Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1 – Para o elemento de solo mostrado na figura abaixo, usando o círculo de Mohr, determinar: a) tensão principal maior b) tensão principal menor c) tensões no plano AC d) direções dos planos principais e) máxima tensão de cisalhamento 360 kPa 240 kPa 600 kPa 240 kPa B C D A Solução gráfica: Passo 1: Marcar os pontos correspondentes às tensões atuantes nos planos horizontal e vertical, respectivamente. (600;240) (360;-240) t s Passo 2: Traçar o circulo de Mohr correspondente ao estado de tensões definido pelos dois pontos. (600;240) (360;-240) t s Passo 3: Determinar as tensões principais maior (s1) e menor (s3). (600;240) (360;-240) 748.32 kPa211.67 kPa t s tensão principal maiortensão principal menor Passo 4: Determinar o pólo, traçando uma linha paralela ao plano onde atuam as tensões (600; 240). (600;240) (360;-240) 748.32 kPa211.67 kPa Polo t s tensão principal maiortensão principal menor Passo 5: Traçar pelo pólo uma linha paralela ao plano AC. O ponto onde essa linha intercepta o círculo de Mohr define as tensões atuantes no plano AC. (600;240) (360;-240) (240;120) 748.32 kPa211.67 kPa Polo t s tensão principal maiortensão principal menor Passo 6: Ligar o pólo aos pontos correspondentes às tensões principais maior e menor, respectivamente. Essas duas linhas definem a direção dos planos principais. RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO 1 Universidade de São Escola de Engenharia de São Carlos Departamento de Geotecnia Disciplina: SGS 408 – Mecânica dos Solos 2 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CÂMPUS GUARAPUAVA EC75B - MECÂNICA DOS SOLOS > Entregar 4 exercícios (desconsiderar os resolvidos) 2 (600;240) (360;-240) (240;120) 748.32 kPa211.67 kPa Polo t s tensão principal maiortensão principal menor plano principal maior plano principal menor Passo 7: Traçar uma vertical pelo centro do círculo e determinar o valor da tensão de cisalhamento máxima. (600;240) (360;-240) (240;120) 748.32 kPa211.67 kPa Polo t s tensão principal maiortensão principal menor plano principal maior plano principal menor t = 268.32 kPa max 2 – Para o elemento de solo submetido a um estado de tensões, mostrado na figura abaixo, determinar graficamente: a) Tensão principal maior b) Tensão principal menor c) Máxima tensão de cisalhamento d) Direção dos planos principais e) Tensão normal e tensão de cisalhamento no plano AC 620 kPa 415 kPa 1030 kPa 415 kPa B C D A E Solução gráfica: t 362,13 1287,87 410 (1030;415) (620;-415) Solução analítica: Passo 1: Calcular as tensões principais utilizando a seguinte convenção de sinais e as correspondentes fórmulas: 2 2 1 22 xy xyyx +ú û ù ê ë é - + + = kPa9,1287415 2 6201030 2 1030620 2 2 1 =+úû ù êë é - + + = 2 2 3 22 xy xyyx +ú û ù ê ë é - - + = kPa1,362415 2 6201030 2 1030620 2 2 3 =+úû ù êë é - - + = Passo 2: Com os valores calculados das tensões principais, calcular o valor da máxima tensão de cisalhamento: kPa9,462 2 1,3629,1287 2 31 max = - = - = Passo 3: Determinar o valor do ângulo que o plano principal maior faz com a horizontal, utilizando a expressão: °=Þ= - ´ = - = 85,310244,2 6201030 41522 2tan xy xy Passo 4: Calcular as tensões normal e de cisalhamento atuantes no plano AC ( = 