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Cetoacidose Diabética (CAD) Esse tipo de complicação é mais comum em pacientes com DM1. A falta de insulina resulta na mobilização dos ácidos graxos dos tecidos adiposos, onde a alta atividade da lipase decompõe os tracilgliceróis em ácidos graxos e glicerol, levando ao aumento de cetonas no fígado. Síndrome Hiperglicêmica Hiperosmolar Acomete geralmente pacientes com DM2 e idosos. O organismo passa a produzir glicose em excesso ou liberar as reservas no organismo devido a falta de insulina, levando a hiperiglicemia extremamente alta. A hiperglicemia irá induzir a excessiva produção de urina para excretar a glicose, resultando em desidratação. Ocorre osmolaridade extracelular, fazendo com que o gradiente osmolar e a desidratação celular aumente. Ocorre aumento de sódio, glicose e ureia. Hipoglicemia Associa-se a insuficiência da resposta adrenérgica (síndrome vasovagal) – deficiência na produção hormonal pelas glândulas adrenais; Glicemia = 50-60mg/dL com sintomas como tremor, palpitação, ansiedade e fome; Glicemia ≤35mg/dL – grave com perda de função cognitiva, memória, consciência, convulsões, coma e morte cerebral. O estado hipoglicêmico ativa o Sistema Nervoso Autônomo – sintomas adrenérgicos e colinérgicos Efeito Somogyi Ocorre uma hiperglicemia de rebote. A hipoglicemia é induzida pela insulina, ativando hormônios contra reguladores (adrenalina, noradrenalina, cortisol, glucagon e GH), ocorrendo um efeito compensatório. Esse efeito faz com que a entrada de glicose nos tecidos diminua e aumente a produção hepática da mesma, ocorrendo hiperglicemia pela manhã. O tratamento é a mudnaça da dosagem de insulina e mudança de esquema terapêutico. Efeito ou fenômeno da madrugada O paciente passa muito tempo sem consumir alimentos, levando a liberação dos hormônios contra reguladores da insulina no período entre 4 e 6h da manhã. A entrada da glicose nos tecidos diminui e leva a produção hepática de glicose. Pode ser tratada com ajuste na alimentação e regulação das mesmas. Complicações crônicas Tempo de doença (> 10 anos) Alterações do peso corporal Tratamento atual e anteriores Dieta Atividade física Monitorização da glicemia capilar Controle com exames laboratoriais Retinopatia diabética (RD) Principal causa da cegueira entre 20-74 anos de idade; Excesso de glicose se liga as proteínas dos vasos retinianos (glicação); Divide-se em dois estágios – não proliferativo e proliferativo Retinopatia diabética não proliferativa A glicação é proporcional a hiperglicemia. Ocorre espessamento da membrana basal dos vasos sanguíneos na retina, levando ao endurecimento dos vasos e bloqueio do fluxo circulatório. Promove áreas com isquemia, processos de extravasamento do sangue ou plasma: hemorragias e exsudatos e formação de microaneurismas. Afetam a mácula, necessária para a visão central, usada para a leitura. Retinopatia diabética proliferativa Ocorre acúmulo de sorbitol. Em tecidos que não precisam da glicose, o excesso da mesma entra na célula e se transforma em sorbitol devido a ação da Aldose Redutase. O sorbitol promove entrada de líquido no cristalino dos olhos, diminuindo a ação anti- oxidante das células e acumulando radicais livres. Pode causar rompimento ou destruição celular. Nefropatia diabética Responde por 1/3 de dos casos de insuficiência renal crônica terminal associada a falta de controle glicêmico e Pressão Arterial, é responsável por 43% dos casos de falência renal. A alteração dos capilares glomerulares e hiperglicemia conduz a glicação de proteínas e colágeno na membrana dos capilares, levando ao aumento da pressão intraglomerular e hipertensão renal. Neuropatia diabética Ocorre degeneração progressiva dos nervos, atrasando a condução nervosa e diminuindo função sensorial. Há espessamento, esclerose, obstrução e isquemia dos vasos que nutrem os nervos. Em ferimentos, a hiperglicemia e glicação diminuem a capacidade dos neutrófilos e macrófagos, diminuindo fagocitose. O fluxo sanguíneo é limitado e diminui a oferta de oxigênio, causando necrose. A glicação faz com que o colágeno, proteínas e fibroblastos tenham ação diminuída. Complicações macro vasculares Envolve artérias (vasos grandes) Doença Arterial Coronariana (Infarto) Doença Cerebrovascular (AVC) Doença Vascular Periférica (Gangrena/Amputação) Mecanismo relaciona-se com ATEROSCLEROSE Hiperglicemia Dislipidemia Hipertensão arterial Aumento dos níveis de LDL-c (LDL-c glicada) Diminuição dos níveis de HDL-c (HDL-c glicada)
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