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Estrutura similar à do membro superior. Funções principais: ⬥ Sustentação: peso e postura ereta; ⬥ Locomoção. Cíngulo: 3 ossos fundidos. O membro inferior é composto por 30 ossos: ⬥ 2 na coxa; ⬥ 2 na perna; ⬥ 26 no pé: o 7 tarsos; o 5 metatarsos o 14 falanges. Funções Sustentação para a coluna vertebral; Proteção de vísceras pélvicas; Fixação dos membros inferiores ao esqueleto axial (transmissão do peso do corpo). Joelho valgo: joelhos se aproximam da linha média do corpo. Joelho varo: joelhos se afastam da linha média do corpo. 3 peças ósseas fundidas: ⬥ Ísquio; ⬥ Ílio; ⬥ Púbis. Até a puberdade, as 3 peças são unidas por cartilagem. Depois disso, ocorre a ossificação total do osso do quadril. Ponto de união: ⬥ Acetábulo: ponto de maior sustentação do peso; ísquio (póstero-inferior) + ílio (ântero-inferior) + ílio (superior); É uma fossa articular que recebe a cabeça do fêmur. Neste ponto ocorre a contiguidade entre o esqueleto apendicular do membro inferior e o cíngulo do membro inferior. ⬥ Forame obturado (2): Ísquio (posterior) + púbis (anterior). Os 2 ossos do quadril se unem anteriormente na sínfise púbica e se articulam posteriormente com a face articular da parte lateral do sacro. Vista lateral Acetábulo: Fossa articular que recebe a cabeça do fêmur. Incisura do acetábulo: Inferior. Face semilunar: Porção lisa em forma de ferradura presente no acetábulo. A cabeça do fêmur desliza nela, sendo, portanto, a porção articular do acetábulo. Fossa do acetábulo: Porção situada entre os ramos da ferradura e rebaixada. É contínua com a incisura do acetábulo. Os ossos do quadril estão unidos, no adulto, no nível do acetábulo. O ílio fica na sua porção póstero-superior, o ramo superior do púbis na porção anterior e o corpo do ísquio na porção póstero-inferior. Face glútea da asa do ílio: Toda a porção do ílio superior ao acetábulo. Serve para a fixação dos músculos glúteos. As áreas de origem desses músculos são demarcadas pelas linhas glúteas posterior, anterior e inferior, que nem sempre são fáceis de serem reconhecidas. Crista ilíaca: Terminação superior do ílio. É facilmente palpável. Apresenta lábios interno e externo, que envolvem a linha intermédia, rugosa. A crista termina anteriormente na espinha ilíaca ântero-superior e posteriormente na crista ilíaca póstero-superior, ambas sendo saliências ósseas. Inferiormente a elas, há incisuras que as separam das espinhas ilíacas posterior-inferior e ântero-inferior. Espinha ilíaca ântero-superior é um ponto de referência importante e serve para a fixação do ligamento inguinal. Incisura isquiática maior: Inferior à espinha ilíaca póstero-inferior. Entre ela e o acetábulo, há uma elevação arredondada que marca o ponto de fusão do ílio com o ísquio. Corpo do ísquio: Inferior e posteriormente ao acetábulo e se continua diretamente com o tuber isquiático, onde tem origem os músculos da face posterior da coxa. Incisura isquiática menor: Superior ao tuber isquiático. É separada da incisura isquiática maior pela espinha isquiática, uma projeção óssea pontiaguda. Forame obturado: Abertura localizada inferiormente ao acetábulo. É fechado pela membra obturadora quase totalmente, com exceção de uma pequena porção superior. ● Limite anterior: Corpo do púbis; ● Limite posterior: Corpo do ísquio; ● Limite superior: Ramo superior do púbis. Não há sinal evidente da junção do púbis com o ísquio. Face sinfisial: Margem medial do púbis. Une-se à do corpo do púbis do lado oposto por meio da sínfise púbica (placa de fibrocartilagem). Linha pectínea do púbis: Margem superior do ramo superior do púbis. Termina, medialmente, no tubérculo púbico, que é uma projeção óssea bem marcada onde o ligamento inguinal está fixado. Ligamento inguinal: Estende-se da espinha ilíaca ântero-superior ao tubérculo púbico. Crista obturatória: Margem inferior do ramo superior do púbis. Crista púbica: Margem anterior do corpo do púbis, que é áspera e está localizada medialmente ao tubérculo púbico. Vista medial Face sacropélvica: Parte supero-posterior do ílio. Nela situa-se a face auricular, que é destinada à articulação com o osso