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GRA1596 FÍSICA - DINÂMICA E TERMODINÂMICA 01

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FÍSICA - DINÂMICA E TERMODINÂMICAFÍSICA - DINÂMICA E TERMODINÂMICA
LEIS DE NEWTON ELEIS DE NEWTON E
APLICAÇÕESAPLICAÇÕES
Autor: Me. Hugo Shigueo Tanaka dos Santos
Revisor : Rosa lvo Miranda
I N I C I A R
introdução
Introdução
Diferentemente da Cinemática, que é o campo da Física que estuda os
movimentos, sem se preocupar com as causas, o estudo da Dinâmica se
preocupa em analisar as causas dos movimentos. Uma das pessoas que se
dedicou ao estudo dos movimentos e suas causas foi o físico, matemático,
alquimista e astrônomo inglês Isaac Newton (1643-1727). Dentre outras
coisas, Newton é conhecido por suas três leis fundamentais da dinâmica, as
quais estudaremos nesta unidade.
Para tanto, compreenderemos melhor o conceito de força, juntamente com
os princípios da dinâmica clássica. Depois, aprofundaremos mais nossos
conhecimentos da mecânica newtoniana. A seguir, veremos alguns aspectos
importantes que devem ser notados durante nossos estudos das Leis de
Newton e suas aplicações. Por �m, veremos como a mecânica clássica pode
ser aplicada em situações do dia a dia. Bons estudos!
A determinação do tipo do movimento que acontecerá devido a algumas
circunstâncias físicas é o problema fundamental da dinâmica (NUSSENZVEIG,
2002). Os princípios básicos da dinâmica foram postulados por Galileu Galilei
(1564-1642) e por Isaac Newton (1643-1727). Em nossos estudos focaremos
nas leis da dinâmica newtoniana ou, simplesmente, leis de Newton.
Princípios da DinâmicaPrincípios da Dinâmica
Intuitivamente, dizemos que os movimentos são causados pelo que
chamamos de “forças”. Para Nussenzveig (2002), nossa ideia comum de forças
está relacionada ao esforço muscular. Exercendo esse tipo de “força”,
sabemos que somos capazes de alterar o estado de movimento dos objetos.
A princípio vamos nos limitar a discutir forças em objetos que possuem
dimensões desprezíveis. Os quais chamaremos de partículas. Ao dizer que
uma partícula está em repouso com relação a um referencial, signi�ca que
está parada em relação a esse referencial. Por exemplo, neste momento você
está em repouso em relação ao dispositivo no qual lê esse texto. Mas você
está em repouso em relação ao Sol?
Para seguirmos com a discussão, de maneira introdutória, vamos tratar de
forças em equilíbrio. Isso é, quando nossa partícula considerada está em
repouso em relação ao referencial. Ou seja, nossa partícula está em equilíbrio
em relação a um determinado sistema de referências (NUSSENZVEIG, 2002). A
�m de facilitar nosso pensamento, vamos considerar nosso referencial como
sendo o laboratório no qual são feitos os experimentos.
Figura 1.1 - Galileu Galilei Fonte: Dmitry Rozhkov / Wikimedia Commons. 
Figura 1.2 - Isaac Newton Fonte: Yeenosaurus /Wikimedia Commons.
Forças de Contato
Conforme é apontado por Young et al. (2016), as forças de contato surgem
quando há o contato direto entre dois corpos. Por exemplo: ao puxar ou
empurrar um bloco com uma certa massa m. Conforme a Figura 1.3.
Dessa forma, podemos exempli�car as forças de contato em três tipos mais
comuns. São: força normal, força de atrito e força de tensão.
Força Normal
Quando um determinado objeto está em contato com uma certa superfície e
em contato com ela, surge uma força que equilibra a ação da força peso
sobre o objeto. Essa força de reação à força peso é chamada de força normal,
porque ela sempre é normal à superfície de contato. Isto é, essa força sempre
está perpendicular à superfície de contato, qualquer seja o ângulo de
inclinação da superfície (Figura 1.4).
Figura 1.3 - Exemplos de forças de contato ao empurrar ou puxar um objeto 
Fonte: Young et al. (2016, p. 111).
É muito importante notar que independentemente do ângulo do plano no
qual o bloco está apoiado, a força normal sempre é perpendicular a essa
superfície.
Força Atrito
Em contraste à força normal, existe a força de atrito, que é exercida pela
superfície sobre o objeto e está orientada paralelamente à própria superfície.
