Buscar

Resumo 10 - Histologia do Sistema Nervoso


Continue navegando


Prévia do material em texto

Histologia do Sistema Nervoso 
Neurônios 
 São as células parenquimatosas. 
 De acordo com o tamanho e forma 
de seus prolongamentos, a 
maioria dos neurônios pode ser 
classificada em um dos seguintes 
tipos: 
o Neurônios multipolares: apresentam mais de dois prolongamentos celulares. 
Representa a grande maioria das células nervosas. 
o Neurônios bipolares: possuidores de um dendrito e de um axônio, são sensitivos 
associados aos órgãos de sentidos. Ex.: retina, mucosa olfatória. 
o Neurônios pseudo-unipolares: apresentam próximo ao corpo celular prolongamento 
único, mas este logo se divide em dois, dirigindo-se um ramo para periferia e outro 
para o SNC. São sensitivos associados a sensações gerais, como o tato, dor. Neles 
o potencial de ação não precisa passar pelo corpo celular, é uma condução mais 
rápida e veloz. Ex.: neurônios localizados em gânglios espinhais. 
CORPO CELULAR: 
 O corpo celular ou pericário é o centro metabólico e contém o núcleo e a maioria das 
organelas do neurônio. Se ele for danificado, não regenera. 
 É um centro trófico, mas tem também função 
receptora e integradora de estímulos. Contém o 
núcleo, que na maioria dos neurônios é esférico e 
pouco corado, com nucléolo evidente, refletindo 
a alta atividade de síntese. 
 O retículo endoplasmático rugoso é muito 
abundante e forma agregados, que ao MO 
aparecem como manchas basófilas espalhadas no 
citoplasma – os corpúsculos de Nissl. O 
complexo de Golgi localiza-se em torno do núcleo. 
 
DENDRITOS: 
 Os dendritos aumentam muito a superfície receptora dos 
neurônios, permitindo a captação de grande variedade de 
impulsos. Há receptores dos neurotransmissores. 
 Apresentam pequenas projeções, as espinhas, 
espículas ou gêmulas. O número de gêmulas em cada 
dendrito varia de um neurônio para outro, mas elas 
geralmente estão muito presentes e correspondem ao 
primeiro processamento dos impulsos nervosos. 
 A célula de purkinje, no cerebelo, tem espinhos dendríticos grandes. 
AXÔNIOS: 
 As fibras nervosas são constituídas por um axônio e suas bainhas 
envoltórias. Grupos de fibras nervosas formam os feixes 
ou tratos do SNC e os nervos do SNP. 
 A mielinização é feita por dois tipos celulares: 
o Células de Schwann (neurolemócito) no SNP. 
o Oligodendrócitos, no SNC. 
 A bainha de mielina, nas fibras mielinizadas, 
consiste em um espiral de membrana, que permanece unido graças à presença da proteína 
básica de mielina. 
 Oligodendrócitos e CS envolvem-se sobre fibras mielinizadas (na imagem, a fibra de baixo) 
e não-mielinizadas (na imagem, a fibra de cima), mas o padrão espiral é observado apenas 
nas fibras mielinizadas, formando os nódulos de Ranvier, entre uma célula e outra. 
 No SNC todos os axônios são mielinizados. Um oligodendrócito mieliniza vários 
axônios ao mesmo tempo. 
 No SNP o axônio fica abrigado pelas células de Schwann, podendo estar enrolada 
formando a bainha de mielina ou apenas abrigando o axônio, sem mielinizar. Uma 
célula de Schwann consegue abrigar uma dezena de axônios em si, mas só consegue 
produzir a bainha em um único axônio. 
 Esclerose múltipla é uma doença 
que atinge a mielinização dos 
neurônios motores do sistema 
nervoso central (atinge a 
proteína básica). No SNP é a 
doença de Gillain Barret. 
 