sacro. Tuberosidade ilíaca: Área rugosa acima da face auricular. É destinada à fixação de ligamentos e músculos. Linha arqueada: Encontrada partindo-se da porção mais anterior da face auricular e se dirigindo ao púbis. É uma projeção óssea bem marcada, de direção oblíqua, que no ílio não é tão cortante quanto no ramo superior do púbis. Se continua com a linha pectínea do púbis. A linha arqueada constitui-se pela linha pectínea (porção mais cortante, situada no ramo superior do púbis) e pela porção ilíaca da linha arqueada, menos cortante, que se inicia anteriormente à face auricular. Eminência iliopúbica: Anteriormente à linha arqueada, mas antes do seu ponto de continuidade com a linha pectínea. Marca a fusão do ílio com o púbis. A linha arqueada divide o osso em duas porções bem distintas: ⬥ Fossa ilíaca: Porção escavada. No vivente é recoberta pelo músculo ilíaco. ⬥ Porção inferior: Púbis, ísquio e uma pequena porção do ílio. Nela se localiza as incisuras isquiáticas maior e menor, a espinha isquiática e o forame obturado. Anatomia de superfície Crista ilíaca pode ser palpada em toda a sua extensão. Espinha ilíaca ântero-superior é um ponto de referência usado para antropometria e na prática media. Tuberosidade isquiática: palpação relativamente fácil, exceto nos indivíduos que apresentam nádegas muito volumosas. Construção da pelve Articulados entre si, através da sínfise púbica anteriormente e do sacro posteriormente, os ossos do quadril constituem a pelve. Abertura superior da pelve: No nível da linha arqueada. Divide a pelve em: ⬥ Pelve maior: Porção superior. Abriga os ossos abdominais. ⬥ Pelve menor: Inferior. Abriga os órgãos do sistema genital e partes terminais do sistema digestório. A pelve masculina tende a apresentar ossos mais pesados, com relevos mais salientes e cavidade pélvica (pelve menor) mais profunda. A abertura superior apresenta-se com forma de “copas” de baralho e o ângulo subpúbico é mais agudo. Na pelve feminina, as distâncias entre as espinhas isquiáticas e entre os túberes isquiáticos são maiores que no sexo masculino. A abertura superior é redonda ou oval e o ângulo subpúbico aproxima-se dos 90º. Fêmur Maior osso do esqueleto. Classificado como osso longo: 2 epífises (proximal e distal) e uma diáfise. Articula-se com o osso quadril pela sua extremidade proximal e com a tíbia e a patela pela sua extremidade distal. Como as articulações dos quadris são muito afastadas, os fêmures dirigem-se inferior, medial e anteriormente, convergindo para os joelhos e formando com as tíbias um ângulo obtuso. Cabeça e Colo Cabeça do fêmur: Extremidade proximal do fêmur. Fóvea da cabeça: Pequena depressão na cabeça do fêmur, onde se fixa o ligamento da cabeça do fêmur, um dos responsáveis pela articulação do quadril. Colo do fêmur: Conecta a cabeça com o corpo do fêmur. Se dirige superior, medial e um pouco anteriormente. É um prolongamento do corpo do osso, tanto no seu desenvolvimento quanto na sua ossificação e estrutura. No nascimento, o colo do fêmur é curto e espesso e se alonga à medida que o osso se desenvolve. Do mesmo modo, o ângulo que o maior eixo do colo forma com o eixo longitudinal da diáfise, denominado ângulo de inclinação, varia com o crescimento dos ossos, sendo mais aberto nos jovens. ⬥ Coxa vara: Diminuição acentuada desse ângulo; ⬥ Coxa valga: Aumento exagerado do ângulo. Muitos vasos de pequeno calibre penetram no colo do fêmur e constituem uma importante fonte de irrigação para a cabeça do fêmur. Nas fraturas de colo, que são frequentes, esses vasos podem ser lesados, resultando eventualmentena necrose da cabeça do fêmur. Linha intertrocantérica: Linha saliente no ponto de união do colo com o corpo do fêmur, em vista anterior. Lateral e superiormente tem- se a presença do trocanter maior, que é uma grande massa óssea justaposto à base do colo do fêmur. Observado posteriormente, o trocanter maior, na sua parte superior, recobre uma depressão profunda, a fossa trocantérica e está em conexão com o trocanter menor através da crista intertrocantérica. Diáfise ou corpo do fêmur O corpo do fêmur apresenta as faces anterior, medial e lateral. Linha áspera: Delimita