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1 Khilver Doanne Sousa Soares Ereção & Disfunção Erétil Órgão Genital Masculino Os órgãos do sistema genital masculino incluem os testículos, um sistema de ductos (epidídimo, ducto deferente, ductos ejaculatórios e uretra), glândulas sexuais acessórias (glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais) e várias estruturas de apoio, incluindo o escroto e o pênis. Os testículos (gônadas masculinas) produzem espermatozoides e secretam hormônios. O sistema de ductos transporta e armazena os espermatozoides, auxilia em sua maturação, e libera-os para o meio externo. O sêmen contém espermatozoides mais as secreções produzidas pelas glândulas sexuais acessórias. As estruturas de apoio têm várias funções. O pênis entrega os espermatozoides no aparelho reprodutivo feminino e o escroto contém os testículos. Fonte: TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. Escroto O escroto, a estrutura que contém os testículos, consiste em pele solta e tela subcutânea subjacente. Ele está pendurado na raiz (parte anexa) do pênis. Externamente, o escroto parece uma bolsa de pele ímpar separada em porções laterais por uma crista mediana chamada de rafe do escroto. Internamente, o septo do escroto divide o escroto em dois sacos, cada um contendo um testículo. Testículos Os testículos são um par de glândulas ovais no escroto com aproximadamente 5 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. Cada testículo tem massa de 10 a 15 g. Os testículos se desenvolvem perto dos rins, na parte posterior do abdome, e geralmente começam sua descida para o escroto por meio dos canais inguinais (passagem na parede anteroinferior do abdome). 2 Khilver Doanne Sousa Soares Uma túnica serosa chamada de túnica vaginal do testículo, que é derivada do peritônio e se forma durante a descida dos testículos, recobre parcialmente os testículos. Internamente à túnica vaginal do testículo, o testículo é circundado por uma cápsula fibrosa branca composta por tecido conjuntivo denso irregular, a túnica albugínea; esta se estende internamente formando septos que dividem o testículo em uma série de compartimentos internos chamados lóbulos dos testículos. Cada um dos 200 a 300 lóbulos dos testículos contêm de 1 a 3 túbulos bem enrolados, os túbulos seminíferos contorcidos, onde os espermatozoides são produzidos (espermatogênese). Os túbulos seminíferos contêm dois tipos de células: as células espermatogênicas, as células formadoras de esperma, e as células sustentaculares ou células de Sertoli, que têm várias funções no apoio à espermatogênese. Em direção ao lúmen do túbulo seminífero contorcido estão camadas de células progressivamente mais maduras. Da menor para a maior maturidade estão os espermatócitos primários, espermatócitos secundários, espermátides e espermatozoides. Depois que um espermatozoide é formado, ele é liberado para o lúmen do túbulo seminífero. Ducto Deferente No interior da cauda do epidídimo, o ducto do epidídimo torna-se menos enrolado e o seu diâmetro aumenta. Além deste ponto, o ducto é conhecido como ducto deferente. O ducto deferente, que mede aproximadamente 45 cm de comprimento, ascende ao longo da margem posterior do epidídimo através do funículo espermático e, em seguida, entra na cavidade pélvica. Ele contorna o ureter e passa lateralmente e desce pela face posterior da bexiga urinária. A parte terminal dilatada do ducto deferente é a ampola. Funículo espermático O funículo espermático é uma estrutura de suporte do sistema genital masculino que ascende a partir do escroto. Ele consiste na porção do ducto deferente que ascende através do escroto, na artéria testicular, nas veias que drenam os testículos e levam testosterona para a circulação (o plexo pampiniforme), nos nervos autônomos, nos vasos linfáticos e no músculo cremaster. O funículo