Tal força age no sentido oposto do deslocamento (YOUNG et al., 2016). Dessa
forma, a força de atrito é uma força que resiste ao movimento (Figura 1.5).
Discutiremos melhor a natureza do atrito mais adiante.
Figura 1.4 - A força normal é uma reação ao contato do objeto com uma certa
superfície. Ou seja, a superfície exerce uma força (perpendicular a ela) sobre o
objeto. 
Fonte: Young et al. (2016, p. 111).
Veja as diferenças entre os coe�cientes de atrito quando dois corpos de
materiais distintos são atritados:
Figura 1.5 - A força de atrito é orientada paralela à superfície de contato e �ca
no sentido contrário ao deslocamento 
Fonte: Young et al. (2016, p. 111).
Quadro 1.1 - Diferentes coe�cientes de atrito entre diferentes materiais. 
Fonte: Young et al. (2016, p. 158).
Note como o coe�ciente de atrito diminui quando os blocos possuem
movimento relativo entre si (atrito cinético). Note também que, quanto mais
rugosos são os materiais, maior é o coe�ciente de atrito.
Força de Tensão
Ao amarrar uma corda em um objeto e exercer uma força para puxá-lo, a
força que a corda esticada exerce sobre o objeto é chamada de força de
tensão (YOUNG et al., 2016). Essa força não aparece necessariamente apenas
em cordas ou cabos, ela também pode aparecer em objetos mais “rígidos”,
como um pedaço de madeira, uma barra de ferro ou similares. A Figura 1.6
representa gra�camente a força de tensão.
Materiais
Coe�ciente de
atrito estático
Coe�ciente de
atrito cinético 
Aço com aço 0,74 0,57
Alumínio com aço 0,61 0,47
Borracha com
concreto (seco)
1,0 0,8
Vidro com vidro 0,94 0,40
Te�on com Te�on 0,04 0,04
μe μc
A força de tensão é muito importante no estudo da estática dos corpos.
Forças que Agem a Distância
Além das forças de contato, existem forças que atuam quando os corpos
estão separados por uma certa distância. Por exemplo, a força gravitacional.
No que diz respeito à atração gravitacional, a Terra atrai qualquer corpo em
suas proximidades. Caso um corpo esteja em repouso sobre uma superfície, a
ação gravitacional dará origem a uma reação de contato, que é a já conhecida
força normal. Mas o que acontece se o objeto estiver em queda?
Caso o objeto esteja em queda, mesmo que não haja contato entre a Terra e
o objeto, haverá a atração gravitacional entre os dois corpos que estão
interagindo. Essa atração gravitacional é o que chamamos de força peso ou,
simplesmente, o peso do objeto (Figura 1.7).
Apesar do senso comum associar o peso à quantidade de matéria de um
corpo, quando pensamos �sicamente é necessário diferenciar as grandezas.
Então, atenção: peso é uma força de atração que a Terra (ou outro corpo
muito massivo) exerce sobre um objeto nas suas proximidades. Já a massa de
um corpo é a sua quantidade de matéria, independentemente de onde este
corpo se encontre.
praticarVamos Praticar
Leia o trecho a seguir:
“[...] o peso de um corpo é a força de atração gravitacional exercida pela Terra sobre
o corpo. O peso é uma grandeza vetorial. O módulo do peso de um corpo em um
local especí�co é igual ao produto de sua massa m pelo módulo da aceleração da
gravidade g nesse local.” (YOUNG et al., 2016, p. 134).  
YOUNG, H. D. et al. Física I: Mecânica. 14. ed. São Paulo: Pearson, 2016.
Com base no exposto e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta:
a) A força peso de um corpo atua somente quando há o contato do corpo com a Terra.
b) O peso de um corpo é equivalente à sua massa, independentemente do local no qual ele se
encontre.
c) A força peso de um corpo atua somente quando não há o contato direto com a Terra.
d) Um corpo está sujeito à ação da força peso mesmo que não esteja em contato direto com a
Terra.
e) Corpos de massa diferentes e no mesmo local podem possuir pesos iguais, devido à
aceleração da gravidade.
Os conceitos de força e movimento foram discutidos ao longo de vários
séculos por diversas pessoas que trabalhavam com �loso�a ou com ciência.