posteriormente as faces medial e lateral. É bastante visível. É dupla e pode-se distinguir um lábio medial e um lábio lateral. No terço médio os lábios estão muito próximos, mas nos terços proximal e distal, tendem a divergir. No terço proximal ocorre uma bifurcação da linha áspera: ⬥ Lábio medial: Dirige-se para o trocanter menor e denomina-se linha pectínea; ⬥ Lábio lateral: Divergente; é substituído pela tuberosidade glútea. No terço distal, os lábios medial e lateral da linha áspera divergem e delimitam a face poplítea, uma superfície triangular. As linhas divergentes recebem o nome de linhas supracondilares medial e lateral. Epífise distal Se expande em duas massas volumosas, os côndilos medial e lateral do fêmur, que estão unidos anteriormente numa superfície lisa, a face patelar, para receber a patela. O contato da petela com a face patelar ocorre quando a perna está totalmente fletida. Os côndilos do fêmur são separados pela fossa intercondilar. Tubérculo do adutor: Na parte mais superior do côndilo medial. Ambos os côndilos apresentam pequenas projeções nas suas superfícies não-articulares, denominadas epicôndilos medial e lateral. Anatomia de superfície Trocanter maior e côndilos medial e lateral (assim como os epicôndilos lateral e medial) podem ser palpados e são importantes pontos de reparo. Corpo do fêmur não é palpado com facilidade em virtude do revestimento dado pelas partes moles. Tíbia e fíbula Tíbia e fíbula são dois ossos longos, fortemente unidos, os quais, com a membrana interóssea entre eles, formam o esqueleto da perna. A tíbia é medial e mais robusta, articulando-se com o fêmur pela sua extremidade proximal. Distalmente, ambos os ossos articulam-se com o tálus, embora a tíbia seja a responsável direta pela transmissão do peso àquele osso. Tíbia Epífise Proximal Extremidade proximal da tíbia se expande para constituir uma plataforma, a face articular superior, destinada a articular-se com a extremidade distal do fêmur. Essa plataforma é formada pelos côndilos medial e lateral da tíbia, que apresentam faces articulares na sua parte superior, separadas por uma elevação mediana, a eminência intercondilar. A projeção mediana constitui-se de 2 tubérculos: intercondilar medial e intercondilar lateral. Tem uma área anterior e uma posterior à eminência intercondilar. A anterior é denominada área intercondilar anterior e é maior e triangular, enquanto a posterior é a área intercondilar posterior, menor e estreitada. Face articular fibular: Se articula com a cabeça das fíbulas. Está na parte mais posterior e inferior do côndilo lateral. Tuberosidade da tíbia: anterior; está no ponto de junção da epífise com a diáfise. Diáfise O corpo da tíbia tem forma triangular e apresenta as margens anterior, medial e lateral. As margens medial e lateral delimitam as faces medial, lateral e posterior. Pode-se palpá-lo facilmente. A margem lateral é cortante e é onde a membrana interóssea fica presa, por isso ela também pode ser chamada de margem interóssea. Epífise Distal Continuação direta do corpo do osso. A face medial do corpo termina expandindo-se no maléolo medial, facilmente palpável sob a pele, no nível do tornozelo. Na parte posterior do maléolo medial está presente o sulco maleolar, onde se aloja o tendão do músculo tibial posterior. Face articular do maléolo medial: Face lateral do maléolo. É lisa e se articula com o tálus. Face articular inferior: Contínua com a face articular do maléolo medial. É retangular e também se articula com o tálus. Incisura fibular: Na face lateral da epífise distal. Recebe a extremidade distal da fíbula. Fíbula Epífise Proximal Extremidade superior é formada pela cabeça da fíbula. Na superfície medial há uma faceta oval destinada à articulação com a face articular fibular do côndilo lateral da tíbia, é a face articular da cabeça da fíbula. Lateralmente a ela está o ápice da cabeça da fíbula, uma evidente projeção óssea. Corpo Bastante delgado. Unido à extremidade proximal pelo colo da fíbula, que é uma zona estreitada e se apresenta ligeiramente torcido em espiral. Três margens: Interóssea, anterior e posterior. Epífise Distal Tem forma triangular e sua superfície