Mapeamento das funções cerebrais

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Mapeamento das funções cerebrais 
Muitos dos primeiros fisiologistas realizaram suas pesquisas diretamente nos tecidos cerebrais e essas contribuições foram substanciais para o estudo das funções do cérebro.
Determinar as partes específicas de cérebro responsáveis pelo controle das diferentes funções cognitivas.
Refinamento dos métodos de pesquisa que mais tarde viriam a ser amplamente usados na psicologia fisiológica.
Médico Marshall Hall (1790-1857) pioneiro na investigação do comportamento reflexo. Hall observou que os animais decapitados continuavam a se mover por um tempo mediante estímulos de várias terminações nervosas.
Concluiu que os diversos níveis de comportamento têm origem nas diferentes partes do cérebro e do sistema nervoso.
Hall postulava que o movimento voluntário dependia de cérebro; o movimento de reflexo, da medula espinhal; o movimento involuntário, da estimulação direta dos músculos, e o movimento respiratório, da medula.
Pesquisa de Pierre Flourens (1794-187)
Envolvia destruição sistemática de partes do cérebro e da medula espinhal dos pombos, bem como observação das consequências.
Concluiu que o cérebro controlava os processos mentais mais elevados.
Cérebro médio: controlavam os reflexos visuais e auditivos
Cerebelo: coordenação
Medula: batimento cardíaco, respiração e funções vitais.
Método clínico desenvolvido por Paul Broca (1824-1880) 
Método clínico ( exame pós-morte das estruturas do cérebro para detectar lesões responsáveis pelo comportamento do indivíduo antes da sua morte) e a técnica do estímulo elétrico.
Cirurgião de Paris para doentes mentais.
Realizou a autópsia de um homem que apresentava uma fala incompreensível. O exame revelou uma lesão no hemisfério esquerdo do córtex cerebral.
Área de Broca: centro da fala 
Estímulos elétricos 
Gustav Fritsch e Eduardo Hitzig (1870)
Aplicação de fracas correntes elétricas para a exploração do córtex cerebral.
Contribuiu para o estudo das funções cerebrais, com o avanço da tecnologia.
Médico Alemão Franz Josef Gall (1758-1828)
Dissecava cérebros de animais e pessoas mortas.
Seu trabalho constatou a existência de substância cerebral tanto branca como acinzentada, a conexão de cada lado do cérebro ao lado oposto da medula espinhal por meio de fibras nervosas e a ligação de ambas as metades do cérebro.
Desejava descobrir se era possível obter informações sobre as propriedades cerebrais analisando o tamanho e o formato do cérebro.
 
O comportamento inteligente em animais com cérebros maiores do que nas espécies com cérebro menores.
Fundou um movimento chamado cranioscopia, mais tarde conhecido como frenologia, cuja proposta afirmava que o formato do crânio de uma pessoa revelava suas características intelectuais e emocionais.
Sua reputação caiu rapidamente quando promoveu essa ideia. 
Gall acreditava que, quando uma habilidade mental, como a consciência, a benevolência ou a autoestima, fosse particularmente bem desenvolvida, devia existir uma protusão ou saliência correspondente na superfície do cérebro. O contrário seria um afundamento no crânio.
As ideias foram difundidas pela Europa e Estados Unidos, com aulas e demonstrações a respeito da frenologia.
Sociedades foram formadas e a leitura de crânios tornou-se conhecida.
Empresários americanos usavam a técnica para selecionar funcionários.
Os praticantes da frenologia afirmavam poder usar o método para avaliar o nível de Inteligência das crianças e aconselhar casais com crises no casamento.
A crença na aplicação da frenologia aos problemas práticos foi a principal razão para seu sucesso nos Estados Unidos.
A crítica teve como base a pesquisa conduzida por Pierre Flourens.
Ao destruir sistematicamente a parte de um cérebro, descobriu que o formato do crânio não correspondia aos contornos do tecido cerebral.
O tecido cerebral era delicado demais para produzir alterações, como protuberâncias ou afundamentos, na superfície óssea do crânio.
Suas ideias reforçaram a crença, cada vez mais forte entre os cientistas na possibilidade de se localizar as funções específicas do cérebro com a aplicação do método clínico, da extirpação e dos estímulos elétricos.
Sistema Nervoso
Luigi Galvani
Sugeriu que os impulsos nervosos seriam elétricos.
Os cientistas passaram a crer que o sistema nervoso central funcionava como uma estação de transferência, desviando impulsos para fibras sensoriais ou motoras.
Um elemento do mundo exterior (estímulo) provoca impacto no órgão do sentido, e assim, excita o impulso nervoso central e ali reage, criando novo impulso, que é transmitido através dos nervos motores para acionar a resposta do organismo.
Estrutura anatômica do sistema nervoso.
Descobriram que as fibras nervosas eram compostas de estruturas separadas (neurônios) e de alguma forma conectadas a pontos específicos (sinapses).
Coincidiam com a imagem mecanicista do funcionamento humano.
O sistema nervoso era, assim como a mente, constituído de estruturas de átomos, partículas de matéria combinadas para produzir um produto mais complexo.
O espírito mecanicista era predominante na fisiologia , assim como dominava a filosofia da época.
Sociedade de Física de Berlim: explicação de todos os fenômenos pelos princípios da física.
Desenvolver a fisiologia com base no quadro de referência do mecanicismo.
As únicas forças ativas dentro do organismo eram as forças psicoquímicas comuns.
Abordagem científica alemã
Durante um século, a história intelectual da Alemanha preparou o caminho para a ciência experimental da psicologia. 
A fisiologia experimental estava bem estabelecida e era reconhecida por um estágio ainda não atingido pela França e Inglaterra.
Trabalho preciso de classificação, descrição, zoologia e fisiologia.
Ênfase na coleta minuciosa e completa dos fatos observáveis, adotavam a abordagem indutiva.
Reforma educacional voltada aos princípios da liberdade acadêmica invadiu as universidades da Alemanha.
Novas áreas de pesquisa científica, como por exemplo, a psicologia.
Surgimento de investigação científica.
Laboratórios equipados.
Hermann von Helmholtz (1921-1894)
Ênfase ao tratamento mecanicista e determinista, partindo do princípio de que os órgãos sensoriais humanos funcionavam como máquinas.
O impulso nervoso era instantâneo. 
Medição empírica de velocidade de condução.
As descobertas mostraram diferenças individuais, além de divergências entre um experimento e outro com a mesma pessoa.
Pensamento e movimento seguem um ao outro em intervalo mensurável e não ocorrem simultaneamente, como se pensava.
Referência para o estudo dos sentidos humanos
Fortaleceu a abordagem experimental para análise de questões psicológicas. 
Ernst Weber 
Limiar dos dois pontos
O intervalo de tempo da distância entre dois pontos antes do indivíduo experimentar duas sensações distintas.
Diferenças mínima perceptível 
Menor diferença detectável entre dois estímulos físicos
Método de investigação da relação entre corpo e mente, entre o estímulo e a sensação.