Porém, no século XVII, o inglês Isaac Newton publicou um livro cujo nome em
português é Princípios matemáticosda �loso�a natural (2012), ou apenas
Principia (que é uma constrição do nome original, em latim). Nesse livro,
Newton apresenta, dentre diversas premissas e proposições, três leis para o
entendimento de seus princípios matemáticos. Essas três leis são conhecidas
atualmente como as três leis de Newton.
Porém, é necessário lembrar que:
Newton não derivou as três leis do movimento, mas as deduziu a
partir de uma série de experiências realizadas por outros cientistas,
especialmente Galileu Galilei (que faleceu no ano do nascimento de
Newton) (YOUNG et al., 2016, p. 110).
As leis de Newton são os fundamentos básicos da mecânica clássica, que
também é chamada de mecânica newtoniana. Tais leis podem ser enunciadas
As Leis de NewtonAs Leis de Newton
de maneiras muito simples, porém, podem causar algumas confusões. Dessa
forma, apresentaremos aqui discussões mais aprofundadas sobre cada uma
das leis de Newton. 
Lei da Inércia
O conceito de inércia está presente na história da humanidade há muito. A
primeira lei da inércia mais próxima da qual conhecemos atualmente foi
formulada originalmente por Galileu. Nessa lei:
O movimento não seria nem acelerado nem desacelerado: não
havendo forças na direção horizontal, teríamos um movimento
retilíneo uniforme. Ao contrário do que dizia Aristóteles, não há
necessidade de forças para manter um movimento retilíneo
uniforme; pelo contrário, uma aceleração nula (v = constante) está
necessariamente associada à ausência de força resultante sobre a
partícula (F = 0) (NUSSENZVEIG, 2002, p. 67).
Porém, a lei da inércia como conhecemos atualmente foi postulada por Isaac
Newton. Tal lei física pode ser enunciada da seguinte maneira: “Todo corpo
persiste em seu estado de repouso, ou de movimento retilíneo uniforme, a
mesmo que seja compelido a modi�car esse estado pela ação de forças
impressas sobre ele” (NUSSENZVEIG, 2002, p. 68). Essa lei também é
conhecida como a Primeira Lei de Newton.
A Segunda Lei de Newton
Como visto, a primeira lei de Newton a�rma que um corpo permanece em
repouso ou em movimento retilíneo uniforme em relação a um determinado
referencial quando a soma de todas as forças que agem sobre ele é igual a
zero (YOUNG et al, 2016, p. 119). Mas o que acontece quando a força
resultante sobre o corpo é diferente de zero?
A velocidade do corpo variará e, para que isso aconteça, deve haver uma
aceleração atuando sobre o corpo (YOUNG et al., 2016). Isto é, a força
resultante sobre um corpo é o ente físico responsável por sua aceleração.
Dentre diversas implicações teóricas e experimentais, Newton sintetizou-as e,
atualmente, enunciamos a segunda lei de Newton da seguinte maneira:
[...] quando uma força resultante externa atua sobre um corpo, ele se
acelera. A aceleração possui a mesma direção e o sentido da força
resultante. O vetor força resultante é igual ao produto da massa do
corpo pelo vetor aceleração do corpo (YOUNG et al., 2016, p. 122).
Matematicamente, a segunda lei de Newton pode ser escrita da seguinte
maneira:
Onde:
Σ = mF ⃗  a⃗ 
 é a soma de todas as forças que atuam sobre o corpo (ou força
resultante).
 é a massa do corpo. Medida em 
 é a aceleração do corpo. Medida em .
Concluímos que a força é medida, em unidades do Sistema Internacional (SI),
em . Em homenagem a Newton, a unidade de força no SI leva seu
nome e seu símbolo é N. Por de�nição, “[...] 1 N [lê-se “um newton”], é a força
que, quando aplicada a um corpo de massa 1 kg, lhe imprime uma aceleração
de 1 m/s²” (NUSSENZVEIG, 2002, p. 70). Para se ter uma ideia mais palpável (e
aproximada) do que signi�ca 1 N, basta pensar na força peso exercida pela
gravidade terrestre sobre um objeto de 100 g. 
ΣF ⃗ 
m kg.
a⃗  m/s2
kg ⋅ m/s2
A segunda lei de Newton também é chamada de princípio fundamental da
dinâmica, dada a sua importância. É com essa lei que poderemos estudar
diversos casos de aplicações das leis de Newton mais adiante.