lateral é subcutânea, facilmente palpável no nível do tornozelo. Pode-se dizer que a extremidade distal da fíbula é o maléolo lateral. Face articular: superfície medial, de formato triangular, para articulação com o tálus. Posteriormente à face articular está a fossa do maléolo lateral. Anatomia de superfície da Tíbia e da Fíbula Côndilos da tíbia e a tuberosidade da tíbia são facilmente palpáveis no nível do joelho. Lateral e inferiormente à articulação do joelho, a cabeça da fíbula pode ser sentida sob a pele e, inferiormente a ela, sente-se o relevo do nervo fibular comum, que contorna a porção lateral do colo da fíbula. Patela Osso sesamóide, por estar inclusa no tendão de inserção do músculo quadríceps da coxa. Tem forma triangular, com uma base superior e um ápice dirigido inferiormente. Face anterior: Subcutânea. Ligeiramente convexa e marcada por sulcos verticais. Face articular: Posterior. Apresenta duas áreas separadas por uma ligeira elevação. A área lateral é maior do que a medial, mas ambas articulam-se com os côndilos do fêmur. Para identificar se a patela é a direita ou a esquerda, basta coloca-la sobre a mesa, com o ápice voltado em direção oposta à do observador. A patela se inclinará para o lado lateral, visto que essa porção é a mais pesada do osso. Tarso, metatarso e falanges dos dedos. Ossos que formam o esqueleto do pé: ⬥ Tálus; ⬥ Calcâneo; ⬥ Navicular; ⬥ Cubóide; ⬥ Cuneiformes: medial, lateral e intermédio – formam o tarso; ⬥ Metatarsais (I a V); ⬥ Falanges: proximal, média e distal. Tálus Termina anteriormente na cabeça do tálus, uma projeção arredondada que é unida ao corpo do tálus pelo colo. A parte superior do corpo tem superfícies articulares que constituem a tróclea do tálus, onde a tíbia e a fíbula se articulam. O resto do corpo do tálus repousa sobre o calcâneo que, para recebe- lo, apresenta uma projeção medial chamada sustentáculo do tálus, visível em vista inferior do esqueleto do pé. Calcâneo Grande parte dele ultrapassa posteriormente os limites do tálus. Tuberosidade do calcâneo: Face posterior do osso. Tróclea fibular: Face lateral. Entre a parte anterior do calcâneo e a cabeça do tálus está o seio do tarso, que como um verdadeiro canal. Cadeias de ossos A cabeça do tálus se articula com o osso navicular e este com os 3 cuneiformes, enquanto o calcâneo articula-se com o cuboide. 2 cadeias de ossos no esqueleto do pé: 1. Medial: Tálus, navicular, cuneiformes e ossos metatarsais I, II e III; 2. Lateral: Calcâneo, cuboide e ossos metatarsais IV e V. A cadeia lateral fica mais para baixo. metatarsos Apresentam base (proximal), corpo e cabeça (distal). Metatarsal I: É o mais volumoso dos cinco e o que possui participação direta como suporte do peso do corpo. Falanges Hálux apresentam duas falanges. Isso também pode acontecer no 5º dedo. Sesamóide para o 1º dedo. A estrutura óssea do pé implica a formação de dois arcos:longitudinal e transverso. São resultantes do arranjo mecânico intrínseco dos ossos, sendo sustentados por ligamentos. Durante o movimento, recebem reforço adicional de músculos, principal dos plantares. Os músculos longos da perna em geral não participam de maneira significativa do suporte desses arcos. Importantes para sustentação e distribuição do peso e atuam como um mecanismo de alavanca para marcha. Arco longitudinal Dividido em partes medial e lateral. A parte medial é formada pelo tálus, navicular, cuneiformes e pelos 3 primeiros metatarsais. A parte lateral inclui o calcâneo, cuboide e os 2 ossos metatarsais laterais. Estruturas importantes para a manutenção: Ligamento plantar longo e aponeurose plantar. A aponeurose plantar se estende do calcâneo até o hálux. 