45°), utilizando as correspondentes fórmulas: 2sin2cos 22 xy xyxy + - + + = kPa41090sin41590cos 2 6201030 2 6201030 =°´+° - + + = 2cos2sin 2 xy xy - - = kPa20590cos41590sin 2 6201030 =°´-° - = 3 3 – Os resultados de dois ensaios triaxiais CD realizados com uma argila saturada são os seguintes: Corpo de prova I: s1 = 68,9 kPa s1-s3 = 170,3 kPa Corpo de prova II: s1 = 103,4 kPa s1-s3 = 231,0 kPa Determinar os parâmetros de resistência ao cisalhamento. Solução: Corpo de prova I: s3 = s3’ = 68,9 kPa (na ruptura) s1’ = s1 = 68,9 + 170,3 = 239,2 kPa Corpo de prova II: s3 = s3’ = 103,4 kPa (na ruptura) s1’ = s1 = 103,4 + 231,0 = 334,4 kPa s t 14.8 27.9° 68.9 103.4 239.2 334.4 Solução analítica: 2q qf c s t 180°-2q ÷ ø ö ç è æ ++÷ ø ö ç è æ += 2 45tan2 2 45tan 231 c Corpo de prova I: ÷ ø ö ç è æ ++÷ ø ö ç è æ += 2 45tan2 2 45tan9,682,239 2 c Corpo de prova II: ÷ ø ö ç è æ ++÷ ø ö ç è æ += 2 45tan2 2 45tan4,1034,334 2 c Resolvendo: f = 27,9o c = 14,8 kPa 4 – Sobre um material cuja resistência ao cisalhamento em termos de tensões efetivas era s = s’ tan 27o (kPa), foi realizado um ensaio CU (adensado-rápido; consolidado não drenado) com s3 = 200kPa. Neste ensaio, a ruptura ocorreu com s1 = 420 kPa. Determinar a pressão neutra no corpo de prova: a) no início do carregamento axial b) no momento da ruptura Solução gráfica: 200 Ø'=27° t 420 67.7 s Solução analítica: s3 = 200kPa; s1 = 420 kPa axial)tocarregamendoinício(no0 ruptura)damomentono(7,673,132200' 3,352' 3,132' 220''663,2 220200420'' '663,2 2 27 45tan' 2 45tan'' 33 1 3 33 3131 3 2 3 2 31 = =-=-= = = =- =-=-=- =÷ ø ö ç è æ +=÷ ø ö ç è æ += u kPau kPa kPa kPa kPa 5 – Os parâmetros de resistência, em termos de tensões efetivas, de uma argila totalmente saturada são c’ = 15 kN/m2 e f’ = 29°. Tendo sido realizado um ensaio não-adensado e não-drenado (UU) com uma amostra desta argila, para uma tensão confinante de 100 kPa, a diferença de tensões principais na ruptura foi de 170 kPa. Qual era o valor da pressão neutra no corpo-de-prova no momento da ruptura? Solução gráfica: s1s1's3s3' 36.7kPa 100.0kPa 270.0kPa 15.0kPa 29° s t 4 6 – A figura a seguir mostra o perfil de um solo onde se pretende construir um edifício. Para um elemento de solo localizado a uma profundidade de 3 m, sob o centro da edificação, determinar o incremento de tensão efetiva vertical que causará a ruptura deste elemento de solo. Sabe-se que o incremento de tensão efetiva horizontal é igual a 10% do incremento da tensão efetiva vertical e que o coeficiente de empuxo em repouso (K0) é igual a 0,5. Passo 1: Determinar as tensões efetivas iniciais (assumir que a camada superior está saturada): kPaozo 4,3528,9)219()117()( ' 1 ' =´-´+´== A tensão horizontal é dada por: kPaK ozooox 7,174,355,0)()()( '' 3 ' =´=== Passo 2: Determinar o incremento de tensão efetiva na direção vertical (Ds1’) que fará com que o solo atinja a ruptura: 3 30sin1 30sin1 'sin1 'sin1 )( )( ' 3 ' 1 = °- °+ = - + = ruptura ruptura ' 1 ' 1 ' 1 )()( += oruptura ' 1 ' 3 ' 3 1,0)()( D+= oruptura Resultando kPa o o 28,253 1,07,17 4,35 1,0)( )( ' 1' 1 ' 1 ' 1 ' 3 ' 1 ' 1 =DÞ= D+ D+ = D+ D+ 2 .0 m 1 .0 m gsat = 19 kN/m 3 f’ = 30° g = 17 kN/m3NA 5 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1 – Para cada um dos elementos de solo, abaixo esquematizados, determinar: a) círculo de Mohr de tensões; b) os planos principais maior e menor; c) a máxima tensão de cisalhamento 350 kPa 100 kPa 100 kPa 100 kPa 400 kPa 100 kPa 200 kPa 100 kPa 30° 2 – As tensões s = 100 kPa e t = 26 kPa atuam num plano vertical que passa por um ponto crítico em um solo. No plano horizontal, s = 0. Qual é a orientação dos planos principais em relação à horizontal e quais são as tensões neles atuantes? 