A Terceira Lei de Newton
Uma força que atua sobre um corpo sempre é o resultado da interação de
dois ou mais corpos. Por exemplo, ao chutar uma bola, a força que seu pé
exerce sobre a bola faz com que ela entre em movimento. Porém, você sente
a força que a bola exerce sobre o seu pé (Figura 1.8). 
Nesse e em todos os outros casos referentes à atuação de forças entre dois
corpos interagentes, vemos que “[...] as duas forças decorrentes da interação
possuem sempre o mesmo módulo e a mesma direção, mas possuem sentidos
contrários” (YOUNG et al., 2016, p. 128).
Atualmente, enunciamos a terceira lei de Newton da seguinte maneira:
[...] quando uma força resultante externa atua sobre um corpo, ele se
acelera. A aceleração possui a mesma direção e o sentido da força
resultante. O vetor força resultante é igual ao produto da massa do
corpo pelo vetor aceleração do corpo (YOUNG et al., 2016, p. 122).
Matematicamente, expressamos a terceira lei de Newton da seguinte
maneira:
Onde:
 é a força que o corpo A faz no corpo B.
 é a força que o corpo B faz no corpo A.
Note que as duas forças têm mesmo módulo, porém sentidos opostos. A
terceira lei de Newton também é conhecida como princípio da ação e reação. 
praticarV P ti
=   −F ⃗ AB F ⃗ BA
F ⃗ AB
F ⃗ BA
praticarVamos Praticar
Leia o trecho a seguir:
“Seu carro esportivo enguiça e você o empurra até a o�cina mais próxima. Quando
o carro está começando a se mover, como a força que você exerce sobre o carro se
compara com a força que o carro exerce sobre você?” (YOUNG et al., 2016. p. 129).
YOUNG, H. D. et al. Física I: Mecânica. 14. ed. São Paulo: Pearson, 2016.
Assinale a alternativa correta:
a) A força que nós exercemos sobre o carro é maior afinal nós o empurramos para a oficina e
não o contrário.
b) As forças são iguais, porém com sentidos opostos.
c) A força que o carro exerce sobre a pessoa que o empurra é maior.
d) As forças são iguais e de mesmo sentido.
e) Não é possível inferir nada sobre este caso, visto que os corpos que estão interagindo são de
naturezas distintas.
Conforme apontado por Young e seus colaboradores (2016), existem quatro
aspectos das leis de Newton que merecem uma atenção especial. São:
A equação da segunda lei de Newton é uma equação vetorial.   De
modo que pode ser escrita como uma equação separada para cada
uma das componentes da força e da aceleração (componentes dos
eixos x, y e z).
A segunda lei de Newton diz respeito às forças externas! Isso signi�ca
que um corpo não pode afetar o próprio movimento, exercendo
força sobre si próprio. Ou seja “[...] você poderia dar um pulo até o
teto puxando seu cinto de baixo para cima” (YOUNG et al., 2016, p.
123).
A equação é válida apenas quando a massa é constante. Caso
a massa seja variável, como a massa de um caminhão de areia que
está perdendo carga devido a um furo em sua carroceria, devemos
considerar a variação in�nitesimal implícita da massa ao longo do
tempo. 
Aspectos das Leis deAspectos das Leis de
NewtonNewton
Σ = mF ⃗  a⃗ 
Assim como a primeira lei, a segunda lei de Newton também vale
apenas para referenciais inerciais. Ou seja, as leis de Newton
dependem do sistema de referências adotado, o que gera alguns
problemas �losó�cos e implicações físicas. Por exemplo, a suposição
de pseudoforças, as quais são forças que não podem ser explicadas a
partir da mecânica newtoniana, como a força centrífuga.
praticar
V P ti
saiba mais
Saiba mais
Existe um princípio da Filoso�a da Física
denominado princípio de Mach, o qual a�rma,
grosso modo, que: na natureza a matéria
deve apenas interagir com matéria. Tais
interações, portanto, não devem depender
do sistema de referências adotado para ser
explicado. Partindo desse princípio, o físico
brasileiro André K. T. Assis propõe uma nova
teoria física. A qual não depende
simplesmente do sistema de referências para
explicar os movimentos. Um resumo dessa
nova teoria física é visto no livro Mecânica
Relacional (ASSIS, 1998).
Fonte: Adaptado de Assis (1998).