2 ossos sesamoides estão incluídos no ligamento plantar. O feixe mais medial da aponeurose plantar se divide em dois e cada divisão se fixa a um sesamoide. Assim, a partir do ligamento plantar, a aponeurose plantar está firmemente fixada à falange e forma uma união mecânica forte, especialmente acentuada para o hálux e a parte medial do arco longitudinal do corpo. Os dois sesamoides do hálux sustentam o peso do corpo, especialmente na última fase de estação da marcha: mecanismo sesamóideo. Ligamento plantar longo se estende do calcâneo ao cuboide. Arco transverso Arco transverso proximal e distal. Formado pelo navicular, cuneiforme, cuboide e os cinco metatarsais. Joanete Entumescimento medial à articulação metatarsofalângica do hálux devido a um espessamento da parede de uma bolsa sinovial que geralmente está presente nesse local. Hálux valgo Hálux está deslocado lateralmente, ocorrendo angulação na articulação metatarsofalângica. Sua causa não é suficientemente conhecida. Impressões plantares Antes do nascimento: tecido adiposo distribuído em toda a planta do esqueleto do pé forma o coxim plantar, responsável pela convexidade da planta do pé. Nascimento e infância: coxim plantar marca os arcos do pé e a planta pode aparecer plana ou chata. Mais tarde: Tecido adiposo fica mais fino nas áreas que não estão em contato com o solo e, por isso, na maioria dos adultos a parte medial do arco longitudinal do pé não é reconhecido em impressões plantares. Pé plano ou chato: Abaixamento do arco longitudinal. Pode ou não ser patológico. O inverso do pé plano é o pé cavo, no qual o arco longitudinal é excessivamente alto. Pé torto (talípede) Pé retorcido, deformado ou fora de posição. Pé varo: Pé fixado em inversão; Pé valgo: Pé fixado em eversão; Pé calcâneo: Pé fixado em posição de dorsiflexão; Pé equino: Pé fixado em posição de inversão; Pé equinovaro: Paciente anda sobre a borda lateral da parte anterior do pé. Deslocamento Entorses: torção do pé. Quase sempre envolve pelo menos uma ruptura parcial de ligamento no tornozelo e podem resultar em incapacidade grave. Cíngulo do membro inferior: sacro e ossos do quadril. Principal função: receber peso corporal transmitido pela coluna e repassá-lo aos MMII. Estruturada para ser forte, rígida e resistente. Articulação posterior: Sacroilíaca, Articulação anterior: Sínfise púbica. Articulação do quadril: capaz de receber e transmitir pressões, mantendo a postura ereta e o equilíbrio, sendo, para isso, rígida, resistente e estável. Ao mesmo tempo, para propiciar a deambulação, precisa ser móvel e instável. Articulação sacroilíaca Sinovial simples do tipo plano. Movimentos em várias direções, mas com amplitude limitada. Formada pelas faces auriculares do ílio e do sacro. É mantida por fortes ligamentos: sacroilíaco interósseo, sacroilíaco posterior e sacroilíaco anterior, iliolombar (vértebras), sacrotuberal (ísquio) e sacroespinal (ísquio). Formação dos forames isquiáticos A margem lateral do ligamento sacrotuberal forma o limite que transforma as incisuras isquiáticas em forames isquiáticos maior e menor, os quais são separados entre si pelo ligamento sacroespinal. No forame isquiático maior passam o músculo piriforme, vasos sanguíneos e nervos, incluindo o nervo isquiático. No forame isquiático menor passam o músculo obturador interno, vasos sanguíneos e nervos. Sínfise púbica Articulação cartilagínea formada por uma fibrocartilagem, o disco interpúbico, que se prende à face sinfisial de ambos os púbis. É reforçada pelo ligamento púbico superior (sobre o corpo do púbis) e pelo ligamento púbico inferior (entre os dois ramos inferiores do púbis). Articulação do quadril (coxofemoral) Sinovial simples do tipo esferoide. Triaxial: flexão, extensão, abdução, adução, rotação lateral, rotação medial e circundação. Formada pela cabeça do fêmur, que se encaixa no acetábulo. A cabeça do fêmur, exceto a fóvea, está revestida por cartilagem hialina e o acetábulo apresenta a face semilunar também revestida por hialina, enquanto a fossa do acetábulo é preenchida por tecido adiposo (amortecedor). A cabeça do fêmur se encaixa de tal forma no acetábulo que este e seu lábio, combinados, englobam cerca de 2/3 dela. Assim, a cabeça do fêmur não pode ser removida da articulação sem lesar o lábio do acetábulo. O lábio do acetábulo fica como uma ponte sob a incisura do acetábulo, onde constitui o ligamento transverso do acetábulo, transformando a incisura num forame, pelo qual vasos sanguíneos e nervos penetram a articulação. Ligamento da cabeça do fêmur: Sai da fóvea da cabeça do fêmur, tem formato triangular e sua base se prende ao ligamento transverso