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1 Módulo: Estudos do Comportamento de Dutos em Solo Professor: D.Sc. Yuri Costa Especialização em Engenharia Geotécnica: Fundações e Obras de Terra Aspectos Gerais ConcretoCerâmica PEAD Aço PVCFibra de vidro Tipos de Dutos 2 Rigidez do Duto Disponíveis no mercado diversos tipos de tubos de materiais diferentes. Alguns são considerados rígidos, outros flexíveis com base no material de fabricação. Podemos dizer que o tubo de cerâmica é o mais rígido e o de PEAD e o de PVC são os mais flexíveis. Definição da rigidez pela deformação (NBR 9814) • Rígido – deformação até 0,1% sem fissuração. Ex.: cerâmica, fibrocimento, concreto simples ou armado. • Semi-rígido – deformação entre 0,1% e 3% sem fissuração. Ex.: ferro dúctil. • Flexível – deformação superior a 3% sem fissuração. Ex.: PVC, PET, PEAD, etc. Obs.: Algumas normas exigem de tubos flexíveis deformação ≥ 30% sem fissuração ou danos (Ex.: NBR 7362). A definição da RIGIDEZ é importante para o projeto e a execução. No dimensionamento é comum classificar os dutos em RÍGIDOS ou FLEXÍVEIS. Rigidez do Duto Definição da rigidez pela relação D/t (NBR 9814) Diâmetro/Espessura (D/t) > 10 Flexível Definição da rigidez pela Classe de Rigidez (CR) Algumas normas classificam os tubos pela Classe de Rigidez (CR), conhecida também por Rigidez Anelar (Ex.: NBR 7362, 8890). 3 p D IE CR Em que: Ep = módulo de elasticidade do material do tubo; I = t3/12 momento de inercia da parede do tubo; D = diâmetro do tubo. 3 Mas a rigidez na verdade depende não somente do duto, mas também do SOLO. Dutos feitos com materiais como o ferro fundido e o amianto, habitualmente tidos como rígidos, podem se comportar como flexíveis. Por outro lado, dutos em aço corrugado, geralmente considerados flexíveis, podem se comportar como rígidos. É possível ajustar o meio de suporte da tubulação a fim de se obter um sistema mais rígido ou mais flexível, cada qual com vantagens próprias. Rigidez do Duto vs. Rigidez do Sistema Rigidez do Duto versus Rigidez do Sistema Flexível Duto Rígido ou Flexível Comportamento depende também do solo circundante Sistema solo-duto rígido ou flexível Rígido 4 t D Rigidez Relativa 3 p p D IE R Rigidez anelar 2 s s s 1 E R Rigidez do solo RR Rs Rp Rigidez relativa 1. ASPECTOS GERAIS R F Gumbel et al. (1982) Cerâmica 5 O que define as condições de uma instalação? Características do duto Propriedades da envoltória Método de instalação Situações especiais do solo Corte e aterro Não destrutivos Instalações múltiplas Elevação localizada Subsidência Submersão Condições de Instalação de Dutos Instalação em Corte e Aterro Berço Zona do reverso Aterro inicial Aterro final Envoltória TOPO OMBRO LINHA D’ÁGUA REVERSO BASE Altura de Cobertura (H) Nomenclatura 6 Instalação em Vala Instalação em Corte e Aterro Os dutos enterrados podem ser classificados, segundo a forma de instalação, em duas classes distintas: em vala e em saliência. Os dutos em vala podem ser implantados em valas estreitas ou em valas largas, com paredes escalonadas ou inclinadas. Além disso, cada instalação pode constituir-se de uma linha simples de dutos ou acomodar mais de uma rede, ou seja, em instalações múltiplas. Os dutos em vala são executados escavando-se uma trincheira no terreno, a qual é recompactada depois que o duto é implantado em seu interior. Em vista da seqüência construtiva, essa forma de implantação de dutos é denominada “corte e aterro” (cut and cover) Saliência positiva Saliência negativa Instalação Saliente (Aterro) Instalação em Corte e Aterro Os dutos salientes são implantados sob aterros. Nesta condição, podem ocorrer duas situações diferentes, conhecidas como saliência positiva e saliência negativa. Na primeira condição a geratriz inferior do duto repousa sobre a superfície natural do terreno ou em uma vala rasa de tal forma que sua geratriz superior projeta-se acima da superfície do solo natural. Quando o duto é implantado em uma vala rasa, mas com profundidade suficiente para acomodá-lo totalmente no seu interior, a instalação é denominada saliência negativa. 