ACESSAR
http://www.ifi.unicamp.br/~assis/Mecanica-Relacional.pdf
Vamos Praticar
Leia o trecho a seguir:“Sendo assim, pode-se a�rmar que as três leis de Newton são válidas apenas em
referenciais inerciais, por de�nição, pois não é necessário introduzir as forças
inerciais para explicar qualquer fenômeno, já que todos os efeitos podem ser
entendidos através de interações físicas reais do ponto de vista de um referencial
inercial (o que aliás, foi o procedimento utilizado por Newton durante toda a sua
vida)” (GARDELLI, 1999, p. 48).
GARDELLI, D. A origem da inércia. Caderno Brasileiro de Ensino de Física,
Florianópolis, v. 16, n. 1, p. 43-53, jan. 1999. Disponível em:
https://periodicos.ufsc.br/index.php/�sica/article/view/6875/6335. Acesso em: 3 jan.
2020.
No que diz respeito aos referenciais inerciais, assinale o que for correto:
a) Referenciais inerciais são aqueles que se deslocam no sentido contrário do movimento.
b) As leis de Newton são uma formulação única na natureza e, portanto, valem para qualquer
referencial.
c) Caso o referencial esteja dentro do carro da alternativa anterior, não é possível analisar os
fenômenos a partir da mecânica newtoniana.
d) Ao analisar um carro acelerando horizontalmente, segundo a mecânica newtoniana, devemos
considerar como referencial o volante do carro.
e) Referenciais não inerciais são aqueles que estão parados em relação ao movimento.
https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/6875/6335
A seguir discutiremos as aplicações das três leis de Newton. Para tanto,
dividiremos esse tópico em três partes. Cada um discutirá um caso mais geral
possível de aplicação de cada uma das leis de Newton.
A primeira Lei de Newton e as Partículas
em Equilíbrio.
Para os casos de partículas em equilíbrio, devemos levar em conta que as
forças resultantes sobre ele são iguais a zero ( ). Por exemplo, um carro
está em equilíbrio quando está estacionado e também quando se desloca em
linha reta com velocidade constante. Caso o problema envolva mais de um
corpo, você precisa utilizar a terceira lei de Newton, também.
O Plano Inclinado
Um carro com de peso P está em repouso sobre uma rampa de um
caminhão-reboque. Para impedir que o carro deslize para baixo, há apenas
Aplicações das Leis deAplicações das Leis de
NewtonNewton
Σ = 0F ⃗ 
um cabo segurando o carro (Figura 1.9). Encontre qual a tensão no cabo e a
força que a rampa exerce sobre os pneus (YOUNG et al., 2016).
Para resolver esse exemplo, devemos fazer um diagrama de corpo livre com
todas as forças (e componentes) que atuam sobre o corpo. Para tanto,
fazemos um diagrama de corpo livre, conforme a Figura 1.10:
Analisando as forças que agem na componente x, temos que: 
. Já na componente y, temos: .
Isolando T e n em cada uma das duas equações, temos que e que 
. Isso signi�ca que nossas respostas dependem do valor da . Ou
seja: se a rampa for horizontal, e força normal seria igual ao peso do
carro.
A Segunda Lei de Newton e a Dinâmica de
Partículas
Para os casos em que haja forças atuando sobre um corpo que está
acelerando, utilizamos a segunda lei de Newton. Dessa forma, vamos analisar
o caso de um corpo desenvolvendo um movimento retilíneo e sob a ação de
uma força constante. Veja abaixo.
Σ =  T   + (−p sen α) = 0Fx Σ =  n  + (−p cos α) = 0Fy
T = p sen α
n  =  p cos α α
T = 0
Movimento Retilíneo com Força Constante
Um barco é projetado para deslizar sobre o gelo. Em certa situação, ele está
em repouso sobre uma superfície horizontal e sem atrito (Figura 1.12). Sopra
um vento e, após 4,0 s, o barco adquire uma velocidade de 22 km/h
(aproximadamente 6,0 m/s). Considere que o barco e o velejador tenham,
juntos, 200 kg. Qual é a força horizontal que o vento faz sobre o barco?
(YOUNG et al., 2016).
Analisando as forças que atuam sobre o barco, obtemos a seguinte equação
para as forças horizontais: . Já para as forças verticais: 
, logo, . Desse modo, devemos nos preocupar apenas
com as forças que agem horizontalmente no barco, visto que não há
movimento vertical.
A �m de encontrar a aceleração horizontal do barco, utilizamos a função
horária das velocidades para o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado
(MRUV): , onde é a velocidade �nal do barco, medida em m/s; 
é a velocidade inicial do barco, medida em m/s; é a aceleração desenvolvida
pelo barco, medida em m/s²; é o tempo no qual o barco vai de até 
Então, obtemos que a aceleração impressa ao barco é de 1,5 m/s².