e às margens da incisura do acetábulo. Está dentro da articulação, envolto por um tubo de membrana sinovial. Cápsula da articulação coxofemoral: Forte e resistente. Prende-se ao lábio do acetábulo, ao trocanter maior, à linha intertrocantérica e ao trocanter menor. Posteriormente não se prende à crista intertrocantérica e sim um pouco acima. Postura ereta: Peso do tronco é ligeiramente posterior à articulação do quadril, o que gera uma tendência à queda da parte posterior da pelve, isto é, a pelve descreveria uma rotação com eixo na articulação do quadril. Para isso não acontecer, a cápsula articular é mais resistente na parte anterior do que na posterior, apresentando espessamentos e, em sua região mais profunda, fibras circulares que envolvem o colo do fêmur (zona orbicular). Espessamentos: ⬥ Ligamento iliofemoral: É o mais forte. Insere-se superiormente na espinha ilíaca antero-inferior e se fixa no trocanter maior e na linha intertrocantérica. O meio é mais fraco, deixando um aspecto de Y invertido; ⬥ Ligamento isquiofemoral: Do corpo do ísquio ao trocanter maior; ⬥ Ligamento puberal: Formato triangular. Do corpo do púbis à linha intertrocantérica (junto com o ramo inferior do ligamento iliofemoral). Fratura da cabeça do fêmur, principalmente perto do colo, pode interromper o suprimento sanguíneo para a cabeça do fêmur, gerando necrose (frequente em idosos). Uma cabeça de fêmur lesada pode ser substituída por prótese. Os músculos são maiores e mais fortes que os dos MMSS. Estabilidade, locomoção, sustentação do peso e manutenção postural. Muitos são biarticulares com dupla ou tripla função em articulações diferentes. Flexão da coxa Músculo Iliopsoas Região anterior da coxa. 2 músculos com inserção comum: trocanter menor. ⬥ Ilíaco: lateralmente; origem na fossa ilíaca. ⬥ Psoas maior: medialmente; origem nas vértebras lombares (processos transversos e corpos). Funções: flexor da coxa, rotador lateral da coxa, flexor do tronco (quando o MI está fixado). Músculo Sartório Região anterior da coxa. Sartório = costureiro – achavam que ele era responsável pelo movimento para cruzar a perna. Origem: espinha ilíaca antero-superior. Inserção: tuberosidade da tíbia (medial). Trajeto oblíquo (de lateral para medial). Funções: flexor da coxae flexor da perna. Músculo Quadríceps da Coxa Região anterior da coxa. Mais volumoso e potente músculo do corpo, constituindo a maior parte da massa muscular da região anterior da coxa. Formado por: reto da coxa (femoral), vasto medial, vasto intermédio e vasto lateral. Origens: ⬥ Reto da coxa: espinha ilíaca antero-superior; ⬥ Vasto medial: linha intertrocantérica do fêmur; ⬥ Vasto intermédio: corpo do fêmur (antero-lateral); ⬥ Vasto lateral: trocanter maior. Inserção comum: base da patela e tuberosidade da tíbia. Os 4 possuem um tendão de inserção comum, o tendão do quadríceps. Parte dele de insere na base da patela e o restante vai para a tuberosidade da tíbia. A parte entre a patela e a tuberosidade da tíbia é denominada ligamento patelar. O tendão do quadríceps emite fortes expansões fasciais, os retináculos medial e lateral da patela, que unem os lados desta e o ligamento patelar aos côndilos femorais e tibiais e ajudam a formar a cápsula da articulação do joelho. Músculo Pectíneo Região medial da coxa. Origem: linha pectínea do púbis. Inserção: linha pectínea do fêmur. É também um adutor da coxa. Músculo Tensor da Fáscia Lata Músculo da região glútea. Tensiona a fáscia lata (trato iliotibial) agindo na estabilização do joelho em extensão. Origem: espinha ilíaca antero-superior. Inserção: fáscia lata. Fáscia Lata Fáscia muscular da coxa. Delimita grupos musculares funcionais. Fixada aos ossos do quadril (em especial o lábio externo da crista ilíaca), do sacro e do cóccix. Contínua com os ligamentos inguinal e sacrotuberal. Na parte supero-lateral ela se delamina para envolver o músculo tensor da fáscia lata. O mesmo ocorre na região glútea, onde a aponeurose glútea se delamina para revestir o músculo glúteo máximo. Esses 2 músculos estão firmementes inseridos numa porção particularmente resistente e espessa da fáscia lata, o trato iliotibial, que se estende ao