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Adrenérgicos e antiadrenérgicos Adrenalina é um hormônio Noradrenalina é um neurotransmissor liberado em determinado órgão As ações de adrenalina e noradrenalina são parecidas Simpático: - Neurônios colinérgicos pré-sinápticos - Pós-sináptico: noradrenérgico Parassimpático: - Pré-sináptico: colinérgico - Pós-sináptico: colinérgico: liberação de Ach (muscarínico: ligados à proteína G) - Ach se ligando aos receptores que desencadeiam uma despolarização - Receptor nicotínico é só em sinapse ou placa neuromuscular. Transmissão rápida Adrenalina: - Mediador hormonal - Quantidade basal circulante - Surge da medula da glândula adrenal - Além de ter inervação simpática, ainda tem ela circulante - A glândula adrenal é inervada pelo simpático; quando libera a noradrenalina, estimula a excreção de adrenalina - Produzida a partir de tirosina (no final, vai ser adrenalina ou noradrenalina a partir da ação de enzimas específicas) . Inibidores de enzima que fazem essa conversão . alfa-metiltirosina: antagonista da enzima tirosina hidroxilase: diminui a produção de adrenalina · É interessante usar no caso de tumor na adrenal e em atividade com excesso de ação simpática - Noradrenalina: efeitos periféricos e centrais - Tirosina -> transformada em noradrenalina -> armezenamento em vesículas em terminações nervosas-> monoaminoxidase (MAO): metaboliza noradrenalina que escapou e não ficou armazenada em vesícula -> o órgão alvo precisa expressar receptores para noradrenalina (alfaadrenérgicos e betaadrenérgicos) . MAO é uma enzima intracelular . Liberação de noradrenalina no órgão alvo porque a fibra pós-sináptica foi despolarizada . Interação da noradrenalina com os receptores criando resposta (tem órgão que tem receptor alfa e outros tem beta) . Sobra muita noradrenalina na fenda: sistema reaproveitamento e recaptação . O excesso volta para o neurônio . Em poucos milissegundos, já pegou a noradrenalina que tinha sobrado . Armazena a noradrenalina para usar em próxima oportunidade . A célula alvo pode captar um pouco de noradrenalina que também será degradada (presença da MAO) . COMT: enzima que degrada a adrenalina e noradrenalina também . Limpeza da sinapse · Quando há um desequilíbrio, as vezes não dá tempo da terminação nervosa captar todas moléculas e tem ação do receptor pré-sináptico: receptor alfa 2 de noradrenalina · O excesso de moléculas faz ter uma ação de receptores na própria fibra pré-sináptica: inibe a liberação (recepto inibitório), proteína G do tipo inibitório · Proteção do excesso de ativação simpática · Fármacos que inibem o sistema de recaptação: ação simpática pronunciada, porque tem mais tempo de ação da noradrenalina . Ex: cocaína, antidepressivos · Inibição de recaptação secundária: efeito pequeno, porque pouca quantidade de noradrenalina vai para outras células . Ex: corticosteroides · Usuários de cocaína no dia seguinte: efeito rebote: apatia. Ocorre porque gastou muita noradrenalina, não reaproveitou e as vesículas estão com menos quantidade desse neurotransmissor · Reserpina: substância extraída de uma planta: bloqueia o armazenamento de noradrenalina: faz com que as vesículas fiquem vazias. Diminuição da atividade simpática · Todos os receptores adrenérgicos são associados à proteína G Receptores adrenérgicos: - Acoplados à proteína G - Distribuição heterogênea no organismo, cada órgão expressa um tipo de receptor - O que define a ação da substância é o tipo de receptor - Por isso a adrenalina modula tantos órgãos de forma distinta · Alfa · Alfa 1: vasos sanguíneos periféricos: pele, mucosas, intestino - Toda vez que os receptores são ativados, há uma contração dos vasos (evitar perda de sangue em um eventual combate) - Direciona o sangue para outros tecidos - Vasoconstrição · Alfa 2: - Principalmente pré-sinápticos noradrenérgico - Controle de secreção de adrenalina/ noradrenalina - Quando ativa o alfa 2, diminui a liberação de nora - Inibe uma atividade muito exacerbada - Inibidor de alfa 2: simpatomimética - Agonista seletiva de alfa 2: diminui a atividade simpática: engana o sistema · Beta · Beta 1: - Coração: aumenta a frequência e a força de contração · Beta 2: - Vasos sanguíneos mais centrais - SNC, aorta, coronárias e músculo esquelético - Descarga simpática: aumento do aporte de nutrientes para o músculo esquelético: deve haver dilatação desses vasos: se fosse o receptor alfa 1 ia contrair os músculos da musculatura esquelética - Situação de luta ou fuga: precisa de aporte sanguíneo para nutrir o cérebro e permitir a tomada de decisões - Dilatação de músculo liso, sobretudo vascular - Músculo liso brônquico, intestinal, uterino · Beta 3 - Adipócitos - Lipólise · AMPcícilo contrai o músculo cardíaco e relaxa o músculo liso Drogas com ação em receptores adrenérgicos · Norepinefrina (noradrenalina) - Utilizada em