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Podridões de órgãos de reserva docx

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As doenças que causam destruição de órgão de 
armazenamento compreendem os diversos tipos de 
podridão que ocorrem em frutos, sementes e órgãos de 
reserva. As podridões podem ser secas ou moles. As 
secas, também são chamadas de podridões duras e 
ocorrem em frutos e sementes. Nesses casos, os tecidos 
atacados perdem água, resultando na mumificação de 
órgão. As podridões moles ou aquosas levam à 
decomposição total de órgão suculentos, como frutos, 
tubérculos e raízes. 
Os agentes causais são fungos e bactérias 
saprófitas. Os órgãos de reserva podem ser infectados 
no campo, antes ou durante a colheita, na embalagem, 
no transporte ou na estocagem. Os ferimentos 
produzidos nos frutos durantes estas operações 
favorecem a infecção, pois constituem portas de entrada 
para os patógenos. A ocorrência de alta umidade relativa 
e temperatura elevada contribuem para o 
desenvolvimento da doença. 
A importância da doença se deve ao ponto de 
vista botânico e ao ponto de vista econômico. 
1. Botânico – é desejável o 
apodrecimento do fruto para que ocorra 
a liberação e germinação da semente. 
2. Econômico – Os órgãos de reserva são 
produto9s de valor econômico e sua 
deterioração deve ser evitada. 
As podridões de órgão de reserva são 
consideradas doenças de pós-colheita. 
 Podridões secas – Em sementes ocorre a 
deterioração do órgão. Em alguns casos, formação de 
micotoxinas durante a deterioração, fazendo com que a 
própria semente ou seus derivados se tornem tóxicos ao 
homem e aos animais. Na fase inicial, há o aparecimento 
de pequenas manchas circundadas por tecido 
encharcado em frutos maduros. Com o avanço as 
manchas tomam grande parte do fruto ou o fruto inteiro, 
provocando a desidratação. Os frutos mumificados 
podem continuar presos à planta ou cair ao solo e, sob 
condições de alta umidade, podem apresentar massas 
densas e acinzentadas na superfície, que correspondem 
à frutificação do patógeno. 
 Podridões moles – Pode ocorrer em tubérculos, 
frutos, bulbos e raízes. Inicialmente aparecem pequenas 
manchas encharcadas, deprimidas e descoloridas na 
superfície do órgão. Quando é causada por fungo, há o 
crescimento de uma massa cotonosa na superfície das 
lesões, constituídas por hifas e estruturas de frutificação. 
Ocorre também a produção de enzimas pectolíticas e 
toxinas por parte do patógeno, desorganizando e 
matando o tecido do hospedeiro para depois colonizá-lo. 
Com o9 avanço da doença, o órgão se transforma em 
uma massa amorfa liquefeita que pode exalar um odor 
desagradável. 
Desorganização celular = manchas encharcadas 
Morte celular = manchas escurecidas. 
 Os seguintes gêneros de fungos predominam 
como patógeno de sementes: Aspergillus Penicillium, 
Fusarium, Alternaria, Diplodia e Cladosporium. São 
favorecidos quando o teor de umidade da semente está 
em torno de 25% e umidade próxima a 15% é 
desfavorável para os patógenos. Diversas micotoxinas 
podem ser formadas pelo ataque desses fungos. 
 Principais gentes causais de podridões moles de 
origem fúngica: Rhizopus, Penicillium e Botrytis. Em alguns 
casos: Colletotrichum e Alternaria. 
 Os mais típicos agentes causais de podridão 
mole são fungos do gênero Rhizopus. São caracterizados 
por hifas septadas e esporângios, que produzem 
esporangiósporos sem flagelo (aplanósporos). Estes 
esporos são assexuados e podem germinar formando 
um novo micélio, que se desenvolve através de estolões, 
os quais se prendem ao substrato através de hifas 
modificadas denominadas rizoides. É considerado um 
parasita fraco, porém tem alta capacidade saprofítica e 
está presente em diversos ambientes. Rhizopus stolonifer 
- Apresenta micélio bem desenvolvido, hifas cenocíticas, 
esporângios escuros sustentados por esporangiósforos 
longos, além de rizoides que promovem a fixação da hifa 
ao substrato. Os esporos assexuados (esporangiósporos) 
são do tipo aplanósporos, ovais e de coloração castanha. 
Os esporos sexuados (zigósporos) são ovais, escuros e 
resultantes da fusão de gametângios O conteúdo dos 
esporângios diferencia-se e dá origem aos 
esporangiósporos, que são liberados pelo rompimento 
dos esporângios. Os esporangiósporos germinam, 
formando hifas que se ramificam e dão origem a um 
novo micélio. 
 Podridões moles de origem bacteriana: 
Pectobacterium carotovorum (antiga Erwinia carotovora). 
É uma bactéria do tipo bastonete, Gram-negativa, 
peritríquia e forma colônias esbranquiçadas em meio de 
cultura. Vive no solo, como saprófita e pode afetar 
dezenas de plantas, principalmente hortaliças. É 
favorecida por temperaturas entre 25 e 30 e alta 
umidade. 