longo de toda a face lateral da coxa (do trocanter maior à face anterior do côndilo lateral da tíbia). Quando o músculo tensor da fáscia lata e o músculo glúteo máximo tracionam o trato iliotibial, eles agem na articulação mantendo o joelho em extensão e são poderosos estabilizadores da articulação do joelho quando ela suporta peso com o joelho semifletido. Extensores da coxa ⬥ Bíceps da coxa (femoral); ⬥ Semitendíneo; ⬥ Semimembranáceo; ⬥ Glúteo máximo; ⬥ Adutor magno (porção extensora). Os 3 primeiros são os músculos do Jarrete (posteriores da coxa). São potentes flexores da perna (articulação do joelho). Estendem o tronco se o MI está fixo e com o joelho fletido fazem rotação da perna. Músculo Bíceps da Coxa ou Femoral Região posterior da coxa. Origem: ⬥ Cabeça curta: região supracondilar do fêmur; ⬥ Cabeça longa: túber isquiático. Inserção: cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia. Músculo Semitendíneo Região posterior da coxa. Origem: tuber isquiático. Inserção: corpo da tíbia (medial e proximal). Músculo Semimembranáceo Região posterior da coxa. Origem: túber isquiático. Inserção: côndilo medial da tíbia. Músculo Glúteo Máximo Região glútea. Origem: face flútea do ílio, sacro e cóccix. Inserção: tuberosidade glútea do fêmur. Funções: extensor do quadril, extensor do tronco com MI fixo e rotador lateral da coxa. Músculo Adutor Magno Região medial da coxa. Duas porções: extensora e adutora, cada uma com sua origem e extensão. ⬥ Porção extensora: Origem no túber isquiático e inserção no tubérculo adutor do fêmur. ⬥ Porção adutora: Origem nos ramos inferiores do púbis e inserção no corpo do fêmur (medial). Abdutores da coxa ⬥ Glúteo médio; ⬥ Glúteo mínimo. Atuam como abdutores e flexores do quadril. Têm papel importante na deambulação, pois, ao abduzirem a pelve, produzem sua inclinação jogando o peso corporal sobre o membro em contato com o solo, deixando o membro pendente apto para dar continuidade ao seu movimento. Músculo Glúteo Médio Região glútea. Origem: face glútea do ílio (margeando a crista). Inserção: trocanter maior do fêmur. Músculo Glúteo Mínimo Região glútea. Origem: face glútea (região média). Inserção: trocanter maior do fêmur. Adutores da coxa ⬥ Pectíneo (ok); ⬥ Adutor magno (ok); ⬥ Adutor longo; ⬥ Adutor curto; ⬥ Grácil. Músculo Adutor Longo Região medial da coxa. Origem: corpo do púbis. Inserção: corpo do fêmur (medial). Músculo Adutor Curto Região medial da coxa. Origem: corpo e ramo inferior do púbis. Inserção: corpo do fêmur (médio-posterior). Músculo Grácil Região medial da coxa. Origem: corpo e ramos inferior do púbis. Inserção: corpo da tíbia (medial e proximal). Rotadores mediais da coxa ⬥ Glúteo médio (ok); ⬥ Glúteo mínimo (ok); ⬥ Tensor da fáscia lata (ok). Rotadores laterais do quadril ⬥ Glúteo máximo (ok); ⬥ Obturador externo; ⬥ Obturador interno; ⬥ Gêmeo superior; ⬥ Gêmeo inferior; ⬥ Quadrado femoral; ⬥ Piriforme. Com exceção do músculo glúteo máximo, todos os demais são músculos curtos da região glútea. Músculos Obturadores Externo Origem: contorno externo do forame obturado. Inserção: Fossa trocantérica do fêmur. Interno Origem: contorno medial do forame obturado. Inserção: trocanter maior Músculos Gêmeos Superior Origem: espinha isquiática. Inserção: fossa trocantérica. Inferior Origem: tuber isquiático. Inserção: fossa trocantérica. Músculo Quadrado Femoral Origem: túber isquiático. Inserção: região intertrocantérica. Músculo Piriforme Origem: face pélvica (anterior) do sacro. Inserção: trocanter maior. É a maior das junturas sinoviais do corpo humano e uma das mais complexas e discutidas. Numerosas estruturas fazem parte e visam conciliar as funções antagônicas de recepção e transmissão do peso corporal e de deambulação. Movimento principal: flexão e extensão (articulação do tipo gínglimo). Também é capaz de realizar certo grau de rotação, com o joelho previamente fletido. Envolve três ossos: fêmur, tíbia e patela. Côndilos do fêmur articulam-se com os da tíbia, e a face patelar do fêmur recebe a patela quando o joelho está estendido. Articulação sinovial composta, do tipo bicondilar. Funcionalmente é uma articulação biaxial. Cápsula articular