espermático e o nervo ilioinguinal atravessam o canal inguinal, uma passagem oblíqua na parede abdominal anterior ligeiramente superior e paralela à metade medial do ligamento inguinal. Ductos ejaculatórios Cada ducto ejaculatório mede aproximadamente 2 cm de comprimento e é formado pela união do ducto da glândula seminal e a ampola do ducto deferente. Os curtos ductos ejaculatórios formam-se imediatamente superiores à base (parte superior) da próstata e passam inferior e anteriormente através da próstata. Eles terminam na parte prostática da uretra, onde ejetam os espermatozoides e secreções das glândulas seminais pouco antes da liberação do sêmen da uretra para o exterior. 3 Khilver Doanne Sousa Soares Fonte: TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. Uretra Nos homens, a uretra é o ducto terminal compartilhado dos sistemas reprodutivo e urinário; serve como uma passagem tanto para o sêmen quanto para a urina. Medindo aproximadamente 20 cm, passa através da próstata, dos músculos profundos do períneo e do pênis; é subdividida em três partes. A parte prostática da uretra mede 2 a 3 cm de comprimento e passa através da próstata. Conforme esse ducto continua inferiormente, passa através dos músculos profundos do períneo, onde é conhecido como parte membranácea da uretra. A parte membranácea da uretra mede aproximadamente 1 cm de comprimento. Quando esse ducto passa através do corpo esponjoso do pênis, é conhecido como parte esponjosa da uretra, que mede aproximadamente 15 a 20 cm de comprimento. Glândulas sexuais acessórias Os ductos do sistema genital masculino armazenam e transportam os espermatozoides, mas as glândulas sexuais acessórias secretam a maior parte da porção líquida do sêmen. As glândulas sexuais acessórias incluem as glândulas seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais. Pênis O pênis contém a uretra e é uma passagem para a ejaculação do sêmen e a excreção de urina. Ele tem uma forma cilíndrica e é composto por um corpo, uma glande e uma raiz. O corpo do pênis é constituído por três massas cilíndricas de tecido, cada uma circundada por tecido fibroso chamado de túnica albugínea. As duas massas dorsolaterais são chamadas de corpos cavernosos do pênis. A massa médio-ventral menor, o corpo esponjoso do pênis, contém a parte esponjosa da uretra e a mantém aberta durante a ejaculação. 4 Khilver Doanne Sousa Soares Após a estimulação sexual (visual, tátil, auditiva, olfatória ou imaginada), fibras parassimpáticas da porção sacral da medula espinal iniciam e mantêm uma ereção, o alargamento e o enrijecimento do pênis. As fibras parassimpáticas produzem e liberam óxido nítrico (NO). O NO faz com que o músculo liso das paredes das arteríolas que irrigam o tecido erétil relaxe, o que possibilita que estes vasos sanguíneos se dilatem. Isso, por sua vez, faz com que grandes volumes de sangue entrem no tecido erétil do pênis. O NO também faz com que o músculo liso do tecido erétil relaxe, resultando em dilatação dos seios sanguíneos. A combinação de fluxo sanguíneo aumentado e dilatação dos seios sanguíneos resulta em uma ereção. A expansão dos seios sanguíneos também comprime as veias que drenam o pênis; a desaceleração do fluxo de saída do sangue ajuda a manter a ereção. Fonte: TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. Ereção Peniana É o primeiro efeito do estímulo sexual masculino, e o grau de ereção é proporcional ao grau de estimulação, seja psíquico ou físico. A ereção é causada por impulsos parassimpáticos que passam da região sacral da medula espinal pelos nervos pélvicos para o pênis. Essas fibras nervosas parassimpáticas parecem liberar óxido nítrico e/ou peptídeo intestinal vasoativo, além da acetilcolina. O óxido nítrico ativa a enzima guanilil ciclase, causando maior formação de monofosfato cíclicode guanosina (GMPc). O GMPc, em especial, relaxa