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Distúrbios no metabolismo lipídico (colesterol e triglicérides) no sangue. Exógena – influenciada pela dieta Endógena – alterações hepáticas Dislipidemia primária Fatores genéticos; Variantes genéticas de enzimas ou alipoproteínas – alterações metabólicas; Defeitos no gene do receptor de LDL = hipercolesteronemia familiar Origem endógena (defeito no metabolismo); Origem genética – manifesta-se com influência ambiental; Dislipidemia secundária Dieta Estilo de vida; Medicamentos – Roacutan, corticóides, estógenos, progestágenos, anabolizantes, tibolona, ciclosporina, diuréticos e anticoncepcionais; Origem exógena; Obesidade; Hipotiroidismo – Diminuição do T3 e T4 que causam diminuição nos receptores de LDL; Diabetes – Diminuição da insulina ativa lipase lipoproteica; IRC – diminui filtração, aumenta o Na, ureia, creatinina, Apo C3 (inibe a lipase) e triglicerídeos. São substâncias insolúveis em meio aquoso, dependendo das lipoproteínas para seu transporte. Fosfolipídeos – constituição das membranas celulares; Colesterol – percursor de hormônios esteróides, ácidos biliares e da vitamina D; constituinte das paredes celulares; Ácidos graxos – formação de matriz energética; Triglicérides – formação de matriz energética. São responsáveis pelo transporte de lipídeos na circulação. É um agregado macromolecular formado por um núcleo hidrofóbico e uma camada superficial hidrofílica. Quanto maior a lipoproteína, mais baixa sua densidade. Classificação em dois grupos: Ricas em triglicérides – quilomícrons e VLDL (LP de muito baixa densidade) – são maiores e menos densas; Ricas em colesterol – LDL e HDL – ricas em colesterol e pobres em TG, são menores e mais densas. Via exógena (intestino) Tem início na alimentação a partir da ingestão de gorduras (maior parte constituída de TG). Quando o TG alcança o intestino, sofre ação da lipase pancreática – promovendo hidrólise dos triglicerídeos (di/mono glicerídeos e ácidos graxos livres). A partir disso, os ácidos biliares emulsificam essas substâncias e passam a ser absorvidas pela mucosa intestinal. Quando absorvidas pela mucosa intestinal, há formação de quilomícrons (rico em TG), secretada pelo ducto torácico via linfática para a circulação. Ao chegar na circulação sofre ação da lipase lipoproteica (LPL) e ocorre retirada de ácidos graxos livres do quilomícron para serem disponibilizados para o armazenamento nos adipócitos ou consumo pelo tecido músculo esquelético. Os produtos finais são os REMANESCENTES capturados pelo fígado para originar o VLDL. Via endógena (fígado) Os produtos remanescentes da via exógena são capturados para formar o VLDL, que sofre ação da lipase lipoproteica e se torna uma lipoproteína de densidade intermediária; Posteriormente essa IDL por ação da lipase hepática se torna LDL, rica em colesterol, responsável por carregar os mesmos para os tecidos periféricos. Transporte reverso do colesterol As HDL captam colesterol não esterificado dos tecidos periféricos pela ação da lecitina colesterol aciltransferase (LCAT), formando as HDL maduras e devolvendo para o fígado. Por meio da CETP, ocorre também a transferência de ésteres de colesterol da HDL para outras lipoproteínas, como as VLDL. Capaz de formar aterosclerose. Leva o colesterol para as células dos tecidos periféricos. Quando ocorre uma lesão no endotélio vascular, a proteína entra no endotélio e cria placa de aterosclerose (colesterol não utilizado). O HDL retira e devolve ao fígado. Fator limitante – HNG coenzima A redutase – essencial para a formação de colesterol no hepatócito. Quando essa enzima é inibida ocorre prejuízo na formação do colesterol, pois o organismo passa a captar mais LDL circulante nos hepatócitos (devido ao aumento da expressão dos receptores de LDL, os LDLr) extraindo o colesterol. Dessa forma, o colesterol sérico é diminuído – mecanismo de ação das estatinas (diminuição da HNG coenzima A redutase, que diminui síntese endógena do colesterol e o organismo é a captar mais LDL da circulação para formar colesterol). 