e ligamentos Delgada e membranosa posteriormente. Anteriormente é substituída em grande parte pelo tendão do músculo quadríceps, pela patela e pelo ligamento patelar. Envolve os côndilos femorais e tibiais. Está ausente entre o tendão do quadríceps e a face anterior do fêmur, permitindo que a membrana sinovial forme uma ampla prega na região e constitua a bolsa suprapatelar, que às vezes é uma cavidade fechada, isolada da cavidade articular da articulação do joelho. Posteriormente, a cápsula articular tem uma fenda por onde emerge o músculo poplíteo e essa fenda é reforçada, acima da emergência do músculo, por um espessamento que constitui o ligamento poplíteo arqueado (região poplítea látero-inferior). Na face posterior, em posição medial, há outro reforço: ligamento poplíteo oblíquo (região poplítea), que é uma expansão do tendão do músculo semimembranáceo. Anteriormente, a cápsula está substituída pelo tendão do músculo quadríceps, patela e ligamento patelar. O tendão do músculo quadríceps envia expansões que se fixam nos côndilos da tíbia e formam os retináculos medial e lateral da patela. Na articulação do joelho, dois ligamentos são considerados extracapsulares, isto é, isolados da cápsula articular. São eles: ligamentos colaterais tibial e fibular Estruturas intracapsulares ⬥ Meniscos; ⬥ Ligamento transverso do joelho; ⬥ Ligamentos cruzados; ⬥ Ligamentos meniscofemorais anterior e posterior. Meniscos lateral e medial Estruturas cartilaginosas fixadas aos côndilos da tíbia. Mais espessos nassuas bordas periféricas. Aumentam a concavidade das faces articulares dos côndilos da tíbia que se articulam com os côndilos do fêmur. Função importante: Tornam mais congruentes as superfícies ósseas que se articulam. Também atuam como verdadeiros coxins cartilaginosos, absorvendo os choques produzidos na deambulação. Menisco lateral: forma de um círculo quase completo. Menisco medial: forma de C. Está aderido à capsula articular e ao ligamento colateral tibial, o que reduz a sua mobilidade em relação ao menisco lateral, sendo mais propenso a lesões nos movimentos súbitos da articulação do joelho. Ligamento transverso do joelho Une as porções anteriores dos meniscos lateral e medial. Ligamento meniscofemoral anterior Parte da extremidade anterior do menisco lateral, passa na frente do ligamento cruzado posterior e se fixa no ligamento cruzado anterior, prolongando-se até o côndilo lateral do fêmur. Ligamento meniscofemoral posterior Parte da extremidade posterior do menisco lateral, passa atrás do ligamento cruzado e se fixa nele e no côndilo medial do fêmur. Ligamento cruzado Anterior: Região anterior da tíbia (entre os côndilos), indo superiormente em sentido póstero-lateral no fêmur. Posterior: Região posterior da tíbia (entre os côndilos), indo superiormente em sentido ântero-medial no fêmur. São importantes porque impedem o deslocamento do joelho no sentido ântero-posterior, ajudando na estabilidade da articulação e no alinhamento ósseo. Flexores da perna ⬥ Bíceps da coxa (ok); ⬥ Semitendíneo (ok); ⬥ Semimembranáceo (ok). Sinergistas: Sartório (ok), grácil e gastrocnêmio. Extensor da perna ⬥ Quadríceps da coxa (ok). Rotadores mediais da perna ⬥ Semitendíneo (ok); ⬥ Semimembranáceo (ok). Rotador lateral da perna ⬥ Bíceps da coxa (ok). Rotação medial e lateral do joelho Músculo poplíteo Músculo profundo da região posterior da perna. Origem: epicôndilo lateral do fêmur e menisco lateral. Inserção: face posterior e lateral da epífise da tíbia. Rotação lateral: ⬥ Do fêmur quando a tíbia está fixada; ⬥ Da tíbia quando o fêmur está fixado; ⬥ E posterior da tíbia no início da flexão de joelho. Alterações do joelho Hiperextensão do joelho Não funcional. Joelho (geno) recurvato. Joelho varo Arqueamento das pernas. Joelho valgo Joelho para dentro Lesões ⬥ Traumáticas; ⬥ Degenerativas. Lesões traumáticas Grande maioria relacionada a esportes, envolvendo esportistas profissionais ou ocasionais. Lesões meniscais, ligamentares ou tendíneas, além de fraturas e luxações. Lesões degenerativas Grande maioria relacionada a idade. A mais comum é a osteoartrose.
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