brahma e outras que possuem um teor alcoólico mais leve, estejam a uma refrigeração em torno de 10°C a 12,8°C. A validade da cerveja é mais de caráter técnico, já que toda lata ou garrafa tem um prazo de validade, que gira em torno de 4 a 6 meses da data do envase, se armazenada corretamente. Entretanto, devido às propriedades químicas da cerveja, a presença do álcool e do lúpulo, o processo de pasteurização que elimina a maioria dos organismos vivos, não deixa que prolifere na bebida nada que possa trazer consequências ruins à saúde caso ultrapasse esse tempo de validade. 8. BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO ara uma análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC), recomenda- se que primeiro, sejam adotadas pela indústria um plano de boas práticas de fabricação (BPF). Essas, possuem a capacidade de evitar a produção de lotes fora do padrão de identidade qualidade do produto em questão. A legislação que Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos produtores ou industrializadores de alimentos e a Lista de Verificação das boas práticas de fabricação é a RDC Nº 275, de 21 de Outubro de 2002, em seu anexo, estão presentes listas de verificações que serão utilizadas quando a empresa for fiscalizada. Apesar de indústrias que atendem 76% dos requisitos e indústrias que atendem 100% dos requisitos serem classificadas no mesmo grupo, estando consideradas legalmente aptas a manter seu funcionamento sem restrições, o objetivo deve ser sempre atingir o 100%. Sendo assim, é imprescindível para a segurança dos consumidores que todas as empresas produtoras de alimentos sigam esta resolução e façam o possível para atender 100% dos requisitos. Ainda, de acordo com o produto fabricado, pode-se redobrar algumas BPF para além do que é requisitado em lei. No caso de indústrias cervejeiras em específico, uma destas atitudes pode ser a fiscalização mais frequente da segurança da água. Como visto anteriormente, são poucos os ingredientes necessários para a fabricação de uma cerveja. A água é um destes poucos ingredientes e faz parte de cerca de 90% da composição deste produto (LIMA, 2017), por isso, deve-se redobrar a atenção em relação a sua segurança, na tentativa de anular contaminações químicas, físicas ou biológicas do produto final. Inspeções ainda mais rígidas sobre a matéria prima também podem ser adotadas, uma vez que pode haver presença de micotoxinas nos cereais e resíduos de pesticidas no lúpulo (LIMA, 2017). Outra prática que pode ser enfatizada é a verificação mais frequente sobre possíveis vazamentos ou resíduos de produtos químicos utilizados nos aparelhos por onde a bebida faz contato, e quando possível, a substituição destes produtos, por produtos de menor toxicidade como etilenoglicol por propilenoglicol. 9. PLANO APPCC O plano APPCC possibilita a identificação dos perigos, a avaliação da probabilidade de ocorrência de perigos durante o processo e a definição de meios de controle para garantir a segurança alimentar (ILSI, 1997) . Assim, pode ser empregado em todas as etapas de um processo produtivo, desde a produção primária até o consumo final, sendo sua aplicação baseada em evidências científicas de riscos à saúde humana (ATHAYDE,1999). Desse modo, a metodologia APPCC constitui atualmente a referência internacionalmente aceita para sistemas de segurança de alimentos. Apresenta base científica e uma abordagem preventiva, sistemática e abrangente.Com isso, a implementação promove o cumprimento de exigências legais, e permite o uso eficiente de recursos na resposta imediata a questões relacionadas com o fornecimento de alimentos seguros aos consumidores (CAPIOTTO; LOURENZANI, 2010) Para que a implantação do APPCC seja bem sucedida necessita-se de um maior controle do processo e além disso, um maior “autocontrole”, ou seja, controle feito pelos próprios operadores responsáveis pela produção. Isto corresponde a um processo contínuo, o qual permite a detecção de problemas antes ou logo após sua ocorrência, assim, possibilita-se a ação corretiva imediata (GONÇALVES; LUZ, 2016). Dessa forma, o plano APPCC utiliza-se de um procedimento padrão para identificação dos perigos e atuação sobre os mesmos (FIGUEIREDO; NETO,2001) de acordo com o quadro 1. Quadro 1. Etapas APPCC Etapa Identificação Descrição 1 Formação da equipe Formação de equipe multidisciplinar com conhecimento específico sobre a metodologia. 