Por �m, substituímos os valores da massa do barco e do velejador juntos e da
aceleração na equação da segunda lei de Newton e obtemos que o valor da
força horizontal aplicada sobre o barco é igual a 300 N.
A Terceira Lei de Newton
Figura 1.11 - Barco deslizando horizontalmente em uma superfície sem atrito
e sob a ação de uma força constante 
Fonte: Young et al. (2016, p. 151).
=  mFx ax
= n + (−mg) = 0Fy n = mg
= + tvx v0x ax vx v0x
ax
t v0x vx
“Uma maçã está em repouso sobre uma mesa. Quais forças atuam sobre ela?
Quais forças de ação e de reação atuam sobre ela? Quais os pares de ação em
reação?” (YOUNG et al., 2016, p. 130).
A �gura a seguir ilustra o que acabou de ser dito:
As forças que atuam sobre a maçã são: seu peso (que é devido à força da
Terra sobre a maçã), exercida de cima para baixo, e a força normal (que é a
devida à força da mesa sobre a maçã), exercida de baixo para cima.
Os pares de ação e reação que atuam sobre a maçã são: a Terra puxando a
maçã para baixo (ação) e a maçã puxando a Terra para cima (reação) em igual
intensidade, porém em sentidos opostos.
praticarVamos Praticar
Suponha que você está dirigindo seu carro em uma estrada rural perfeitamente
horizontal e você e seu carro estão a uma velocidade constante, quando um
mosquito se espatifa no seu para-brisa. Assinale qual força possui módulo maior:
a) A força que o carro faz no mosquito.
b) A força que o mosquito faz no carro.
c) A força que o para-brisa faz sobre o carro.
d) Não é possível inferir nada sobre as forças.
e) Ambas possuem o mesmo módulo.
indicações
Material
Complementar
LIVRO
Uma nova Física
Editora: Perspectiva
Autor: André Koch Torres Assis
ISBN: 978-8527301992
Comentário: Nessa obra, o físico brasileiro André Koch
Torres Assis busca desconstruir a visão da Mecânica
que grande parte das pessoas têm atualmente. O livro
é facilmente encontrado em sebos on-line.
FILME
Gravidade
Ano: 2013
Comentário: O �lme de Alfonso Cuarón retrata um
acidente na Estação Espacial Internacional, no qual Matt
Kowalski (George Clooney) e Ryan Stone (Sandra
Bullock) são deixados à deriva no espaço sideral. Para
sobreviver ao acidente, os astronautas acabam
utilizando diversos conceitos de Física discutidos nesta
unidade. Porém, é preciso tomar cuidado com relação a
algumas licenças poéticas do �lme.
T R A I L E R
conclusão
Conclusão
Nesta unidade vimos como são vastas as aplicações das proposições
newtonianas para a dinâmica. Além disso, vimos que é importante lembrar
que as leis da mecânica clássica valem apenas para referenciais em repouso
em relação ao movimento.
Vimos como aplicar os conceitos newtonianos da mecânica em diversos
casos. Além disso, vimos também como o coe�ciente de atrito varia conforme
mudamos os materiais que estão em contato mútuo.
As leis de Newton são um dos pilares da Física desde o século XVIII, dada a
sua importância e como elas explicam as causas dos movimentos. Olhando ao
seu redor, você consegue pensar em um exemplo de alguma coisa que não
utilize nenhuma das leis de Newton em sua construção?
referências
Referências
Bibliográ�cas
ASSIS, A. K. T. Mecânica Relacional. Campinas: Editora do Centro de Lógica e
Epistemologia, 1998.
GARDELLI, D. A origem da inércia. Caderno Brasileiro de Ensino de Física,
Florianópolis, v. 16, n. 1, p. 43-53, jan. 1999. Disponível em:
https://periodicos.ufsc.br/index.php/�sica/article/view/6875/6335. Acesso em:
3 jan. 2020.
NEWTON, I. Principia. Princípios Matemáticos de Filoso�a Natural - Livro I.
São Paulo: Edusp, 2012.
NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica: Mecânica. São Paulo: Edgard
Blucher, 2002.
YOUNG, H. D. et al. Física I: Mecânica.São Paulo: Pearson, 2016.
https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/6875/6335

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