1º exógena – Dieta – triglicérides – intestino (enterócitos), que são levados ao fígado pelos quilomícrons; 2º endógena – fígado - transforma os triglicérides em VLDL -> LDL 3º transporte reverso – HDL É uma doença inflamatória crônica de origem multifatorial, que ocorre principalmente na camada íntima de artérias de médio e grande calibre. Os fatores de risco fazem com que ocorra disfunção endotelial (lesão no endotélio), ocorrendo entrada de LDL e migração de monócitos que ao entrar no tecido se tornam macrófagos que tem afinidade pelos mesmos receptores da LDL (receptores scavengers). Os macrófagos formam células espumosas, que ficam estagnadas e perdem função, se tornando um “resto de célula” (pool lipídico) devido fagocitose de LDL oxidada. As células musculares lisas se proliferam para cobrir a lesão do endotélio, formando uma placa (composta também por colágeno ou macrófagos). Essa placa corre risco de se romper (quando mais fibrosa, mais estável – colágeno), onde as plaquetas se acomodam na abertura e obstrui praticamente todo o vaso, ocorrendo o infarto agudo do miocárdio. Quando a placa é mais celular (macrófagos e células musculares), a ruptura nas extremidades é mais fácil, mas quando fibrosa (altamente cheia de colágeno) a luz do vaso é obstruída aos poucos. Colesterol total HDL + LDL + 20% TG – deve ser até 189mg/dL HDL Homem >40mg/dL; Mulher >50mg/dL TG Tem aumento com álcool e atividade física Com jejum <169mg/dL; sem jejum <174mg/dL LDL Fórmula de Friedwald LDL = CT – HDL – TG/5 (quando TG <400mg/dL). VLDL TG/5 Colesterol não HDL CT – HDL Estima os valores de LDL utilizando como referência a ultracentrifugação, e, por meio de cálculos estatísticos, definiu-se diferentes divisores para o valor de TG, que permitem estimar com maior fidedignidade os valores de VLDL. Para obter estes divisores depende-se das concentrações do Colesterol Não HDL (não HDL-c) e do TG da amostra do paciente. Com este novo divisor (x) aplica-se a fórmula: LDL-c = CT – HDL-c – TG /X, Onde x varia de 3,1 a 11,9 (tabela no fim do resumo). Triglicerídeos = análise mais afetada Sem Jejum prévio à coleta (VR: TG < 175 mg/dL) Valores acima de 400 mg/dL, repetir em jejum de 12 horas- Consumo de álcool (72 horas) ↑ Excesso de exercício físico (24 horas) ↑ Presença de glicerol livre (lipólise) aumentado no soro (diabéticos tipo 1) ↑ Variabilidade biológica dos pacientes na alimentação (dieta) ou sazonal ↑ Hipercolesterolemia isolada: aumento isolado do LDL ≥ 160mg/dL Hipertrigliceridemia isolada: TG ≥ 150mg/dL ou ≥ 175mg/dL (sem jejum) Hiperlipidemia mista: aumento de LDL ≥ 160mg/dL e dos TG (TG ≥ 150mg/dL ou ≥ 175mg/dL, se a amostra for sem jejum) ► TG ≥ 400mg/dL o cálculo do LDL pela fórmula de Friedewald é inadequado! HDL-baixo: redução de HDL-c (homem <40mg/dL e mulheres <50mg/dL) isolada ou em associação ao aumento de LDL ou TG. Formas heterozigotas, normalmente, não apresentam manifestações clínicas, mas em casos severos HOMOZIGOTAS, apresentam xantomas: Tendinosos; Tuberosos; Xantelasma; Arco córneo lipídico. Tem frequência comum de 1:500 heterozigotos, por isso maior parte é comum em homozigotos. Hipercolesterolemia familiar; Elevação do colesterol LDL 2x maior que o valor de referência nos indivíduos heterozigotos e 3 a 6 vezes o valor referencial em homozigotos; 900 mutações no gene dos receptores hepáticos B/E; Vasculopatia precoce