2 Descrição do produto Detalhamento do produto 3 Identificação do uso Identificação do público alvo 4 Construção do diagrama de fluxo Resumo do processo produtivo com a localização de perigos potenciais. 5 Confirmação do fluxograma Identificação in loco do processo produtivo 6 Listagem dos perigos e análise de riscos Identificação e listagem dos perigos levando em conta: Probabilidade de ocorrência e sua severidade, evolução qualitativa e quantitativa, capacidade de multiplicação e sobrevivência e identificação de toxinas, agentes químicos ou físicos. 7 Pontos críticos de controle (PCC) Identificar e determinar os pontos críticos de controle no processo produtivo. 8 Limites dos PCC’s Determinar os limites qualitativos ou quantitativos para tornar o produto aceitável. 9 Monitoramento dos PCC’s Determinar metodologias de controle e monitoramento dos PCC’s identificados. 10 Ações corretivas Estabelecer ações corretivas para cada PCC 11 Verificação de procedimentos Utilização de metodologias e ferramentas para verificação da eficácia do APPCC. 12 Documentação e registros Devem ser feitas a documentação e o registro de todo o processo do APPCC para futura análise, acompanhamento e possíveis revisões. Fonte: (FIGUEIREDO; NETO, 2001) Em virtude disso, é necessária a identificação das pontos críticos de controle (PCC), controlando-as e monitorando-as, caso ocorra falta de controle resulta em risco inaceitável à saúde e/ou integridade do consumidor .A identificação de um PCC pode ser facilitada por meio de uma árvore decisória a qual contém uma série de perguntas paracada etapa do processo (Figura 3) . Destarte, deve-se identificar os perigos que podem existir no produto os quais classificam-se como perigo à saúde pública, perigo à qualidade do produto e perigo à integridade econômica do produto (PROFETA;SILVA,2005). É preciso estabelecer limites para cada PCC, isto determina os produtos considerados aceitáveis e os quais não são, podem ser parâmetros qualitativos ou quantitativos para o controle dos pontos críticos. É necessária a implantação de um sistema de monitoramento dos limites críticos nos PCC para assegurar que as medidas sejam realizadas corretamente e que detectem qualquer perda de controle do processo. Realizam-se ações corretivas específicas as quais devem ser definidas para cada PCC, para que os produtos fora de especificação recebam o tratamento devido e determine-se a razão de estar fora de controle. Ocorrem os métodos de medidas preventivas em relação aos perigos existentes no fluxograma .Todos os diagramas, árvores decisórias do PCC, limites críticos e dados obtidos pelo monitoramento do PCC devem ser documentados e as atividades de monitoramento, correção de desvios e modificações no sistema APPCC devem ser registradas para acompanhamento e revisões subsequentes(RODRIGUES,2015) Figura 3. Fluxograma de uma árvore decisória para identificação de um PCC Fonte: (WHO,1997) Dessa maneira, elaborou-se um plano APPCC de acordo com o fluxograma de produção com a descrição das etapa do processo e os possíveis pontos de perigos e medidas de controle (Quadro 1) Quadro 2. Plano APPCC com os possíveis pontos de perigo e medidas de controle envolvendo a fabricação de cerveja Etapa Perigo Medidas Preventivas Limite Crítico Monitorização Ação Corretiva Registro Transporte e moagem do malte Contaminação cruzada Processo de limpeza, seleção eficiente e inspeção prévia do malte Não pode ocorrer Inspeção visual do malte no momento em que chega a fábrica e moagem Layout da fábrica aprovado pelo MAPA Protocolo de entrega Mosturação Utilização de água contaminada Análises periódicas da água 0,9 °dH Medição da alcalinidade da água Instalação de um filtro de carvão ativo na entrada da água no processo Planilha de manutenção do filtro Brassagem Descumprimen to dos padrões de produção da cerveja Manutenção do equipamento e supervisão de operação Mínimo: 45°C Máximo: 50°C Verificação da temperatura com utilização de termômetro Ajuste da