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Esôfago-estômago-e-duodeno

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ESÔFAGO 
• É um tubo muscular que mede de 20 a 25 cm de comprimento e se estende da região 
inferior da faringe até o estômago, descendo posteriormente à traqueia. 
• Tem a função de conduzir o alimento da faringe até o estômago. 
-Durante esse caminho, ele se relaciona com várias estruturas, sendo que 3 delas poderão 
comprimi-lo: 
→Arco da aorta 
→Brônquio principal esquerdo 
→Diafragma 
• Possui 2 tipos de musculatura: 
Esôfago cervical e início do esôfago torácico é formado por musculatura estriada esque-
lética, e conforme se aprofunda sofre transição para músculo liso. Sendo assim, no 1/3 
inferior do órgão a musculatura é predominantemente lisa. 
• Faz movimentos peristálticos que auxiliam na condução do alimento 
 
• Dividido em 3 porções: cervical, torácica e abdominal. 
Porção abdominal do esôfago: 
→A porção abdominal é cônica e mede de 1 a 3 cm, curvado para a esquerda. 
→Vai desde o hiato esofágico do diafragma até o óstio cárdico. 
→Na sua parte posterior, existe o ligamento frenicoesofágico, uma reflexão peritoneal 
que conecta o esôfago abdominal ao diafragma. 
• Entre a parede lateral esquerda do esôfago abdominal e o fundo do estômago existe o 
ângulo de His, com cerca de 45º. (esta área está marcada com o quadrado vermelho). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA 
Anatomia do TGI 
Lucas Gabriel ATM 25 
• A junção esofagogástrica ocorre na curvatura menor do estômago. Essa região é bem 
marcada pela linha z, que demarca a transição da mucosa lisa do esôfago para uma mu-
cosa enrugada e mais avermelhada que pertence ao estômago. 
 
Válvula fisiologica de Gubaroff 
• É uma válvula fisiológica. 
• Quando o estômago está muito cheio, a massa de alimentos que se encontra dentro dele 
empurra o ângulo de His sobre o esôfago abdominal, evitando o refluxo. 
 
Esfíncter esofágico inferior 
• É um esfíncter fisiológico e não anatômico, pois não há uma estrutura material que o 
constitui como tal. 
• Esse esfíncter é regulado por diferença de pressão e também evita o refluxo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esôfago abdominal 
Linha Z (junção 
esofagogástrica) 
estômago 
Ligamento 
frenoesofágico 
diafragma 
Fáscia diafragmática 
cárdia 
• A vascularização do esôfago depende da altura em que ele se encontra. 
→A porção abdominal é irrigada pelas Aa esofágicas inferiores (ramos da A. gástrica es-
querda) 
• A drenagem ocorre por meio das Vv esofágicas, que levam o sangue até a V. gástrica 
esquerda 
• O esôfago tem inervação simpática (nervos esplâncnicos) e parassimpática (nervo vago). 
Hérnia de hiato 
• A pressão na cavidade torácica é negativa e a pressão abdominal é positiva, portanto 
existe uma tendência de que a junção esofagogástrica seja empurrada para dentro do 
tórax. 
→Portanto, quando há um enfraquecimento da musculatura do diafragma, acontece a 
hérnia de hiato, pois a junção esofagogástrica sobe para dentro do tórax. 
→Com a hérnia, o esfíncter acaba subindo para o tórax e perde outros mecanismos que 
o ajudam a conter o refluxo (como as fibras do diafragma e o ligamento frenoesofágico). 
→Isso faz com que o paciente tenha mais refluxo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÔMAGO 
 
VISÃO GERAL 
• Estômago é a parte expandida do sistema digestório entre o esôfago e o intestino del-
gado. É a maior cavidade desse sistema. 
• Localizado, em sua maior parte, no quadrante abdominal superior esquerdo. 
• Tem função principal de digestão enzimática, preparando o quimo para o intestino. 
• Seu formato é semilunar, mas varia muito de acordo com a constituição corporal, estado 
de alimentação, respiração, e outros fatores. 
• Órgão peritonizado→ Quase completamente revestido por peritônio. 
ESTRUTURA 
O estômago possui 4 partes básicas: 
→cárdia, corpo, fundo e parte pilórica 
A parte pilórica é dividida em antro e canal 
pilóricos e termina no piloro. 
 
Com base nessas estruturas, pode-se dizer 
que o estômago possui: 
→ 2 paredes (anterior e posterior) 
→ 2 curvaturas (maior e menor) 
→ 2 incisuras (incisura cárdica (ângulo de 
His) e incisura angular) 
→ 2 óstios (cárdico e pilórico) 
 
 
• Enquanto a curvatura menor (por meio dos ligamentos hepatogástrico e hepatoduode-
nal) compõe o omento menor, a curvatura maior é local de origem do omento maior. 
 
CÁRDIA 
• Porção que circunda o óstio cárdico (a abertura superior do estômago). 
 
FUNDO GÁSTRICO 
• Porção que se localiza em uma altura acima da junção esofagogástrica. 
• Onde o ar fica contido. (Por isso no RX fica mais opaco) 
 
CORPO GÁSTRICO 
• Maior porção do estômago 
• Se localiza entre o fundo gástrico e a parte pilórica 
 
PARTE PILÓRICA 
• Região afunilada na saída do estômago. Tem uma parte mais larga (Antro pilórico), que 
leva ao canal pilórico (sua parte mais estreita). 
 