 São favorecidas por condições de alta umidade 
(70-90%), alta temperatura (25-30°C) e pela presença 
de ferimentos nos órgãos suculentos. Assim, as medidas 
de controle visam altera os fatores ambientais que 
propiciam rápido desenvolvimento da doença e evitar a 
ocorrência de ferimentos. 
 Escolher terreno de boa drenagem, evitar locais 
altamente infestados e promover rotação de cultura em 
áreas com alta população de patógeno, principalmente 
no caso de bactérias. O uso de espaçamento adequado 
que permita boa aeração da cultura é uma medida 
indicada para evitar a formação de microclima favorável 
à doença. A aplicação de produtos químicos para 
proteção de frutos ainda presos é viável para algumas 
podridões fúngica. Evitar contato do fruto com o solo, 
através do uso de plásticos ou cobertura morta. 
 Evitar ferimentos nos produtos que estão sendo 
colhidos, separação e descarte dos órgãos infectados. 
Para frutos de textura delicada, recomenda-se a colheita 
na parte do dia em que a temperatura for mais amena. 
No caso de raízes e tubérculos, uma secagem natural e 
rápida realizada imediatamente após a colheita 
desfavorece o desenvolvimento de podridões. 
 Durante a embalagem deve-se manusear o fruto 
de forma cuidadosa para evitar ferimentos. É indicada a 
remoção de frutos infectados para impedir o contato 
com frutos sadios. Desinfestação dos recipientes, em 
especial caixas plásticas ou de madeira. Frutos de alto 
valor comercial podem ser embrulhados em papel 
impregnado com produtos químicos e, posteriormente, 
embalados em outro tipo de recipiente, como caixa de 
papelão. Para alguns tipos de frutos, pode ser feita a 
imersão em solução ou suspensão de produtos químicos 
fungicidas e/ou cera de carnaúba. 
 Estocagem: local bem arejado, com 
temperaturas entre 5-10°C e baixa umidade. Estas 
condições prejudicam o desenvolvimento do patógeno e 
atrasam a maturação do fruto. Os locais de 
armazenamento também devem ser desinfestados com 
germicidas aplicados nas paredes, piso e teto. Inspeções 
periódicas devem ser realizadas para eliminar órgãos 
vegetais doentes. 
 Controle das podridões de sementes: colheita 
quando apresentarem teor de umidade adequado; 
estocagem em local arejado e fuminação para evitar que 
insetos causem ferimentos. 
 A podridão de Rhizopus a mais importante 
doença de pós-colheita do morangueiro, embora os seus 
danos possam ser minimizados por meios adequados de 
colheita, embalagem, transporte, estocagem e 
comercialização. A principal espécie envolvida no 
processo é Rhizopus stolonifer., além do morango 
também ataca tomate, abobrinha, mandioca, mamão, 
frutos de rosáceas de caroço e outros. O R. stolonifer 
apresenta micélio bem desenvolvido, hifas cenocíticas, 
esporângios escuros sustentados por esporangióforos 
longos, além de rizoides que promovem a fixação da hifa 
no substrato. Os esporos assexuados (esporangiósporos) 
são do tipo aplanósporos, ovais, escuros e de coloração 
castanha. Os esporos sexuais (zigóporos) são ovais, 
escuros e resultantes da fusão de gametângios. 
 Condições de alta temperatura (20-30°C) e alta 
umidade (acima 70%) são favoráveis ao patógeno e 
promovem rápida degeneração de fruto. A presença de 
solução nutritiva na superfície do fruto, usualmente 
decorrente do extravasamento da polpa atravésde 
ferimentos, é um dos pré-requisitos para a instalação do 
processo de doença. 
 Controle: evitar contatos dos frutos com o solo 
através do uso de cobertura morta ou lona plástica; 
promover a colheita nas primeiras horas da manhã; 
providenciar, após colheita, a imediata estocagem dos 
frutos em ambiente refrigerado (5°C); manusear 
cuidadosamente os frutos durante as operações de 
colheita, transporte e estocagem; separar e descartar os 
frutos infectados encontrados durante a colheita, o 
transporte e o armazenamento. 
 A podridão mole bacteriana de tubérculo de 
batata é causada por Pectobacterium carotovorum, esta 
bactéria é um bastonete curto, Gram-negativa, peritríquia 
e anaeróbica facultativa. É capaz de causar doença em 
temperaturas de 5-37°C, ataca pimentão, cenoura, 
tomate, repolho, alface, entre outros. 
 Podem colaborar para a instalação da doença: 
nutrição da planta com excesso de nitrogênio; plantio em 
solo com má drenagem, espaçamento inadequado; falta 
de maturação dos tubérculos, ferimentos causados por 
insetos; exposição à radiação solar; ferimentos causados 
na colheita, transporte e armazenamento, umidade 
elevada e má aeração. 
 Controle: plantio em solo de boa drenagem; 
utilização de espaçamento e densidade recomendados, 
adubação balanceada; colheita comente com os 
tubérculos estiverem fisiologicamente maduros, não 
exposição à radiação solar. Evitar a ocorrência de 
ferimentos durante as operações de colheita, transporte 
e armazenamento; promover a armazenagem 
imediatamente após a colheita em local arejado e com 
temperatura baixa (5°C); promover a remoção de 
tubérculos infectados durante as etapas de colheita, 
embalagem, e armazenamento, impedindo o seu contato 
com aqueles sadios.

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