7 Instalação em Corte e Aterro Valetadeira Prof. = 30 a 180 cm Largura: 8 a 45 cm Compactador de valas Com vibração Vel.: 12 m/min Prof.: 70 cm Largura: 30 cm Instalação em Corte e Aterro Obra: Substituição de Tubulação de Esgoto (CAERN) Local: BR101 próximo a UFRN, Natal – RN Duto antigo: Concreto, De = 400 mm, t = 45 mm Duto novo: PVC, De = 400 mm, t = 9,8 mm Exemplos Obras de Saneamento 8 • Interdição • Detritos 9 Instalação em Corte e Aterro Exemplos Obras de Saneamento Obra: Substituição de Tubulação de Esgoto (CAERN) Local: Rua Ceará Mirim, Natal – RN Duto antigo: Cerâmica, De = 100 mm Duto novo: PVC, De = 100 a 250 mm 10 • Cicatriz • Recalques Obra: Drenagem de águas pluviais Local: Natal – RN Duto: Concreto armado Diâmetros: 400 a 600 mm Profundidade: 1,5 a 5,0 m Instalação em Corte e Aterro Exemplos Obras de Drenagem 11 • Compactação?? • Escoramento?? Obra: Subestação da Chesf Local: Ceará Mirim ‐ RN Duto: PEAD Diâmetro: 150 a 680 mm Instalação em Corte e Aterro Exemplos Obras de Drenagem 12 Obra: Oleoduto Canto do Amaro – Guamaré Local: Rio Grande do Norte TRECHO DIÂMETRO ESPESSURA EXTENSÃO MATERIAL CAM Estreito‐A 457,2 mm (18”) 10,2 mm 56 km Aço Estreito‐A UTPF Guamaré 660, 4 mm (26”) 14,2 mm 54 km Aço Instalação em Corte e Aterro Exemplos Obra de Oleoduto 13 D = 18” L = 56 km D = 26” L = 54 km 80% da produção RN‐CE Fonte: Despacho ANP n0 701/2012 14 Métodos não Destrutivos 10 Estágio: Pré‐Furo Dutos existentes Saída Entrada Woodroffe & Ariaratnam (2008) Perfuração Horizontal Direcional (HDD) 15 10 Estágio: Pré‐Furo Alargamento Dutos existentes SaídaEntrada Woodroffe & Ariaratnam (2008) Métodos não Destrutivos 20 Estágio: Alargamento Perfuração Horizontal Direcional (HDD) Métodos não Destrutivos Perfuração Horizontal Direcional (HDD) Característica Und. Maxi Midi Mini Diâmetro mm 600 a 1200 300 a 600 40 a 300 Profundidade máxima m 60 25 6 Comprimento de instalação m 1800 300 180 Tubo ‐ PEAD, aço PEAD, aço, ferro fundido PEAD, aço, PVC Produção (furo pioto) m/h 6 a 55 20 a 90 30 a 120 Produção (alargamento) m/h 6 a 55 18 a 75 30 a 90 16 Métodos não Destrutivos Perfuração Horizontal Direcional (HDD) • Elevação e recalques Telecom. 25% Gás 21%Água 14% Eletric. 13% Petrol. 12% Saneam. 12% Outros 3% HDD nos EUA Carpenter (2007) • Mais usada dentre ND • Dispensa poços • Alta produtividade • Dados do terreno Métodos não Destrutivos Perfuração Horizontal Direcional (HDD) Obra: Ampliação da Rede de Fibra Ótica da Telebras Local: Av. Jaguarari, Natal – RN Duto: Aço Diâmetro: 40 mm Espessura: 3 mm Profundidade de instalação: 1,4 m Comprimento: 149 m INSTALAÇÃO DE CABOS DE FIBRA ÓTICA 17 18 Rastreador http://www.midwestmole.com Escavação Cravação Remoção do solo Métodos não Destrutivos Pipe Jacking 19 Métodos não Destrutivos Pipe Jacking Diâmetro 10 cm a 3,5 m Distância contínua 150 a 450 m Material Concreto armado, aço Produção 1 a 3,5 m/h Tolerância ± 25 mm Fonte: PJA Métodos não Destrutivos Pipe Jacking • Atrito e Lubrificação Esforços no duto • Reação na parede do poço • Alinhamento Laser Tol. 50 mm • Poços 20 Métodos não Destrutivos Tunnel Liner Chapas galvanizadas de aço corrugado Escavação manual Preenchimento com solo‐cimento Métodos não Destrutivos Tunnel Liner Exemplo Obra: Drenagem da Área do Entorno do Estádio “Arena das Dunas” Local: Natal – RN Diâmetros: 1,4 a 3,0 m Profundidade: variável Comprimento total: 7.670 m 21 Métodos não Destrutivos Tunnel Liner Fonte: Google Métodos não Destrutivos Tunnel Liner Fonte: Google PV 19 22 PV 18 Lfinal = 21,6 m Diâm. = 4 m 23
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