grave; Xantomas proeminentes. Xantomas São depósitos cutâneos densose rígidos de macrófagos espumosos ricos em éster de colesterol, comum em altos níveis de LDL; Depósitos em ligamentos e tendões; Tendinosos, tuberosos, tuboeruptivos e planos. Xantonas tendinosos Ocorre mais comumente no tendão de aquiles; Hipercolesterolemia familiar; Depósito de colesterol livre e esterificado Xantomas tuberosos Nódulos cutâneos e subcutâneos densos e rígidos; Tom amarelo/laranja; Hipercolesterolemia familiar; Depósito de colesterol livre e esterificado Xantomas planos - Xantelasmas (pálpebras), no entanto, podem aparecer em alguns pacientes sem alterações lipídicas e associadas a outras patologias como cirrose biliar, DM e hipotiroidismo. 1-2% da população; Mutação no gene da apo-B; Diminuição da atividade da Lipase proteica, por aumento da circulação de apo-CIII; Aumento da síntese de VLDL pelo fígado, levando ao aumento da LDL circulante; 2 a 5 vezes mais risco de DCV (coronariopatia); Xantomas proeminentes. Na infância ao após puberdade; Mutação do gene do apo CII e da LPL; Dor abdominal recorrente; Risco de pancreatite aguda (inflamação no pâncreas devido ao nível de gordura circulante): Xantomas eruptivos – dorsal, glúteo, pernas, coxas, braços, mãos; Hepatomegalia (aumento do tamanho do fígado). Diabetes mellitus - Resistência à Insulina (Síndrome Metabólica), característica e Aumento dos níveis de triglicerídeos (Hipertrigliceridemia isolada), com diminuição de HDL e presença de LDL pequenas e densas; Resistência insulínica produz um fluxo maior de AG do tecido adiposo para o fígado; Aumenta a síntese de VLDL pelo fígado; Aumenta a atividade da CETP, acelerando a retirada da HDL da circulação, aumentando a atividade da Lipase hepática há uma maior produção de VLDL pequenas e densas que geram LDL pequenas e densas; Menor atividade da Lipase lipoproteica, enzima dependente da atividade da insulina. Obesidade - dieta rica em ácidos graxos saturados, metabolização mais lenta e maior fluxo circulante das lipoproteínas; Tabagismo - Fumo induz a níveis mais baixos de HDL; Redução do Transporte Reverso do Colesterol; Aumento da formação de placa aterosclerótica Álcool - Há exceções: cálice de vinho tinto pode elevar os níveis de HDL Catabolismo do álcool no fígado realizado pela álcool desidrogenase, transforma o álcool em acetaldeído e posteriormente este é transformado em acetil-coA, CO2 e H2O. O acetil-coA é substrato para formação de ácido graxo, triglicerídeos e colesterol. Hipertrigliceridemia isolada Posteriormente, Hiperlipidemia mista Hipotiroidismo - Hormônios T4 e T3 estão envolvidos no metabolismo de síntese de receptores hepáticos e de enzimas circulante; Diminuição do número de receptores hepáticos; Reduz a atividade da lipase lipoproteica; Diminuição da síntese de HDL pelo fígado; Hipercolesterolemia isolada, Hiperlipidemia mista e HDL baixo. Síndrome nefrótica - (Perda de proteínas na urina); Diminuição da pressão oncótica sanguínea (albumina sérica diminuída); Mecanismo compensatório: aumenta a síntese de lipoproteínas no fígado, aumentando os níveis circulantes de colesterol e triglicerídeos; Hiperlipidemia mista e HDL baixo. Insuficiência renal crônica - (Perda de proteínas na urina); Diminuição da pressão oncótica sanguínea (albumina sérica diminuída); Mecanismo compensatório: aumenta a síntese de lipoproteínas no fígado, aumentando os níveiscirculantes de colesterol e triglicerídeos; Hiperlipidemia mista e HDL baixo Insuficiência renal crônica - (IRC) (Diminuição da filtração renal, aumenta o tempo de circulação dealgumas enzimas como Apo CIII) Inibe as lipases. Hipertrigliceridemia (30-50% dos casos).
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