3 – Num determinado ponto de um sólido, s1 = 900 kPa (na direção horizontal) e s3 = 200 kPa. Determine as tensões num plano inclinado de 15° em relação ao plano principal menor. 4 – O estado de tensões em um ponto é caracterizado por sv = 140 kPa; tv = 20 kPa e sh = 70 kPa. a) Qual é a orientação dos planos principais e quais são as tensões que neles atuam? b) Se o material é uma areia fofa (f' = 28°) essa solicitação o levaráà ruptura? Explicar. 5 – Com uma amostra de solo arenoso foram realizados ensaios de cisalhamento direto que forneceram os seguintes resultados: Ensaio sn (kPa) t (kPa) 1 200 120 2 300 175 3 500 290 Com a mesma amostra deseja-se realizar um ensaio de compressão triaxial com s3=250 kPa. Determinar: a) a envoltória de resistência do solo; b) as tensões no instante da ruptura para o ensaio triaxial; c) a tensão principal maior neste instante. 6 – Num ensaio de compressão triaxial adensado rápido romperam-se dois corpos de prova com tensões confinantes de 200 e 400 kPa. As tensões no instante de ruptura foram: CP s3 (kPa) s1 (kPa) u (kPa) 01 200 350 140 02 400 700 280 Calcular: a) a envoltória de tensões totais, s=f(s); b) a envoltória de tensões efetivas, s=f(s’); c) as tensões no plano de ruptura para o corpo de prova 2. 7 – Para ensaios triaxiais do tipo CU (adensado e não drenado), com corpos de prova provenientes de amostra do tipo argila normalmente adensada, foram obtidos os resultados contidos na tabela abaixo. Estimar a envoltória de resistência em termos de tensões totais e efetivas. Qual o ângulo de ruptura do corpo de prova em relação à horizontal? CP s3 (kPa) Desviatória (s1-s3) (kPa) u (kPa) 1 100 200 20 2 150 300 30 3 200 400 50 4 250 500 60 Obs: u é a pressão neutra na ruptura. 8 – Os resultados a seguir foram obtidos na ruptura em uma série de ensaios triaxiais adensados – não drenados – em corpos de prova de uma argila completamente saturada. Determinar os valores dos parâmetros de resistência ao cisalhamento (ângulo de atrito efetivo e coesão efetiva). Se um corpo de prova do mesmo solo fosse adensado sob uma pressão confinante de 250 kPa e a diferença das tensões principais aplicada com a pressão confinante mudasse para 350 kPa, qual seria o valor esperado para a diferença das tensões principais na ruptura? CP s3 (kPa) Desviatória (s1-s3) (kPa) u (kPa) 1 150 103 82 2 300 202 169 3 450 305 252 4 600 410 331 9 – Uma argila saturada normalmente adensada tem resistência não drenada igual a 100 kPa. Em condições drenadas, o ângulo de atrito é de 30º. Se a argila rompe numa condição não drenada, quais serão as tensões principais efetivas no instante da ruptura? 