SUBSTÂNCIA BRANCA E CINZENTA: 
 Substância cinzenta: concentração de corpos 
celulares. Córtex cerebral, cerebelar e núcleos da 
base. Ocorre o processamento de informações. 
 Substância branca: projeções axonais. Axônios 
mielinizados, tratos e feixes nervosos. 
 Massas branca e cinzenta da medula espinhal (coloração H&H). Massa cinzenta apresenta 
corpos celulares (setas) com células gliais e fibras mielinizadas contra uma matriz de 
neurópilo (axônios não mielinizados, dendritos e células gliais). Subst. Branca com acúmulo 
de feixes mielinizados e sem corpos celulares: 
Células gliais 
 Uma grande população de células do tecido nervoso é 
constituída pelas células da neuróglia ou glia. 
 Estas células não são estimuláveis, e não respondem a 
estímulos elétricos nem geram potenciais de ação ao longo 
de seus prolongamentos. 
 As células da glia possuem funções acessórias aos 
neurônios, garantindo a nutrição, trofismo e a 
sustentação do tecido nervoso. 
 As células da neuróglia estão presentes no SNC. No SNP observamos células 
equivalentes, que ora são classificadas como neuróglia, ora em uma categoria separada. 
 O sistema nervoso central não tem tecido conjuntivo entre os neurônios. O parênquima são 
os neurônios e o "mesênquima" são as células gliais. Se sofrer um AVC e tiver perda de 
massa encefálica, o tecido não é 
preenchido por fibrose, por tecido 
conjuntivo, é preenchido por células 
gliais. Cicatrizes gliais são formadas. 
 No SNC, temos quatro principais 
categorias de células gliais: 
o Astrócitos protoplasmáticos 
e fibrosos. 
o Oligodendrócitos. 
o Micróglia. 
o Células ependimárias. 
ASTRÓCITOS: 
 São derivados do neuroectoderma. 
 Astrócitos protoplasmáticos: residem predominantemente na substância cinzenta, 
extremidades curtas, mas intensamente ramificadas; tem função de auxiliar no metabolismo 
dos neurônios e axônios, delimitando e isolando sinapses, captando íons (como potássio) e 
neurotransmissores liberados e reciclando-os. Responsáveis pelas cicatrizes gliais. 
 Astrócitos fibrosos: encontrados principalmente na substância branca, possuem processos 
longos e delgados com poucas ramificações; células de suporte aos elementos mais nobres, 
neurônios e axônios. 
 
BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA: 
MICRÓGLIA – FAGÓCITOS: 
 São células de natureza monocítica, que capturam e destroem restos celulares, corpos 
estranhos e microrganismos invasores. Fazem a proteção imunológica do SNC. 
 Micróglia após necrose cerebral: 
 
CÉLULAS EPENDIMÁRIAS: 
 O epêndima é o fino revestimento neuroepitelial do sistema ventricular do cérebro e do 
canal central da medula espinhal. 
 Está envolvido na produção de líquido 
cefalorraquidiano (LCR). 
 As junções ocludentes modificadas entre as células 
epiteliais controlam a liberação de fluido. Esta 
passagem permite a troca livre entre o LCR e o tecido 
nervoso do cérebro e da medula espinhal, razão pela 
qual a amostragem do LCR, como por meio de uma 
liquorcentese, fornece uma janela para o SNC. 
Nervo 
 Fios condutores do sistema nervoso periférico. Formados de axônios e tecido 
conjuntivo. O tecido envolve os axônios em feixes. 
 Os nervos são constituídos por feixes de fibras nervosas. Nos nervos delgados pode haver 
apenas um feixe enquanto que nos nervos mais calibrosos pode haver vários feixes. 
 Com exceção dos nervos mais delgados e mais delicados, eles em geral têm uma 
organização característica de seu tecido conjuntivo. 
 
EPINEURO: camada que fica externamente aos nervos, formada por tecido conjuntivo propriamente 
dito, do tipo denso não modelado. Se este nervo percorre seu trajeto "solto", isto é, isolado em uma 
cavidade, o epineuro é mais espesso e se assemelha à cápsula de um órgão. 
 Ele é facilmente identificado nos nervos mais 
calibrosos. Nas porções terminais dos nervos é 
difícil separar o nervo do resto do tecido. Tenta-se 
preservar o máximo de nervo possível em 
cirurgias, mas chega um momento em que o 
epineuro se torna tão fino que se mistura com o 
resto do tecido conjuntivo ao redor. 
 
PERINEURO: camada de tecido conjuntivo envolvendo 
cada feixe de fibras nervosas. Separa os feixes dentro do 
nervo. É uma camada bastante compacta de células 
dispostas em camadas. 
ENDONEURO: um delicado tecido conjuntivo frouxo que 
contém capilares sanguíneos localizado no interior dos 
fascículos. Ele envolve cada fibra nervosa, mas 
frequentemente está em quantidade tão pequena que não é 
percebido nos preparados histológicos. É essencial para a 
regeneração de axônios. 
 
 
 
Gânglios 
 Os gângliossão conjuntos de neurônios 
situados no sistema nervoso periférico, fora 
do sistema nervoso central. 
 Uma característica importante dos 
neurônios ganglionares é a presença de 
pequenas células que recobrem os 
neurônios. São denominadas células 
satélites de neurônios ou células 
satélites gliais. 
Degeneração Walleriana 
• A degeneração walleriana é um processo ativo de degeneração que ocorre quando uma fibra 
nervosa é cortada ou esmagada e a parte distal do axônio à lesão (isto é, mais distante do 
corpo celular do neurônio) degenera. 
• A degeneração walleriana ocorre após lesão axonal tanto no sistema nervoso periférico (SNP) 
quanto no sistema nervoso central (SNC). Ela ocorre na seção distal do axônio ao local da 
lesão e geralmente começa dentro de 24-36 horas após a lesão. 
 A regeneração é rápida no SNP, permitindo taxas de até 1 milímetro por dia de 
crescimento. Enxertos também podem ser necessários para permitir a reinervação 
adequada. 
 É sustentado por células de Schwann por meio da liberação de fatores de crescimento, como 
NGF. A regeneração do SNC é muito mais lenta e está quase ausente na maioria das 
espécies de vertebrados.