temperatur a do tanque Controle de temperatura no sistema Acidez fora do padrão da cerveja Controle de pH, verificação das concentraçõe s de água e malte, e supervisão de operação Mínimo: pH igual a 5 Máximo: pH igual 5,5 Verificação da acidez com utilização do medidor de pH Utilização de malte de qualidade, e nivelament o entre água e malte após o processo Certificado de qualidade do malte utilizado, Registro de concentraçõ es de malte e água Filtração do mostro Contaminação física Cronogramas de limpeza periódica e controle de resíduos com meio filtrante Não pode ocorrer Inspeção visual da cerveja e mostro Layout da fábrica e limpeza regular da máquina Controle de qualidade e plano de higienização Fervura do mostro Entrada de corpos estranhos no momento da adição de lúpulo e adjuntos Instruções para gerenciament o do processo de fervura Não pode ocorrer Inspeção visual Criação de um padrão de operação que contenha a maneira correta de dosar os aditivos Registro de consumo de matérias primas Descumprimen to dos padrões de produção da cerveja Manutenção do equipamento e supervisão de operação Temperatura /Tempo 64 ºC/ 40 min 72 ºC/ 20 min 78 ºC/ 2 min Controle de temperatura pelo CLP (controlador lógico programável) Controle manual da temperatur a Controle da temperatura no sistema Resfriamento do mostro Contaminação microbiológica Cronogramas de limpeza periódica Não pode ocorrer Análises microbiológicas Verificação das condições da mangueira, higienizaçã o regular com ácido peracético e detergente alcalino. Planilha de manutenção e limpeza da mangueira Descumprimen to dos padrões de produção da cerveja Manutenção do equipamento e supervisão de operação Mínimo:18ºC Máximo: 22ºC Controle de temperatura com utilização de termômetro Controle manual da temperatur a do trocador de placas Controle da temperatura no sistema Fermentação Descumprimen to dos padrões de produção da cerveja Manutenção do equipamento e supervisão de operação Mínimo:19ºC Máximo:20º C Controle de temperatura com utilização de termômetro Aferição periódica da temperatur a Livro de registros de aferições Maturação Contaminação microbiológica Cronograma rigoroso de limpeza e assepsia periódica Não pode ocorrer Análises microbiológicas Layout da fábrica e limpeza regular da máquina Registro de produção Filtração contaminação microbiológica Cronograma rigoroso de limpeza e assepsia periódica Não pode ocorrer Análises microbiológicas Layout da fábrica e limpeza regular da máquina Registro de produção Envase Contaminação por produtos químicos Cronogramas de limpeza periódica Não pode ocorrer Testes organolépticos das garrafas envasadas Layout da fábrica, utilização de garrafas novas, limpeza regular da máquina, higienizaçã o com ácido peracético das garrafas Registro de compra de garrafas, planilha de manutenção da máquina e plano de higienização Pasteurização Contaminação microbiológica Manutenção do equipamento de pasteurização e supervisão de operação 65°C durante 20 minutos Checagem contínua do tempo e temperatura do equipamento Controle de temperatur a e tempo conforme o regulament o do pasteurizad or Controle de temperatura no sistema e planilha de manutenção da máquina Fonte: própria autoria 10. REFERÊNCIAS ANVISA. Padrões Microbiológicos. Brasília, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/alimentos/perguntas- e-respostas/padroes-microbiologicos.pdf ARAÚJO, F.B.; SILVA, P.H.A.; MININ, V. P. R. Perfil sensorial e composição físico- química de cervejas provenientes de dois segmentos do mercado brasileiro. Ciência e Tecnologia de Alim. 2003;23(2):121-128. ATHAYDE, A. Sistemas GMP e HACCP garantem produção de alimentos inócuos. Engenharia de Alimentos, v. 5, n. 23, p. 22-34, 1999. CAPIOTTO, G; LOURENZANI, W. Sistema de gestão de qualidade na indústria de alimentos: caracterização da norma ABNT NBR ISO 22.000: 2006. Em: 48º Congresso Sober–Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural. Tecnologia, Desenvolvimento e Integração Social. 2010. CERVEJARIA BRAHMA. Cervejas pilsen. Disponível em:<https://cervejaria.brahma.com.br/cervejas/pilsen> . Acesso em: 07 dez.2020 FIGUEIREDO, V.; NETO, P. 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