10 – Os seguintes resultados foram obtidos em um ensaio CU com uma argila saturada; em que s3c'= 300 kPa: ε(%) 0 0,5 1 2 4 5 7 10 (s1-s3) kPa 0 65 140 238 310 322 359 400 u (kPa) 0 52 105 155 172 174 180 175 Esquematize as trajetórias de tensões totais e efetivas e a variação do parâmetro de pressão neutra A durante o ensaio. O que se pode dizer dessa argila? 11 – Dois corpos de prova idênticos de uma areia foram submetidos a um ensaio de compressão triaxial drenado (CD) e forneceram os seguintes resultados: CP s3'(kPa) (s1 - s3)máx. (kPa) 1 100 380 2 300 1320 Determinar a envoltória de resistência desse solo e as tensões no plano de ruptura para os dois corpos de prova. 12 – Determinar a trajetória de tensões para o corpo de prova de solo normalmente adensado, cuja curva tensão- deformação está representada abaixo, com as respectivas 6 leituras de pressões neutras. Determinar também a envoltória de resistência do solo. 0 50 100 150 200 250 300 0 2 4 6 8 10 12 14 Deformação (%) Tensões Pressão Neutra Tensão confinante: 200 kPa 13 – Um corpo de prova de areia foi adensado isotropicamente com 100 kPa. Esquematize as trajetórias de tensões (ensaios CD, p', q) para os seguintes casos: a) sh = cte.; sv é aumentado para 180 kPa; b) sv = cte.; sh é diminuído para 25 kPa; c) sh e sv são aumentados para 200 kPa; d) sv = cte. e sh é aumentado para 250 kPa; e) sh = cte.; sv é diminuído para 15 kPa. Se o ângulo de atrito é 30°, o que se pode dizer desses estados de tensão? 14 – Uma amostra de areia foi cisalhada (condições drenadas) em extensão lateral (ou compressão por descarregamento lateral: σv = cte e σh decresce). Inicialmente ela foi adensada anisotropicamente com σ3 = 100 e σ1 = 140 kPa. Sabendo que f' = 30º, determine: a) círculos de Mohr após adensamento e na ruptura; b) trajetória de tensões; c) a equação da linha Kf 15 – Uma argila saturada tem as seguintes resistências Rc = 350 kPa (compressão simples) s = 100 + s' tan25o kPa (drenado) Caso se aumente a tensão normal num determinado plano para 300kPa, qual será a resistência disponível nesse plano nas seguintes condições: a) imediatamente após o acréscimo de tensão; b) após um longo período de tempo 16 – Para um ensaio de cisalhamento direto em areia seca, é fornecido o seguinte: ● Tamanho do corpo de prova: 50 mm × 50 mm × 25 mm (altura) ● Tensão normal: 192 kN/m² ● Resistência ao cisalhamento no momento da ruptura: 120 kN/m² Determinar: a) O ângulo de atrito do material ensaiado; b) Para uma tensão normal de 200 kN/m², qual força de cisalhamento é necessária para provocar a ruptura do corpo de prova? 17 – Num determinado local, o perfil de solo é composto de uma camada de areia fina argilosa, com 4m de espessura e, subjacente, encontra-se uma argila siltosa até o impenetrável, que se encontra a 13m de profundidade. O nível de água encontra-se a 2m de profundidade. Um carregamento aplicado à superfície gerou, em um elemento de solo posicionado a 7m de profundidade, um acréscimo de tensão vertical de 38 kPa e de tensão lateral de 20 kPa. Determinar, para esse elemento de solo as trajetórias de tensões totais (T, T-uo) e efetivas (E) e comentar qual situação é mais crítica [curto prazo (não drenada) ou longo prazo (drenada) - Apenas para ilustração do conceito considerar para a argila f' = 37º]. A areia fina tem γ =16 kN/m3 e γ sat = 18 kN/m 3 . A argila tem γ sat =16 kN/m 3 , Ko=0,55, A=0,70.
Compartilhar