PILORO (Esfíncter pilórico)→ está no nível de L1 
• O piloro é a região esfincteriana distal do canal pilórico. É um espessamento acentuado 
da camada circular de músculo liso, que controla a saída do conteúdo gástrico através 
do óstio pilórico (esvaziamento gástrico). Evita refluxo da região duodenal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIGAMENTOS (são 4 no total) 
 
• Ligamento hepatogástrico→parte do 
• Ligamento gastrolienal (posteriormente) 
• Ligamento gastrofrênico 
• Ligamento gastrocólico→omento maior 
 
 
 
 
CONSTITUIÇÃO 
• Estômago tem uma parede com 4 camadas 
• As camadas, de dentro para fora são 
A. Mucosa 
→possui pregas gástricas longitudinais 
→suas células secretam 
1.Gastrina (hormônio), principalmente no 
Antro 
2.Ácido clorídrico (HCl) 
3.Mucina (para a proteção da mucosa gás-
trica) 
4.Pepsina 
5.Fator intrínseco (para a maturação de he-
mácias) 
B. Submucosa 
C. Muscular 
→íntima: oblíqua 
→interna: longitudinal 
→externa: circular (é dita circular pois contorna o órgão em seções circulares). 
D. Serosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
omento menor 
Dica: Lembrar da embriologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IRRIGAÇÃO 
• Aa gástricas E e D→curvatura menor 
• Aa gastro-omentais (gastroepiploicas) D e E→curvatura maior 
• Aa gástricas curtas→fundo do estômago 
 
DRENAGEM 
• Vv gástricas E e D→drenam para a veia porta hepática 
• V. gastroepiploica D→drena para a V. mesentérica superior 
• V. gastroepiploica E→drena para a V. esplênica 
No fim todas drenam para o mesmo lugar: veia porta 
 
INERVAÇÃO 
• Ramos gástricos dos troncos vagais anterior e posterior: inervação parassimpática (co-
ordena os movimentos peristálticos, que no estômago ocorre principalmente na região 
pilórica). 
→Nervos de Latarjet: inervação motora (parassimpática) e secretora 
• Nervos esplâncnicos: inervação simpática e sensitiva 
 
 
Imagens da 
vascularização no 
anexo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DRENAGEM LINFÁTICA 
 DRENAGEM LINFÁTICA 
• A drenagem linfática faz um paralelo com a vasculatura e, essencialmente, drena para 4 
zonas de linfonodos: 
1. Grupo gástrico superior 
→Drena a região da curvatura menor para os linfonodos paracordial e gástrico es-
querdo 
2. Grupo suprapilórico 
→Drena o segmento antral da curvatura menor para os linfonodos suprapancreáticos 
3. Grupo pancreaticolienal 
→Drena a porção alta da curvatura maior para os linfonodos gastroepiplóicos esquer-
dos e esplênicos 
4. Grupo subpilórico inferior 
→Drena ao longo do pedículo vascular gastroepiploico direito 
 
• Todas as 4 zonas de linfonodos drenam para o grupo celíaco e daí para o ducto torácico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DUODENO 
 
• É a primeira porção do intestino delgado, que mede cerca de 25 cm. Também éa porção 
mais larga (maior diâmetro) e mais fixa. 
• Tem formato de “C”, envolvendo a cabeça do pâncreas com sua concavidade. 
• Começa no piloro (na direita) e termina na junção duodedojejunal do lado esquerdo. 
• Dividido em 4 porções: 
1. Porção superior 
→contém a ampola (bulbo), que é a por-
ção diretamente ligada ao estômago. 
→única porção livre das 4 
→contém o ligamento hepatoduode-
nal→omento menor 
→vai do piloro até o joelho duodenal supe-
rior 
→única porção peritonizada (devido ao li-
gamento) 
→tem poucos movimentos peristálticos. 
→Na altura de L1 
 
• Porções retroperitoneais: 
 
2. Descendente 
→Vai desde o joelho (flexura) duodenal superior até o joelho inferior 
→Possui 2 ductos de chegada (ducto colédoco e ducto pancreático) 
→Esses 2 ductos marcam as papilas (menor e maior). 
→Altura de L1 a L3 
3. Horizontal 
→Anteriormente à veia cava e artéria aorta abdominal. 
→Posteriormente à A e V mesentéricas superiores. 
4. Ascendente 
→Segue até a altura de L2. 
→Se une ao jejuno na junção duodenojejunal. 
→Nessa região, encontra-se o músculo suspensor do duodeno. (é uma extensão do 
pilar direito do diafragma que se chama ligamento de Treitz ou ligamento suspensor 
do duodeno) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSTITUIÇÃO 
• Mucosa 
→forma pregas circula-
res 
→Apresenta vilosidades 
• Submucosa 
→glândulas duodenais 
• Muscular 
→circular (interna) 
→longitudinal (externa) 
 
 
 
 
IRRIGAÇÃO 
• Recebe sangue do tronco celíaco e da A. mesentérica superior. 
→Aa supraduodenal, retroduodenal e pancreatoduodenais anterior e posterior 
 
INERVAÇÃO 
• Plexo celíaco e mesentérico superior. 
ANEXOS- VASCULARIZAÇÃO DO ESTÔMAGO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 2- INERVAÇÃO DO ESTÔMAGO

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