as artérias do pênis e as malhas trabeculares das fibras musculares lisas no tecido erétil dos corpos cavernosos e corpos esponjosos na haste do pênis. Quando os músculos lisos vasculares relaxam, o fluxo sanguíneo para o pênis aumenta, causando a liberação de óxido nítrico das células endoteliais vasculares e posterior vasodilatação. O tecido erétil do pênis consiste em grandes sinusoides cavernosos que, normalmente, não contêm sangue, mas se tornam tremendamente dilatados quando o fluxo sanguíneo arterial flui rapidamente para ele sob pressão, enquanto a saída venosa é, parcialmente, ocluída. 5 Khilver Doanne Sousa Soares Lubrificação é Função Parassimpática. Os impulsos parassimpáticos durante a estimulação sexual, além de promover a ereção, induzem a secreção mucosa pelas glândulas uretrais e bulbouretrais. Esse muco flui pela uretra, auxiliando a lubrificação durante a relação sexual. Entretanto, a maior parte da lubrificação do coito é fornecida pelos órgãos sexuais femininos, muito mais do que pelos masculinos. Sem lubrificação satisfatória, o ato sexual masculino dificilmente é satisfatório, porque o intercurso não lubrificado produz sensações dolorosas e irritativas, que inibem as sensações sexuais, em vez de excitá- las. Emissão e Ejaculação São Funções dos Nervos Simpáticos. A emissão e a ejaculação são o clímax do ato sexual masculino. Quando o estímulo sexual fica extremamente intenso, os centros reflexos da medula espinal começam a emitir impulsos simpáticos, que deixam a medula, pelos níveis T-12 a L-2, e passam para os órgãos genitais por meio dos plexos nervosos simpáticos hipogástrico e pélvico, iniciando a emissão precursora da ejaculação. A EMISSÃO começa com a contração do canal deferente e da ampola, promovendo a expulsão dos espermatozoides para a uretra interna. Em seguida, as contrações da camada muscular da próstata, seguidas pela contração das vesículas seminais, expelem os líquidos prostático e seminal também para a uretra, forçando os espermatozoides para frente. Todos esses líquidos se misturam, na uretra interna, com o muco já secretado pelas glândulas bulbouretrais, formando o sêmen. O processo até esse ponto é chamado emissão. O enchimento da uretra interna com sêmen provoca sinais sensoriais que são transmitidos pelos nervos pudendos para as regiões sacrais da medula espinal, dando a sensação de plenitude súbita aos órgãos genitais internos. Além disso, esses sinais sensoriais promovem as contrações rítmicas dos órgãos genitais internos e contrações dos músculos isquiocavernoso e bulbocavernoso, que comprimem as bases do 5 tecido erétil peniano. Esses efeitos associados induzem aumentos rítmicos e ondulatórios da pressão do tecido erétil do pênis, dos ductos genitais e da uretra, que “ejaculam” o sêmen da uretra para o exterior. Esse processo final é chamado EJACULAÇÃO. Esse período todo de emissão e ejaculação é chamado orgasmo masculino. No final, a excitação sexual masculina desaparece, quase inteiramente, em 1 a 2 minutos, e a ereção cessa, processo chamado resolução. Disfunção Erétil Masculina A disfunção erétil, também chamada “impotência”, é caracterizada pela incapacidade do homem de desenvolver ou manter uma ereção de rigidez suficiente para relação sexual satisfatória. Problemas neurológicos, como trauma nos nervos parassimpáticos devido à cirurgia de próstata, níveis deficientes de testosterona e alguns fármacos (p. ex., nicotina, álcool e antidepressivos), podem também contribuir para a disfunção erétil. Em homens com idade acima dos 40, a disfunção erétil é mais frequentemente causada por distúrbio vascular adjacente. O fluxo sanguíneo adequado e a formação de óxido nítrico são essenciais para a ereção peniana. Distúrbios vasculares, que podem ocorrer como resultado de hipertensão, diabetes e aterosclerose não controlados, reduzem a capacidade de