associação com anestésico local - Usada como medicamento em determinadas situações, como quando é necessário fazer uma vasoconstrição periférica localizada (evitar sangramentos em tecidos muito vascularizados) - Aplicações de forma sistêmica: descompensação hemodinâmica por choque, sobretudo pelo choque séptico (manter a perfusão tecidual: vasoconstrição) - Agonista universal dos receptores alfa e beta - Maior potência agindo em receptores alfa quando comparado com os beta - Efeitos negativos em usar um agente inespecíficos: taquicardia, arritmias, vasoconstrição (pode gerar isquemia) * Aquecimento dos membros gera vasodilatação (manobras para aumentar a circulação local e diminuir os efeitos da vasoconstrição da noradrenalina) · Epinefrina (adrenalina) - Agonista de alfa e beta, mas principalmente dos beta - É mais indicada no choque anafilático: muita Broncoconstrição (possuem receptores beta 2 e, quando a adrenalina liga a ele, há uma broncodilatação) - Alterações hemodinâmicas · Isoprenalina - Foi o primeiro modulador seletivo de receptores adrenérgicos - É um agonista seletivo dos receptores beta - Não tem efeitos alfa. Ex: não faz vasoconstrição - Tratamento de asma aguda grave antigamente - Taquicardia, aumenta a taxa de lipólise, aumento de força de contração, broncodilatação · Salbutamol, Salmeterol e terbutalina - Agonistas seletivos de beta 2 - Praticamente sem atividades com os receptores alfa - Primeira escolha do tratamento de diversos sintomas respiratórios com broncoespasmo - Indicado na asma, DPOC, pneumonia - Usado em caso de Broncoconstrição - O que muda de um fármaco para outro são as propriedades farmacocinéticas - Efeitos indesejáveis: taquicardia (efeito inespecífico dos receptores beta 1- age um pouco; cria vasodilatação central: receptores beta 2); · Dobutamina - Agonista seletivo de receptores beta 1 - Aumento da atividade cardíaca - Usada em choque cardiogênico - Usada em via endovenosa - Ação menos comum: ICC que não respondem bem ao tratamento convencional: tem uma bombinha que vai liberando dobutamina para liberar dobutamina lentamente · Clonidina: - Agonista seletivo de receptor alfa 2 - Tratamento da hipertensão arterial - Controle por feedback negativo - Usado em casos de hipersecreção (ex: femocromocitoma) - Comumente empregada como anti-hipertensivo de gestante: não atravessa a barreira hematoplacentária - Diminui a liberação de noradrenalina (diminui a atividade simpática) - Não é da primeira linha de anti-hipertensivos, só se for resistente aos outros que usam primeiro - Usado em casos de mania (hiperestimulação): não é usado em primeira linha porque não atravessa a barreira hematoencefálica com grande eficiência - Pode induzir episódios depressivos como efeito colateral Antagonistas: · Fenoxibenzamina - Antagonista de receptores alfa - Usada em casos de feocromocitoma - Inibe a recaptação 1 e 2 - Diminui a ação dos receptores alfa, mas aumenta a quantidade de nodradrenalina na fenda (inibe a recaptação) - Diminui a regulação da liberação de noradrenalina - Não é usada sozinha geralmente, pois pode aumentar a atividade adrenérgica nos receptores alfa 2. A atividade em betapode estar aumentada - Usada principalmente com bloqueador de beta 2 - Usado no tratamento para bloquear esses receptores e impedir a ação deles. - Aumenta a adrenalina, mas a atividade diminui porque bloqueia dos receptores, mesmo que aumente a liberação · Prazosina: - Antagonista seletivo de alfa 1 - Tratamento de hipertensão, mas não é muito usado clinicamente (usam-se mais os inibidores da ECA) - Vasodilatação periférica: taquicardia reflexa, rubor facial - Não é um medicamento muito seguro · Iombina - Alcaloide de uma planta - Não é muito usado atualmente - Antagonista seletivo de alfa 2 - Quando de hiperexitação cerebral - Atravessa a barreira hematoencefálica - Aumenta a descarga de noradrenalina, porque o alfa 2 regula a liberação dela - Substância estimulante: simpatomimética · Propranolol: - Antagonista dos receptores beta - Diminuição do débito cardíaco e diminuição a frequência cardíaca a chance de taquiarritmias - Extenso efeito de primeira passagem - Efeito colateral: broncoespasmo em pacientes susceptíveis - Diminuição dos casos periféricos de ansiedade (tremor, taquicardia, sudorese). Não altera o quadro central · Atenolol, metoprolol, practolol: - Antagonista seletivo de receptores beta 1 - Droga muito usada no tratamento de angina, hipertensão - Minimiza as intercorrências respiratórias · Inibidor de recaptação: mais importante no sistema nervoso central · Metildopa: diminui a adrenalina (muito usada na hipertensão da gestante - Entra no local da DOPA no lugar da produção de adrenalina e altera a forma de produção - Diminuição de atividade simpática · Reserpina: minimiza o armazenamento da noradrenalina nas vesículas
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