dilatação dos vasos sanguíneos do corpo, incluindo os no pênis. Parte dessa vasodilatação comprometida é devido ao decréscimo da liberação de óxido nítrico. Fármacos p/ Tratamento da Disfunção Erétil Graças à eficácia, à facilidade de uso e à segurança dos inibidores da PDE-5, esses fármacos são atualmente considerados a primeira escolha contra a DE. Quatro inibidores da PDE-5 (sildenafila, vardenafila, tadalafila e 6 Khilver Doanne Sousa Soares avanafila) estão aprovados para o tratamento da DE. Os quatro inibidores da PDE-5, sildenafila, vardenafila, tadalafila e avanafila, são igualmente eficazes no tratamento da DE, e os perfis de efeitos adversos são similares. Contudo, esses fármacos diferem na duração de ação e no efeito dos alimentos sobre sua absorção. A estimulação sexual resulta em relaxamento da musculatura lisa do corpo cavernoso, aumentando o influxo de sangue. Fonte: WHALEN, Karen; FINKEL, Richard; PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia Ilustrada. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. O mediador dessa resposta é o óxido nítrico (NO). O NO ativa a guanilil ciclase, que forma monofosfato cíclico de guanosina (GMPc) a partir de trifosfato de guanosina. O GMPc produz relaxamento do músculo liso pela diminuição da concentração intracelular de Ca2+. A ação dos inibidores da PDE-5 é aumentar o fluxo de sangue no corpo cavernoso em um dado nível de estimulação sexual Nas doses recomendadas, os inibidores da PDE-5 não têm efeito na ausência de estimulação sexual. A sildenafila e a vardenafila têm propriedades farmacocinéticas similares. Ambas devem ser tomadas cerca de 1 hora antes da atividade sexual, com aumento da ereção observado até 4 horas depois da administração. Portanto, a administração de sildenafila e vardenafila deve ser programada apropriadamente com relação à atividade sexual prevista. A absorção de ambos os fármacos é postergada pelo consumo de refeição rica em gorduras. A vardenafila está disponível também como um comprimido formulado para desintegração oral (CDO), o qual não é afetado pela alimentação rica em gorduras. Contudo, a biodisponibilidade do CDO pode diminuir com a água e, assim, esse comprimido deve ser colocado sob a língua e não ser deglutido com líquidos. A tadalafila tem início de ação mais lento se comparado ao da sildenafila e da vardenafila, mas apresenta meia-vida significativamente mais longa, de cerca de 18 horas. Assim, está aprovada para uma dosificação única por dia. Isso resulta em aumento da função erétil por até 36 horas. Além disso, a absorção da tadalafila não é influenciada clinicamente pela ingestão de alimentos. A cronometragem da atividade sexual é menos crítica com a tadalafila, devido ao seu efeito prolongado. De todos os inibidores da PDE-5, a avanafila tem o início de ação mais rápido. Ela deve ser ingerida 30 minutos antes da atividade sexual. Todos os inibidores da PDE-5 são biotransformados pela enzima CYP3A4. A dosagem deve ser ajustada em pacientes com disfunção hepática. 7 Khilver Doanne Sousa Soares Fonte: WHALEN, Karen; FINKEL, Richard; PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia Ilustrada. Efeito dos inibidores da PDE-5 nos níveis de GMPc no músculo liso do corpo cavernoso. GTP, trifosfato de guanosina. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. Fonte: WHALEN, Karen; FINKEL, Richard; PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia Ilustrada. Algumas propriedades dos inibidores da PDE-5. *Ocorre atraso no tempo para alcançar o pico de concentração do fármaco caso este seja ingerido com alimentos ricos em gorduras. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. Alprostadil Alprostadil é uma prostaglandina E1 (PGE1) sintética. No tecido peniano, a PGE1 permite o relaxamento da musculatura lisa no corpo cavernoso. O alprostadil está disponível como supositório intrauretral e em formulação injetável. Embora os inibidores da PDE-5 sejam considerados o tratamento de primeira escolha no tratamento da DE, o alprostadilpode ser usado para pacientes que não sejam candidatos ao tratamento oral. Em contraste com os fármacos orais, o alprostadil atua localmente, o que reduz os efeitos adversos. O alprostadil causa relaxamento do músculo liso por mecanismo desconhecido. Acredita-se que aumente a concentração de monofosfato cíclico de adenosina (AMPc) no interior do tecido cavernoso. Como resultado, ativa-se a proteinocinase, permitindo o relaxamento do músculo liso trabecular e a dilatação das artérias cavernosas. O aumento do fluxo de sangue para a câmara de ereção comprime o efluxo venoso, 8 Khilver Doanne Sousa Soares de modo que o sangue fica aprisionado, levando à ereção. A absorção sistêmica do alprostadil é mínima. O começo da ação do alprostadil é de 5 a 10 minutos quando usado na forma de supositório uretral e de 2 a 25 minutos quando administrado por injeção. A ereção resultante pode durar por 30 a 60 minutos ou mais, dependendo de cada paciente. Como o alprostadil não é absorvido sistemicamente, são raros os efeitos adversos sistêmicos. Contudo, hipotensão e cefaleia são possíveis devido à vasodilatação induzida por PGE1. Localmente, os efeitos adversos do alprostadil incluem dor peniana, dor uretral e dor testicular. Hematoma, equimose e urticária são possíveis pela injeção de alprostadil (raros). O alprostadil pode causar priapismo. O Psicológico e a Disfunção Erétil Mesmo quando causada por fatores orgânicos, a DE frequentemente envolve componentes psicológicos em função do seu impacto negativo sobre “as relações interpessoais, o humor e a qualidade de vida”. Fatores psicológicos são responsáveis por 10% a 20% dos casos de DE, que é então denominada DE psicogênica. Embora menos estudada que a de causa orgânica, deve ser sempre investigada. Sintomas que auxiliam no diagnóstico da DE psicogênica incluem: início abrupto, caráter intermitente, perda da manutenção da ereção, ereção noturna de qualidade e excelente resposta aos inibidores de fosfodiesterase-5 (por exemplo, sildenafila, tadalafila e vardenafila). Já a DE orgânica é de origem gradual e progressiva, a baixa resposta a estímulos é consistente, e a ereção é melhor quando o homem está em posição ereta. De acordo com a sua etiologia e gravidade, três possíveis linhas de tratamento estão disponíveis para a DE. A primeira inclui psicoterapia/terapia sexual e/ou medicamentos via oral; a segunda envolve ereção fármaco- induzida, terapia intrauretral e dispositivos a vácuo; e a terceira consiste no implante de prótese peniana. Recomendações baseadas na eficácia das intervenções para DE incluem o uso de psicoterapia de casal ou de grupo, associada à medicação. -------------------------------- A masculinidade, como sintoma, utiliza a atividade do pênis ereto como estandarte de sustentação imaginária da potência fálica. A instalação da disfunção erétil (que afeta o órgão) coloca em questão a masculinidade (que afeta o ser), confirmando a sensação subjetiva de "impotência" sexual - sujeito e sintoma se fundem no fracasso eretivo. Para a psicanálise, o sintoma aparece como secundário e, portanto, a própria noção de "cura" é relativizada, isto é, reconhecer, assumir e conviver com os sintomas — longo trajeto terapêutico — pode ser a "cura" de muitos pacientes. REFERÊNCIAS TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. WHALEN, Karen; FINKEL, Richard; PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia Ilustrada. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. GRASSI, Maria Virginia Filomena Cremasco; PEREIRA, Mário Eduardo Costa. O "sujeito- sintoma" impotente na disfunção erétil. Revista Ágora, Rio de Janeiro, v.4, n.1, p.53- 76, 2001.
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